O mundo como escola Texto Isis Lima Soares, Richele Manoel, Marcílio Ramos e Juliana Rocha Fotos Luciney Martins/Rede Rua Site 5HYLVWD9LUDomR



Documentos relacionados
Respostas dos alunos para perguntas do Ciclo de Debates

Freelapro. Título: Como o Freelancer pode transformar a sua especialidade em um produto digital ganhando assim escala e ganhando mais tempo

Estudo de Caso. Cliente: Rafael Marques. Coach: Rodrigo Santiago. Duração do processo: 12 meses

Produtividade e qualidade de vida - Cresça 10x mais rápido

No E-book anterior 5 PASSOS PARA MUDAR SUA HISTÓRIA, foi passado. alguns exercícios onde é realizada uma análise da sua situação atual para

Os desafios do Bradesco nas redes sociais

Como fazer contato com pessoas importantes para sua carreira?

Como aconteceu essa escuta?

Aprenda como estudar em quatro etapas PORVIR

GRITO PELA EDUCAÇÃO PÚBLICA NO ESTADO DE SÃO PAULO

Rio de Janeiro, 5 de junho de 2008

Richard Uchôa C. Vasconcelos. CEO LEO Brasil

> Folha Dirigida, 18/08/2011 Rio de Janeiro RJ Enem começa a mudar as escolas Thiago Lopes

coleção Conversas #14 - outubro e r r Respostas perguntas para algumas que podem estar passando pela sua cabeça.

Fenômeno da Internet quando o assunto é Biologia. Do YouTube para a TV aberta, do site às telas de todo o Brasil

ABRIL 2012 RELATÓRIO DE ATIVIDADES PRÉ - VESTIBULAR

Objetivo: Relatar a experiência do desenvolvimento do software Participar. Wilson Veneziano Professor Orientador do projeto CIC/UnB

Educação a distância: desafios e descobertas

Como escrever melhor em 5 passos simples

O estudante de Pedagogia deve gostar muito de ler e possuir boa capacidade de concentração porque receberá muitos textos teóricos para estudar.

Como a comunicação e a educação podem andar de mãos dadas 1

COMO PARTICIPAR EM UMA RODADA DE NEGÓCIOS: Sugestões para as comunidades e associações

Manual prático de criação publicitária. (O dia-a-dia da criação em uma agência)

Homens. Inteligentes. Manifesto

FORMAÇÃO PLENA PARA OS PROFESSORES

Projeto Pedagógico Institucional PPI FESPSP FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI

O CAMINHO PARA REFLEXÃO

Veículo: Site Estilo Gestão RH Data: 03/09/2008

Transcriça o da Entrevista

PROGRAMA JOVEM APRENDIZ

CONFLITO DE SER MÃE EMPREENDEDORA

O papel do CRM no sucesso comercial

É POSSÍVEL EMPREENDER MEU SONHO? Vanessa Rosolino People Coaching & Desenvolvimento Organizacional

Mariana, 9 anos - Escrever esse livro foi uma experiência interessante, legal e divertida!

Empresário. Você curte moda? Gosta de cozinhar? Não existe sorte nos negócios. Há apenas esforço, determinação, e mais esforço.

USANDO A REDE SOCIAL (FACEBOOK) COMO FERRAMENTA DE APRENDIZAGEM

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Organizando Voluntariado na Escola. Aula 2 Liderança e Comunidade

O futuro da educação já começou

PROJETO DE VIDA O PAPEL DA ESCOLA NA VIDA DOS JOVENS

A criança e as mídias

BOLETIM INFORMATIVO JAN/FEV.

Com-Vida. Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida

O CAMINHO PARA REFLEXÃO

O trabalho voluntário é uma atitude, e esta, numa visão transdisciplinar é:

Hiperconexão. Micro-Revoluções. Não-dualismo

ÍNDICE. Introdução. Os 7 Segredos. Como ser um milionário? Porque eu não sou milionário? Conclusão. \\ 07 Segredos Milionários

Aula 5 Modelo de Roteiro Para Ser Usado nas Suas Entrevistas

Se você acredita que as escolas são o único e provável destino dos profissionais formados em Pedagogia, então, está na hora de abrir os olhos

coleção Conversas #6 Respostas que podem estar passando para algumas perguntas pela sua cabeça.

produtos que antes só circulavam na Grande Florianópolis, agora são vistos em todo o Estado e em alguns municípios do Paraná.

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE

COMO SE TORNAR UM VOLUNTÁRIO?

