Universidade do Minho Escola de Ciências da Saúde. Jorge de Almeida Berkeley Cotter



Documentos relacionados
Que Valores Devem Ser Adotados para o Diagnóstico de Microalbuminúria no Diabete Melito? artigo original

Diabetes Mellitus: Nefropatia

Epidemiologia DIABETES MELLITUS

Hipertensão Arterial Epidemiologia e Prognóstico

ATUALIZA ASSOCIAÇÃO CULTURAL ENFERMAGEM EM EMERGÊNCIA ÍRIA CRUZ PIMENTEL

Metas de pressão arterial em pacientes com diabetes Blood pressure goals in patients with diabetes

O objetivo primordial do tratamento da hipertensão arterial é a redução da morbidade e da mortalidade cardiovascular do paciente hipertenso

ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO

Diabetes e Hipogonadismo: estamos dando a devida importância?

Hipertensão e Risco de I C. Tratamento da Hipertensão: Dados Observacionais

Efeitos da Ampla Modificação no Estilo de Vida como Dieta, Peso, Atividade Física e Controle da Pressão Arterial: Resultado de 18 Meses de Estudo

Tensão Arterial e Obesidade na comunidade assídua do mercado municipal de Portalegre

Prevalência, Conhecimento, Tratamento e Controle da Hipertensão em Adultos dos Estados Unidos, 1999 a 2004.

Capacitação sobre as LG de HAS, DM e DRC. Capacitação sobre as Linhas Guia de HAS e DM -DRC-

Treinamento de Força e Diabetes. Ms. Sandro de Souza

Detecção precoce de cardiotoxicidade em Oncologia

Pré diabetes. Diagnóstico e Tratamento

1. PREVENÇÃO DA NEFROPATIA DIABÉTICA

Sessão Televoter Diabetes

O Diagnóstico, seguimento e tratamento de todas estas complicações causam um enorme fardo econômico ao sistema de saúde.

Pré-hipertensão: tratamento

CORRELAÇÃO DA INSUFICIÊNCIA RENAL E ANEMIA EM PACIENTES NORMOGLICEMICOS E HIPERGLICEMICOS EM UM LABORATÓRIO DA CIDADE DE JUAZEIRO DO NORTE, CE

Diretrizes Assistenciais. Protocolo de Avaliação e Seguimento de Doadores Renais após a Doação

A ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO PARA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA, DIABETES MELLITUS E DOENCA RENAL CRÔNICA

COMO PREVENIR A INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA

Insuficiência Cardíaca Aguda e Síndrome Coronária Aguda. Dois Espectros da Mesma Doença

Sessão Televoter Diabetes

Sessão Televoter Diabetes. Jácome de Castro Rosa Gallego Simões-Pereira

Doença renal crônica é um problema de saúde pública no Brasil. Emmanuel A. Burdmann Presidente da SBN

Self-reported diabetes: a feasible solution for national surveys in developing countries as Brazil.

Hipertensão arterial e insuficiência cardíaca

VIII Encontro Nacional de Prevenção da Doença Renal Crônica. Brasília 6 e 7 de dezembro de 2012

Diabetes Mellitus: Tratamento da Hipertensão Arterial

Prevenção e Tratamento da Doença Renal Crônica

MÓDULO TEMÁTICO. Diagnóstico e tratamento da nefropatia diabética. Introdução. Autoras:

Novas diretrizes para pacientes ambulatoriais HAS e Dislipidemia

SABADOR. Apresentadora: Renée Sarmento de Oliveira Membro da equipe de Cardiologia/Coronária HBD. Professora de Clínica Médica da UNIRIO

Caracterização dos doentes toxicodependentes observados pela equipa de Psiquiatria de Ligação - análise comparativa dos anos de 1997 e 2004

Consulta de Enfermagem para Pessoas com Hipertensão Arterial Sistêmica. Ms. Enf. Sandra R. S. Ferreira

CRS Leste/ST Guaianases UBS Jd. Aurora

Controle Inadequado da Pressão Arterial em Pacientes com Diabete Melito Tipo 2

Congresso do Desporto Desporto, Saúde e Segurança

Arterial Structure and Function after Recovery from the Metabolic Syndrome The Cardiovascular Risk in Young Finns Study

Predição da Pré-eclâmpsia no Primeiro Trimestre

Sugestões para o rol. Núcleo Amil de Avaliação de Tecnologias em Saúde. Suzana Alves da Silva Maria Elisa Cabanelas Pazos

Serviços - pressão de Inverno

8º SIMPÓSIO DE CARDIOLOGIA INTERVENCIONISTA PARA O CLÍNICO

INFLUÊNCIAS DA KINESIOTAPING NO DESEMPENHO DO SALTO EM DISTÂNCIA, EM INDIVÍDUOS SADIOS JOVENS

Projeto de Auditoria Clínica

Somatropina no adulto. Fernando Baptista Serviço de Endocrinologia Diabetes e Metabolismo. Hospital de Santa Maria. Lisboa

PERFIL MEDICAMENTOSO DE SERVIDORES HIPERTENSOS DA UEPG

EFEITO DA PRÁTICA DA ATIVIDADE FÍSICA REGULAR NO RISCO CARDIOVASCULAR EM IDOSOS HIPERTENSOS E/OU DIABÉTICOS: UMA ANÁLISE A PARTIR DO PERFIL LIPÍDICO.

Microalbuminúria é um Marcador Prognóstico Independente em Pacientes com Insuficiência Cardíaca Crônica

DIABETES TIPO 2 PREVALÊNCIA DIAGNÓSTICO E ABORDAGEM. Paula Bogalho. S. Endocrinologia Diabetes e Metabolismo

PASSOS PARA A PRÁTICA DE MBE. ELABORAÇÃO DE UMA PERGUNTA CLÍNICA André Sasse sasse@cevon.com.br PASSOS PARA A PRÁTICA DE MBE ELABORAÇÃO DA PERGUNTA

Projeto de Resolução n.º 238/XIII/1.ª. Recomenda ao Governo que implemente medidas de prevenção e combate à Diabetes e à Hiperglicemia Intermédia.

8º CONGRESSO PORTUGUÊS DE HIPERTENSÃO 8 I N T E R N AT I O N A L M E E T I N G O N H Y P E R T E N S I O N

Ateroembolismo renal

Estratégias para implementar medidas de prevenção primária da hipertensão Strategies to implement measures for primary prevention of hypertension

Disciplinas: Estágio Docente e Tópicos Avançados em Nefrologia I e II

Aumento dos custos no sistema de saúde. Saúde Suplementar - Lei nº 9.656/98

Função pulmonar na diabetes mellitus

Associação de Marcadores Inflamatórios e Níveis Tensionais em Indivíduos Hipertensos com Diabetes Mellitus Tipo 2

Saúde e Desporto. Manuel Teixeira Veríssimo Hospitais da Universidade de Coimbra. Relação do Desporto com a Saúde

ABORDAGEM DO DOENTE COM DIABETES TIPO 2 E DOENÇA RENAL PROGRESSIVA. Paula Cristina Coelho Jardino

AVALIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO ENTRE A AR E A DM TIPO II. Agenda: 1. INTRODUÇÃO 2. OBJECTIVOS 3. METODOLOGIA 4. PLANIFICAÇÃO DO PROJECTO

7º Congresso Unidas de

bapwv 80 bapwv 5 bapwv bapwv bapwv bapwv 1999 Framingham study mechanical stress

Diabetes Mellitus: Prevenção

Aliança para um Futuro Livre de Cárie

Velhas doenças, terapêuticas atuais

O escore de risco de Framingham para doenças cardiovasculares. Framingham score for cardiovascular diseases. Paulo Andrade Lotufo 1

Administração dos riscos cardiovasculares Resumo de diretriz NHG M84 (segunda revisão, janeiro 2012)

Valor do sector do Diagnóstico in vitro, em Portugal. Principais conclusões APIFARMA CEMD. Outubro 2014

Avaliação do Risco Cardiovascular SCORE (Systematic Coronary Risk Evaluation) Departamento da Qualidade na Saúde

CASO CLÍNICO. LA, 42 anos, sexo masculino, natural de São Paulo, SP, casado, consultor tributário, católico. Edema nas pernas havia 30 dias.

