Disfunções Temporomandibulares Temporomandibular Disorders



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Transcrição:

Disfunções Temporomandibulares Temporomandibular Disorders Introdução As disfunções temporomandibulares (DTM) abrangem um grupo de condições musculoesqueléticas e neuromusculares que envolvem a articulação temporomandibular (ATM), os músculos mastigatórios e todos os tecidos associados. A dor associada à DTM pode ser clinicamente expressa como dor do músculo mastigatório (DMM) ou dor da ATM (sinovite, capsulite, osteoartrite). Mastigação ou outra atividade mandibular em geral agrava a dor musculoesquelética. A dor da DTM pode ser (mas não necessariamente) associada a disfunção do sistema mastigatório (ruídos ou travamento da ATM e limitação do movimento mandibular). Epidemiologia e Economia A dor facial relativa à DTM já foi relatada em 9-13% da população em geral (com relação homem: mulher de 2:1), mas apenas 4-7% buscam tratamento (4 vezes mais mulheres). Os sinais e sintomas atingem seu pico por volta dos 20-40 anos de idade. A progressão para dor aguda e/ou crônica é associada a maior sofrimento psicossocial, distúrbios do sono e comorbidades. A dor da DTM pode afetar as atividades diárias, as funções físicas e psicossociais e a qualidade de vida.

A dor incapacitante da DTM resulta em perda importante de dias de trabalho e em outros custos de saúde. Fisiopatologia Muitos aspectos da etiologia da DTM não são claros. Em contraste com causas dentais/oclusais, para as quais as evidências de suporte são inadequadas, existe suporte definitivo para um histórico biopsicossocial e multifatorial, ilustrando a complexa interação entre mecanismos biológicos (por ex., hormonais), estados e traços psicológicos, condições ambientais e macro e microtrauma. Na DMM, os especialistas propôem uma interação complexa entre fatores ambientais, emocionais, comportamentais e físicos, inclusive sobrecarga (parafunções como cerrar os dentes enquanto acordado e bruxismo durante o sono), (micro) trauma e liberação de mediadores inflamatórios e neuropeptídeos nos músculos, que podem sensibilizar o sistema nervoso periférico e central. Junto com mecanismos alterados de regulação da dor, tais fatores podem levar a dor muscular localizada ou mais generalizada, que em geral está associada a comorbidades. Artigos recentes destacaram os efeitos culturais de dor persistente da ATM no comportamento do paciente, e também fatores genéticos (haplótipos do gene COMT). Artralgia da ATM pode resultar de trauma e de sobrecarga intrínseca e extrínseca da ATM (em geral por cerrar os dentes) que podem superar a capacidade adaptativa dos tecidos articulares. Alternativamente, essa capacidade adaptativa da ATM pode ser reduzida por fatores intrínsecos, como

suprimento sanguíneo diminuído ou nutrição inadequada. Genética e gênero também têm sido implicados na fisiopatologia da osteoartrite. A produção de radicais livres, neuropeptídeos pró-inflamatórios e nociceptivos, enzimas, proteínas ósseas morfogenéticas e fatores de crescimento levam a inflamação, dor e alterações teciduais progressivas. Características Clínicas A DMM é uma dor regional, enfadonha, doída, mais proeminente nos músculos de fechamento da mandíbula, que pode ocorrer em repouso e pode ser agravada durante função mandibular. A dor é mais pronunciada de manhã ou à noite e varia de leve a grave. Outros sintomas associados são limitação de movimento, cefaléia, plenitude da orelha e dor cervical, mas o relacionamento causa e efeito ainda não foi estabelecido. O distúrbio regional da DMM deve ser diferenciado da DMM que ocorre como parte de um distúrbio generalizado de dor muscular, como fibromialgia. A artralgia da ATM é uma dor mais localizada e aguda de intensidade moderada a grave, localizada na ATM e nos tecidos adjacentes e irradiando principalmente para a região da orelha. A dor é agravada durante carga e funcionamento da mandíbula e pode limitar o movimento e a função normais. A dor da ATM é em geral associada a disco articular deslocado ou disfuncional que causa travamento mandibular que pode ser uma outra causa de limitação de movimentos. A osteoartrite da ATM pode ser parte de artrite generalizada e ser acompanhada de crepitação.

Se houver dor crônica, artralgia de DMM e da ATM pode ser acompanhada de sensibilização central e problemas psicológicos, como depressão, somatização e ansiedade. Critérios Diagnósticos As Diretrizes da Academia Americana de Dor Orofacial (2013) e os Critérios Diagnósticos (DC-TMD, no prelo) sugerem os seguintes critérios: DMM: Queixa de dor muscular na mandíbula, na têmpora, na orelha ou na frente da orelha que é afetada por movimento, função ou parafunção mandibular. A replicação dessa dor familiar ocorre com teste de provocação dos músculos mastigatórios (isto é, palpação dos músculos temporal ou masseter; OR com abertura máxima assistida ou não. Pode haver limitação dos movimentos mandibulares secundária à dor. Artralgia da ATM: queixa de dor mandibular que é afetada por movimento, função ou parafunção mandibular. A replicação dessa dor familiar ocorre com teste de provocação da ATM (isto é, palpação do polo lateral ou em torno do polo lateral); OR com abertura máxima assistida ou não, movimentos para a direita ou para a esquerda ou movimentos protrusivos. Os fatores psicossociais são classificados através de um desenho da dor para localização da dor e de comorbidades, da Escala Graduada de Dor Crônica (EGDC) para intensidade dolorosa e função física, da Escala de Limitação de Função Mandibular (ELFM) resumida para função limitada, do Questionário do Histórico do Paciente-4 (QHP-4) para depressão e ansiedade e da Lista de Verificação de Comportamento oral para parafunções.

Diagnóstico e Tratamento O padrão-ouro para o diagnóstico da dor causada por DTM é a combinação do histórico e do exame clínico. Exceto pelas imagens, exames técnicos (por ex., eletromiografia ou análise oclusal) não são garantidos. Os sintomas costumam ser auto-limitantes, com um curso benigno natural. O tratamento visa a dar circunstâncias ideais para que haja cura e adaptação. Terapias não invasivas e reversíveis que se adequam à abordagem biopsicossocial incluem: - Educação do paciente, auto-cuidado ativo, acompanhamento - Fisioterapia, e programas de auto-regulação física - Aparelhos oclusais intraorais - Medicamentos (analgésicos, AINEs) Em pacientes com DTM crônica essas terapias devem ser acompanhadas de: - Suporte psicológico, por ex., terapia cognitivo-comportamental, relaxamento. - Baixas doses de antidepressivos tricíclicos. Deve-se considerar artrocentese para pacientes com artralgia persistente da ATM, mas cirurgia de ATM é raramente, se não nunca, indicada no escopo do tratamento da dor da DTM. Tradução: Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor SBED

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