Dicas e Propostas de Redação



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Transcrição:

Dicas e Propostas de Redação Linguagem, Códigos e suas Tecnologias Prof. Well Morais 8 8ª Temática Abordada Inclusão Digital e Exclusão Digital A inclusão digital no Brasil A inclusão digital é um assunto muito comentado nos meios de comunicação e vem sendo discutido no cenário político, fazendo com que ações, projetos e programas sociais sejam elaborados e implantados em diversos países no mundo. Ao longo da história, novas tecnologias têm tido o poder de influenciar o comportamento da sociedade, assim como os telefones, o rádio, a televisão, e agora, com um pouco mais de quatro décadas, a Internet. A nova era em que vivemos, a era da informação, possibilita-nos o uso de diversas soluções digitais eficazes que beneficiam muito o nosso convívio social e facilitam algumas atividades diárias. Porém, milhões de pessoas são classificadas como excluídos digitais, não obtendo acesso às redes de comunicação interativas através de computadores conectados à Internet. A exclusão digital Para termos uma ideia dos que são excluídos digitais, podemos fazer perguntas tais como: Num país como o Brasil, quantos domicílios têm acesso a um computador com linha telefônica disponível para acesso a Internet?. Recentemente, segundo o Mapa de Exclusão Digital divulgado no início de abril/2003 pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-RJ), juntamente com outras entidades, aproximadamente 12,46% dos brasileiros têm computador em suas residências e pouco mais de 8,31% encontram-se conectados à Internet. A exclusão digital reflete na sociedade, trazendo consequências culturais, sociais e econômicas, visto que a distribuição desigual da tecnologia, acesso a computadores conectados à Internet beneficia apenas um determinado número de pessoas. Três pilares formam um tripé fundamental para que a inclusão digital aconteça: TICs, renda e educação. Antônio Mendes de Silva A inclusão digital Contextualização A inclusão digital basicamente é a iniciativa de fazer com que a sociedade obtenha conhecimento mínimo para utilizar os recursos da tecnologia da informação e de comunicação (TIC), bem como ter e utilizar os recursos físicos, tais como os computadores com acesso à Internet. Muitas iniciativas foram tomadas, dentre uma delas, o governo tomou a iniciativa de disponibilizar laboratórios de informática nas escolas brasileiras e o acesso à Internet com banda larga. Embora o aumento de computadores nas escolas públicas no Brasil venha aumentando a cada ano, a pesquisadora Neide de Aquino Noffs, da Faculdade de Educação da PUC-SP diz que a inclusão digital nas escolas da rede pública ainda não é uma realidade. O laboratório de informática existe, mas não é usado com frequência. Não é uma atividade rotineira para os alunos; não é como a biblioteca, que fica aberta o tempo todo, afirma Noffs. Para que a inclusão digital tenha êxito, seria necessário a capacitação dos professores para que a sua aula seja integrada ao uso dos computadores. Alguns exemplos de sucesso são ocorridos em escolas particulares, que contratam monitores que são responsáveis pela manutenção dos laboratórios, estando disponíveis para o acesso aos laboratórios; além disso, os professores têm o auxílio deste para prepararem suas aulas com os recursos. Outra iniciativa é o projeto dos Telecentros de São Paulo/ SP, que teve seu início nos meados de 2001. A prefeita Marta Suplicy assinou um decreto que permitiu a criação da Coordenadoria do Governo Eletrônico, órgão responsável pelas políticas públicas de inclusão digital; sendo o primeiro Telecentro no bairro Cidade Tiradentes. No começo deste século, depois da estabilização do primeiro Telecentro, começaram a ocorrer, em fase de testes, algumas oficinas para atrair um público mais diversificado. Após a avaliação inicial, foi comprovada a eficácia das oficinas efetuadas. Porém, uma das dificuldades neste projeto é conseguir estabelecer um indicador de qualidade, para que se possa medir a eficácia do projeto e comparar com outros projetos que estão sendo executados em paralelo. Um estudo de caso que poderá ser efetuado, e está sendo estudado, é a criação de cooperativa que irão utilizar a estrutura dos Telecentro para desenvolvimento de software livre, assim podendo gerar renda para os participantes nesse grupo. Outro importante caso de sucesso a ser analisado é o 1