NÚMERO: 008/2011 DATA: 31/01/2011 Diagnóstico Sistemático da Nefropatia Diabética

Associações fixas de drogas anti-hipertensivas: vantagens e desvantagens na prática clínica

Fatores Associados a Microalbuminúria em Pacientes com Hipertensão Arterial Resistente.

6º FÓRUM FEBRABAN DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO SUSTENTABILIDADE NA GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL DUPONT DO BRASIL

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DE MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR

Questões actuais na prática clínica: Qual a importância e risco da terapêutica anti-dislipidémica no doente idoso?

PROPOSTA DE PROGRAMA PARA UMA INTERVENÇÃO SISTEMATIZADA NO SÍNDROME DE APNEIA DO SONO NO ÂMBITO PLANO NACIONAL DE SAÚDE

Glomerulonefrite Membranosa Idiopática: um estudo de caso

Tratamento multidisciplinar na doença renal crônica prédialítica: uma análise de custo-efetividade T Í T U LO DA APRESENTAÇÃO:

Profa Dra Rachel Breg

O que é O que é. colesterol?

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA *

Paciente com DM, HAS e DAC (IAM recente), HBAC 7%, IMC 42: A curva J teria importância no tratamento deste paciente? Claudio Marcelo B.

6 Não será permitido o uso de dicionário.

Miguel Gus 1, Flávio Danni Fuchs 1. Hipertensão, diabetes melito tipo 2, terapêutica.

PARTICULARIDADES NA DOENÇA RENAL CRÔNICA EM GATOS ADULTOS X IDOSOS

Influência das Variantes Genéticas Funcionais do Sistema Renina-Angiotensina na Doença Arterial Coronária.

Na hipertensão arterial

Como prescrever o exercício no tratamento do DM. Acad. Mariana Amorim Abdo

Reoperações em Cirurgia Cardíaca: a experiência de 5 anos de um Centro

Artigo. de CARDIOLOGIA do RIO GRANDE DO SUL. paciente com diabetes melito. Miguel Gus Flávio Danni Fuchs. REVISTA da SOCIEDADE

PALAVRAS-CHAVE Educação em Saúde. Prevenção. Doença Renal Crônica.

REVISTA ÂMBITO HOSPITALAR TEMA SOLICITADO: Doença Renal Crônica e Dia Mundial do Rim: detecção precoce é essencial. Gianna Mastroianni Kirsztajn

Qualidade de vida e funcionalidade das pessoas com insuficiência cardíaca crónica grave

Transcrição:

Universidade do Minho Escola de Ciências da Saúde Jorge de Almeida Berkeley Cotter Relações da hipertensão arterial com a taxa de excreção de albumina numa consulta hospitalar de hipertensão arterial e risco cardiovascular Outubro de 2008

Universidade do Minho Escola de Ciências da Saúde Jorge de Almeida Berkeley Cotter Relações da hipertensão arterial com a taxa de excreção de albumina numa consulta hospitalar de hipertensão arterial e risco cardiovascular Tese de Doutoramento Ciências da Saúde Medicina Clínica Trabalho efectuado sob a orientação de: Professor Doutor Jorge Polónia Professor Doutor Nuno Sousa Outubro de 2008

AGRADECIMENTOS A todos os meus Mestres, em especial aos saudosos Senhor Professor Doutor António Falcão de Freitas e Senhor Dr. António Celso Fontes, que me incutiram o gosto pela investigação clínica e me ajudaram a crescer como Médico e como Homem. A todos os Colegas do extinto Serviço de Medicina 2 do Hospital S. João-Porto, pelo desafio permanente e criticismo construtivo, ao longo da minha formação. A todos os Colegas do Serviço de Medicina Interna do Hospital de Guimarães, em especial à Dr.ª Glória Alves, à Dr.ª Helena Sarmento e ao Dr. Pedro Cunha, pela compreensão, incentivo e amizade sempre demonstradas. Aos Senhores Professores Doutores Jorge Polónia e Pedro Oliveira, pela dedicação, ajuda paciente e crítica construtiva, ao longo dos últimos três anos. Aos Senhores Professores Doutores Joaquim Pinto Machado e Nuno Sousa, pela oportunidade de integrar um novo projecto pedagógico e de investigação, onde a transmissão e recepção de experiências e conhecimentos com os futuros médicos, condicionam vivências sempre enriquecedoras. Ao Senhor Doutor Jorge Sampaio, pela profunda amizade, estímulo continuado e a lembrança dos valores da Família, de trabalho, estudo e honradez, da velha Casa do Ribeiro de Calvos. Á Família não é preciso agradecer! A Maria João e as minhas filhas, Maria Júlia, Maria João e Ana Maria, são parte integrante da vivência deste projecto. iii

iv

RELAÇÕES DA HIPERTENSÃO ARTERIAL COM A TAXA DE EXCREÇÃO DE ALBUMINA NUMA CONSULTA HOSPITALAR DE HIPERTENSÃO ARTERIAL E RISCO CARDIOVASCULAR RESUMO Efectuou-se um estudo observacional numa Consulta Hospitalar de Hipertensão Arterial e Risco Cardiovascular num hospital do Norte de Portugal, tendo como objectivos a avaliação da distribuição da taxa de excreção de albumina nessa população; a análise do valor discriminativo da taxa de excreção de albumina no que respeita à frequência e gravidade de lesão de órgãos alvo e eventos cardiovasculares; a constatação, nos pacientes normoalbuminúricos de alto e muito alto risco cardiovascular, dos factores que condicionam o surgimento de microalbuminúria ao fim de um ano de acompanhamento; por fim, a análise nos pacientes microalbuminúricos, da influência na taxa de excreção de albumina de uma terapêutica anti-hipertensora baseada em antagonistas dos receptores da angiotensina (ARAs) sem inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECAs) versus uma terapêutica anti-hipertensora baseada em IECAs sem ARAs, ao fim de um ano de acompanhamento. Foram incluídos 709 pacientes hipertensos aos quais se aplicou um protocolo de actuação em bases clínicas e laboratoriais, e que incluíam determinações urinárias de albumina por grama de creatinina, em amostra ocasional. O estudo mostrou uma frequência global de microalbuminúria de 26,5% e de albuminúria de 10,7%. A um valor progressivamente mais elevado da taxa de excreção de albumina correspondeu uma frequência crescente de hipertrofia ventricular esquerda e um valor progressivamente menor da taxa de filtração glomerular estimada. As frequências de insuficiência cardíaca, cardiopatia isquémica e de doença arterial periférica mas não de doença cerebrovascular isquémica, foram mais elevadas consoante a taxa de excreção de albumina se mostrou progressivamente crescente. Nos pacientes inicialmente normoalbuminúricos, constatamos serem factores de diminuição do risco de progressão para microalbuminúria ao fim de 12 meses, um melhor controlo da pressão v

arterial sistólica e diastólica, níveis de taxa de excreção de albumina no terço inferior de normalidade e uma significativa melhoria do perfil lipídico. Por outro lado, verificamos serem factores associados à progressão para microalbuminúria ao fim de 12 meses, um maior tempo de conhecido diagnóstico de hipertensão arterial, uma tendência a maiores frequências de hipertrofia ventricular esquerda e de taxa de filtração glomerular estimada mais baixa na admissão e uma maior frequência de doença arterial periférica na admissão. Nos pacientes microalbuminúricos, tratados durante 12 meses com base em IECAs sem adição de ARAs, ou com base em ARAs sem adição de IECAs, não encontramos, entre os dois grupos, diferenças significativas nos níveis de pressão arterial e na deterioração da função renal para além do esperado fisiologicamente para o período em causa. Concomitantemente, não verificamos alterações significativas na mediana da microalbuminúria, quer dentro de cada grupo, quer na comparação entre ambos os grupos após um ano de tratamento. Aqueles a tomarem ARAs tiveram uma evolução para proteinuria significativamente menor do que aqueles a tomarem IECAs (3% contra 20%). vi

