Efeitos do melhoramento genético e técnicas de processamento na utilização do. farelo de soja por suínos



Documentos relacionados
FARELO DE SOJA: PROCESSAMENTO E QUALIDADE

Lisina, Farelo de Soja e Milho

Alimentos de Soja - Uma Fonte de Proteína de Alta Qualidade

Milho: o grão que vale ouro nas dietas de aves... mas que ainda não recebeu a devida importância do setor produtivo

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE E VALOR NUTRICIONAL DE ÓLEOS E GORDURAS

CUIDADO NA FORMULAÇÃO DE DIETAS VEGETAIS OU COM SUBPRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL.

Uso do DDGS, um Subproduto na Produção do Etanol, na Alimentação de Monogàstricos.

Como produzir suínos sem milho?

IMPORTÂNCIA DA NUTRIÇÃO NO DESEMPENHO DAS AVES POEDEIRAS

Aimportância do trigo pode ser aquilatada pela

RAÇÕES PARA PEIXES: FATORES NUTRICIONAIS IMPORTANTES E IMPACTOS NOS RESULTADOS. Silvia Pastore - M.Sc. V Aquishow Agosto/2014

Suplementação de amilase e fitase em dietas a base de milho e farelo de soja e seus efeitos sobre o desempenho de poedeiras leves.

Alimentação da vaca leiteira

e avaliar alimentos 1. Introdução Composição dos alimentos

DIGESTIBILIDADE DE DIETAS E METABOLISMO EM FRANGOS DE CORTE E SUÍNOS ALIMENTADOS COM SOJA INTEGRAL PROCESSADA

Proteínas na alimentação de monogástricos

EFEITO DA UTILIZAÇÃO DE PRÓBIÓTICOS EM DIETAS PARA BOVINOS NELORE TERMINADOS EM CONFINAMENTO INTRODUÇÃO

QUÍMICA CELULAR NUTRIÇÃO TIPOS DE NUTRIENTES NUTRIENTES ENERGÉTICOS 4/3/2011 FUNDAMENTOS QUÍMICOS DA VIDA

Trato Digestivo do Suíno

FORMULAÇÃO DE RAÇÕES UTILIZANDO CALCULADORAS

USO DE ÓLEOS E GORDURAS NAS RAÇÕES

ARTIGO TÉCNICO Minerthal Pró-águas Suplementação protéica energética no período das águas

Para que serve o alimento?

Milho: Produção, Armazenamento e sua utilização na elaboração de ração para Aves

RELATÓRIO DE PESQUISA - 45

TEORES DE PROTEÍNA SOLÚVEL E AMINOÁCIDOS LIVRES EM FARINHA DE SOJA HIDROLISADA COM ENZIMAS

PROGRAMA NUTRICIONAL PARA SUÍNOS. "Seu resultado é o nosso compromisso." EXCELÊNCIA EM NUTRIÇÃO ANIMAL.

ALIMENTOS PARA CÃES E GATOS VISÃO GERAL

LIMITAÇÕES DA UTILIZAÇÃO DA SOJA INTEGRAL E FARELO DE SOJA NA NUTRIÇÃO DE FRANGOS DE CORTE

Fitase Superdosing Qual a origem dos seus benefícios? Parte um: destruição total do fitato

Profa. Joyce Silva Moraes

Utilização de dietas de alto concentrado em confinamentos

VALOR NUTRITIVO DA CARNE

A Importância dos Alimentos. Prof.: Andrey Oliveira Colégio Sete de Setembro Disciplina: Educação Física

COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA CARNE. Profª Sandra Carvalho

Universidade Federal do Paraná Departamento de Zootecnia Centro de Pesquisa em Forragicultura (CPFOR)

2011 Evialis. Todos os direitos reservados uma marca

Gorduras, Alimentos de Soja e Saúde do Coração Análise das Evidências

Função orgânica nossa de cada dia. Profa. Kátia Aquino

A PRODUCAO LEITEIRA NOS

O mercado de carnes suínas Tendências a Osler Desouzart osler@odconsulting.com.br

Uso de lipídeos em dietas de ruminantes

Utilização do óleo vegetal em motores diesel

Proteína: digestibilidade e sua importância na produção. Fabrizio Oristanio (Biruleibe)

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio. Balança Comercial do Agronegócio Junho/2012

Artigo Número 14 SOJA INTEGRAL EXTRUSADA NA ALIMENTAÇÃO DE AVES E SUÍNOS

Proteínas. Enzima que Colagénio Insulina degrada a insulina (hormona)

FICHA TÉCNICA DO ALIMENTO

TUTORIAL - 3. Sistema digestivo comparado. Disciplina: Nutrição Animal Professora responsável: Izabelle Auxiliadora Molina de Almeida Teixeira