apresentado em uma matéria informativa publicada pelo site Onda Jovem, que diz: O Comitê para a Democratização da Informática (CDI), um projeto pioneiro na área, que em dez anos já criou 800 Escolas de Informática e Cidadania em 20 Estados, e cuja metodologia de ensino envolve a tomada de consciência da realidade social. Nosso objetivo é formar cidadãos, diz Rodrigo Baggio, fundador do Comitê. A ideia é que a inclusão digital leve à inclusão social. Ao aprender a fazer planilhas eletrônicas no programa Excel, por exemplo, os alunos entram em contato com dados sobre as desigualdades sociais. Queremos que os jovens se tornem conscientes e possam se posicionar para uma transformação, afirma Fábio de Oliveira, diretor de operações do CDI, que em 2004 atendeu 120 mil alunos. Porém, um grande entrave para projeto desse tipo é a infraestrutura envolvida, pois necessita-se de Internet de banda larga e a falta de tecnologia adequada encarece ou até mesmo inviabiliza o acesso à informática em algumas regiões do país. Embora iniciativas tenham sido executadas com sucesso, ainda é necessária uma política pública rígida ao combate a exclusão digital. Isto seria possível elaborando parcerias do governo com setores da indústria, comércio para ampliação dos Telecentros e investimentos na educação, visto que é um dos pilares importantes para o acesso à TIC. A inclusão digital deveria ser uma responsabilidade social, visando a inclusão digital dos excluídos, na sua integração junto a sociedade da informação. Além disso, o acesso à Internet deve ser democratizado, visto que é um robusto banco de informações e serviços e deve ser disponível à toda sociedade brasileira. Anderson Toshio Ciência da Computação Universidade do Oeste Paulista Programas nacionais de inclusão digital Mantido e criado pela Prefeitura de São Paulo, o Telecentros (também conhecido como Programa Telecentros) é um dos maiores programas de Inclusão Digital e Social, que contava em março de 2007 com 158 unidades (com 20 computadores e 1 impressora em cada unidade). Atua em todas as regiões da capital de São Paulo, oferecendo cursos básicos e avançados de Informática e outros cursos e oficinas de acordo com a necessidade local de cada unidade. Também oferece livre acesso à Internet. O Programa Telecentros tem sido elogiado frequentemente pela Comunidade Internacional de Software Livre e os cidadãos de São Paulo. Outro importante programa de Inclusão Digital é o Programa Acessa São Paulo, premiado internacionalmente, tendo aproximadamente quatrocentos postos de atendimento no Estado de São Paulo. No Espírito Santo, existem 69 pontos instalados pelo Programa, dos quais 9 são escolas pertencentes às Prefeituras Municipais, conectadas pelo Programa GESAC, e 54 são escolas atendidas pelo Proinfo - Programa Nacional de Informática na Educação, um programa educacional criado em 9 de abril de 1997 pelo Ministério da Educação para promover uso da telemática como ferramenta de enriquecimento pedagógico no ensino público fundamental e médio. O Proinfo é desenvolvido pela Secretaria de Educação à Distância SEED, por meio do Departamento de Informática na Educação a Distância DEIED, em parceria com as Secretarias Estaduais e algumas Secretarias Municipais de Educação. Além de escolas, existem outras instituições que também receberam a antena para conexão à Internet via satélite, como o CIDAP Centro Integrado de Desenvolvimento dos Assentados e Pequenos Agricultores do Espírito Santo. O Proinfo no Estado está estruturado a partir de quatro Núcleos de Tecnologia Educacional (NTE), que se encontram distribuídos em diferentes regiões do Estado: norte (NTE de São Mateus), noroeste (NTE de Colatina), sul (NTE de Cachoeiro de Itapemirim) e na