RELATIONSHIP BETWEEN ARTERIAL HYPERTENSION AND ALBUMIN EXCRETION RATE IN AN HOSPITAL BASED OUTPATIENT CLINIC DEDICATED TO HYPERTENSION AND CARDIOVASCULAR RISK ABSTRACT An observational study was performed based on the patients followed on an Outpatient Clinic dedicated to Hypertension and Cardiovascular Risk, in a Hospital Centre from the Northern region of Portugal. The objectives of the study were to: evaluate de distribution of albumin excretion rate (AER) in that population; to analyse the discriminative value of AER in what concerns the frequency and severity of target organ damage and cardiovascular events; to ascertain, in normoalbuminuric high and very high cardiovascular risk patients, the factors associated with progression to microalbuminuria at the end of one year of follow up; and finally, to analyse in microalbuminuric patients, the influence on AER of the use of anti-hypertensive therapy based on angiotensin receptor blockers (ARBs) without angiotensinogen converting enzyme inhibitors (ACEIs) versus a therapeutic strategy based on ACEIs without ARBs, at the end of one year of follow up. Seven hundred and nine hypertensive patients were included and a protocol of laboratorial and clinical records was applied to all of them, including the urinary measurement of albumin per gram of creatinine, on an occasional sample. This study revealed a global frequency of microalbuminuria of 26, 5%, and 10, 7% of albuminuria. To progressively higher levels of AER, correspondent progressively higher frequency of left ventricular hypertrophy and progressively lower value of estimated glomerular filtration rate were found. The frequency of heart failure, coronary heart disease and peripheral arterial disease were rising with corresponding rising levels of AER; the same could not be said about the frequency of ischemic stroke. vii

In initially normoalbuminuric patients, we registered as variables decreasing the risk of progression to microalbuminuria after 12 month follow up: a better systolic and diastolic blood pressure control, levels of AER in the lower tercile of the normal range and a significant improvement of the lipidic profile. On the other hand, we recorded as variables associated with progression to microalbuminuria after 12 months of follow up: a higher time elapsed after the diagnosis of hypertension, a tendency to both higher frequency of left ventricular hypertrophy and lower estimated GFR at admission, and a higher frequency of peripheral arterial disease at admission. In microalbuminuric patients, treated during 12 months either with an ACEI based scheme without ARBs or with an ARB based scheme without ACEI, we could not find significant differences between treatment groups concerning blood pressure levels and renal function decline (beyond the physiologically expected during the study period). Concurrently, we did not register significant changes in microalbuminuria median values, whether within each group or in the direct comparison between study groups after one year of treatment. Those on an ARB based treatment regimen had a significantly lower evolution to proteinuria than those on an ACEI based treatment regimen (3% versus 20%, respectively). viii

ÍNDICE Capítulo 1: Introdução...11 Capítulo 2: Objectivos...27 Capítulo 3: Descrição Metodológica Geral...31 Capítulo 4: Caracterização geral da amostra...37 Capítulo 5: Valor discriminativo da taxa de excreção de albumina numa população de hipertensos em consulta hospitalar...49 Capítulo 6: Risk factors for development of microalbuminuria in diabetic and non diabetic normoalbuminuric hypertensives with high or very high cardiovascular risk - a twelve month follow-up study...75 Capítulo 7: Different pattern of one year evolution of microalbuminuria in hypertensive patients treated with different inhibitors of the renin angiotensin system...97 Capítulo 8: Discussão...121 Capítulo 9: Conclusões...145 Capítulo 10: Perspectivas Futuras...149 ix

LISTA DE ABREVIATURAS AVC Acidente vascular cerebral BCCD Bloqueadores dos canais de cálcio dihidropiridínicos DAP Doença arterial periférica ESH/ESC Sociedade Europeia de Hipertensão Arterial / Sociedade Europeia de Cardiologia HDL-Colesterol Lipoproteínas de alta densidade associadas ao colesterol HTA Hipertensão arterial IMC Índice de massa corporal JNC Comissão Nacional Americana de Prevenção, Diagnóstico, Avaliação e Tratamento da Hipertensão Arterial LDL-Colesterol Lipoproteínas de baixa densidade associadas ao colesterol M0 Momento da admissão M12 Avaliação aos 12 meses MDRD Grupo de estudos da modificação da dieta na insuficiência renal PAD Pressão arterial diastólica PAS Pressão arterial sistólica PCR Proteína C reactiva Razão Micro Creat Razão microalbuminúria creatinina SRAA Sistema renina-angiotensina-aldosterona TEA Taxa de excreção de albumina TFG Taxa de filtração glomerular x

Capítulo 1 INTRODUÇÃO 11

12

Ao longo dos anos, em múltiplos estudos observacionais, a hipertensão arterial (HTA) tem mostrado uma forte correlação com a morbilidade e mortalidade cardiovasculares, quer no que se refere à pressão arterial sistólica (PAS), quer à pressão arterial diastólica (PAD) 1-3. Na Europa Ocidental, a relação da HTA com o acidente vascular cerebral (AVC) é maior do que com os eventos coronários, refletindo uma maior relação etiológica entre a HTA e o AVC 4. A HTA relaciona-se ainda, positiva e independentemente, com a prevalência de insuficiência cardíaca 5, doença arterial periférica 6 e doença renal terminal 7, tornando-se não só um poderoso factor de risco cardiovascular, como também de entidades mórbidas que por si mesmas, conduzem a um aumento do risco cardiovascular. A HTA pode ser causa ou consequência de doença renal crónica 8. Em quaisquer das circunstâncias, a influência da HTA sobre o rim pode traduzir-se por uma alteração da taxa de excreção de albumina (TEA) e/ou um mais rápido declínio da taxa de filtração glomerular (TFG) 8-11. No paciente com doença renal crónica, a HTA acrescenta ainda um aumento de morbilidade cardiovascular 8. A HTA é uma das principais marcas da grande maioria das doenças renais crónicas e é um importante factor de risco independente de progressão de doença renal crónica 7, 9. A prevalência da HTA aumenta à medida que vai diminuindo a TFG 8, 12. A doença renal crónica está fortemente associada a um inadequado controlo da HTA 13. Por outro lado, na doença renal crónica, o controlo da HTA é essencial para atrasar a sua progressão 14-21 e diminuir as lesões relacionadas com a pressão arterial elevada 22. A redução da pressão arterial abaixo dos níveis usualmente aceites para os pacientes hipertensos sem doença de órgão alvo, atrasa a progressão da doença renal, nomeadamente nos pacientes com proteinúria superior a 1g/dia 9, 10, 23. Foi encontrada uma forte relação entre o grau de controlo da pressão arterial e a redução da TEA, em pacientes diabéticos com microalbuminúria e com albuminúria 24. Nas nefropatias crónicas, quando a pressão arterial é bem controlada, os principais grupos de fármacos antihipertensores reduzem a TEA, com excepção dos bloqueadores dos canais de cálcio dihidropiridínicos 25, 26. Assim, nomeadamente na doença renal crónica, um apertado controlo da pressão arterial é necessário para reduzir o risco de doenças cardiovasculares, para manter uma TEA o mais próximo possível da normalidade e para reduzir o declínio da TFG, quer em pacientes diabéticos, quer em não diabéticos 25, 27. 13

