APOSTILAS DO TERCEIRO BIMESTRE 6 ANO. TURMA 601 3º Bimestre Aula 10 História em Quadrinhos Surgem os super-heróis. A ideia de usar desenhos sequenciais para contar uma historia não é nova, na verdade vem desde a pré-história, mas a historia dos super heróis como nós os conhecemos hoje, isso é um pouco mais atual e seu surgimento, vem entrelaçado com um dos períodos mais tristes da historia humana. Em 1930 personagens clássicos como Betty Boop, Tarzan e Popeye, já viviam grandes aventuras nas paginas das revistinhas e alguns dos mais famosos heróis de quadrinhos surgiram no final desta década (1938 Superman e 1939 Batman). Mas com a disputa da Segunda Guerra Mundial que muitos personagens, principalmente os heróis, se envolvendo em tramas com guerras e violência.
Durante a Segunda Guerra, surgiram vários heróis como Capitão Marvel e o Capitão América, além disso, todos os super-heróis passaram a combater os nazistas em suas revistas. Mas afinal o porquê e como os super-heróis podiam ajudar na guerra? Bem durante a Guerra o exercito americano estava com um grande problema, eles mandavam milhares de homens todo ano para a guerra e muitos não tinham qualquer tipo de instrução, sendo assim eles precisavam aprender a ler de forma rápida e com um material leve e que pudesse ser carregado durante a guerra. O uso do formato das historias em quadrinhos foi o escolhido para esta função. Mas não foi só isso! Durante a guerra as tropas em geral sofriam muito, e muitos Americanos perdiam a esperança de que pudessem vencer a guerra. Assim os Heróis surgiam com um novo papel, o de aumentar a autoestima dos Americanos.
Demonstrando o patriotismo em seus uniformes, os Heróis mostravam ao povo, que o lado certo (Americano) era mais forte e sempre vencia, pois, lutavam pela Justiça, Honra e Lealdade, não é a toa que este é o tema da Liga da Justiça, e também uma das frases mais faladas pelos super-heróis. Basta lembrar-se do filme Capitão América, e ver como o Capitão América foi convocado para Levantar a moral das tropas americanas durante a Segunda Guerra. Após a Segunda Guerra, veio a famosa Guerra Fria. Agora os heróis não lutavam mais contra o Hittler, mas sim contra o comunismo ou a União Soviética. A temática permaneceu, e toda uma nova legião de heróis surgiu para defender a democracia. Entre muitos personagens que lutaram na guerra fria, podemos citar alguns que fizeram e ainda fazem grande sucesso até hoje, como o Homem-Aranha, os X-Men, o Hulk e o Quarteto Fantástico. Hoje sem a Guerra Fria, e sem outras guerras, os Super-Heróis lutam contra Super-Vilões, invasores extraterrenos e tudo que a imaginação dos roteiristas permitir. VAMOS EXERCITAR Baseado em seu personagem de historia em quadrinhos preferido, crie um novo personagem. Não é preciso desenhar, basta descrever o personagem, da seguinte forma: A) B) C) D) Nome do personagem original Nome do personagem novo Escreva uma historia contando como o seu personagem ganhou os poderes Escreva quais os poderes dos seu personagem.
TURMA 601 3º Bimestre Aula 11 História em Quadrinhos Estilos Como já vimos às historias em quadrinhos são antigas, mas antigas quanto? Bem, a primeira historia em quadrinhos ou HQ, moderna foi criada em 1895 pelo americano Richard Outcault. O que seria uma historia em quadrinhos moderna? Com já falamos na aula passada, a ideia de usar o desenho pra contar uma historia vem desde os homens das cavernas, o que podemos considerar como historia em quadrinhos moderna é a linguagem utilizada pelas historias em quadrinhos até hoje, ou seja, a adoção de um personagem fixo, a ação fragmentada em quadros e os textos em balõezinhos. Esses mesmos elementos são encontrados desde a primeira historia em quadrinhos moderna até hoje. Mas voltando a Outcault, sua primeira historia surgiu nos jornais sensacionalistas de Nova York e se chamava Yellow Kid (Menino Amarelo), alguns anos depois do seu lançamento o Yellow Kid ficou tão famoso que suas tirinhas se tornaram indispensáveis nos jornais americanos.
A novidade se espalhou pelo mundo ganhando muitos adeptos no Japão e na Europa. O que podemos chamar de a última (até agora) grande mudança feita no estilo das Historias em Quadrinhos se deu na revista lançada em 195 por Winsor McCay, a Little Nemo in the Slumberland, que usou pela primeira vez a perspectiva em seus desenhos. Ao longo do tempo surgiram vários estilos de historias em quadrinhos, sendo os mais comuns: Charges, Cartoon, Comics e Mangá. Afinal não é tudo historia em quadrinhos? Então qual a diferença? Sim no fundo é tudo igual, mas cada um sofreu influência de acordo com a realidade cultural e social de seu país. Charges A charge é um estilo de ilustração que tem como finalidade ironizar, por meio de caricaturas, algum acontecimento atual. A palavra Charge vem do Frances (carga), que significa carregar, exagerar nos traços a fim de tornar engraçado. A charge
em geral é uma crítica político-social, onde o artista expressa sua visão sobre determinada situação através do humor. Cartoon, Cartune ou Cartum É um estilo de desenho humorístico acompanhado ou não de legenda, de caráter crítico, o Cartoon retrata situações mais corriqueiras, do dia a dia da sociedade, diferente da charge que busca fatos específicos. O termo Cartoon é de origem britânica e foi usado pela primeira vez em 1840, seu significado é estudo ou esboço.