SID - Diges bilidade Ileal Padronizada em Leitões Desmamados. Melhoria na diges bilidade da proteína e dos aminoácidos em cerca de 5%

VEGESOY ISOLATED. Proteína Isolada da Soja. Informações Técnicas

ESTUDO DAS VARIAÇÕES DOS PADRÕES DE UREASE E PROTEÍNA SOLÚVEL DA SOJA DESATIVADA VISANDO UMA REDUÇÃO NO TEMPO DE PROCESSAMENTO

Apresentação. O que significam os itens da Tabela de Informação Nutricional dos rótulos

SUMÁRIO MÓDULO 6 ALIMENTOS E NUTRIENTES ATIVIDADE 1 (PÁGINA 221)

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio. Balança Comercial do Agronegócio Agosto/2015

MANEJO NUTRICIONAL DE EQUINOS. Prof. Dr. Alexandre A. de O. Gobesso

Em termos comparativos a chlorella possui proporcionalmente mais proteínas do que a soja, a carne bovina e o trigo.

Rev. bras. zootec., 29(3): , 2000

TRATAMENTO QUÍMICO DE RESÍDUOS AGRÍCOLAS COM SOLUÇÃO DE URÉIA NA ALIMENTAÇÃO DE RUMINANTES

PROGRAMA DE SUPLEMENTAÇÃO DE LUZ ARTIFICIAL PARA BEZERROS EM ALEITAMENTO

A Importância do Fósforo na Dieta de Vacas de Leite

TEOR DE UMIDADE DOS GRÃOS

CARACTERIZAÇÃO COMERCIAL DE MARGARINA, HALVARINA E CREME VEGETAL: PARÂMETROS DA LEGISLAÇÃO

NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO ANIMAL 1. HISTÓRICO E IMPORTANCIA DOS ESTUDOS COM NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO:

O uso de concentrado para vacas leiteiras Contribuindo para eficiência da produção

Página Rural. Página Inicial Notícias Artigos Entrevistas Feiras e Eventos Indicadores Leilões Multimídia Publicações Reportagens.

DOCUMENTO DE REFERÊNCIA PARA GUIAS DE BOAS PRÁTICAS NUTRICIONAIS

Participação da agropecuária nas exportações totais (IPEA)

Você tem ninho de ovos de ouro?

Produção e consumo de óleos vegetais no Brasil Sidemar Presotto Nunes

ARROZ E FEIJÃO: PROPRIEDADES NUTRICIONAIS E BENEFÍCIOS

Estratégias Nutricionais para reduzir a emissão de Metano em Bovinos

Nome do Produto: 100% Whey Protein Gold Standard - Optimum Nutrition

Sistema de Integração Lavoura-Pecuária (ILP) de Corte da Embrapa Milho e Sorgo

Intestino delgado. Intestino grosso (cólon)

VEGESOY FIBER. Fibra de soja: extrato insolúvel de soja em pó. Informações Técnicas

A visão de longo prazo contempla: Produção Exportações líquidas Estoques. Área plantada Produtividade Consumo doméstico (total e per capita)

Composição de Alimentos e Exigências Nutricionais. 3 a Edição. Horacio Santiago Rostagno

ICC setembro 2010 Original: francês. Estudo. Conselho Internacional do Café 105 a sessão setembro 2010 Londres, Inglaterra

Aula 9 Sistema digestório

ALIMENTAÇÃO DE CORDEIROS LACTENTES

NUTRIÇÃO DO CAVALO ATLETA

PROGRAMA GUABI DE ALIMENTAÇÃO PARA EQUINOS

Inclusão de bagaço de cana de açúcar na alimentação de cabras lactantes: desempenho produtivo

Fontes de potência para acionamento de máquinas agrícolas

PERFIL NUTRICIONAL DA CARNE DE BOVINOS, SUÍNOS E DE AVES

Professor Carlos - Proteinas

Conjuntura e perspectivas. Panorama do mercado de extração de óleos

Introdução. Conceitos aplicados a alimentação animal. Produção animal. Marinaldo Divino Ribeiro. Nutrição. Alimento. Alimento. Nutriente.

Profª Marília Varela

Nutrição completa para equinos. Linha Equinos. Rações Suplementos Minerais

Professor Fernando Stuchi M ETABOLISMO DE C ONSTRUÇÃO

Composição de Alimentos e Exigências Nutricionais. 2 a Edição. Horacio Santiago Rostagno

Aspectos ambientais da energia aplicada em reações químicas

Competitividade do Agronegócio Soja. Desafio da Agregação de Valor

Portaria nº 795 de 15/12/93 D. O. U. 29/12/93 NORMA DE IDENTIDADE, QUALIDADE, EMBALAGEM, MARCAÇÃO E APRESENTAÇÃO DO FARELO DE SOJA

EXAME DISCURSIVO 2ª fase

Perfil de aminoácidos digestíveis para aves de farelos produzidos a partir de soja convencional e soja geneticamente modificada.