A taxa de excreção de albumina (TEA) é a forma como o rim nos traduz o estado do leito vascular 28, 29 e/ou nos permite perceber a existência de uma doença parenquimatosa renal 8. A sua determinação tem grande relevância clínica, pois a sua quantificação crescente está associada a um aumento de risco cardiovascular 8, 30-54, ao surgimento e progressão de insuficiência renal crónica 9, 33, 37, 44, 55-69 e ao aumento da taxa de mortalidade global 31, 70. Têm sido considerados vários limiares para a análise da TEA em geral e da microalbuminúria em particular, dependendo ou não da utilização de critérios como o género 8, 71, 72 e do tipo de amostra onde essa determinação é efectuada 8, 73. Também as diferentes técnicas de detecção da albumina e a sua reprodutibilidade, podem influenciar a sua quantificação. A determinação clássica é efectuada na urina de 24 horas, mas a existência de múltiplos factores de erro, o mais frequente dos quais é a incompleta colecção de urina, levaram à procura de alternativas fidedignas. Hoje em dia, é recomendada a determinação do quociente albumina/creatinina numa amostra de urina da manhã 8, 74, 75. Esta análise tem sido equiparada à taxa de excreção de albumina determinada na urina de 24 horas 8, 74, 76, 77, é mais fácil de efectuar e tem menores causas de erro 8, 74. De qualquer forma, para a sua correcta interpretação, podemos ter que levar em linha de conta o sexo e a etnicidade 71, 72, 78, bem como o aumento da ingestão de proteinas e de sódio 79. Também devemos estar atentos aos possíveis factores confundidores, nomeadamente o exercício físico extremo, a presença de insuficiência cardíaca, de uma sindroma febril ou de uma infecção das vias urinárias, circunstâncias que devem levar ao adiamento da colheita até que o factor esteja corrigido 80, 81. No caso concreto da excreção de pequenas quantidades de albumina, não detectadas através das tiras-teste de detecção da proteinúria e classicamente chamada de microalbuminúria 74, a variabilidade intraindividual em dias sucessivos, aconselha a repetir a análise num espaço de três meses, de molde a obter dois valores acima do limiar diagnóstico, antes de confirmar a microalbuminúria 8, 74, 75. Têm no entanto surgido importantes trabalhos 31, 32, 36, 45, 63, 72, 82, 83 científicos, nos quais só se efectuou uma determinação da microalbuminúria/creatinina ou simplesmente da TEA em amostra ocasional e o diagnóstico da sua presença foi assim firmado. Acredita-se que nestas circunstâncias de trabalhos científicos com um grande número de casos e análises centralizadas a um único laboratório, a importância dessa variabilidade possa ser mitigada 32, 84. 14

Há variadas formas de definir a TEA no que concerne às suas subdivisões de normoalbuminúria, microalbuminúria e macroalbuminúria 4, 8, 73. Para efeitos dos trabalhos que aqui desenvolvemos, definimos macroalbuminúria ou simplesmente albuminúria, como uma taxa de excreção de albumina superior a 300 miligramas (mg) na urina de 24 horas 8 ou superior ou igual a 300 mg de albumina por grama (g) de creatinina numa urina aleatória 73. A albuminúria é um poderoso preditor de doença cardiovascular 30, 48, 54, 85-87, de mortalidade cardiovascular 48, 70, 87-90 e de mortalidade global 48, 70, 88, 89, 91, uma marca de doença renal estabelecida e um forte preditor de insuficiência renal crónica 9, 55-57, 60, 62, 68, 69, 92-96. Foi demonstrado que permanece como um marcador de risco cardiovascular mesmo quando a pressão arterial é controlada com fármacos que não actuam primariamente no sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) 97. Em modelos experimentais, o grau de albuminúria correlaciona-se com a magnitude da lesão renal e a redução da albuminúria ajuda a preservar a função renal 98. Num estudo efectuado na população geral, verificou-se que quanto mais elevada era a albuminúria, maior era a prevalência de doença renal terminal surgida no acompanhamento desses pacientes 99. No tratamento dos pacientes com HTA e albuminúria superior a 1g/24h, quanto mais baixo o nível da pressão arterial, melhor o prognóstico em termos de proteinúria 9, 26 e de progressão da doença renal 9, 10, 23. Nos pacientes hipertensos e com albuminúria, são recomendados valores de pressão arterial inferiores a 130/80 mmhg 4, 27 ou inferiores a 125/75 mmhg na presença de proteinúria superior a 1g/24h ou nefropatia diabética 8. Na presença de albuminúria, o declínio da taxa de filtração glomerular é tanto mais acentuado quanto maior for o grau de albuminúria basal 57, 69 9, 10, 23, 56, e da albuminúria residual, ou seja a existente seis meses após a instituição de uma terapêutica anti-albuminúrica 100. A sua melhoria com a terapêutica constitui um importante indício de atenuação do declínio da taxa de filtração glomerular, quer em pacientes diabéticos 60, 62, 68, 101, 102, quer em não diabéticos 9, 10, 58, 61, 69, 92, 96. Os fármacos que actuam no SRAA têm-se revelado particularmente eficazes na redução da taxa de albuminúria em pacientes com nefropatia diabética 19, 60, 62, 68, 103-105. O mesmo foi apurado em nefropatias proteinúricas não diabéticas 58, 69, 92, 94, 96, 106, 107. Em consonância com todos estes dados, as recomendações para o tratamento dos pacientes hipertensos albuminúricos vão no sentido da utilização prioritária de fármacos que actuam no SRAA, de molde a reduzirem simultaneamente a pressão arterial e a proteinúria e assim atrasarem a progressão da doença renal. 8, 27, 108. 15

A microalbuminúria é definida pela presença de uma taxa de excreção de albumina anormalmente elevada na ausência de proteinúria clínica 109. Foi pela primeira vez associada à HTA em pacientes não diabéticos em 1974 110 e mais tarde confirmada essa associação noutros estudos 111, 112. Foi declarada como preditora de nefropatia clínica em pacientes diabéticos tipo 1, em 1982 113, 114. Tem sido definida como a excreção de albumina entre 30 e 300 mg nas 24 horas 4, 8 ou 30-299 mg/g creatinina numa amostra de urina aleatória 73. É um sinal de disfunção endotelial 28, 29, que pode refletir anormalidade no funcionamento do SRAA, a qual, por sua vez, pode contribuir para a génese e progressão da aterosclerose 115. Verificou-se que o risco cardiovascular está aumentado mesmo para níveis de TEA considerados como normais e, portanto, abaixo do limiar de microalbuminúria 31, 32, 36, 39, 43, 45, 116, 117 e que existe uma relação linear entre os níveis de microalbuminúria e o risco cardiovascular 31, 32, 36. Tem-se também constatado, em pacientes hipertensos, que níveis considerados na faixa normal-alta da TEA estão associados a um maior decréscimo da taxa de filtração glomerular (TFG), quando comparados com pacientes com mais baixos níveis de TEA 117. A microalbuminúria é um factor de risco de morbilidade e mortalidade cardiovascular 30-32, 35-43, 45, 47, 48, 50, 51, 53, 118 e de mortalidade global 31, 32, 36, 39, 41, 45. É preditora de doença coronária 31, 35, 38-40, 42, 43, 45 e de hospitalizações por insuficiência cardíaca 32. Como factor de risco cardiovascular independente, a microalbuminúria manifesta-se nos pacientes hipertensos 35, 36, 41, 48, 49, 110-112, diabéticos 40, 41, 47, 48 e não diabéticos 31, 32, 35, 38, 41-43, 45, nos idosos 39, no sexo masculino 42, 48, nas mulheres pós-menopáusicas 51, nos dislipidémicos 52 e naqueles com hábitos tabágicos 119, 120. Parece ser um marcador de risco similar à hipertrofia ventricular esquerda (HVE) 36. Está associada a um aumento de risco de doença renal crónica 37, 44, 59, 63, 64, 66, 67, 113, 118, 121 quer em pacientes diabéticos 44, 59, 63, 64, 66, 67, 113, 118, quer em não diabéticos 37. Prediz a nefropatia diabética 44, 59, 63, 64, 66, 67, 109, 113, 118 e quando não tratada, quase invariavelmente progride para macroalbuminúria 109. Nos hipertensos, tem sido verificado que o nível de microalbuminúria é proporcional aos valores da pressão arterial sistólica (PAS) e da pressão arterial diastólica (PAD) 122. Adicionalmente, nos pacientes com microalbuminúria, foi observada uma associação entre estes valores e as alterações do ritmo circadiano da pressão arterial 123, 124. A microalbuminúria correlaciona-se ainda com o aumento da massa ventricular esquerda ( traduzida por HVE ) 82, 83, 125, 126, deterioração subclínica da função ventricular esquerda 83, 125, declínio da função renal 37 e aumento da espessura íntima-média da carótida 125-127. Em pacientes não diabéticos, é ainda especulativo que 16