região metropolitana (NTE Metropolitano de Vitória). Esses Núcleos são responsáveis pela capacitação, acompanhamento e avaliação do Programa nas escolas situadas nas áreas de abrangência de cada um dos citados núcleos. O Programa de Democratização do Acesso às Tecnologias de Informação e Comunicação (NAVEGAPARÁ), lançado no dia 30 de março de 2007, é um programa do Governo do Estado do Pará. O NAVEGAPARÁ vem criando uma rede de comunicações para interligar, em todo o Estado do Pará, as unidades de governo como instituições públicas de ensino e pesquisa, hospitais, postos de saúde, órgãos de segurança pública e espaços públicos de acesso geral da população. As redes de banda larga sem fio estão sendo instaladas a princípio em 15 cidades paraenses, por meio de uma linha óptica baseada nos padrões COS (Cabo Óptico de Superfície) que está implementada com 2 mil quilômetros de extensão. Cada uma das 15 cidades possui uma estação de rádio base, que opera em 5.7 GHz e atende cerca de 30 clientes que utilizam um transceptor individual de banda larga para acessar a rede. A infraestrutura disponibilizada é de grande importância aos governos locais, pois oferece centros públicos de Internet, provendo acesso gratuito aos computadores, incluindo treinamento aos usuários do projeto para operação das máquinas no trabalho e no cotidiano. O NAVEGAPARÁ é executado pela Secretaria de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia do Estado do Pará (Sedect) e Empresa de Processamento de Dados do Estado do Pará (Prodepa) e conta com 5 projetos: Metrobel, Infovias, Cidades Digitais, Infocentros e Telecentros de Negócios. O Banco do Brasil desenvolve um programa de inclusão digital, onde são mantidos um sistema LTSP (Suíte Telecentro) e a doação de computadores e suprimentos para a montagem de telecentros em todo o Brasil. Plano nacional de banda larga O Ministério das Comunicações entregou ao presidente Lula, em Novembro de 2009, um estudo de 197 páginas que previa a criação de um plano nacional de banda larga. A ideia era reunir R$75 bilhões em investimentos públicos e privados nas redes de telefonia até 2014 e levar banda larga de pelo menos 1 Mbps a todos os municípios brasileiros por preços acessíveis pelas populações de baixa renda. O centro do plano consiste em usar redes de fibra óptica que já existem pelo país, mas estão ociosas e criar conexões com redes móveis para atender zonas rurais e municípios afastados dos grandes centros. O principal debate, no mo- 2

mento, é qual o melhor modelo para gerir os investimentos nesta rede. Estão na disputa pelo menos três ideias: uma que prevê a criação de uma grande estatal, sob o nome da Telebrás, para fornecer banda larga, outra que prevê a entrega das redes públicas à iniciativa privada e um terceiro modelo, que prevê conjugar empresas públicas e privadas para administrar a nova rede. Veja abaixo os principais pontos do plano. Qual o objetivo do plano nacional de banda larga? Organizar investimentos públicos e privados para aumentar a concorrência no setor de banda larga nas grandes cidades e levar Internet até os municípios que não contam com serviço de qualidade. O programa prevê duas fases. Na primeira, com conclusão em 2012, todas as regiões do país seriam atendidas, exceto a Norte. Na segunda, com conclusão em 2014, o plano atenderia às regiões afastadas do Norte do Brasil, como os municípios da Amazônia. A meta é conectar à web 50% dos domicílios brasileiros até 2014 o que permitiria que mais de 90 milhões de brasileiros tenham Internet em casa, além daqueles que podem usar a web no trabalho, em escolas e centros públicos. De acordo com o Ministério das Comunicações, atualmente 17,8% dos domicílios têm acesso à web. Como a Internet vai chegar até os novos usuários? O plano do governo é usar como base redes de fibra óptica sob seu controle e que estão ociosas, como as redes construídas pela Petrobrás e Eletrobrás, o que inclui a rede de Furnas. Além disso, o governo espera obter o controle sobre uma rede da Eletronet, empresa falida que detém 16 mil quilômetros de fibras