B O L E T I M OFEERCIMENTO SEGUNDA-FEIRA, 30 DE MARÇO DE 2015 NÚMERO DO DIA 4 mi foi a oferta feita pela Pokerstars para patrocinar Ibrahimovic, mas o sueco rejeitou a proposta EDIÇÃO 225 Apoiada no Palmeiras, Futebol Card busca fim das bilheterias POR DUDA LOPES Comprar ingresso para um jogo de futebol no Brasil costumava ser um sacrifício. Horas numa fila pouco organizada, sistemas que caiam e irritavam os torcedores. Mais recentemente, a internet mudou esse cenário. Com essa nova situação, uma das principais empresas da área, a Futebol Card, tem como objetivo enterrar o antigo conceito de bilheteria. A empresa tem usado o Palmeiras como uma espécie de laboratório para isso. Com boa média de público no Allianz Parque, a venda de ingresso do clube tem sido cada vez mais diversificada. Hoje, 80% dos ingressos do Palmeiras são vendidos pela internet. Desse número, 70% das compras são feitas pelo programa de sócio-torcedor Avanti. Os outros 30% são vendidos para clientes Visa, que usam o cartão como o bilhete para entrar no estádio. Ainda sobra um pequeno número de venda para dois projetos recentes: a comercialização de bilhetes por um aplicativo da TIM e ainda em casas lotéricas. A venda por esses meios ainda é de 200 a 300 ingressos por jogo. Temos investido muito em inovação e tecnologia. Temos que fazer o melhor para os nossos dois clientes, já que trabalhamos com a demanda dos clubes e dos clientes finais, os torcedores, contou o sócio-diretor da Futebol Card, Robson de Oliveira. Além do Palmeiras, a empresa conta com clientes como Flamengo, Vasco, Sport e Coritiba. Atualmente, a venda online só pode ser feita com maior eficiência porque o sistema foi trocado. Antes, a Futebol Card recebia uma cota de ingresso e revendia. Agora, todos os sistemas de venda estão integrados, de modo que o tíquete é descontado diretamente do clube. A interação entre a Futebol Card e os clubes foi inspirada no site de comércio eletrônico Decolar.com, que está integrado às companhias aéreas. Atualmente, são quatro possibilidades oferecidas pela Futebol Card. Além de Visa, Tim e lotéricas, há uma parceria que concede desconto de 50% numa carga fixa de bilhetes para clientes Itaú. 1
Rio fecha acordo com empresa que gerou polêmica em NY POR ADALBERTO LEISTER FILHO O Comitê Organizador do Rio- 2016 anunciou mais um patrocinador: o Airbnb, que se anuncia como a maior plataforma de hospedagem alternativa do mundo e que gerou polêmica ao patrocinar a Maratona de Nova York. Em 2014, ao anunciar patrocínio à Maratona de Nova York, uma das mais importantes do mundo, a Airbnb sofreu protestos por parte do setor hoteleiro local. Pelo acordo, o Airbnb também seria fornecedor de serviço: ajudaria os participantes da prova a encontrar hospedagem na cidade. O problema é que a empresa havia recentemente enfrentado batalha jurídica e estava impedida de atuar no Estado de Nova York. O Airbnb era acusado de realizar operações como se fosse hotel e não empresa de aluguel de imóveis para curtas temporadas. O interesse agora em patrocinar a Olimpíada se deveu, segundo a empresa, pelo fato de o Rio de Janeiro ter se tornado um dos principais destinos turísticos de seus clientes. A capital fluminense é a quarta cidade mais procurada pelo público do Airbnb, atrás apenas de Paris, Nova York e Londres. Para os Jogos Olímpicos, a Embratur estima que 380 mil turistas estrangeiros passem pelo Rio de Janeiro. Como fornecedor oficial, a Airbnb será incluída na plataforma de compra de ingressos dos Jogos. O Airbnb provou ser uma escolha maravilhosa, nos permitindo aumentar a oferta de hospedagem. Nós estamos entusiasmados em embarcar nessa parceria com a empresa, disse Carlos Arthur Nuzman, presidente do Rio-2016, na apresentação da parceira. O Airbnb começou a operar no Brasil em 2012, quando tinha 3.500 anúncios de hospedagem. Atualmente, a plataforma possui mais de 45 mil anúncios pelo país. 2
Futebol tem de mudar o básico para alçar maiores voos DA REDAÇÃO POR DUDA LOPES gerente de novos negócios da Máquina do Esporte O Campeonato Paulista, com alguma sobra o melhor estadual do Brasil, é uma excelente amostra de como o futebol brasileiro ignora o mais importante: o produto a ser vendido. É muito difícil vender para torcedores e patrocinadores um campeonato com tão poucas atrações, tão porcamente organizado. Neste fim de semana, houve dois exemplos claros dessa situação. Primeiramente, acabou a maratona corintiana. O time jogou quatro vezes em oito dias pelo torneio, o que desrespeita em muito a regra das 72 horas entre partidas. No meio da semana, teve jogo na terça e na quinta na Arena Corinthians, ambos em um horário pouco amigável, às 19h30. Em campo, o time venceu todos os confrontos, o que, nessa