Quem te fala mal de. 10º Plano de aula. 1-Citação as semana: Quem te fala mal de outra pessoa, falará mal de ti também." 2-Meditação da semana:

8 Erros Que Podem Acabar Com Seu Negócio de Marketing Digital

Orientação Profissional e de Carreira

RELATÓRIO DE TRABALHO DOCENTE OUTUBRO DE 2012 EREM JOAQUIM NABUCO

Comunicação e Cultura Fortaleza

20 perguntas para descobrir como APRENDER MELHOR

Organizando Voluntariado na Escola. Aula 1 Ser Voluntário

Trabalho em Equipe e Educação Permanente para o SUS: A Experiência do CDG-SUS-MT. Fátima Ticianel CDG-SUS/UFMT/ISC-NDS

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática

5 Dicas Testadas para Você Produzir Mais na Era da Internet

1. Você conhecia a história do bairro de Pinheiros? sim não 4 19

Mário Marcondes Rabello

Como ficar rico rápido

SUA ESCOLA, NOSSA ESCOLA PROGRAMA SÍNTESE: NOVAS TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA

BEM-VINDA!!

Duração: Aproximadamente um mês. O tempo é flexível diante do perfil de cada turma.

Gui Coaching. Despertando consciência e habilidades

CONSTITUINTE EXCLUSIVA E SOBERANA DO SISTEMA POLITICO

PLANO DE AÇÃO FÓRUM DO MUNICÍPIO QUE EDUCA

Introdução 01. José Roberto Marques

Realização e Organização.

Tem a : Quem é nosso evangelizando?

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

FACULDADE REDENTOR ITAPERUNA RJ

Educação e inclusão digital

COMO CRIAR UMA ESTRATÉGIA DE MARKETING

f r a n c i s c o d e Viver com atenção c a m i n h o Herança espiritual da Congregação das Irmãs Franciscanas de Oirschot

CURSOS PRECISAM PREPARAR PARA A DOCÊNCIA

PROJETO DE LEITURA E ESCRITA LEITURA NA PONTA DA LÍNGUA E ESCRITA NA PONTA DO LÁPIS

Bate-papo: Uso do Scratch, uma nova linguagem de programação, no ensino fundamental - Web Currículo (25/05/2010)

Como motivar Millennials. Gerencie seus benefícios! Faça um teste em convenia.com.br/free

na sala de aula e na vida

.na verdade, já achamos

Avaliação da aprendizagem... mais uma vez

Material: Uma copia do fundo para escrever a cartinha pra mamãe (quebragelo) Uma copia do cartão para cada criança.

Como obter excelentes. Resultados. no Marketing Digital. Aprenda a usar 3 metas matadoras. Publicação SEVEN - SPD

Rekreum Bilbao, Vizcaya, Espanha,

Table of Contents DIREITOS AUTORAIS PESQUISA DA VIABILIDADE FINANCEIRA DO SEU NICHO... DESENVOLVA SUA Habilidade!

Crianças e Meios Digitais Móveis TIC KIDS ONLINE NO TEMPO DOS MEIOS MÓVEIS: OLHARES DO BRASIL PARA CRIANÇAS DE ANOS

O desafio do choque de gerações dentro das empresas

Comunidade Solidária: parcerias contra a pobreza

PROGRAMAs de. estudantil

medida. nova íntegra 1. O com remuneradas terem Isso é bom

Sistema de Ensino CNEC

ABCEducatio entrevista Sílvio Bock

COMO USAR AS MÍDIAS SOCIAIS PARA VENDER MAIS NA INTERNET. tyngu.com.br

Transcrição:

O mundo como escola Texto Isis Lima Soares, Richele Manoel, Marcílio Ramos e Juliana Rocha Fotos Luciney Martins/Rede Rua Site 5HYLVWD9LUDomR Já pensou um bairro inteirinho se transformando em escola a céu aberto? É o que defende o jornalista Gilberto Dimenstein. Na verdade, isso já vem acontecendo no bairro de Vila Madalena, desde 1997, quando Gilberto criou a Cidade Escola Aprendiz, um laboratório de inovações pedagógicas. A experiência de sucesso vem sendo indicada inclusive pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como referência mundial de inclusão social pela educação. Gilberto é colunista da Folha de S. Paulo e coordena os projetos da Cidade Escola Aprendiz, além de ministrar palestras pelo Brasil afora e escrever livros. Agora está lançando sua mais nova cria: Escola sem sala de aula, junto com Ricardo Semler e Antonio Carlos Gomes da Costa, em que ressalta a importância de toda a cidade ser uma escola. Esse paulistano de 47 anos foi um dos palestrantes do Fórum Mundial de Educação, que aconteceu em abril na cidade de São Paulo e reuniu cerca de 100 mil pessoas. Ali, ele pôde pela primeira vez expor o que seria essa idéia inovadora de uma "escola sem sala de aula". A galera do Conselho Editorial Jovem da Vira conversou com Gilberto para entender melhor que história é essa. Quem é Gilberto Dimenstein? Faço terapia há muitos anos para tentar responder essa questão. Não sei direito. Acho que o mais importante no processo educativo é justamente essa: saber quem você é e o que você representa no mundo. Talvez o momento sublime da vida do indivíduo é quando ele junta o que ele é com o que ele faz. Sou um indivíduo curioso e que fez da curiosidade uma forma de estabelecer laços construtivos com as pessoas. Sou um curioso que faz pontes. Que pontes você fez até hoje? Você acredita que a mídia é participante ativa na educação? Para mim a comunicação é uma modalidade educativa. O jornalismo é uma modalidade educativa através da informação. Não é uma preocupação só em informar, mas também em formar. A mídia que não tem esse papel é uma

