Efeito da colhedora, velocidade e ponto de coleta na qualidade física de sementes de milho



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Transcrição:

Efeito da colhedora, velocidade e ponto de coleta na qualidade física de sementes de milho 1 Delineide Pereira Gomes, 2 Érika S. M. Koshikumo, 3 Leandra Matos Barrozo, 4 Breno Marques S. e Silva e 5 Rouverson Pereira da Silva 1,3,4 Mestrandas e Doutorando em Agronomia (Produção e Tecnologia de Sementes), UNESP/Jaboticabal SP, 14884-900. agroneide@hotmail.com, leandrabarrozo@hotmail.com e silvabms@hotmail.com 2 Doutoranda em Fitopatologia, UFLA, 37200-000, Lavras, MG. easmk@yahoo.com.br 5 Eng. Agrícola, UNESP/Jaboticabal rouverson@fcav.unesp.br Palavras-chave - Zea mays L., colheita, danos Segundo Couto & Alvarenga (1998), a mecanização agrícola é a principal responsável pelos danos mais graves causados aos grãos. Entretanto, a mecanização vem sendo bastante utilizada na colheita das sementes, razão pela qual os equipamentos devem ser regulados de maneira a evitar perdas no momento da colheita. As utilizações inadequadas de colhedoras utilizadas têm favorecido um alto percentual de danos nas sementes. Estes danos mecânicos têm sido apontados como a causa principal da redução da qualidade das sementes de milho produzidas no Brasil (Andrade & Borba, 1993). Sementes de milho cultivar Pioneer 3021 foram colhidas em Março de 2007, na Fazenda São Pedro, Município de Sacramento MG Brasil. Para a colheita, foram operadas duas colhedoras, a New Holland TC 57, ano 2001 e a New Holland TC 59, ano 2000. Foram realizadas coletas de sementes no tanque graneleiro e saída do tubo de descarga, sendo que ambas colhedoras, operaram com velocidades de colheita em torno de 4 Km h -1 e 5 Km h -1. Obteve-se o teor de água das sementes por meio da secagem de quatro repetições de 100 sementes secas em estufa a 105 ± 3 0 C, durante 24 horas (Brasil, 1992). Em seguida, as sementes de milho foram acondicionadas em papel Kraft e, posteriormente foram armazenadas em câmara fria à 10 ± 3ºC. Para analise de pureza, as sementes de cada lote foram homogeneizadas em divisor de solo e, em seguida, utilizaram-se quatro repetições de 500 g dos por tratamento para a determinação visual das sementes puras, danificadas (perdas inferiores a 25 %), quebradas (mais da metade da semente quebradas) e material inerte. Foi empregado o delineamento inteiramente casualizado e a análise de variância em esquema fatorial 2x2x2. Foi aplicado o teste F, e as médias comparadas pelo teste de Tukey à 5 % de probabilidade. A interação foi significativa (Tabela 1) entre os fatores: sementes quebradas e danificadas; sendo assim, realizou-se o desdobramento das interações (Tabelas 2, 3, 4, 5, e 6). Verifica-se (Tabela 2) diferença significativa entre as velocidades para a colhedora TC 57, sendo que a 4 Km h -1 ocasionou menores danos aos grãos de milho, enquanto para a TC 59 o mesmo não ocorre, pois a velocidade que ocasionou menores danos foi de 5 Km h - 1. Desta forma, a colhedora mais indicada para a colheita das sementes de milho foi a TC 57 com velocidade 4 Km h -1 por proporcionar menor dano à semente.

Tabela 1. Síntese da análise de variância referente às médias de sementes puras, quebradas e danificadas colhidas em duas colhedoras radiais, trabalhando em duas velocidades e coletadas em dois pontos da coleta em Sacramento, MG, Brasil. 2007. Tratamentos Puras Quebradas Danificadas Média das sementes Colhedoras(C) TC 57 93,7 5,17 5,79 TC 59 95,3 4,73 8,31 Velocidades(V) 4 Km h -1 92,9 4,70 6,10 5 Km h -1 96,.2 5, 20 8,00 Local de coleta (P) Tanque graneleiro 66,2 4, 15 8,33 Saída do tubo de descarga 66,2 5, 75 5,77 Teste de F Colhedora (C) 1,49 ns 1, 48 ns 66,3 ** Velocidade (V) 6,35 * 1, 93 ns 37,5 ** Ponto de coleta (P) 3,18 ns 19, 2 ** 68,3 ** Interação CXV 2,69 ns 12,6 ** 0,71 ns Interação CXP 3,16 ns 11, 0 ** 73,09 ** Interação VXP 4,08 ns 9, 46 ** 6,25 * Interação C xvx P 1,82 ns 20, 12 ** 60,5 ** Desvio padrão 3,62 1,02 0,87 C.V. (%) 3,83 20,7 12,4 ns não significativo; * significativo a 5%; ** significativo a 1 %. Tabela 2. Interação entre os fatores colhedora e velocidade para as médias de sementes VELOCIDADE COLHEDORA 4 Km h -1 5 Km h -1 TC 57 4,27 Ba 6,07 Aa TC 59 5,12 Aa 4,33 Ab Médias seguidas de mesma letra minúscula, na coluna,não diferem pelo teste de Tukey (P>0,05) Na colhedora TC 57 (Tabela 3), os pontos de coleta diferiram estatisticamente, as sementes do tanque graneleiro apresentaram menores danos que os da saída do tubo de descarga. Para a TC 59 não houve diferença significativa, apesar de que as sementes coletadas na saída do tubo de descarga apresentaram menores danos. A colhedora e o ponto de coleta que