a presença de microalbuminúria possa ser um indicador precoce do risco a longo termo do desenvolvimento de doença renal crónica terminal 128. Vários fármacos anti-hipertensores têm mostrado ser eficazes na redução da microalbuminúria em pacientes hipertensos 129-133. O principal determinante da redução da TEA em hipertensos, é a descida e controlo da pressão arterial 133. Nos pacientes diabéticos, embora as mais eficazes medidas de prevenção de eventos cardiovasculares e preservação da função renal sejam o tratamento e controlo da pressão arterial 134, 135, a redução da microalbuminúria com fármacos que actuam no SRAA, parece conferir protecção renal independente dos efeitos sobre a pressão arterial 67, 136. Dos trabalhos publicados internacionalmente nesta temática, subsistem dúvidas quanto ao valor preditivo da TEA no risco cardiovascular e renal em populações hipertensas com e sem diabetes, nomeadamente em pacientes normoalbuminúricos. Igualmente existe controvérsia quanto à caracterização dos factores determinantes da evolução de uma normal TEA para microalbuminúria. Numa perspectiva renal, são escassos os trabalhos que examinaram comparativamente diferentes modalidades de inibição terapêutica do SRAA na TEA em pacientes hipertensos microalbuminúricos 137-140, constituindo uma discussão plena de actualidade se existe vantagem de quaisquer das duas classes terapêuticas mais estudadas, ou seja, IECAs e ARAs. Em Portugal, à data do início deste trabalho não existiam estudos sobre a prevalência da microalbuminúria na população hipertensa nem trabalhos prospectivos que tenham examinado a evolução de pacientes hipertensos normoalbuminúricos numa perspectiva de TEA. Também em Portugal, não existem trabalhos publicados que tenham examinado comparativamente a influência de diferentes tratamentos anti-hipertensores na TEA. 17

BIBLIOGRAFIA 1. MacMahon S, Peto R, Cutler J, et al. Blood pressure, stroke, and coronary heart disease. Part 1, Prolonged differences in blood pressure: prospective observational studies corrected for the regression dilution bias. Lancet 1990;335(8692):765-74. 2. Lewington S, Clarke R, Qizilbash N, Peto R, Collins R. Age-specific relevance of usual blood pressure to vascular mortality: a meta-analysis of individual data for one million adults in 61 prospective studies. Lancet 2002;360(9349):1903-13. 3. Kannel WB. Blood pressure as a cardiovascular risk factor: prevention and treatment. Jama 1996;275(20):1571-6. 4. 2003 European Society of Hypertension-European Society of Cardiology guidelines for the management of arterial hypertension. J Hypertens 2003;21(6):1011-53. 5. Levy D, Larson MG, Vasan RS, Kannel WB, Ho KK. The progression from hypertension to congestive heart failure. Jama 1996;275(20):1557-62. 6. Criqui MH, Langer RD, Fronek A, et al. Mortality over a period of 10 years in patients with peripheral arterial disease. N Engl J Med 1992;326(6):381-6. 7. Klag MJ, Whelton PK, Randall BL, et al. Blood pressure and end-stage renal disease in men. N Engl J Med 1996;334(1):13-8. 8. K/DOQI clinical practice guidelines for chronic kidney disease: evaluation, classification, and stratification. Kidney Disease Outcome Quality Initiative. Am J Kidney Dis 2002;39(2 Suppl 1):S1-246. 9. Peterson JC, Adler S, Burkart JM, et al. Blood pressure control, proteinuria, and the progression of renal disease. The Modification of Diet in Renal Disease Study. Ann Intern Med 1995;123(10):754-62. 10. Klahr S, Levey AS, Beck GJ, et al. The effects of dietary protein restriction and bloodpressure control on the progression of chronic renal disease. Modification of Diet in Renal Disease Study Group. N Engl J Med 1994;330(13):877-84. 11. Young JH, Klag MJ, Muntner P, Whyte JL, Pahor M, Coresh J. Blood pressure and decline in kidney function: findings from the Systolic Hypertension in the Elderly Program (SHEP). J Am Soc Nephrol 2002;13(11):2776-82. 12. Eknoyan G. Meeting the challenges of the new K/DOQI guidelines. Am J Kidney Dis 2003;41(5 Suppl):3-10. 13. Coresh J, Wei GL, McQuillan G, et al. Prevalence of high blood pressure and elevated serum creatinine level in the United States: findings from the third National Health and Nutrition Examination Survey (1988-1994). Arch Intern Med 2001;161(9):1207-16. 14. Bergstrom J, Alvestrand A, Bucht H, Gutierrez A. Progression of chronic renal failure in man is retarded with more frequent clinical follow-ups and better blood pressure control. Clin Nephrol 1986;25(1):1-6. 15. Klahr S, Schreiner G, Ichikawa I. The progression of renal disease. N Engl J Med 1988;318(25):1657-66. 16. Parving HH, Andersen AR, Smidt UM, Svendsen PA. Early aggressive antihypertensive treatment reduces rate of decline in kidney function in diabetic nephropathy. Lancet 1983;1(8335):1175-9. 17. Pettinger WA, Lee HC, Reisch J, Mitchell HC. Long-term improvement in renal function after short-term strict blood pressure control in hypertensive nephrosclerosis. Hypertension 1989;13(6 Pt 2):766-72. 18

18. Walker WG, Neaton JD, Cutler JA, Neuwirth R, Cohen JD. Renal function change in hypertensive members of the Multiple Risk Factor Intervention Trial. Racial and treatment effects. The MRFIT Research Group. Jama 1992;268(21):3085-91. 19. Parving HH, Hommel E, Smidt UM. Protection of kidney function and decrease in albuminuria by captopril in insulin dependent diabetics with nephropathy. Bmj 1988;297(6656):1086-91. 20. Mogensen CE. Long-term antihypertensive treatment inhibiting progression of diabetic nephropathy. Br Med J (Clin Res Ed) 1982;285(6343):685-8. 21. Bjorck S, Nyberg G, Mulec H, Granerus G, Herlitz H, Aurell M. Beneficial effects of angiotensin converting enzyme inhibition on renal function in patients with diabetic nephropathy. Br Med J (Clin Res Ed) 1986;293(6545):471-4. 22. Anderson S, Meyer TW, Rennke HG, Brenner BM. Control of glomerular hypertension limits glomerular injury in rats with reduced renal mass. J Clin Invest 1985;76(2):612-9. 23. Jafar TH, Stark PC, Schmid CH, et al. Progression of chronic kidney disease: the role of blood pressure control, proteinuria, and angiotensin-converting enzyme inhibition: a patient-level meta-analysis. Ann Intern Med 2003;139(4):244-52. 24. Weidmann P, Schneider M, Bohlen L. Therapeutic efficacy of different antihypertensive drugs in human diabetic nephropathy: an updated meta-analysis. Nephrol Dial Transplant 1995;10 Suppl 9:39-45. 25. Remuzzi G, Ruggenenti P, Perico N. Chronic renal diseases: renoprotective benefits of renin-angiotensin system inhibition. Ann Intern Med 2002;136(8):604-15. 26. Ruggenenti P, Perna A, Benini R, Remuzzi G. Effects of dihydropyridine calcium channel blockers, angiotensin-converting enzyme inhibition, and blood pressure control on chronic, nondiabetic nephropathies. Gruppo Italiano di Studi Epidemiologici in Nefrologia (GISEN). J Am Soc Nephrol 1998;9(11):2096-101. 27. Chobanian AV, Bakris GL, Black HR, et al. Seventh report of the Joint National Committee on Prevention, Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure. Hypertension 2003;42(6):1206-52. 28. Garg JP, Bakris GL. Microalbuminuria: marker of vascular dysfunction, risk factor for cardiovascular disease. Vasc Med 2002;7(1):35-43. 29. Deckert T, Feldt-Rasmussen B, Borch-Johnsen K, Jensen T, Kofoed-Enevoldsen A. Albuminuria reflects widespread vascular damage. The Steno hypothesis. Diabetologia 1989;32(4):219-26. 30. Ljungman S, Wikstrand J, Hartford M, Berglund G. Urinary albumin excretion--a predictor of risk of cardiovascular disease. A prospective 10-year follow-up of middle-aged nondiabetic normal and hypertensive men. Am J Hypertens 1996;9(8):770-8. 31. Hillege HL, Fidler V, Diercks GF, et al. Urinary albumin excretion predicts cardiovascular and noncardiovascular mortality in general population. Circulation 2002;106(14):1777-82. 32. Gerstein HC, Mann JF, Yi Q, et al. Albuminuria and risk of cardiovascular events, death, and heart failure in diabetic and nondiabetic individuals. Jama 2001;286(4):421-6. 33. Hornych A, Asmar R. [Microalbuminuria and arterial hypertension]. Presse Med 1999;28(11):597-604. 34. Rodicio JL, Campo C, Ruilope LM. Microalbuminuria in essential hypertension. Kidney Int Suppl 1998;68:S51-4. 35. Jensen JS, Feldt-Rasmussen B, Strandgaard S, Schroll M, Borch-Johnsen K. Arterial hypertension, microalbuminuria, and risk of ischemic heart disease. Hypertension 2000;35(4):898-903. 19

