Superintendência de Desenvolvimento Industrial Gerência de Estudos Técnicos



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Transcrição:

Relatório de Acompanhamento do Comércio Exterior da Bahia (RACEB - 02//2015) JJullho dee 2015 - Fechamento 1º Semestre de 2015 Data de fechamento: 23.07.2015 FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DA BAHIA Superintendência de Desenvolvimento Industrial Gerência de Estudos Técnicos

DESTAQUES Comércio Exterior do Brasil As exportações brasileiras caíram 14,7% no primeiro semestre de 2015. As importações brasileiras apresentaram queda de 18,5% no mesmo período. Embora a balança comercial tenha apresentado o melhor saldo desde 2012, esse resultado merece especial atenção por contabilizar o 4º ano consecutivo de redução das exportações para o período e pela magnitude da queda (-14,7%). A piora nas exportações brasileiras decorre de um processo de queda dos preços, principalmente das commodities. O ciclo de alta dos preços das commodities parece ter-se esgotado. Desde 2011, verifica-se tendência de queda generalizada dos preços de exportação, resultando em deterioração dos termos de troca. Comércio Exterior da Bahia As exportações baianas totalizaram US$ 3,5 bilhões, com queda de 20,4%. As importações baianas alcançaram US$ 4,6 bilhões, com alta de 9,4%. A acentuada queda das exportações baianas resultou principalmente das menores vendas externas de óleo combustível, soja (grãos e bagaço) e celulose (pasta e solúvel), cujas quedas acumularam redução de US$ 826,2 milhões em receitas de exportações. O aumento das importações baianas, por sua vez, pode ser creditado principalmente às compras inéditas de gás natural liquefeito (GNL), cujo montante alcançou US$ 733,6 milhões. 2

1. Desempenho do Comércio Exterior Brasileiro (Janeiro a Junho de 2015) O comércio exterior brasileiro teve desempenho negativo no primeiro semestre de 2015. Pelo lado das exportações, houve queda em todas as categorias de fator agregado, com destaque para a redução de produtos básicos (-21,6%), decorrente notadamente de menores exportações de soja (grãos e farelo), minério de ferro, petróleo bruto e carnes de frango e bovino. A queda dos preços dos principais produtos exportados foi o fator de maior influência no resultado negativo do período. Do lado das importações, a forte retração do mercado doméstico (refletido no menor quantum importado) e a queda dos preços foram as causas da retração no período. Em consequência, a corrente de comércio brasileira apresentou queda de 16,6%, mas o saldo da balança comercial ficou positivo em US$ 2,2 bilhões (por conta da maior queda das importações). A tabela abaixo resume o desempenho do comércio exterior brasileiro no período analisado. Comércio Exterior do Brasil Em US$ milhões fob Var.(%) Jan - Jun 2014 (a) Jan - Jun 2015 (b) (b/a) 1. Exportações 110.530,9 94.329,1-14,7 2. Importações 113.046,2 92.108,4-18,5 3. Balança Comercial (1-2) -2.515,4 2.220,7 N/A 4. Corrente de Comércio (1+2) 223.577,1 186.437,6-16,6 Fonte: SECEX ; elaboração FIEB/ SDI N/A (Não Aplicável) Embora o saldo da balança comercial tenha apresentado resultado positivo no semestre (o melhor para o período desde 2012), o resultado do comércio exterior brasileiro neste primeiro semestre merece especial importância por contabilizar o 4º ano consecutivo de queda das exportações no período e também pela magnitude da queda (-14,7%). 3