espalhados pelo Brasil. Para isso, o governo precisará entrar em acordo com os credores da Eletronet, o que inclui grandes empresas como a Alcatel-Lucent, que briga na Justiça para receber por serviços não pagos. Quando tiver esta grande rede em mãos, o governo prevê fazer novos investimentos para melhorar a rede e criar conexões sem fio entre os pontos onde termina o cabeamento de fibra óptica e os pequenos municípios brasileiros. Uma das ideias é usar conexões de rádio para atender às zonas rurais. Para fazer estes investimentos o governo espera usar recursos do Funtel, um fundo público usado para ampliar o acesso à telefonia no país. Depois de feitos todos os investimentos, o governo precisa decidir quem administrará essa nova rede. Há três propostas em debate: uma estatal, outra privada e uma mista. 1. Modelo estatal Defendido pelo Ministério do Planejamento, o modelo estatal prevê que toda a rede fique sob controle da Telebrás. A empresa pública gerenciaria a rede e venderia serviços de banda larga diretamente ao consumidor. O Ministério avalia que, uma vez que o governo fez todos os investimentos sozinho, ele é quem merece ficar com o controle da rede. Nesse cenário, a Telebrás atuaria como uma concorrente das empresas já estabelecidas, como Telefônica, GVT, NET e Oi. Ponto positivo: O governo terá total liberdade para definir preços e usar sua rede com finalidades sociais, além de pressionar as teles privadas a melhorar seus serviços para não perder clientes para a Telebrás. Ponto negativo: Concentra todos os investimentos no poder público e há o risco de o modelo estatal não ser o mais eficiente para atender os consumidores. 2. Gerência privada Defendida pelo Ministério das Comunicações, o modelo privado entregaria às grandes teles (grandes distâncias) a infraestrutura da nova rede. Para levar web até as zonas rurais e pequenas cidades, o governo ofereceria incentivos fiscais para compensar as teles por atender regiões onde não há interesse econômico. Além disso, o projeto prevê o compartilhamento das redes móveis em regiões afastadas, diminuindo o custo das teles. Ponto positivo: Permite atrair investimentos privados e entrega a gestão às companhias que já têm competência no setor. Ponto negativo: Não aumenta a competição no setor e não garante preços baixos pelo serviço, já que as teles teriam liberdade para definir seus preços. 3. Gerência Mista Defendida pelo Ministério da Casa Civil, o modelo misto deixa toda a gestão da rede sob os cuidados da Telebrás. A companhia pública, no entanto, não atenderia diretamente aos consumidores, mas apenas pequenos provedores. Estas empresas é que seriam responsáveis pelo serviço de última milha, ou seja, levar a conexão até a casa do usuário. O Estado pode operar como provedor apenas pontualmente, nas regiões rurais onde não houver interesse de empresas privadas. Ponto positivo: O modelo criaria milhares de novos concorrentes no setor de banda larga para competir com as empresas tradicionais. Ponto negativo: Não agrada aos interesses das teles e concentraria todos os investimentos em infraestrutura no setor público. Quais são as dúvidas do Governo? Caberá ao presidente escolher qual o melhor modelo. O presidente pediu mais estudos, pois não há certeza sobre a viabilidade jurídica de vários aspectos do programa nem está claro de onde virá o dinheiro para o programa. Existe a chance, por exemplo, de o governo não obter sinal verde para sacar recursos do Funtel e usá-los em banda larga, já que o estatuto do fundo prevê gastos para melhorar o acesso à telefonia tradicional. Também há dúvidas sobre como resolver, na Justiça, o imbróglio que envolve a Eletronet. A Presidência quer segurança de que será possível usar a rede ociosa já no início de 2010. Se o caso se arrastar na Justiça, o programa pode fracassar. 3