submídia. É uma mídia de baixo valor social. E quase toda a minha vida adulta eu trabalhei com isso. O importante nessa coisa é que o jornalismo comunitário é aquele que tem um olhar não só para assuntos sociais, mas para os processos de desenvolvimento de uma comunidade, então o foco é muito o capital social. Qual a diferença entre professor e comunicador, então? O comunicador é o educador sem a sala de aula e o educador tem que ser o comunicador com sala de aula. O professor-escola tem que ser o orientador para o aluno navegar nas comunidades de aprendizagem. Para mim não há uma separação na medida em que o professor vai transmitir uma série de dados que tenham significado na vida pessoal, e o comunicador também. O seu trabalho hoje tem a ver com a sua trajetória enquanto aluno dentro de uma escola? Eu tinha o perfil de ser alguém muito curioso por natureza e a escola não atendia a minha curiosidade. Eu era um deslocado escolar, um aluno que não conseguia atender os requisitos básicos da escola. E, como era, ao mesmo tempo, um aluno curioso e um péssimo aluno, eu acabei desenvolvendo habilidade de educação informal. Então, para mim, o mundo passou a ser uma escola, já que a escola não atendia isso. Isso influenciou muito o meu olhar como educador. E também o jornalismo pra mim foi uma escola. Muita coisa eu aprendi lendo jornal e revista. Como você, tem muita gente que passa por isso ainda hoje. A escola é um ritual iniciatório. Você tem que cumprir esse ritual, porque tem que passar de ano, tem que fazer uma faculdade. É impossível não passar por isso. Você acha que a escola ainda pode chegar ao ponto de ser o despertador dessa curiosidade? Eu acho que a escola faliu. Ela tem que ser um grande centro de administração de curiosidades e possibilidades, porque a educação é para toda a vida. O último dia de vida é o último dia de escola. Quando o currículo diz respeito à vida da pessoa, você pode vincular as outras matérias a esse currículo, e o professor é o orientador dessas várias matérias. Assim, geralmente o grau de aproveitamento é alto. Por isso, é fundamental você acoplar algum grau de exercício de responsabilidade em cima do aprendizado. Acho que todas as escolas têm que ter programas comunitários e todos esses programas têm que ser vinculados às matérias. E voltamos ao conceito de escola sem sala de aula. Tudo tem que ser uma escola, tudo tem que ser um lugar de aprendizado, qualquer um pode ser um educador, qualquer um pode ser um aprendiz. Cada lugar vai ter que criar os seus espaços de integração com a comunidade. Para você que se sente um educador, o que é educação hoje e como deve ser? Eu acho que educação é um processo muito complexo para achar que só a escola é um espaço para ela, ainda mais em uma época como essa, com tanta