De acordo com análise da Funcex, a piora nas exportações brasileiras decorre de um processo de queda dos preços, principalmente das commodities. O ciclo de alta dos preços das commodities, que teve início em 2002 e atingiu um pico em 2011, parece ter-se esgotado. Desde 2011, verifica-se tendência de queda generalizada dos preços de exportação, resultando em deterioração dos termos de troca. Para a Funcex, os preços dos produtos dos setores da Agricultura e Pecuária, Produtos Alimentícios e Metalurgia ainda encontram-se acima da média histórica (1996-2015). Já os dos setores de Celulose e Papel, Extração de Petróleo e Gás Natural e Extração de Minerais Metálicos voltaram a oscilar em torno da referida média. A tendência futura dos preços, no entanto, ainda é bastante incerta e controversa. No caso do minério de ferro, a commodity metálica de maior relevância para o Brasil, a expectativa é de um preço médio abaixo de US$ 50/t em 2015 e preços ainda menores nos próximos anos. Por outro lado, o caso da soja é inverso, com preços em torno de US$ 420/t e alguma elevação no final da década. Portanto, conclui a Fundação, a pauta exportadora brasileira baseada em recursos naturais ainda é um ativo, mas o cenário geral não é promissor. Neste cenário de queda de preços, a desvalorização do câmbio é vista como alternativa de curto prazo para o crescimento das exportações. Mesmo assim, o processo de desvalorização, que teve início no final de 2011 e se acentuou neste ano, pode ser contido pela alta dos preços internos e pelo aumento da taxa de juros. No primeiro caso, observa-se que, embora o câmbio nominal esteja relativamente próximo do pico histórico de outubro de 2002 (onde havia o estresse do período eleitoral), o câmbio real, ao contrário, está em níveis de 2006, período de franca recuperação da economia. Na mesma direção, a manutenção de uma política de juros em patamares elevados deve atrair volumes significativos de capital especulativo, a ponto de forçar uma valorização futura do real. Cumpre registrar o lançamento do Plano Nacional de Exportação, com 5 diretrizes fundamentais: (i) acesso a mercados, (ii) promoção comercial, (iii) facilitação de comércio, (iv) financiamento e garantias e (v) aperfeiçoamento de instrumentos e regimes tributários. Embora as medidas estejam na direção certa, há críticas em relação aos mecanismos de crédito, cuja linha do Proex (financiamento à exportação) está ainda suspensa. 4

O gráfico a seguir apresenta a evolução do câmbio real e do câmbio nominal, onde se vê a diferença entre os indicadores. Projeções: Para 2015, as novas projeções do FMI (World Economic Outlook, abril/2015) revisam para baixo o crescimento da economia mundial e as transações do comércio internacional. Para o PIB mundial, é projetado crescimento de 3,4%, ante projeção anterior de 3,9%. Em 2016, o processo de recuperação deverá continuar, mas em ritmo lento, quando o PIB mundial deverá crescer 3,8%. Em termos do comércio internacional de bens e serviços, o FMI projeta alta de 3,7% (ante projeção anterior de 5%) em 2015 e 4,7% em 2016. Quanto ao comércio exterior brasileiro em 2015, as projeções do Banco Central (17/07/2015) indicam exportações da ordem de US$ 200 bilhões (-11,2%) e importações de US$ 194,5 bilhões (-15,1%). Em consequência, o saldo da balança comercial deverá ser positivo de US$ 5,5 bilhões. 5

2. Desempenho do Comércio Exterior Baiano (Janeiro a Junho de 2015) A acentuada queda das exportações baianas resultou principalmente das menores vendas externas de óleo combustível, soja (grãos e bagaço) e celulose (pasta e solúvel), que acumularam redução de US$ 826,2 milhões em receitas de exportações. O aumento das importações baianas, por sua vez, pode ser creditado principalmente às compras inéditas de gás natural liquefeito (GNL), cujo montante alcançou US$ 733,6 milhões. Outros produtos que apresentaram aumentos significativos foram motores eletrogeradores e suas partes e catodos de cobre. Comércio Exterior da Bahia Em US$ milhões fob Var.(%) Jan - Jun 2014 (a) Jan - Jun 2015 (b) (b/a) 1. Exportações 4.428,9 3.527,3-20,4 2. Importações 4.222,4 4.621,1 9,4 3. Balança Comercial (1-2) 206,5-1.093,8 N/A 4. Corrente de Comércio (1+2) 8.651,4 8.148,4-5,8 Fonte: SECEX ; elaboração FIEB/ SDI A participação das exportações baianas alcançou 3,7% do valor total das exportações brasileiras e as importações alcançaram 5% do total importado pelo Brasil, no primeiro semestre de 2015. A Bahia foi responsável por 53,2% do valor total exportado pela Região Nordeste e por 36,8% das importações da Região no primeiro semestre de 2015. 6

