PCH Senhora do Porto Plano de Controle Ambiental - PCA PROGRAMAS AMBIENTAIS



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PCH Senhora do Porto Plano de Controle Ambiental - PCA PROGRAMAS AMBIENTAIS 4.8 Programa de Acompanhamento e Resgate de Fauna durante a Limpeza e Enchimento da Área do Reservatório Revisão 00 NOV/2013 Coordenador da Equipe Carlos Eduardo Alencar Carvalho CRBio 37538/4-D Técnico Responsável Eduardo Pio Mendes de Carvalho Filho CREA MG92152/D CAPA

PCH Senhora do Porto Plano de Controle Ambiental - PCA 4.8 - Programa de Acompanhamento e Resgate de Fauna durante a Limpeza e Enchimento da Área do Reservatório ÍNDICE GERAL 1. Introdução... 1 1.1. Ações já Realizadas... 2 2. Justificativa... 5 3. Objetivos... 6 3.1. Objetivo Principal... 6 3.2. Objetivos Específicos... 6 4. Área de Abrangência... 7 5. Metodologia... 7 6. Produtos a serem Gerados... 9 7. Equipe Técnica... 9 8. Cronograma do Programa de Acompanhamento e Resgate da Fauna durante a Limpeza e Enchimento da Área do Reservatório... 11 9. Referências Bibliográficas... 13 10. ART... 13 ANEXO Anexo 1 - Licença de Resgate - IBAMA Revisão 00 NOV/2013 Coordenador da Equipe Carlos Eduardo Alencar Carvalho CRBio 37538/4-D Técnico Responsável Eduardo Pio Mendes de Carvalho Filho CREA MG92152/D Pág. 1

PCH Senhora do Porto Plano de Controle Ambiental - PCA 4.8 - Programa de Acompanhamento e Resgate de Fauna durante a Limpeza e Enchimento da Área do Reservatório ÍNDICE DAS LEGENDAS Figura 1-1 - Layout do Centro de Triagem... 4 Figura 1-2 - Sala de atendimento veterinário... 4 Figura 1-3 - Sala com caixas para deposição e controle dos exemplares da herpetofauna... 4 Revisão 00 NOV/2013 Coordenador da Equipe Carlos Eduardo Alencar Carvalho CRBio 37538/4-D Técnico Responsável Eduardo Pio Mendes de Carvalho Filho CREA MG92152/D Pág. 1

PCH Senhora do Porto Plano de Controle Ambiental - PCA 4.8 - Programa de Acompanhamento e Resgate de Fauna durante a Limpeza e Enchimento da Área do Reservatório 1. Introdução A supressão da vegetação natural e o enchimento do reservatório de uma Pequena Central Hidrelétrica - PCH causam impactos negativos sobre as populações faunísticas da área diretamente afetada, causando consequências imediatas, como: redução de populações; dispersão forçada (fuga); morte predatória e/ou acidental; isolamento de populações; risco de extinção local de algumas espécies e perda de espécies ameaçadas de extinção. Entretanto, quando as atividades de retirada da cobertura vegetal, são bem conduzidas e executadas de maneira direcionada, podem induzir a população faunística a buscar novos abrigos e áreas de alimentação nas áreas de entorno, permitindo o deslocamento passivo dos animais, sem a necessidade de ações de captura, tornando o procedimento o mais natural possível. Isto se torna viável, sobretudo, nos trechos que apresentam interligação entre fragmentos florestais ou áreas contíguas que não serão suprimidas. Ressalta-se que a supressão, se executada de forma direcionada, permite o deslocamento passivo da fauna, sem necessidade de grandes operações de resgate.. A movimentação e os ruídos, durante o período de supressão vegetal, favorecem a dispersão passiva da fauna, em ambientes de baixos índices de abundância e frequência, favorecendo a ocorrência de um baixo número de acidentes e não envolvendo grandes ações de resgate em específico. Entretanto, algumas espécies faunísticas com habitat preferencial florestal apresentam baixa capacidade de dispersão. Por essas e outras razões, muitas vezes, as espécies florestais, durante a fuga, sucumbem com a intensa transpiração e desidratação, bem como se tornam presas fáceis de predadores e/ou vítimas de atropelamentos, não conseguindo alcançar novos ambientes para colonização e abrigo em áreas florestais localizadas no entorno. Revisão 00 NOV/2013 Coordenador da Equipe Carlos Eduardo Alencar Carvalho CRBio 37538/4-D Técnico Responsável Eduardo Pio Mendes de Carvalho Filho CREA MG92152/D Pág. 1