Os três pilares da inclusão Nos últimos anos, tem sido apregoado aos quatro cantos do Brasil a necessidade de se fazer a inclusão digital para aqueles indivíduos que não têm acesso às tecnologias de informação e comunicação ou simplesmente TICs, como são mais comumente conhecidas. Três pilares formam um tripé fundamental para que a inclusão digital aconteça: TICs, renda e educação. Não é difícil vaticinar que, sem qualquer um desses pilares, não importa qual combinação seja feita, qualquer ação está fadada ao insucesso. Atualmente, segundo o Mapa de Exclusão Digital divulgado no início de abril/2003 pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-RJ) juntamente com outras entidades, aproximadamente 12% dos brasileiros têm computador em suas residências e pouco mais de 8% encontram-se conectados à Internet. As TICs têm causado mudanças significativas em toda a sociedade. No âmbito empresarial, as modificações decorrentes das TICs têm: propiciado ambiente competitivo às mais variadas instituições, inclusive as não tradicionais; promovido o declínio de custos de processamento; motivado a erosão geográfica e de produtos; influenciado o planejamento e redesenhado organizações. As TICs possibilitam a melhoria de qualidade em diversos aspectos dos negócios. Pode-se ainda destacar a promoção de produtos bem como uso de novos canais de venda e distribuição, possibilitando novas oportunidades de negócios. É inegável as alternativas oferecidas. Agora, se mudarmos nosso foco de empresas e instituições para indivíduos, é visível que a maioria da população brasileira, aproximadamente 90%, encontra-se excluída do desfruto das tecnologias da era digital. Para termos uma ideia da quantidade de excluídos, basta responder perguntas simples como, por exemplo: Quantos brasileiros possuem computador pessoal em suas residências? Quantos possuem linha telefônica? Até bem pouco tempo atrás, era ínfima a quantidade de pessoas que tinha telefones em suas residências. Tudo isso em razão da necessidade que antes se tinha de comprar a linha telefônica. Anteriormente, o indivíduo tinha de comprar uma linha e, além disso, recebia ações da empresa que comercializava as linhas telefônicas. Atualmente, embora o brasileiro possa dispor desse recurso e facilidade, caso esse indivíduo faça um uso modesto da linha telefônica para ter acesso à Internet, além de algumas ligações telefônicas ao longo do mês, tal uso resultará numa conta telefônica com valor mensal entre R$40,00 e R$50,00. Isto tudo considerando que ele tenha acesso à Internet através de algum provedor gratuito, dentre vários existentes. Adicionalmente, se o indivíduo quiser ter acesso à Internet, ele precisa dispor de um computador pessoal o qual tem um custo de, aproximadamente, R$1.300,00. Se o indivíduo optar por financiar a compra do computador em 24 pagamentos, ele irá pagar uma prestação com valor médio de R$95,00, resultando num custo total de R$2.280,00 (o qual compreende aproximadamente 10 salários mínimos). A exclusão socioeconômica desencadeia a exclusão digital ao mesmo tempo em que a exclusão digital aprofunda a exclusão socioeconômica. A inclusão digital deveria ser fruto de uma política pública com destinação orçamentária a fim de que ações promovam a inclusão e a equiparação de oportunidades a todos os cidadãos. Neste contexto, é preciso levar em conta indivíduos com baixa escolaridade, baixa renda, limitações físicas e os idosos. Uma ação prioritária deveria ser voltada às crianças e jovens, pois constituem a próxima geração. Um parceiro importante à inclusão digital é a educação. A inclusão digital deve ser parte do processo de ensino de forma a promover a educação continuada. Note que educação é um processo e a inclusão digital é elemento essencial deste processo. Embora a ação governamental seja de suma importância, ela deve ter a participação de toda sociedade face à necessidade premente que se tem de acesso à educação e redistribuição de renda permitindo assim acesso às TICs. Ações de inclusão digital devem estimular parcerias entre governos (nas esferas federal, estadual e municipal), empresas privadas, organizações não governamentais (ONGs), escolas e universidades. Governos e empresas privadas devem atuar prioritariamente na melhoria de renda, suporte à educação bem como tornar disponíveis equipamentos à