Exportações Baianas A celulose (em pasta e solúvel) foi o principal produto exportado pela Bahia no primeiro semestre de 2015, com US$ 657 milhões. Em seguida, destacaram-se soja (grão e bagaço, US$ 500,5 milhões), catodos de cobre (US$ 224,7 milhões) e automóveis (US$ 211,3 milhões). A redução de US$ 901,6 milhões das vendas externas baianas, no primeiro semestre de 2015, em comparação com igual período de 2015, resultou principalmente das menores vendas de óleo combustível (-US$ 533,2 milhões), soja (- US$ 173 milhões) e celulose (-US$ 102,4 milhões). Outros produtos importantes que apresentaram quedas acentuadas no período de análise foram: tolueno, propeno, cravoda- índia, automóveis, dentre outros. Em sentido contrário, apresentaram crescimento expressivo as exportações de catodos de cobre, acrilonitrila, minérios de níquel, algodão, tubos de plástico, óxido de propileno, café, além de exportações inéditas de mates de cobre e pentóxido de divanádio. A análise das exportações baianas indica o predomínio de negócios capital-intensivos, a exemplo de refino, petroquímica, automóveis, celulose e papel, e metalurgia básica, produtores de importantes bens tradable. O gráfico a seguir mostra que as cinco principais seções NCM foram responsáveis por 66,2% do valor total das exportações baianas, no primeiro semestre de 2015. 7

Destaques Seções: Celulose e Papel e suas Obras (-13,7%): redução das vendas de celulose solúvel e de madeira não conífera (pasta) e papel kraft (sem fibra). Produtos das Indústrias Químicas (-26,9%): redução dos embarques de diversos produtos, com destaque para: tolueno, propeno, éteres acíclicos e seus derivados halogenados, buta-1,3-dieno e mistura de isômeros de xileno. Em sentido contrário, foram registradas maiores vendas externas de para-xileno, acrilonitrila, óxido de propileno, pentóxido de divanádio, dentre outros. Produtos do Reino Vegetal (-24%): queda acentuada dos embarques de soja e cravoda-índia, contrabalançadas parcialmente pelas maiores vendas de café, milho e mangas. Metais Comuns e Suas Obras (+50,4%): aumento das exportações causada por elevações das vendas de catodos de cobre, que representa 56,6% do total exportado pela seção e teve variação positiva de 110% no período. Outros produtos importantes 8

que apresentaram ganhos foram mates de cobre e fios de cobre. Em sentido contrário, caíram as exportações de ligas de ferro-cromo e ferro-silício-manganês. Produtos Minerais (-65,5%): queda acentuada das exportações de óleo combustível (-US$ 533,2 milhões), de óleos lubrificantes e gasolina. Contrabalançada parcialmente pelo aumento das vendas externas de minérios de níquel. As exportações baianas também são concentradas em poucos países. O gráfico a seguir mostra que os cinco principais países de destino foram responsáveis por 60% do valor total das exportações baianas, no primeiro semestre de 2015. Destaques Países de Destino: China (+20%): soja, celulose (pasta e solúvel), catodos de cobre refinado e minérios de níquel e seus concentrados foram responsáveis por 89,4% do total exportado da Bahia para o mercado chinês. O aumento das exportações de catodos de cobre foi a principal causa da expansão das vendas a esse mercado no primeiro semestre de 2015. 9