PCH Senhora do Porto Plano de Controle Ambiental - PCA 4.8 - Programa de Acompanhamento e Resgate de Fauna durante a Limpeza e Enchimento da Área do Reservatório Além disso, as atividades inerentes à supressão (movimentações de maquinário e de mão de obra com emissão de ruído) e ao enchimento do reservatório podem gerar stress para as populações faunísticas residentes na área diretamente afetada, podendo levar ao impedimento do deslocamento passivo, além da possibilidade dos animais ficarem desnorteados durante a fuga, ou mesmo ilhados, com risco de ocorrência de lesões e até mesmo óbitos. Dessa maneira, torna-se necessária a intervenção humana principalmente para o resgate de alguns animais residentes na área diretamente afetada que possuam dificuldade de deslocamento natural, tais como: anfíbios, pequenos lagartos e serpentes; mamíferos de hábitos arbóreos e filhotes de maneira geral. Considerando que a PCH Senhora do Porto encontra-se em fase de implantação, este projeto foi re-elaborado de formar a informar as ações realizadas até o momento e as que ainda serão realizadas de maneira a dar continuidade às atividades necessárias ao resgate da fauna durante a finalização das obras deste empreendimento. Para tanto, em 26 de outubro de 2013 foi realizada uma reunião técnica com a coordenação geral do projeto e o empreendedor; sendo também realizadas consultas a estudos ambientais referentes ao empreendimento, tais como: Plano de Controle Ambiental - PCA (RIO DAS VELHAS, 2006), Relatório Técnico sobre a Implantação do Centro de Triagem Temporário de Animais Silvestres (RIO DAS VELHAS, 2010), Relatório de consolidação das ações realizadas e planejamento das ações futuras do PCA (LMIAR, 2013). 1.1. Ações já Realizadas A execução deste projeto se iniciou juntamente com as atividades de supressão vegetal necessárias à implantação das estruturas associadas à obra e formação do reservatório da PCH Senhora do Porto. Para tanto, algumas ações já foram realizadas, tais como: Pág. 2 Coordenador da Equipe Carlos Eduardo Alencar Carvalho CRBio 37538/4-D Técnico Responsável Eduardo Pio Mendes de Carvalho Filho CREA MG92152/D Revisão 00 NOV/2013

PCH Senhora do Porto Plano de Controle Ambiental - PCA 4.8 - Programa de Acompanhamento e Resgate de Fauna durante a Limpeza e Enchimento da Área do Reservatório Solicitação de licença para resgate e salvamento da fauna Para a execução deste projeto foi solicitada junto ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente - IBAMA a licença para captura, transporte e relocação de elementos da fauna na região de implantação do empreendimento e para as áreas de destinação, Anexo 1. Centro de Triagem - CT Visando receber e acomodar os animais resgatados durante as atividades de desmate e enchimento do reservatório da PCH Senhora do Porto foi construído um CT, localizado na Fazenda Sociedade, município de Dores de Guanhães, distante cerca de 4 km da sede urbana (RIO DAS VELHAS, 2010). O CT é composto por contêineres metálicos, os quais foram divididos de maneira a acomodar escritório, almoxarifado, cozinha, bainheiro, sala para atendimento veterinário e demais salas para acomodação dos grupos faunísticos específicos, mastofauna, herpetofauna e avifauna (RIO DAS VELHAS, 2010) (Figura 1-1,Figura 1-2 e Figura 1-3. Revisão 00 NOV/2013 Coordenador da Equipe Carlos Eduardo Alencar Carvalho CRBio 37538/4-D Técnico Responsável Eduardo Pio Mendes de Carvalho Filho CREA MG92152/D Pág. 3

PCH Senhora do Porto Plano de Controle Ambiental - PCA 4.8 - Programa de Acompanhamento e Resgate de Fauna durante a Limpeza e Enchimento da Área do Reservatório Figura 1-1 - Layout do Centro de Triagem Figura 1-2 - Sala de atendimento veterinário Figura 1-3 - Sala com caixas para deposição e controle dos exemplares da herpetofauna Pág. 4 Coordenador da Equipe Carlos Eduardo Alencar Carvalho CRBio 37538/4-D Técnico Responsável Eduardo Pio Mendes de Carvalho Filho CREA MG92152/D Revisão 00 NOV/2013