Comics É o nome que se dá as nossas já conhecidas historias em quadrinhos americanas. O termo em inglês quer dizer cômico, isso se explica pelo fato de que originalmente as historias em quadrinhos eram apenas de comédias, o que não ocorre hoje em dia, mas o nome pegou e hoje é a forma como são chamados os quadrinhos americanos e seu estilo característico de desenho, ou seja, desenhos mais realistas, cheios de detalhes e em geral muito coloridos e suas histórias infinitas. As maiores editoras das Comics americanas são as famosas Marvel Comics e a DC Comics. Mangá É o nome dado ás histórias em quadrinho japonesas. A palavra mangá é a junção de dois vocábulos: man = involuntário e gá = imagem. Os mangás são diferentes dos comics não só por serem de origem japonesa, mas em muitos outros detalhes. Um dos mais notáveis é a ordem da leitura, que em um mangá é de trás para frente, além disso, se começa a ler da direita para a esquerda. Outra característica do mangá é que, como os próprios japoneses costumam dizer, um mangá tem inicio, meio e fim, além disso, as revistas de mangá são publicadas em volumes maiores, cerca de 200 pagina, contra no máximo 60 das Comics, o que permite aos mangakás (nome dos autores de mangás) criarem historias mais elaboradas. Outra diferença grande está na
estrutura dos desenhos, que são menos detalhados, mais estilizados, e são sempre feitos completamente em preto e branco. VAMOS EXERCITAR Trabalho que pode ser em trio, dupla ou sozinho. Faça uma história em quadrinho, de no mínimo 3 quadrinhos (tirinha). Mas o trabalho tem que ter: A) A história tem que ter um personagem e uma historia. B) Tem que ser feita em uma folha de papel em branco sem pauta. C) Tem que ser feito com o estilo das historias em quadrinho, ou seja, dentro dos quadradinhos, e com as falas nos balões. D) Se for em grupo o trabalho pode ser dividido, por exemplo, um aluno faz o texto, o outro desenha e um terceiro faz a parte de pintura e acabamento da história. TURMA 601 3º Bimestre Aula 12 Arte e Arquitetura
No passado a arquitetura e a arte eram como gêmeos siameses andavam sempre juntas, e uma influenciava a outra. Isso se dava pela necessidade do ser humano de viver em meio à beleza. Afinal quem não gosta do que é belo? A grande dificuldade em se separa a arquitetura da arte se dava devido à linha tênue que determinava o que era arte e o que era designer, que somente nas ultimas décadas foi determinado, separando de vez a arte da arquitetura. Mas se hoje é fácil dizer o que é arte, o que é arquitetura e o que é designer, não podemos dizer a mesma coisa quando falamos do passado. Nos séculos XV, XVI, XVII, XVIII e XIX a produção artística era dedicada a um fim específico, o da satisfação pessoal ou constitucional. Os artistas eram contratados pela igreja, por senhores feudais, reis ou simplesmente por pessoas realmente ricas. A arte tinha a sua função, fosse ela para retratar e imortalizar a imagem de um nobre, ou decorar uma igreja, ou ainda construir a própria igreja. Vejamos como exemplo o Romantismo. O Romantismo foi um movimento artístico ocorrido na Europa por volta de 1800, que atingiu primeiro a literatura e a filosofia; depois as artes plásticas e a arquitetura. Nas artes plásticas, principalmente na pintura, o Romantismo foi marcado pelo amor a natureza livre e autêntica, pela sensibilidade poética valorizada pela profusão de cores, refletindo assim o estado de espírito do autor. Vejamos a obra de Delacroix chamada A Liberdade guiando o povo. Podemos notar o clima sombrio que demonstra a tristeza da guerra.
A arquitetura, entretanto foi marcada por elementos contraditórios, durante o final do século XVIII e o inicio do século XIX, ocorrem um conjunto de transformações, envolvendo a industrialização e a arquitetura refletiu essas mudanças com a utilização de novos materiais, tais como o Aço, um grande exemplo deste período é a Torre Eiffel.
A arte e a arquitetura se influenciavam de tal forma que, durante muitos séculos, a cada estilo artístico surgido, surgia também um novo estilo arquitetônico e vice e versa. Algumas vezes um estilo surgia na arquitetura e pouco influenciava na arte, como é o caso do estilo gótico, que surgiu durante a Idade Média, também conhecida como idade das trevas. A arte gótica influenciou a arquitetura, principalmente das igrejas, o eu criou igrejas imponentes, com arcos e vitrais. As igrejas góticas medievais estão entre as maiores igrejas do mundo, podemos citar, por exemplo, a famosa Catedral de Notre-Dame de Rouen, na França (sim é a Catedral do Corcunda), ela foi concluída em 1876 e tem 151 metros de altura. Outra igreja famosa tanto pela altura quanto por sua arquitetura gótica é a Catedral de Colônia, na Alemanha, que tem 157,4 metros! Ela foi concluída em 1880 e é a mais alta catedral católica do mundo.