36. Wachtell K, Ibsen H, Olsen MH, et al. Albuminuria and cardiovascular risk in hypertensive patients with left ventricular hypertrophy: the LIFE study. Ann Intern Med 2003;139(11):901-6. 37. Bigazzi R, Bianchi S, Baldari D, Campese VM. Microalbuminuria predicts cardiovascular events and renal insufficiency in patients with essential hypertension. J Hypertens 1998;16(9):1325-33. 38. Yudkin JS, Forrest RD, Jackson CA. Microalbuminuria as predictor of vascular disease in non-diabetic subjects. Islington Diabetes Survey. Lancet 1988;2(8610):530-3. 39. Damsgaard EM, Froland A, Jorgensen OD, Mogensen CE. Microalbuminuria as predictor of increased mortality in elderly people. Bmj 1990;300(6720):297-300. 40. Rossing P, Hougaard P, Borch-Johnsen K, Parving HH. Predictors of mortality in insulin dependent diabetes: 10 year observational follow up study. Bmj 1996;313(7060):779-84. 41. Jager A, Kostense PJ, Ruhe HG, et al. Microalbuminuria and peripheral arterial disease are independent predictors of cardiovascular and all-cause mortality, especially among hypertensive subjects: five-year follow-up of the Hoorn Study. Arterioscler Thromb Vasc Biol 1999;19(3):617-24. 42. Romundstad S, Holmen J, Hallan H, Kvenild K, Ellekjaer H. Microalbuminuria and allcause mortality in treated hypertensive individuals: does sex matter? The Nord-Trondelag Health Study (HUNT), Norway. Circulation 2003;108(22):2783-9. 43. Romundstad S, Holmen J, Kvenild K, Hallan H, Ellekjaer H. Microalbuminuria and allcause mortality in 2,089 apparently healthy individuals: a 4.4-year follow-up study. The Nord- Trondelag Health Study (HUNT), Norway. Am J Kidney Dis 2003;42(3):466-73. 44. Mogensen CE. Microalbuminuria predicts clinical proteinuria and early mortality in maturity-onset diabetes. N Engl J Med 1984;310(6):356-60. 45. Borch-Johnsen K, Feldt-Rasmussen B, Strandgaard S, Schroll M, Jensen JS. Urinary albumin excretion. An independent predictor of ischemic heart disease. Arterioscler Thromb Vasc Biol 1999;19(8):1992-7. 46. Viberti G, Chaturvedi N. Angiotensin converting enzyme inhibitors in diabetic patients with microalbuminuria or normoalbuminuria. Kidney Int Suppl 1997;63:S32-5. 47. Dinneen SF, Gerstein HC. The association of microalbuminuria and mortality in noninsulin-dependent diabetes mellitus. A systematic overview of the literature. Arch Intern Med 1997;157(13):1413-8. 48. Agewall S, Wikstrand J, Ljungman S, Fagerberg B. Usefulness of microalbuminuria in predicting cardiovascular mortality in treated hypertensive men with and without diabetes mellitus. Risk Factor Intervention Study Group. Am J Cardiol 1997;80(2):164-9. 49. Agrawal B, Berger A, Wolf K, Luft FC. Microalbuminuria screening by reagent strip predicts cardiovascular risk in hypertension. J Hypertens 1996;14(2):223-8. 50. Redon J, Williams B. Microalbuminuria in essential hypertension: redefining the threshold. J Hypertens 2002;20(3):353-5. 51. Roest M, Banga JD, Janssen WM, et al. Excessive urinary albumin levels are associated with future cardiovascular mortality in postmenopausal women. Circulation 2001;103(25):3057-61. 52. Niskanen L, Turpeinen A, Penttila I, Uusitupa MI. Hyperglycemia and compositional lipoprotein abnormalities as predictors of cardiovascular mortality in type 2 diabetes: a 15-year follow-up from the time of diagnosis. Diabetes Care 1998;21(11):1861-9. 53. Mann JF, Gerstein HC, Pogue J, Bosch J, Yusuf S. Renal insufficiency as a predictor of cardiovascular outcomes and the impact of ramipril: the HOPE randomized trial. Ann Intern Med 2001;134(8):629-36. 20

54. Miettinen H, Haffner SM, Lehto S, Ronnemaa T, Pyorala K, Laakso M. Proteinuria predicts stroke and other atherosclerotic vascular disease events in nondiabetic and non-insulindependent diabetic subjects. Stroke 1996;27(11):2033-9. 55. Keane WF, Brenner BM, de Zeeuw D, et al. The risk of developing end-stage renal disease in patients with type 2 diabetes and nephropathy: the RENAAL study. Kidney Int 2003;63(4):1499-507. 56. Wright JT, Jr., Bakris G, Greene T, et al. Effect of blood pressure lowering and antihypertensive drug class on progression of hypertensive kidney disease: results from the AASK trial. Jama 2002;288(19):2421-31. 57. Ruggenenti P, Perna A, Mosconi L, et al. Proteinuria predicts end-stage renal failure in non-diabetic chronic nephropathies. The "Gruppo Italiano di Studi Epidemiologici in Nefrologia" (GISEN). Kidney Int Suppl 1997;63:S54-7. 58. Maschio G, Alberti D, Janin G, et al. Effect of the angiotensin-converting-enzyme inhibitor benazepril on the progression of chronic renal insufficiency. The Angiotensin-Converting-Enzyme Inhibition in Progressive Renal Insufficiency Study Group. N Engl J Med 1996;334(15):939-45. 59. Mogensen CE, Christensen CK. Predicting diabetic nephropathy in insulin-dependent patients. N Engl J Med 1984;311(2):89-93. 60. Lewis EJ, Hunsicker LG, Bain RP, Rohde RD. The effect of angiotensin-converting-enzyme inhibition on diabetic nephropathy. The Collaborative Study Group. N Engl J Med 1993;329(20):1456-62. 61. Apperloo AJ, de Zeeuw D, de Jong PE. Short-term antiproteinuric response to antihypertensive treatment predicts long-term GFR decline in patients with non-diabetic renal disease. Kidney Int Suppl 1994;45:S174-8. 62. Brenner BM, Cooper ME, de Zeeuw D, et al. Effects of losartan on renal and cardiovascular outcomes in patients with type 2 diabetes and nephropathy. N Engl J Med 2001;345(12):861-9. 63. Effects of ramipril on cardiovascular and microvascular outcomes in people with diabetes mellitus: results of the HOPE study and MICRO-HOPE substudy. Heart Outcomes Prevention Evaluation Study Investigators. Lancet 2000;355(9200):253-9. 64. Gaede P, Vedel P, Parving HH, Pedersen O. Intensified multifactorial intervention in patients with type 2 diabetes mellitus and microalbuminuria: the Steno type 2 randomised study. Lancet 1999;353(9153):617-22. 65. Ravid M, Savin H, Jutrin I, Bental T, Katz B, Lishner M. Long-term stabilizing effect of angiotensin-converting enzyme inhibition on plasma creatinine and on proteinuria in normotensive type II diabetic patients. Ann Intern Med 1993;118(8):577-81. 66. Parving HH. Initiation and progression of diabetic nephropathy. N Engl J Med 1996;335(22):1682-3. 67. Parving HH, Lehnert H, Brochner-Mortensen J, Gomis R, Andersen S, Arner P. The effect of irbesartan on the development of diabetic nephropathy in patients with type 2 diabetes. N Engl J Med 2001;345(12):870-8. 68. Lewis EJ, Hunsicker LG, Clarke WR, et al. Renoprotective effect of the angiotensinreceptor antagonist irbesartan in patients with nephropathy due to type 2 diabetes. N Engl J Med 2001;345(12):851-60. 69. Randomised placebo-controlled trial of effect of ramipril on decline in glomerular filtration rate and risk of terminal renal failure in proteinuric, non-diabetic nephropathy. The GISEN Group (Gruppo Italiano di Studi Epidemiologici in Nefrologia). Lancet 1997;349(9069):1857-63. 70. Kannel WB, Stampfer MJ, Castelli WP, Verter J. The prognostic significance of proteinuria: the Framingham study. Am Heart J 1984;108(5):1347-52. 21