Métodos in vivo para determinar disponibilidade e digestibilidade. Luciano Hauschild

Os cereais. Trigo Arroz Centeio Milho Aveia Cevada Sorgo

Transcrição:

Efeitos do melhoramento genético e técnicas de processamento na utilização do farelo de soja por suínos Ferdinando N. Almeida e Hans H. Stein Department of Animal Sciences, University of Illinois, EUA Introdução A soja é uma leguminosa largamente utilizada na produção animal em virtude de seu alto valor nutricional. A soja contem grande quantidade de aminoácidos indispensáveis para animais e seres humanos e é também uma fonte importante de proteína e óleo vegetais que são usados em todo o mundo. Os principais produtores de soja e derivados do mundo são os Estados Unidos, Brasil, Argentina, China e Índia. O Brasil ocupa hoje a segunda posição na produção mundial de soja, sendo responsável por aproximadamente 30% da produção (USDA, 2013). Grãos de soja contêm fatores antinutricionais, incluindo inibidores de tripsina e oligossacarídeos que podem afetar negativamente a digestão e absorção de nutrientes. Portanto, faz-se necessário o uso do melhoramento genético e diferentes técnicas de processamento para reduzir a concentração ou inativar estes fatores antinutricionais. O melhoramento genético da soja visa a produção de grãos com baixos teores de inibidores de tripsina e oligossacarídeos e uma forma de se aumentar o valor nutricional da soja para utilização animal (Goebel e Stein, 2011; Baker et al., 2010). Dentre as técnicas de processamento, encontram-se o tratamento enzimático e o processamento térmico, dentre

outros. Apesar de a soja integral poder ser utilizada em rações animais, o farelo de soja que é produzido através de diferentes processos de remoção de óleo do grão, tais como extrusão ou extração com utilização de solventes, é mais utilizado. Por essa razão, o farelo de soja é a principal fonte de proteína utilizada na alimentação de animais em todo o mundo (Stein et al., 2008). De acordo com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (2013), os quatro maiores produtores de farelo soja mundial são a China (29%), Estados Unidos (19%), Brasil e Argentina (15% cada). Melhoramento genético Avanços em melhoramento vegetal e em engenharia genética, tem contribuído para o desenvolvimento de novas variedades de soja. Algumas dessas variedades são selecionadas para redução na concentração de inibidores de tripsina e também para redução na concentração de oligossacarídeos (Baker e Stein, 2010). O objetivo dessas técnicas é fazer com que o farelo de soja, proveniente das variedades melhoradas genéticamente seja melhor utilizado por monogástricos. Dentro deste contexto, um experimento foi conduzido para comparar a digestibilidade ileal padronizada (SID) de aminoácidos em soja integral e soja com baixa concentração do inibidor de tripsina Kunitz (Goebel e Stein, 2011). Os valores de SID para todos os aminoácidos indispensáveis, exceto triptofano, foram superiores (P < 0,05) na soja com baixa concentração do inibidor de tripsina do que na soja convencional. A digestibilidade de lisina foi 74% na soja convencional comparada a 82% na soja com baixa concentração de inibidores de tripsina. Da mesma maneira, verificou-se que a digestibilidade de metionina foi menor (P < 0,01) na soja

convencional do que na soja com baixa concentração de inibidores de tripsina (75 vs. 83%, respectivamente). Os resultados deste experimento mostraram que o melhoramento genético para produzir variedades de soja com baixo teores de inibidores de tripsina proporcionam um aumento na digestibilidade, e portanto na utilização de aminoácidos por suínos, o que por sua vez, pode melhorar o desempenho dos mesmos. Baker e Stein (2009) conduziram dois experimentos para determinar a digestibilidade de aminoácidos e a concentração de energia digestível (ED) e metabolizável (EM) em diferentes fontes de farelo de soja. Foram utilizados o farelo de soja mecanicamente extrusado produzido a partir de soja de alta proteína (FSAP), soja com baixo teor de oligossacarídeos (FSBO), e soja convencional (FSC). Os resultados do primeiro experimento mostraram que a SID de lisina foi semelhante para a FSAP e FSBO, mas a SID de lisina tanto no FSAP quanto no FSBO foi maior (P < 0,05) do que a SID de lisina no FSC. O mesmo resultado foi observado para a SID de treonina, porem não foram observadas diferenças na digestibilidade dos outros aminoácidos. Resultados do segundo experimento mostraram que a ED em FSAP foi maior (P < 0,05) do que em FSBO ou em FSC (4,293 vs. 3,923 ou 3827 Kcal/kg de material seca, respectivamente). Quanto à concentração de EM, não foram observadas diferenças entre os 3 tipos de farelo de soja. Concluiu-se que farelo de soja originário de variedades de soja com baixo teor de oligossacarídeos tem valores de digestibilidade de aminoácidos maiores do que os valores determinados em farelo de soja convencional. As concentrações de ED e EM, todavia, são comparáveis aos valores obtidos para o farelo de soja convencional.