população. Algumas ações que podem ser promovidas pelos governos e empresas privadas incluem: Disponibilizar acesso a terminais de computadores e correio eletrônico a toda a população; Oferecer tarifas reduzidas para uso dos sistemas de telecomunicações; Criar mecanismos de isenção fiscal, sem muita burocracia, para o recebimento de doações de computadores e equipamentos de infraestrutura. Essas ações em si mesmo não são suficientes. É ainda necessário o desenvolvimento de redes públicas que possibilitem a oferta de meios de produção e difusão de conhecimento. As escolas e universidades constituem também componentes essenciais à inclusão digital uma vez que diversos protagonistas (professores, alunos, especialistas membros da comunidade) atuam em conjunto para o processo de construção de conhecimento. Note que os três pilares do tripé da inclusão digital devem existir em conjunto para que ela ocorra de fato. De nada adianta acesso às tecnologias e renda se não houver acesso à educação. Isto porque o indivíduo deixa de ter um mero papel passivo de consumidor de informações, bens e serviços, e então passa também a atuar como um produtor (de conhecimentos, bens e serviços). É também imperativo que a inclusão digital esteja integrada aos conteúdos curriculares e isto requer um redesenho do projeto pedagógico e grade curricular atuais de ensino fundamental e médio. É pré-requisito considerá-lo também na formação de profissionais dos cursos de Pedagogia, Licenciaturas e similares. Os indivíduos, que por condições de insuficiência de ren- 4

da, não têm como dispor de computador e linha telefônica em casa, poderiam ter a exclusão atenuada, caso tenham acesso através de empresas, escolas ou centro de cidadãos. Esses recursos se destinariam prioritariamente àqueles que não têm acesso em suas residências. Vale ressaltar que este tipo de solução tem natureza paliativa. Adicionalmente, poderíamos ainda considerar o uso do software livre em computadores o qual seria sem qualquer custo. Entretanto, deve-se considerar a facilidade de operação, suporte e manutenção existentes. Ademais, há ainda demanda reprimida de usuários de sistemas de telecomunicações, especificamente, o sistema de telefonia fixa que pode e precisa ser expandido a fim de prover a população com esse serviço básico além de permitir que ela tenha acesso à Internet. O Brasil tem condições de superar esse atraso e as vicissitudes existentes. Todavia, para que isso de fato ocorra, é preciso começar a fazê-lo hoje, ou melhor, ontem. Do contrário, as gerações vindouras continuarão com elevado índice de excluídos da era digital. A inclusão digital tem um tripé que compreende acesso à educação, renda e TICs. A ausência de qualquer um desses pilares significa deixar quase 90% da população brasileira permanecendo na condição de mera aspirante a inclusão digital. Dentro deste contexto, considerase que à inclusão digital é necessária a fim de possibilitar à toda a população, por exemplo, o usufruto dos mais variados serviços prestados via Internet. Hoje em dia, ter acesso à Internet significa acesso a um vasto banco de informações e serviços. Este imenso repositório de conteúdo e serviços merece e deve ser utilizado por toda população brasileira. É preciso que o governo, como principal protagonista, assuma o papel de coordenador e atue em conjunto com sociedade civil organizada a fim de assegurar o tripé da inclusão digital. Tempos modernos exigem comportamento moderno Tempos modernos exigem comportamento moderno e até mesmo o aprendizado de novas teorias e tecnologias. A ponto de um autor do quilate de Gilberto Dimenstein criar esta nova categoria de analfabetos funcionais, o analfabeto digital. Hoje em dia, dados os avanços tecnológicos, é fundamental que todos tenham acesso a terminais de computadores e saibam operar com alguns sistemas básicos que permitem, com grande velocidade e eficiência, digitar textos, fazer cálculos, trabalhar com imagens e gráficos, elaborar planilhas de contas, etc. Não cabe resistir ao avanço da tecnologia nesta dimensão, naturalmente. Contudo, vivemos