tiveram menores perdas foram a TC 59 e na saída do tubo de descarga, respectivamente. Pelo fato das sementes de milho apresentaram, por ocasião da colheita, um teor de água mais alto do que o recomendável é provável que este tenha influenciado no aumento de danos mecânicos (sementes quebradas). Tabela 3. Interação entre os fatores colhedora e ponto de coleta para as médias de sementes COLHEDORA Tanque Saída do tubo de descarga TC 57 3,77 Ba 6,57 Aa TC 59 4,53 Aa 2,49 Ab Médias seguidas de mesma letra minúscula, na coluna,não diferem pelo teste de Tukey (P>0,05) A interação (Tabela 4) velocidade 4 Km h -1 não foi significativa entre os pontos de coleta, enquanto a velocidade de 5 Km h -1 obteve diferença, sendo que no tanque graneleiro obteve-se menores médias de sementes Tabela 4. Interação entre os fatores velocidade e ponto de coleta para as médias de sementes VELOCIDADE Tanque Saída do tubo de descarga 4 Km h -1 4,46 Aa 4,93 Ab 5 Km h -1 3,85 Ba 6,56 Aa Na Tabela 5, a interação entre colhedoras e ponto de coleta para as sementes danificadas. Pode-se constatar que para os pontos de coleta da TC 57 não houve diferença significativa, o mesmo não se aplica para a TC 59, na qual os resultados da saída do tubo de descarga foram superiores ao tanque graneleiro.

Tabela 5. Interação entre os fatores colhedora e ponto de coleta para medias de sementes danificadas. COLHEDORA Tanque Saída do tubo de descarga TC 57 5,75 Ab 5,83 Aa TC 59 10,9 Aa 5,71 Ba DMS 0,90 Constata-se (Tabela 6) que houve diferença significativa para ambas as velocidades e dentre elas nos pontos de coleta, sendo que a velocidade 4 Km h -1 e a saída do tubo de descarga demonstraram menores índices de sementes danificadas Tabela 6. Interação entre os fatores velocidade e ponto de coleta para as médias de sementes VELOCIDADE Tanque Saída do tubo de descarga 4 Km h -1 7,00 Ab 5,21 Bb 5 Km h -1 9,67 Aa 6,33 Ba DMS 0,90 Conclui-se que melhor qualidade física das sementes de milho é obtida quando é utilizado a colhedora TC 57 com a menor velocidade (4 Km h -1 ) concomitantemente à retirada das sementes na saída do tubo de descarga. Referências bibliográficas ANDRADE, R.V. & BORBA, C.S. Fatores que afetam a qualidade das sementes. In: EMBRAPA, Centro Nacional de Milho e Sorgo. Tecnologia para produção de sementes de milho. Sete Lagoas: EMBRAPA, 1993. p. 7-10. (Circular Técnica, 19). BRASIL. Ministério da Agricultura. Regras para análise de sementes. Brasília: 1992.365p.

CARVALHO, N.M.; NAKAGAWA, J. Sementes: ciência, tecnologia e produção. 4. ed. Jaboticabal: FUNEP, 2000. 588p. COUTO, S. M.; ALVARENGA, L. C. Resistência de grãos de soja a impactos mecânicos. Revista Brasileira de Armazenagem, Viçosa, v. 23,n. 2, p. 3-9, 1998. FESSEL, S. A.; SADER, R.; DE PAULA, R. D. GALLI, J. A. Avaliação da qualidade física, fisiológica e sanitária de sementes de milho durante o beneficiamento. Revista Brasileira de Sementes, Pelotas, v. 25, n. 2, p.70-76, 2003. JIJON, A.V.; BARROS, A.C.S.A. Efeito dos danos mecânicos na semeadura sobre a qualidade de sementes de soja (Glycine Max (L.)Merril. Tecnologia de Sementes, Pelotas. V.6, n. 1/2, p. 3-22, 1983.