PCH Senhora do Porto Plano de Controle Ambiental - PCA 4.8 - Programa de Acompanhamento e Resgate de Fauna durante a Limpeza e Enchimento da Área do Reservatório Etapa 1 - Acompanhamento da fauna durante as ações de limpeza da área De acordo com o Plano de Controle Ambiental - PCA da PCH Senhora do Porto (RIO DAS VELHAS, 2006) a primeira etapa deste projeto refere-se às atividades de acompanhamento da fauna durante as ações de limpeza da área. Segundo o Relatório de consolidação das ações realizadas e planejamento das ações futuras do PCA (LMIAR, 2013), essa etapa já foi concluída.o relatório parcial, contemplando os resultados dessa etapa foi entregue ao órgão ambiental em setembro de 2013. Durante a execução dessa etapa, seis espécimes foram registradas, capturadas e destinadas para a área de soltura; sendo três pertencentes à Classe Reptilia, jararaca (Bothropssp.), mussurana (Cleliaclelia), papa vento (Polychrusmarmoratus), duas pertencentes à Classe Amphibia, sapo da árvore (Hypsiboaslundii), rã das pedras (Thoropamiliaris) e por último, uma representante da Classe das Aves, quero quero (Vanelluschilensis) (LMIAR, 2013). Todas as ações já realizadas estão constantes em detalhes no Relatório de Consolidação das Ações Realizadas e Planejamento das Ações Futuras do Plano de Controle Ambiental da PCH Senhora do Porto, protocolado nessa SUPRAM em 11/09/2013 protocolo número_1780734/2013. 2. Justificativa Embora as atividades propostas por este projeto durante a Etapa 1 - acompanhamento da fauna durante as ações de limpeza da área - já tenham sido concluídas, a continuidade do mesmo se faz necessária durante a etapa de enchimento do reservatório. O recolhimento e análise da destinação de exemplares que não forem capazes de se deslocarem sozinhos durante esta fase serão essenciais paraproteção e o manejo da fauna silvestre. Revisão 00 NOV/2013 Coordenador da Equipe Carlos Eduardo Alencar Carvalho CRBio 37538/4-D Técnico Responsável Eduardo Pio Mendes de Carvalho Filho CREA MG92152/D Pág. 5

PCH Senhora do Porto Plano de Controle Ambiental - PCA 4.8 - Programa de Acompanhamento e Resgate de Fauna durante a Limpeza e Enchimento da Área do Reservatório 3. Objetivos 3.1. Objetivo Principal Estabelecer procedimentos, ações e atividades inerentes a fauna que serão executados durante o enchimento do reservatório da PCH Senhora do Porto. 3.2. Objetivos Específicos Estabelecer procedimentos de capacitação técnica a serem transmitidos aos profissionais envolvidos nos trabalhos de resgate; Estabelecer diretrizes e orientar o direcionamento das atividades, de forma a facilitar o deslocamento natural da fauna; Estabelecer procedimentos adequados a serem aplicados para o acompanhamento passivo, resgate ativo, triagem, manejo e destinação dos animais encontrados durante as atividades de enchimento do reservatório; Estabelecer atividades com atenção especial à proteção de espécies endêmicas e/ou ameaçadas de extinção, eventualmente encontradas durante os trabalhos; Promover os cuidados necessários dos espécimes capturados e sua destinação para as áreas de soltura previamente selecionadas; Firmar convênios e parcerias com instituições de pesquisa e museus para recebimento de exemplares capturados sem vida ou impossibilitados de serem tratados/recuperados por intervenção veterinária local, proporcionando assim a detenção de testemunho da fauna local. Pág. 6 Coordenador da Equipe Carlos Eduardo Alencar Carvalho CRBio 37538/4-D Técnico Responsável Eduardo Pio Mendes de Carvalho Filho CREA MG92152/D Revisão 00 NOV/2013