velocidade de informação. Por isso, a gente usou esse conceito de bairroescola, que a gente desenvolve aqui na Vila Madalena. O bairro-escola é para transformar todo o espaço comunitário em espaço de aprendizagem. Tem uma praça que virou uma sala de aula, um beco virou uma galeria, os galpões viraram espaço de arte, dança, músicas, esporte. No bairro todo você tem escola de circo, escola de vela, escola de brinquedos, uma danceteria que tem escola de DJ s, um hall que é um cinema. São todos espaços de educação. O melhor exemplo de cidade-educadora é Barcelona. E posso dizer que o único bairro-educador que o Brasil tem é a Vila Madalena, no sentido intencional. A escola reproduz uma forma de você encarar o conhecimento de forma muito empobrecida, em que o conhecimento é um grupo de matérias, de informações que você tem que dar em um prazo X de anos, que equivale a um número Z de diplomas. Isso daí não forma pessoas em uma sociedade que exige muita criatividade, intuição, trabalho em grupo, muitas habilidades relacionais. Eu costumo dizer que educar é ensinar o encanto da possibilidade para que cada um possa desenvolver seu projeto de vida. Quando você tem um projeto de vida, você é autônomo. E se você é autônomo, é solidário, é o sujeito da ação. Então pensar qualquer coisa dentro da educação sem isso é ridículo. Então porque esse modelo de escola não acabou e ela não se abriu à comunidade? Porque é muito difícil mudar a escola. Você não tem onde deixar a criança até os 18 anos de idade. Porque as pessoas se acostumaram, porque existem modelos de ascensão social que dependem de você entrar na faculdade. A sociedade valoriza o passar de ano. Qual a idéia de fundo do livro Escola sem sala de aula, que você está lançando? Que toda a cidade seja escola dela. Cada vez mais os pais vão percebendo que é fundamental que a escola tenha estímulo ao voluntariado, à associação de idéias, ao choque cultural. Aliás, eu tenho até uma noticia exclusiva para dar para vocês: o Aprendiz já foi sondado para replicar o conceito de bairro-escola no centro da cidade, na Vila Maria, na Móoca e também na Avenida Paulista. E o nosso papel é facilitar essa integração. O que você acha da tentativa das escolas públicas abrirem nos finais de semana para práticas de esportes e integração? Acho super importante. É um passo avante. Só acho que tem que ser radicalizado. Você tem que fazer com que parte das aulas seja fora da escola, mas de forma qualificada. Se você quer melhorar a educação, existe uma série de questões óbvias: capacitar o professor, melhorar os materiais, os laboratórios de informática... Mas tem uma coisa fundamental e que no Brasil quase não existe é uma escola de formação de diretores: para que eles sejam empreendedores sociais. Para saberem fazer a articulação da comunidade, de pais e professores na escola, para saberem aproveitar toda a riqueza de uma comunidade. Que eles não sejam só gerenciadores de alunos em sala de aula com professores. É o que

eu chamo de pedagogo comunitário, que saiba fazer a união da escola com a comunidade. O que você diz de experiências que têm como objetivo fazer com que a criança e o adolescente passem a ser produtores de informação? Uma das habilidades contemporâneas é trabalhar com a mídia. Então, programas como esse tem várias coisas positivas. Uma delas é trabalhar criticamente com a mídia, trazer a mídia para o processo educativo, que é fundamental. Mas, o mais importante disso tudo é você trabalhar com o aluno na condição de produção de conhecimento. É o protagonismo em estado pura. O aluno analisa todas as informações da mídia e, a partir daí, produz. Todos vocês aqui (jovens do Conselho da Vira) de alguma forma trabalham em projetos de protagonismo. Por que vocês são diferenciados? Porque vocês são estimulados a serem críticos e a atuarem como produtores de coisas. O que eu quero é vocês sejam a norma, e não a exceção. Agora, imagina se vocês estivessem limitados apenas ao conhecimento escolar: história, geografia... como a maioria? Vocês mostram como tem que ser a escola sem sala de aula. Foi a primeira vez em que crianças e adolescentes ocuparam espaço dentro do Fórum Mundial de Educação. Foram aproximadamente 8.730 crianças, adolescentes e jovens, cerca de 10% da população do Fórum. Você considera válida essa mudança? Já é uma mudança conceitual. Uma mudança da percepção de ouvir o outro. Porque criança não é adulto pequeno. Quando eu falo projeto de vida, não é que você tem que ter 25 anos. Projeto de vida é uma coisa constante que você vai montando. Isso é uma questão fundamental. Para mim o Fórum foi importante porque foi a primeira vez que sistematizamos a experiência do bairro-escola. Você é contra o vestibular? Eu sou contra, porque não produz aprendizado. E se, para mim, educar é ajudar as pessoas a terem projetos de vida, a serem independentes, o que adianta a pessoa saber tabela periódica? Ela tem que ter habilidades de expressão, de uma leitura crítica da mídia, saber quem é no mundo. A tabela periódica é muito importante se você quiser na sua área conhecer ciências, mas ela não pode decorar essas informações. Agora, por outro lado, eu acho que as pessoas têm que enfrentar os rituais iniciatórios, do contrário elas estão fora do mundo. Qual a sua opinião sobre as cotas para afrodescendentes nas universidades? Eu gosto da idéia de cotas desde que o aluno preencha um patamar mínimo dentro da avaliação apesar de achar que você não pode ter critério nenhum. Mas desde que você ajude a pessoa a recuperar algumas defasagens, senão ele vai ficar o tempo todo sendo refém do seu passado. Tá na mão Cidade Escola Aprendiz

Rua Belmiro Braga, 154 Vila Madalena São Paulo SP Tel: (11) 3813-7719! mailto:gdimen@uol.com.br"#%$'&)(+*+,.-/012/&134 SOARES, Isis Lima, et al. O mundo como escola. Disponível em: <http://www.setor3.com.br/>. Acesso em: 9 ago. 2004.