Técnicas de processamento O farelo de soja torrado sem processamentos adicionais é comumente utilizado em rações para suínos. No entanto, o farelo de soja pode ser processado de maneiras diferentes para aumentar a concentração de proteína e desativar fatores antinutricionais. As concentrações de energia digestível e metabolizável em farelo de soja tratada com enzima são 3.914 Kcal/Kg e 3.536 Kcal/kg, respectivamente. O teor energético do farelo de soja tratada com enzima é maior que a do farelo de soja convencional, porque esta técnica de processamento é capaz de remover fatores antinutricionais e proteínas antigênicas que diminuem a disponibilidade de energia. As concentrações de energia digestível (3.975 Kcal/kg) e energia metabolizável (3.607 Kcal/kg) também são maiores para soja fermentada do que para o farelo de soja convencional por causa da remoção de oligossacarídeos e outros fatores antinutricionais (Stein et al. 2013). Tratamento térmico do farelo de soja (SBM) é necessário para reduzir a concentração de inibidores de tripsina, mas o excesso de calor pode reduzir a digestibilidade e concentração de aminoácidos porque estes podem ser destruídos pela reação de Maillard. González-Vega et al. (2011) conduziram um experimento para determinar os efeitos do tratamento térmico do farelo de soja na AID e SID de aminoácidos de porcos em crescimento. Uma mesma fonte de farelo de soja convencional foi dividido em 4 lotes. Um lote não foi adicionalmente processado térmicamente, 1 lote foi autoclavado a 125 C por 15 minutos, 1 lote foi autoclavado a 125 C por 30 minutos, e 1 lote foi aquecido em forno convencional a 125 C por 30 minutos. Formularam-se 4 dietas nas quais cada um dos 4 lotes de farelo de soja foram utilizados como fonte única de proteína e aminoácidos. Resultados do experimento indicaram que a AID e SID

de todos os aminoácidos diminuíram linearmente (P < 0,01) com o aumento no tempo de autoclavagem. A concentração de furosina e a cor das amostras do farelo de soja indicou que a autoclavagem resultou em uma reação de Maillard. Concluiu-se que a digestibilidade de aminoácidos no farelo de soja autoclavado é linearmente reduzida à medida que o tempo de autoclavagem aumenta de 0 a 30 minutos. Estes resultados indicam que o processamento térmico do farelo de soja, embora necessário, pode ser prejudicial para o valor nutricional do farelo de soja na alimentação de suínos. Conclusões O farelo de soja é uma excelente fonte proteica para suínos e as atuais técnicas de melhoramento genético e processamento tem proporcionado uma melhora no seu valor nutricional. O processamento térmico deve ser feito de maneira a não prejudicar a digestibilidade de aminoácidos uma vez que o excesso de calor pode causar a formação das reações de Maillard, o que por sua vez, diminui a digestibilidade dos aminoácidos no farelo de soja.

Literatura citada Baker, K. M., and H. H. Stein. 2009. Amino acid digestibility and concentration of digestible and metabolizable energy in soybean meal produced from high protein or low oligosaccharide varieties of soybeans and fed to growing pigs. J. Anim. Sci. 87:2282-2290 Baker, K. M., B. G. Kim., and H. H. Stein. 2010. Amino acid digestibility in conventional, high protein, or low oligosaccharide varieties of full-fat soybeans and in soybean meal by weanling pigs. Anim. Feed Sci. Technol. 162:66-73 Goebel, K. P. and H. H. Stein. 2011. Ileal digestibility of amino acids in conventional and low- Kunitz soybean products fed to weanling pigs. Asian-Austr. J. Anim. Sci. 24:88-95. González-Vega, J. C., B. G. Kim, J. K. Htoo, A. Lemme, and H. H. Stein. 2011. Amino acid digestibility in heated soybean meal fed to growing pigs. J. Anim. Sci. 89:3617-3625. Stein, H. H., J. A. Roth, K. M. Sotak, and O. J. Rojas. 2013. Strategies for managing weanling pigs fed no antibiotic growth promoters. Accessado em : http://nutrition.ansci.illinois.edu/sites/default/files/swinefocus004.pdf