71. Jacobs DR, Jr., Murtaugh MA, Steffes M, Yu X, Roseman J, Goetz FC. Gender- and racespecific determination of albumin excretion rate using albumin-to-creatinine ratio in single, untimed urine specimens: the Coronary Artery Risk Development in Young Adults Study. Am J Epidemiol 2002;155(12):1114-9. 72. Warram JH, Gearin G, Laffel L, Krolewski AS. Effect of duration of type I diabetes on the prevalence of stages of diabetic nephropathy defined by urinary albumin/creatinine ratio. J Am Soc Nephrol 1996;7(6):930-7. 73. Molitch ME, DeFronzo RA, Franz MJ, Keane WF, Mogensen CE, Parving HH. Diabetic nephropathy. Diabetes Care 2003;26 Suppl 1:S94-8. 74. Keane WF, Eknoyan G. Proteinuria, albuminuria, risk, assessment, detection, elimination (PARADE): a position paper of the National Kidney Foundation. Am J Kidney Dis 1999;33(5):1004-10. 75. Eknoyan G, Hostetter T, Bakris GL, et al. Proteinuria and other markers of chronic kidney disease: a position statement of the national kidney foundation (NKF) and the national institute of diabetes and digestive and kidney diseases (NIDDK). Am J Kidney Dis 2003;42(4):617-22. 76. Nathan DM, Rosenbaum C, Protasowicki VD. Single-void urine samples can be used to estimate quantitative microalbuminuria. Diabetes Care 1987;10(4):414-8. 77. Ruggenenti P, Gaspari F, Perna A, Remuzzi G. Cross sectional longitudinal study of spot morning urine protein:creatinine ratio, 24 hour urine protein excretion rate, glomerular filtration rate, and end stage renal failure in chronic renal disease in patients without diabetes. Bmj 1998;316(7130):504-9. 78. Mattix HJ, Hsu CY, Shaykevich S, Curhan G. Use of the albumin/creatinine ratio to detect microalbuminuria: implications of sex and race. J Am Soc Nephrol 2002;13(4):1034-9. 79. Bakris GL, Smith A. Effects of sodium intake on albumin excretion in patients with diabetic nephropathy treated with long-acting calcium antagonists. Ann Intern Med 1996;125(3):201-4. 80. Rosa TT, Palatini P. Clinical value of microalbuminuria in hypertension. J Hypertens 2000;18(6):645-54. 81. Mogensen CE, Vestbo E, Poulsen PL, et al. Microalbuminuria and potential confounders. A review and some observations on variability of urinary albumin excretion. Diabetes Care 1995;18(4):572-81. 82. Wachtell K, Olsen MH, Dahlof B, et al. Microalbuminuria in hypertensive patients with electrocardiographic left ventricular hypertrophy: the LIFE study. J Hypertens 2002;20(3):405-12. 83. Wachtell K, Palmieri V, Olsen MH, et al. Urine albumin/creatinine ratio and echocardiographic left ventricular structure and function in hypertensive patients with electrocardiographic left ventricular hypertrophy: the LIFE study. Losartan Intervention for Endpoint Reduction. Am Heart J 2002;143(2):319-26. 84. Jensen JS, Clausen P, Borch-Johnsen K, Jensen G, Feldt-Rasmussen B. Detecting microalbuminuria by urinary albumin/creatinine concentration ratio. Nephrol Dial Transplant 1997;12 Suppl 2:6-9. 85. Hansson L, Zanchetti A, Carruthers SG, et al. Effects of intensive blood-pressure lowering and low-dose aspirin in patients with hypertension: principal results of the Hypertension Optimal Treatment (HOT) randomised trial. HOT Study Group. Lancet 1998;351(9118):1755-62. 86. Sarnak MJ, Levey AS, Schoolwerth AC, et al. Kidney disease as a risk factor for development of cardiovascular disease: a statement from the American Heart Association Councils on Kidney in Cardiovascular Disease, High Blood Pressure Research, Clinical Cardiology, and Epidemiology and Prevention. Circulation 2003;108(17):2154-69. 22

87. De Leeuw PW, Thijs L, Birkenhager WH, et al. Prognostic significance of renal function in elderly patients with isolated systolic hypertension: results from the Syst-Eur trial. J Am Soc Nephrol 2002;13(9):2213-22. 88. Culleton BF, Larson MG, Parfrey PS, Kannel WB, Levy D. Proteinuria as a risk factor for cardiovascular disease and mortality in older people: a prospective study. Am J Med 2000;109(1):1-8. 89. Grimm RH, Jr., Svendsen KH, Kasiske B, Keane WF, Wahi MM. Proteinuria is a risk factor for mortality over 10 years of follow-up. MRFIT Research Group. Multiple Risk Factor Intervention Trial. Kidney Int Suppl 1997;63:S10-4. 90. Borch-Johnsen K, Kreiner S. Proteinuria: value as predictor of cardiovascular mortality in insulin dependent diabetes mellitus. Br Med J (Clin Res Ed) 1987;294(6588):1651-4. 91. Bulpitt CJ, Beevers DG, Butler A, et al. The survival of treated hypertensive patients and their causes of death: a report from the DHSS hypertensive care computing project (DHCCP). J Hypertens 1986;4(1):93-9. 92. Ruggenenti P, Perna A, Gherardi G, et al. Renoprotective properties of ACE-inhibition in non-diabetic nephropathies with non-nephrotic proteinuria. Lancet 1999;354(9176):359-64. 93. Ruggenenti P, Perna A, Gherardi G, Gaspari F, Benini R, Remuzzi G. Renal function and requirement for dialysis in chronic nephropathy patients on long-term ramipril: REIN follow-up trial. Gruppo Italiano di Studi Epidemiologici in Nefrologia (GISEN). Ramipril Efficacy in Nephropathy. Lancet 1998;352(9136):1252-6. 94. Jafar TH, Schmid CH, Landa M, et al. Angiotensin-converting enzyme inhibitors and progression of nondiabetic renal disease. A meta-analysis of patient-level data. Ann Intern Med 2001;135(2):73-87. 95. Ruggenenti P, Perna A, Mosconi L, Pisoni R, Remuzzi G. Urinary protein excretion rate is the best independent predictor of ESRF in non-diabetic proteinuric chronic nephropathies. "Gruppo Italiano di Studi Epidemiologici in Nefrologia" (GISEN). Kidney Int 1998;53(5):1209-16. 96. Jafar TH, Stark PC, Schmid CH, et al. Proteinuria as a modifiable risk factor for the progression of non-diabetic renal disease. Kidney Int 2001;60(3):1131-40. 97. Samuelsson O, Wilhelmsen L, Pennert K, Berglund G. Prognostic factors in treated hypertension. J Hypertens Suppl 1985;3(3):S497-500. 98. Remuzzi G, Bertani T. Pathophysiology of progressive nephropathies. N Engl J Med 1998;339(20):1448-56. 99. Iseki K, Ikemiya Y, Iseki C, Takishita S. Proteinuria and the risk of developing end-stage renal disease. Kidney Int 2003;63(4):1468-74. 100. Ruggenenti P, Perna A, Remuzzi G. Retarding progression of chronic renal disease: the neglected issue of residual proteinuria. Kidney Int 2003;63(6):2254-61. 101. Rossing P, Hommel E, Smidt UM, Parving HH. Reduction in albuminuria predicts diminished progression in diabetic nephropathy. Kidney Int Suppl 1994;45:S145-9. 102. Rossing P, Hommel E, Smidt UM, Parving HH. Reduction in albuminuria predicts a beneficial effect on diminishing the progression of human diabetic nephropathy during antihypertensive treatment. Diabetologia 1994;37(5):511-6. 103. Bjorck S, Mulec H, Johnsen SA, Nyberg G, Aurell M. Contrasting effects of enalapril and metoprolol on proteinuria in diabetic nephropathy. Bmj 1990;300(6729):904-7. 104. Bjorck S, Mulec H, Johnsen SA, Norden G, Aurell M. Renal protective effect of enalapril in diabetic nephropathy. Bmj 1992;304(6823):339-43. 105. Kasiske BL, Kalil RS, Ma JZ, Liao M, Keane WF. Effect of antihypertensive therapy on the kidney in patients with diabetes: a meta-regression analysis. Ann Intern Med 1993;118(2):129-38. 23