TURMA 601 3º Bimestre Aula 13 Arte e Arquitetura Barroco e Rococó Como vimos a arte e a arquitetura influenciavam uma na outra, mas além da influência elas também se completavam. Para entender melhor este complemento da arte e da arquitetura vamos estudar os períodos conhecidos como Barroco e o Rococó Durante o final do século XVI e a metade do século XVIII, difundiu-se pelos países católicos, partindo inicialmente da Itália, o estilo artístico conhecido como Barroco. A igreja católica adotou o formato este formato artístico em suas construções e o propagou por vários países o continente europeu. O mundo na época passava por diversas descobertas e reformas sociais e política, a igreja católica perdia muitos fieis para os seguidores do Protestantismo. Buscando mostrar o seu poder e manter seus fieis, a igreja adotou a opulência em suas igrejas. Na arquitetura das igrejas barrocas Europeias, se destacam as monumentais dimensões, a opulência das formas e a extrema ornamentação com elementos contorcidos e espirais que produzem diferentes efeitos visuais, tanto na fachada quanto em seu interior. Nas artes, principalmente nas pinturas, podemos destacar o naturalismo, o realismo e os temas religiosos ou da mitologia Greco-romana. Um bom exemplo da arquitetura Barroca europeia é a Catedral de São Tiago de Compostela.
Entre o inicio e o fim do século XVIII, floresce na Europa o estilo conhecido como Rococó. Nascido em Paris, o estilo ganha o nome derivado da palavra francesa rocaille, que significa concha, associado as rocaillas ou talhas em forma de concha estilizada, neste estilo. O estilo Rococó surge como uma reação da aristocracia francesa contra o Barroco,considerado suntuoso, palaciano e solene demais. A grande característica do estilo Rococó era a delicadeza e elegância, cultivada por temas leves e sentimentais, onde a linha curva, as cores claras e a assimetria tinha um papel fundamental na composição da obra. O Rococó também é conhecido como o estilo Luz, devido a sua arquitetura possuir amplas aberturas para a entrada da luz natural,o que a diferencia e muito do estilo Barroco. Um lindo exemplo da arquitetura e arte do estilo Rococó é o interior do Palácio de Queluz na França.
NO BRASIL O estilo Barroco chega ao Brasil introduzido pelos missionários católicos, especialmente os Jesuítas, com a missão de catequizar os povos indígenas. A arte barroca brasileira foi formada por influencias europeias e adaptações locais, por isso a arquitetura barroca brasileira seja tão diferente daquela vista na Europa. Na arquitetura notamos a maior diferença, aqui no Brasil o estilo seguido foi o chamado Estilo Chão, que se caracteriza por uma fachada composta de figuras geométricas básicas, frontões triangulares, poucas janelas, paredes marcadas pelo contraste entre a pedra e as superfícies brancas, pouca a nenhuma decoração externa e em geral duas torres laterais. Um bom exemplo desta arquitetura é o Mosteiro de São Bento, que foi fundado em 1590.
Embora a fachada da igreja possa parecer simples, por dentro à ornamentação é apurada e suntuosa. As paredes da igreja são totalmente revestidas de talha dourada (esculturas
em geral de madeira, cobertas de folhas de ouro, aplicadas na parede) As pinturas e esculturas complementam a ornamentação das paredes. Outras fortes características do estilo Barroco são as colunas torcidas cobertas de folhas de videira, o altar em forma de pirâmide e as cortinas vermelhas.
A pintura vermelha que preenche os espaços não cobertos pela talha dourada, acentuam o dourado e a sensação de luxo da ornamentação. Se o estilo Barroco se fundou nos conventos, o estilo Rococó marca uma das mais importantes igrejas do Rio de Janeiro, a antiga Sé, ou Igreja de Nossa Senhora do Carmo. Esta igreja que foi erguida como capela em 1590.
Passou por várias modificações e foi palco de muitos momentos históricos como a sagração dos imperadores D. Pedro I e D. Pedro II, além do casamento da Princesa Isabel.
A fachada da igreja sofreu várias modificações, a torre foi demolida em 1875 e reconstruída em 1905. Mas é em seu interior que está a principal característica do estilo Rococó. O trabalho em talha dourada que cobre a igreja transmite uma sensação de elegância e clareza, como as talhas não cobrem totalmente a parede fazem um perfeito contraste entre o dourado e as cores do fundo, em geral o branco, o bege e outras cores suaves.
Outras características do estilo Rococó que podemos ver na Antiga Sé são: a iluminação, que é mais clara vinda de janelas amplas e aberturas circulares que se localizam em cima de cada tribuna, conhecidas como Lunetas, as colunas retas e finas e as rocalhas.