PCH Senhora do Porto Plano de Controle Ambiental - PCA 4.8 - Programa de Acompanhamento e Resgate de Fauna durante a Limpeza e Enchimento da Área do Reservatório 4. Área de Abrangência A área de abrangência deste projeto contempla toda a área destinada ao futuro reservatório da PCH Senhora do Porto. 5. Metodologia De acordo com o Plano de Controle Ambiental - PCA da PCH Senhora do Porto (RIO DAS VELHAS, 2006) a segunda etapa deste projeto refere-se às atividades de acompanhamento do enchimento do reservatório, cujos procedimentos metodológicos são apresentados a seguir. O enchimento do reservatório deverá ser acompanhado utilizando-se pelo menos um barco, sendo as margens percorridas diariamente em toda a extensão do reservatório por uma equipe de profissionais capacitada para a realização das atividades de manejo. Essa equipe deverá ser constituída por biólogos e veterinário com experiência em manejo de fauna visando executar as ações diretamente em campo. A equipe será mobilizada cerca de dois dias antes do início do enchimento para o reconhecimento das áreas de soltura, da área do reservatório, conferência do material da operação de resgate, organização do CT, além da realização de um treinamento com tópicos de primeiros socorros e sobre as atividades a serem executadas. As atividades deverão iniciar-se logo no início da manhã, com término no final da tarde. No caso de se encontrarem animais terrestres de médio e grande porte, que não necessitem obrigatoriamente de resgate, deverá ser seguido o procedimento de direcioná-los para as margens do reservatório, onde poderão deslocar-se passivamente. Ao final do dia serão realizadas reuniões com a equipe de água e o coordenador para uma avaliação dos trabalhos do dia. Através destas avaliações, será programado o Revisão 00 NOV/2013 Coordenador da Equipe Carlos Eduardo Alencar Carvalho CRBio 37538/4-D Técnico Responsável Eduardo Pio Mendes de Carvalho Filho CREA MG92152/D Pág. 7

PCH Senhora do Porto Plano de Controle Ambiental - PCA 4.8 - Programa de Acompanhamento e Resgate de Fauna durante a Limpeza e Enchimento da Área do Reservatório serviço do dia seguinte, priorizando algumas tarefas e áreas, que serão repassadas à equipe de água ao início das atividades do dia seguinte. Será definido um local apropriado para estabelecimento de um atracadouro, que deverá se localizar o mais próximo possível do CT, como forma de se evitar que os equipamentos, pessoas e, principalmente, os animais tenham que ser transportados por um longo trajeto. Como o reservatório apresenta uma área pequena e praticamente desprovida de vegetação natural, a estrutura do CT será suficiente para receber os espécimes resgatados, que serão triados, identificados e encaminhados para soltura ou para instituições de pesquisa definidas previamente, e acondicionar o material necessário para esse fim. Os esforços devem se voltar para manter os animais nesse local durante tempo mínimo, evitando-se situações de estresse para os mesmos. A equipe de água realizará duas pausas diárias para o almoço e ao final do dia de trabalho. Nesses dois momentos o barco será descarregado e as caixas contendo os animais resgatados serão encaminhadas ao CT. O barco então será equipado novamente com caixas e recipientes para acondicionamento dos animais. Cada caixa ou recipiente de acondicionamento deverá ser identificado com etiquetas contendo o grupo (aves, mamíferos, répteis, anfíbios), o nome da espécie, local de resgate (margem e posicionamento ao longo do reservatório), data e horário. No CT, a equipe técnica fará a abertura das caixas, havendo uma seleção prévia por área de especialização (mastofauna, avifauna ou herpetofauna) através das fichas de identificação das mesmas. No que diz respeito à destinação dos animais, esta equipe será também responsável pela preparação dos exemplares para a soltura ou transporte, obedecendo às especialidades de cada profissional. As solturas deverão ser realizadas, sempre que Pág. 8 Coordenador da Equipe Carlos Eduardo Alencar Carvalho CRBio 37538/4-D Técnico Responsável Eduardo Pio Mendes de Carvalho Filho CREA MG92152/D Revisão 00 NOV/2013