Argentina (-16,1%): automóveis, fios de cobre, manteiga de cacau, metiloxirano, cacau em pó e pasta de cacau foram os principais produtos exportados para este mercado (78,9%). A redução das exportações foi causada principalmente pela queda acentuada das vendas externas de automóveis. Estados Unidos (-2,3%): benzeno, pneus, celulose (pasta e solúvel), cordéis de sisal, manteiga de cacau e para-xileno foram os principais produtos exportados para esse mercado (53,5% do total). As menores vendas externas de tolueno, soja, óleo combustível e pneus causaram maior impacto negativo nas vendas para esse mercado. Holanda (-6,3%): os principais produtos exportados para este mercado foram celulose, soja (grão), óleo combustível, éteres acíclicos e tubos de plástico (79,2%). O resultado negativo é explicado pela queda das exportações de bagaços de soja, óleo combustível e celulose. Alemanha (-36,9%): os principais produtos exportados para este mercado foram soja (grãos e bagaço), celulose em pasta, café e couros (90,6%). A queda das exportações decorreu, sobretudo, das menores vendas de soja e celulose. Importações Baianas Os produtos nafta petroquímica, gás natural liquefeito (GNL), automóveis, sulfetos de minério de cobre e motores eletrogeradores foram responsáveis por 59,6% das importações baianas no primeiro semestre de 2015. O aumento de US$ 398,66 milhões das importações baianas, na comparação entre o primeiro semestre de 2015 e igual período de 2014, pode ser creditado principalmente às compras inéditas de gás natural liquefeito (GNL), cujas importações totalizaram US$ 733,6 milhões. Outros produtos que apresentaram crescimento foram catodos de cobre, grupos eletrogêneros (geradores elétricos a diesel), partes de motores/geradores/grupos eletrogeradores e cobre não refinado. Em sentido contrário, 10

apresentaram redução automóveis, nafta petroquímica, cacau, desperdícios de cobre, dentre outros. Destaques Produtos Importados: Nafta (-16,3%): as importações somaram US$ 824 milhões no primeiro semestre de 2015, oriundas da Argélia, México, Marrocos, Venezuela, Estados Unidos, Rússia, Itália, Grécia e outros. GNL (+US$ 733,6 milhões): importações inéditas do novo terminal de regaseificação da Petrobras, inaugurado no final de janeiro de 2014. As importações foram provenientes do Trinidad e Tobago, Nigéria, Catar, Espanha, Argélia e outros. Automóveis de passageiros (-21,5%): as importações totalizaram US$ 599,3 milhões (contra US$ 763,9 milhões do período anterior), procedentes principalmente da Argentina e México (96%). Outros importantes países fornecedores foram China, Canadá e Reino Unido. 11

Sulfetos de minério de cobre (-2,4%): provenientes principalmente do Chile (68,2%). Outros países fornecedores foram Peru e Portugal. Motores eletrogeradores (+77,5%): China, Espanha, Finlândia, Estados Unidos e França foram os principais mercados de origem desses produtos destinados à indústria eólica. Destaques Países de Origem: Argélia (+35,6%): basicamente nafta petroquímica e GNL. Argentina (-10,4%): principalmente importação de automóveis (85,2%). Outros produtos relevantes: trigo, fios de alta tenacidade, nafta petroquímica e malte. Chile (-2,9%): sulfetos de minério de cobre, cobre não refinado e catodos de cobre refinado responderam por 95,4% do total importado pela Bahia do Chile. Estados Unidos (-19%): diversos produtos, com destaque para nafta petroquímica, fósforo branco, GNL, diidrogeno-ortofosfato de amônio, pigmentos de dióxido de titânio etc. China (-21,4%): diversos produtos, com destaque para partes de motores eletrogeradores, fritadoras eletrotérmicas, diidrogeno-ortofosfato de amônio, motores de corrente alternada, panelas eletrotérmicas, etc. 12

O Relatório de Acompanhamento do Comércio Exterior da Bahia (RACEB) é uma publicação trimestral da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), produzido pela Superintendência de Desenvolvimento Industrial (SDI). Presidente: Antônio Ricardo Alvarez Alban Diretor Executivo: Vladson Bahia Menezes Superintendente: Marcus Emerson Verhine Equipe Técnica: Ricardo Menezes Kawabe (Mestre em Administração Pública pela UFBA) Carlos Danilo Peres Almeida (Mestre em Economia pela UFBA) Críticas e sugestões serão bem recebidas. Endereço Internet: http://www.fieb.org.br E-mail: sdi@fieb.org.br Reprodução permitida, desde que citada a fonte. 13