tempos difíceis, de crises em múltiplos planos, o que pode fazer com que, sob a falsa argumentação de que faltam recursos, prive-se o profissional de uma ferramenta hoje básica para que possa trabalhar e assim deixe o empresário ou administrador de ganhar em eficiência e até em lucratividade prática porque precisava economizar e economiza privando o profissional de ferramentas de trabalho. Guardadas as devidas proporções, fazer isso hoje é como, no início da Revolução Industrial, deixar de prover os camponeses com pás e enxadas metálicas sob a argumentação de que deveriam fazer como seus antepassados e utilizar os mesmo instrumentos de madeira do tempo feudal. Naturalmente, quem assim se posicionou frequentemente faliu diante do avanço da mecanização, da tecnologia ascendente no Ocidente. Hoje, mesmo que abstraiamos a questão da lucratividade ou da competitividade, cerne da mentalidade capitalista, burguesa, temos de ceder aos avanços tecnológicos em nome da pura e simples eficiência. A internacionalização das decisões em informática descentraliza e faz com que todos os países do mundo estejam inseridos no contexto. As exceções, que sempre existem, são muito poucas. Mais óbvios os casos de Cuba e Iraque, ambas nações há anos sofrendo alguma espécie de bloqueio provisório por definição que, quando o bloqueio acabar, ambas as nações serão também inseridas no contexto. Mapa da exclusão digital 15 10 5 0 4,14 4,32 9,54 14,93 11,73 50 40 30 20 10 0 15,14 3,97 41,66 4,06 3,72 Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul Branca Preta Amarela Parda Indígena Fonte: Fundação Getúlio Vargas. Os gráficos anteriores mostram a proporção da população que tem acesso a computador em função da região de origem e da cor (fonte: Mapa da exclusão digital / FGV) Lázaro Chaves A exclusão digital é um conceito dos campos teóricos da comunicação, sociologia, tecnologia da informação, história e outras humanidades, que diz respeito às extensas camadas das sociedades que ficaram à margem do fenômeno da sociedade da informação e da expansão das redes digitais. Contraste-se este conceito, por oposição, com a inclusão digital. No Brasil, o termo exclusão digital é mais usado para se referir ao problema, indicando o lado dos excluídos, enquanto em outros idiomas os termos equivalentes a brecha digital ou fissura digital são preferidos (como no inglês digital divide e o francês fracture numérique). Os dois termos, porém, não são sinônimos perfeitos, pois enquanto exclusão digital se refere apenas a um dos lados da questão, brecha digital faz referência à própria diferença entre excluídos e incluídos. A exclusão digital é atualmente um tema de debates entre governos, organizações multilaterais (ONU, OMC), e o terceiro setor (ONGs, entidades assistencialistas). Políticas de 5

inclusão digital incluem a criação de pontos de acesso à Internet em comunidades carentes (favelas, cortiços, ocupações, assentamentos) e capacitação (treinamento) de usuários de ferramentas digitais (computadores, DVDs, vídeo digital, som digital, telefonia móvel). As comunidades carentes, os mais pobres e pessoas com uma posição econômica desprivilegiada são excluídas digitalmente, pois não têm acesso à tecnologia. www.humortadela.com.br Fique de Olho Combate à exclusão digital deve ser prioridade de Governo Em pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa, Ricardo denuncia os altos índices de analfabetismo digital em Alagoas. Ricardo mostrou preocupação com a falta de prioridade das políticas públicas ao assunto. Leia abaixo os principais trechos do pronunciamento de Ricardo: Em Alagoas, menos de 7% da população tem acesso à Internet e menos de 2% dos domicílios alagoanos tem Internet. O dado mais perverso e assustador deste número aparece quando o cálculo leva em consideração apenas os municípios com menos de 50.000 habitantes onde menos de 1% da população está conectada à Internet. Vendo pelos olhos frios da economia de mercado, essas cidades são pouco atrativas para a Telemar*, que, desta maneira, não oferece serviço de acesso por banda larga