PCH Senhora do Porto Plano de Controle Ambiental - PCA 4.8 - Programa de Acompanhamento e Resgate de Fauna durante a Limpeza e Enchimento da Área do Reservatório possível, logo após a triagem, visando a manutenção dos animais por tempo mínimo no CT, lembrando-se de serem observados os hábitos e comportamentos de cada espécie. 6. Produtos a serem Gerados O relatório parcial, contemplando os resultados da Etapa 1 - Acompanhamento da fauna durante as ações de limpeza da área foi entregue ao órgão ambiental em setembro de 2013. Ao final deste projeto deverá ser a apresentado o relatório conclusivo, contemplando tanto os resultados da Etapa 1 como da Etapa 2 - Acompanhamento do enchimento do reservatório. 7. Equipe Técnica Considerando que a primeira etapa deste projeto já foi concluída, apresenta-se a seguir a equipe necessária para o desenvolvimento das atividades referentes à segunda etapa, a qual refere-se ao acompanhamento das atividades de resgate durante o enchimento do reservatório. Profissional Coordenador - biólogo Herpetólogo Mastozoólogo Ornitólogo Médico-veterinário 2 - Barqueiros Pilotar o barco Atividades Ações de resgate durante o enchimento; licenciamento frente ao IBAMA; elaboração de relatório final Ações de resgate durante o enchimento; elaboração de relatório final Ações de resgate durante o enchimento;elaboração de relatório final Ações de resgate durante o enchimento; elaboração de relatório final Ações de resgate durante o enchimento;elaboração de relatório final 2 - Auxiliares de barco Auxílio nas ações de resgate durante o enchimento 2 - Auxiliar de serviços Manutenção do CT Revisão 00 NOV/2013 Coordenador da Equipe Carlos Eduardo Alencar Carvalho CRBio 37538/4-D Técnico Responsável Eduardo Pio Mendes de Carvalho Filho CREA MG92152/D Pág. 9

PCH Senhora do Porto Plano de Controle Ambiental - PCA 4.8 - Programa de Acompanhamento e Resgate de Fauna durante a Limpeza e Enchimento da Área do Reservatório 8. Cronograma do Programa de Acompanhamento e Resgate da Fauna durante a Limpeza e Enchimento da Área do Reservatório Etapa 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D Solicitação de licença para resgate e salvamento da fauna Implantação do Centro de Triagem - CT Acompanhamento da fauna durante as ações de limpeza da área Entrega do relatório parcial Acompanhamento do enchimento do reservatório Entrega do relatório conclusivo Revisão 00 NOV/2013 Coordenador da Equipe Carlos Eduardo Alencar Carvalho CRBio 37538/4-D Técnico Responsável Eduardo Pio Mendes de Carvalho Filho CREA MG92152/D Pág. 11

PCH Senhora do Porto Plano de Controle Ambiental - PCA 4.8 - Programa de Acompanhamento e Resgate de Fauna durante a Limpeza e Enchimento da Área do Reservatório 9. Referências Bibliográficas LMIAR, 2013. Relatório de consolidação das ações realizadas e planejamento das ações futuras do PCA da PCH Senhora do Porto. RIO DAS VELHAS, 2006. Plano de Controle Ambiental - PCA. RIO DAS VELHAS, 2010. Relatório Técnico sobre a Implantação do Centro de Triagem Temporário de Animais Silvestres. RODRIGUES, M., 2006. Hidrelétricas, ecologia comportamental, resgate de fauna: uma falácia. Natureza e Conservação. 10. ART Este programa foi adaptado do programa elaborado para o PCA da PCH Dores de Guanhães e atualizado a partir do relatório consolidado da LIMIAR Ambiental com a colaboração da bióloga Debora Sales, CRBio CRBIO-4 30.750/D Revisão 00 NOV/2013 Coordenador da Equipe Carlos Eduardo Alencar Carvalho CRBio 37538/4-D Técnico Responsável Eduardo Pio Mendes de Carvalho Filho CREA MG92152/D Pág. 13

PCH Senhora do Porto Plano de Controle Ambiental - PCA 4.8 - Programa de Acompanhamento e Resgate de Fauna durante a Limpeza e Enchimento da Área do Reservatório Lista de Anexos Anexo 1 Licença de Resgate - IBAMA Revisão 00 NOV/2013 Coordenador da Equipe Carlos Eduardo Alencar Carvalho CRBio 37538/4-D Técnico Responsável Eduardo Pio Mendes de Carvalho Filho CREA MG92152/D Pág. 1