situação, só revela o baixíssimo nível técnico da competição. Outro bom exemplo foi o jogo Red Bull x Palmeiras. Havia atrações para crianças, teve show no intervalo e até mascote animada. Mas a empresa de energéticos, por razões terceiras, teve de limitar a venda de ingressos a sete mil pessoas! Soma-se a isso um regulamento peculiar, que pouco valoriza os resultados obtidos em campo e produzirá aberrações nas quartas de final. A imagem do fim de semana foi o São Paulo. Com time reserva, disputou um jogo sem valor. Nas arquibancadas, 5.555 torcedores e menos de R$ 130 mil no caixa. A expectativa, claro, é a Libertadores, quarta. O drama é que, dentro do negócio do esporte, organizar um torneio honesto parece ser a parte mais simples do processo. E por aqui, não se chega nem próximo disso. Após fiasco na Copa, seleção da Espanha enfrenta desvalorização POR ADALBERTO LEISTER FILHO A queda de rendimento da seleção espanhola tem causado prejuízo aos cofres da Real Federação Espanhola de Futebol. A entidade irá arrecadar com patrocinadores neste ano 24 milhões, 31% a menos em relação ao ano passado. O faturamento com direitos de TV e amistosos internacionais também caíram desde o fiasco na Copa do Mundo de 2014. A Espanha, que defendia o título da Copa de 2010 e ostentava um bicampeonato europeu, caiu na primeira fase. Em 2013, quando perdeu para o Brasil a final da Copa das Confederações, a Espanha havia arrecadado 35 milhões com seus patrocinadores, além de 32 milhões por jogos da seleção e 11,7 milhões de direitos de transmissão. De lá para cá, a federação viu a fuga de vários deles: Banesto ( 3,5 milhões por ano); Gillette, Cepsa e Nissan ( 1,5 milhão) e Bimbo, LG e Pedro del Hierro (entre 500 mil e 1 milhão). A Adidas permanece como o principal mecenas da equipe dirigida por Vicente del Bosque. A multinacional alemã colabora com 10 milhões por ano. O valor chegou a dobrar no ano em que a Espanha se tornou campeã do mundo pela primeira vez. Cruzcampo, Iberdrola e Movistar colaboram com 3,5 milhões por temporada e integram a cota máster de patrocínios da federação. Campeã, a Espanha chegou a cobrar entre 2 milhões e 3 milhões por amistoso. Hoje, o cachê está em metade disso. 4
POR ERICH BETING Com sócio brasileiro, Disney mira turista fã de tênis A Disney quer, agora, o dinheiro do turista fã de tênis. Para isso, a empresa de entretenimento se associou ao brasileiro Carlos Goffi e ao americano David Gorman. Os dois criaram a Tennis Resort, empresa que será responsável por levar turistas para jogar tênis no complexo ESPN Wide World Sports. O espaço, batizado pela emissora de TV, reúne diversas quadras e campos das mais variadas modalidades. Para a prática do tênis, existem dez quadras. A Disney é uma máquina de marketing, que vai atrás de todos os nichos de mercado. Agora eles querem os fãs de esporte, disse Goffi para a Máquina do Esporte. A Tennis Resort fechou contrato de cinco anos com a Disney e já criou um braço para operar com o turista brasileiro. Léo Aro é diretor para a América Latina da empresa, sendo responsável por gerar negócios e levar novos turistas para o complexo. Entendo que nesse próximo ano vai ter um baque [de turistas brasileiros] por conta da situação econômica, mas Orlando está virando o Brasil. Nas lojas se fala português, a venda de casas para brasileiros está alta, disse Goffi. A empresa já tem parceria com a TAM Viagens para oferecer um pacote exclusivo para levar brasileiros. No Reino Unido, um acordo similar existe com a Virgin. A Disney é o destino número 1 do turismo em família, queremos fazer com que as pessoas venham para cá e possam, além de visitar os parques e atrações, jogar. O maior desafio, segundo Goffi, é fazer com que o complexo seja atraente para o público. Concebido para ser utilizado por atletas profissionais, o espaço agora está sendo modificado para atrair apenas os jogadores amadores. Além disso, a Tennis Resort faz aposta no mercado corporativo. A ideia é que as empresas façam eventos fechados para clientes. Após duelo épico, Feijão consegue patrocínio caseiro A disputa da partida mais longa da história da Copa Davis, se não trouxe a vitória, pelo menos rendeu frutos a João Souza, o Feijão. Ele fechou patrocínio com a rede de supermercados Alabarce. A empresa justificou o aporte pelas recentes boas atuações do atleta no Brasil Open e no Rio Open e pela reação do público após o duelo histórico que travou contra a Argentina na Davis. Feijão é um atleta que vibra, tem garra e colocou o Brasil pra torcer de verdade num momento em que o país clama por um ídolo. Ele ainda é mogiano. Nós o apoiamos, pois queremos a energia que ele passou para o país, disse Ronaldo Alabarce, diretor de marketing da rede atacadista. 5