em nenhuma cidade do interior alagoano, com exceção de Arapiraca. Em outras palavras, se dependermos exclusivamete da visão mercadológica da Telemar, algumas cidades alagoanas estão condenadas à desconexão eterna. Temos que louvar a iniciativa de alguns empresários que, contrariando a visão da Telemar, tentam oferecer serviços de acesso à Internet em cidades do agreste e sertão alagoanos. Graças ao Provedor de Internet Oops de Arapiraca, as cidades de Palmeira dos Índios, Santana do Ipanema, Girau do Ponciano, Campo Grande, Limoeiro de Anadia, São Sebastião, Olho d água das Flores, Dois Riachos, Cacimbinhas, Jaramataia, Monteirópolis, São José da Tapera, Coité do Nóia, Quebrângulo, Estrela de Alagoas, Lagoa da Canoa, Craíbas e Cacimbinhas, possuem pelo menos um ponto de Internet via rádio. Os 475.284 habitantes das cidades acima citadas têm a sua disposição cerca de 10 Mega. Para se ter uma ideia de como esse número é pequeno, a Câmara Municipal do Recife tem um link de 6 Megas para cerca de 800. Isso mesmo, Os 475.284 habitantes das cidades citadas anteriormente têm apenas 4 Megas a mais que os 800 funcionários da Câmara Municipal do Recife têm à sua disposição. O Estado precisa ter uma política pública para combater essa chaga. Não podemos mais relegar a um plano secundário uma questão tão importante para o nosso desenvolvimento como é o acesso à informação. O acesso à informação e às Tecnologias da Informação passam necessariamente por três aspectos principais: Acesso ao computador, infraestrutura (rede elétrica, acesso à Internet, etc ) e a capacidade de aprender dos cidadãos (nível de escolaridade, alfabetização, interpretação de textos, etc ) Nos três aspectos, o Estado pode e deve desempenhar um papel decisivo. Quer seja barateando o custo ou financiando a compra de computadores para a população, como também proporcionando a infraestrutura necessária para a Inclusão Digital e, por fim, melhorando a qualidade do ensino público. É necessário a criação de um Plano Nacional de Banda Larga, com metas estabelecidas e que sejam obrigatoriamente cumpridas pelas empresas provedoras e concessionárias de serviços públicos de telecomunicações (Telemar, Brasil Telecom, Telefônica, etc). É com lembrar que foi a adoção do Plano de Universalização do Serviço de Telefonia Fixo Comutado pela Anatel que levou aos avanços alcançados pela telefonia em nosso país. Cabe perguntar: Por que não fazemos o mesmo com a banda larga? Fonte: Portal do Deputado Ricardo Nezinho 6

Proposta Redes de computadores são as autopistas por onde trafegam, em âmbito mundial, informações eletrônicas dos mais variados tipos, incluindo textos, figuras, sons e imagens. Para o mundo globalizado o mundo das redes de computadores não existem fronteiras entre países, assim como também não há distinção de raça, sexo, cor ou nacionalidade entre pessoas. www.internetnobrasil.net A Globalização é o estágio que estamos vivenciando, ela é caracterizada pelo avanço tecnológico e pelo rápido acesso às informações. A Internet é o mecanismo que serve de estímulo, pois promove formas eficazes de interação entre os usuários. A rede mundial de computadores começou a ter seu sistema de funcionamento projetado durante a Guerra Fria, quando os Estados Unidos investiram na Arpanet como uma forma de espionagem. Com o tempo, os estudos foram aprimorados e surgiu a internet, uma rede sem limites com diferentes funções dentro da sociedade. www.blogbrasil.com.br/a-revolucao-da-internet A tecnologia é a principal característica da Globalização, ela consegue retratar bem o estágio de evolução vivenciado pelo homem com o passar das décadas. A Internet é considerada a melhor face desse avanço, sendo assim um veículo que facilita a comunicação entre as pessoas. Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma culta escrita da Língua Portuguesa sobre o tema: A participação no processo de evolução tecnológica é uma necessidade social, apresentando experiência ou proposta de ação social, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos em defesa de seu ponto de vista. 7