106. Ruggenenti P, Perna A, Benini R, et al. In chronic nephropathies prolonged ACE inhibition can induce remission: dynamics of time-dependent changes in GFR. Investigators of the GISEN Group. Gruppo Italiano Studi Epidemiologici in Nefrologia. J Am Soc Nephrol 1999;10(5):997-1006. 107. Nakao N, Yoshimura A, Morita H, Takada M, Kayano T, Ideura T. Combination treatment of angiotensin-ii receptor blocker and angiotensin-converting-enzyme inhibitor in non-diabetic renal disease (COOPERATE): a randomised controlled trial. Lancet 2003;361(9352):117-24. 108. Arauz-Pacheco C, Parrott MA, Raskin P. Treatment of hypertension in adults with diabetes. Diabetes Care 2003;26 Suppl 1:S80-2. 109. Mogensen CE. Microalbuminuria as a predictor of clinical diabetic nephropathy. Kidney Int 1987;31(2):673-89. 110. Parving HH, Mogensen CE, Jensen HA, Evrin PE. Increased urinary albumin-excretion rate in benign essential hypertension. Lancet 1974;1(7868):1190-2. 111. Bigazzi R, Bianchi S, Campese VM, Baldari G. Prevalence of microalbuminuria in a large population of patients with mild to moderate essential hypertension. Nephron 1992;61(1):94-7. 112. Cerasola G, Cottone S, D'Ignoto G, et al. Micro-albuminuria as a predictor of cardiovascular damage in essential hypertension. J Hypertens Suppl 1989;7(6):S332-3. 113. Viberti GC, Hill RD, Jarrett RJ, Argyropoulos A, Mahmud U, Keen H. Microalbuminuria as a predictor of clinical nephropathy in insulin-dependent diabetes mellitus. Lancet 1982;1(8287):1430-2. 114. Parving HH, Oxenboll B, Svendsen PA, Christiansen JS, Andersen AR. Early detection of patients at risk of developing diabetic nephropathy. A longitudinal study of urinary albumin excretion. Acta Endocrinol (Copenh) 1982;100(4):550-5. 115. Nickenig G. Central role of the AT(1)-receptor in atherosclerosis. J Hum Hypertens 2002;16 Suppl 3:S26-33. 116. Hillege HL, Janssen WM, Bak AA, et al. Microalbuminuria is common, also in a nondiabetic, nonhypertensive population, and an independent indicator of cardiovascular risk factors and cardiovascular morbidity. J Intern Med 2001;249(6):519-26. 117. Dell'Omo G, Penno G, Giorgi D, Di Bello V, Mariani M, Pedrinelli R. Association between high-normal albuminuria and risk factors for cardiovascular and renal disease in essential hypertensive men. Am J Kidney Dis 2002;40(1):1-8. 118. Messent JW, Elliott TG, Hill RD, Jarrett RJ, Keen H, Viberti GC. Prognostic significance of microalbuminuria in insulin-dependent diabetes mellitus: a twenty-three year follow-up study. Kidney Int 1992;41(4):836-9. 119. Forsblom CM, Groop PH, Ekstrand A, et al. Predictors of progression from normoalbuminuria to microalbuminuria in NIDDM. Diabetes Care 1998;21(11):1932-8. 120. Pedrinelli R, Dell'Omo G, Di Bello V, Pontremoli R, Mariani M. Microalbuminuria, an integrated marker of cardiovascular risk in essential hypertension. J Hum Hypertens 2002;16(2):79-89. 121. Ruilope LM, Campo C, Rodriguez-Artalejo F, Lahera V, Garcia-Robles R, Rodicio JL. Blood pressure and renal function: therapeutic implications. J Hypertens 1996;14(11):1259-63. 122. Bigazzi R, Bianchi S. Microalbuminuria as a marker of cardiovascular and renal disease in essential hypertension. Nephrol Dial Transplant 1995;10 Suppl 6:10-4. 123. Bianchi S, Bigazzi R, Baldari G, Sgherri G, Campese VM. Diurnal variations of blood pressure and microalbuminuria in essential hypertension. Am J Hypertens 1994;7(1):23-9. 124. Pontremoli R. Microalbuminuria in essential hypertension--its relation to cardiovascular risk factors. Nephrol Dial Transplant 1996;11(11):2113-5. 24

125. Pontremoli R, Ravera M, Bezante GP, et al. Left ventricular geometry and function in patients with essential hypertension and microalbuminuria. J Hypertens 1999;17(7):993-1000. 126. Terpstra WF, May JF, Smit AJ, de Graeff PA, Crijns HJ. Microalbuminuria is related to marked end organ damage in previously untreated, elderly hypertensive patients. Blood Press 2002;11(2):84-90. 127. Bigazzi R, Bianchi S, Nenci R, Baldari D, Baldari G, Campese VM. Increased thickness of the carotid artery in patients with essential hypertension and microalbuminuria. J Hum Hypertens 1995;9(10):827-33. 128. Pontremoli R, Leoncini G, Ravera M, et al. Microalbuminuria, cardiovascular, and renal risk in primary hypertension. J Am Soc Nephrol 2002;13 Suppl 3:S169-72. 129. Redon J. Renal protection by antihypertensive drugs: insights from microalbuminuria studies. J Hypertens 1998;16(12 Pt 2):2091-100. 130. Redon J, Rovira E, Miralles A, Julve R, Pascual JM. Factors related to the occurrence of microalbuminuria during antihypertensive treatment in essential hypertension. Hypertension 2002;39(3):794-8. 131. Monster TB, Janssen WM, de Jong PE, de Jong-van den Berg LT. The impact of antihypertensive drug groups on urinary albumin excretion in a non-diabetic population. Br J Clin Pharmacol 2002;53(1):31-6. 132. Erley CM, Haefele U, Heyne N, Braun N, Risler T. Microalbuminuria in essential hypertension. Reduction by different antihypertensive drugs. Hypertension 1993;21(6 Pt 1):810-5. 133. Agrawal B, Wolf K, Berger A, Luft FC. Effect of antihypertensive treatment on qualitative estimates of microalbuminuria. J Hum Hypertens 1996;10(8):551-5. 134. Adler AI, Stratton IM, Neil HA, et al. Association of systolic blood pressure with macrovascular and microvascular complications of type 2 diabetes (UKPDS 36): prospective observational study. Bmj 2000;321(7258):412-9. 135. Adler AI, Stevens RJ, Manley SE, Bilous RW, Cull CA, Holman RR. Development and progression of nephropathy in type 2 diabetes: the United Kingdom Prospective Diabetes Study (UKPDS 64). Kidney Int 2003;63(1):225-32. 136. Viberti G, Wheeldon NM. Microalbuminuria reduction with valsartan in patients with type 2 diabetes mellitus: a blood pressure-independent effect. Circulation 2002;106(6):672-8. 137. Tutuncu NB, Gurlek A, Gedik O. Efficacy of ACE inhibitors and ATII receptor blockers in patients with microalbuminuria: a prospective study. Acta Diabetol 2001;38(4):157-61. 138. Lacourciere Y, Belanger A, Godin C, et al. Long-term comparison of losartan and enalapril on kidney function in hypertensive type 2 diabetics with early nephropathy. Kidney Int 2000;58(2):762-9. 139. Kavgaci H, Sahin A, Onder Ersoz H, Erem C, Ozdemir F. The effects of losartan and fosinopril in hypertensive type 2 diabetic patients. Diabetes Res Clin Pract 2002;58(1):19-25. 140. Mogensen CE, Neldam S, Tikkanen I, et al. Randomised controlled trial of dual blockade of renin-angiotensin system in patients with hypertension, microalbuminuria, and non-insulin dependent diabetes: the candesartan and lisinopril microalbuminuria (CALM) study. Bmj 2000;321(7274):1440-4. 25