Direcção-Geral da Saúde. Programa de Promoção da Saúde Oral nas Crianças e Adolescentes

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Transcrição:

Direcção-Geral da Saúde Programa de Promoção da Saúde Oral nas Crianças e Adolescentes Divisão de Saúde Escolar, 2005

ENQUADRAMENTO Pelo quinto ano consecutivo decorreu em todas as Administrações Regionais de Saúde o processo de contratualização para tratamentos dentários das crianças que, na escola, estão em Programa de Promoção da Saúde Oral nas Crianças e Adolescentes e desenvolvem cárie dentária. O modelo de intervenção em que assenta contratualização com profissionais da área da saúde oral (estomatologistas e médicos dentistas) tem um sistema de avaliação, que nos permite ir monitorizando, anualmente, o processo. A nível central, a Direcção-Geral da Saúde propõe todos os anos a dotação da população infantil e juvenil a abranger por contratualização, tendo em conta, a população em programa básico de saúde oral e a taxa de execução atingida pela ARS no ano anterior. Aprovada a contratualização é feita a sua distribuição pelas ARS s. A nível regional, todos os procedimentos são desencadeados em sede de Comissão Paritária, com base nos Termos de Referência para a Contratualização e na celebração dos Contratos de prestação de serviços que enquadram os actos a realizar. A avaliação da qualidade realizada por profissionais de saúde oral, designados pelas respectivas Ordens profissionais, é coordenada pela Comissão Paritária, de cada ARS, o que não se verificou em 2004, dada a necessidade de tratamentos no grupo etário a que o Programa se reporta: crianças dos 6 aos 16 anos. No 1º ano, em 2000, prevíamos abranger 22.000 crianças, tendo efectivamente sido abrangidas 16.299. Em 2001 foi alargada a contratualização a 40 000 crianças, tendo sido abrangidas 27.349. Em 2002 a contratualização propunha-se abranger 40.000 crianças e foram abrangidas 27.396 e em 2003 das 55.000 foram abrangidas 38.232. Do ano 2004 os resultados desse processo apresentam-se de seguida. Os Centros de Saúde envolvidos foram: CS existentes CS envolvidos ARS Norte 101 92 ARS Centro 109 106 ARS Lisboa Vale Tejo 87 80 ARS Alentejo 44 43 ARS Algarve 16 16 Total 357 337 2

AVALIAÇÃO DA CONTRATUALIZAÇÃO NO ÂMBITO DA INTERVENÇÃO MÉDICO-DENTÁRIA Durante o ano de 2004 a execução do processo de contratualização decorreu entre Maio e Novembro. Nas ARS s os procedimentos para a contratualização decorreram no mês de Maio: divulgação, selecção de candidatos e elaboração dos respectivos contratos. Tal como nos anos anteriores, a Divisão de Saúde Escolar da Direcção-Geral da Saúde procedeu à distribuição das crianças e da dotação financeira pelas regiões de saúde, com base em critérios demográficos e taxas de execução dos anos anteriores. Assim as 40 095 crianças de 6-7, 9-10, 12-13 e 16 anos foram distribuídas pelas ARS s da seguinte forma: 6-7, 9-10, 12-13 e 16 anos Custo da contratualização ARS Norte 11 360 850 000 ARS Centro 11 360 850 000 ARS Lisboa Vale Tejo 9 355 700 000 ARS Alentejo 4 010 300 000 ARS Algarve 4 010 300 000 Total 40 095 3 000 000 Os procedimentos para a contratualização, contratos, gestão das vigilâncias e respectivos pagamentos foram processados pelos responsáveis pela contratualização em cada ARS ou Sub-região e os pagamentos pelo IGIFS. Nos cinco anos em que decorreu a contratualização estiveram envolvidos os seguintes profissionais de saúde oral (médicos dentistas e estomatologistas): ARS Ano 2000 Ano 2001 Ano 2002 Ano 2003 2004 Norte 209 336 522 620 436 Centro 77 210 262 324 320 Lisboa V. Tejo 86 177 223 277 265 Alentejo 18 40 66 68 54 Algarve 10 47 81 57 61 Total 400 810 1143 1346 1136 3

EXECUÇÃO E FACTURAÇÃO DA 1ª VIGILÂNCIA EM 2004 Aos 6-7 anos, 9-10 anos, 12-13 anos e 16 anos Taxa de execução da 1ª Vigilância NORTE CENTRO LX V TEJO ALENTEJO ALGARVE FINAL N.º de crianças com 10.014 10.185 8.368 2.253 3.193 34.013 1ª Vigilância N.º de crianças 11.268 10.960 10.136 3.522 4.008 39.894 previstas Resultado em 2004 89% 93% 83% 64% 80% 85% Resultado em 2003 82% 92% 77% 41% 66% 77% Resultado em 2002 89% 91% 71% 48% 49% 73% Resultado em 2001 85% 86% 69% 38% 65% 74% Resultado em 2000 93% 94% 68% 33% 56% 76% 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Norte Centro LVT Alentejo Algarve Final 2000 2001 2002 2003 2004 Evolução da execução da 1ª vigilância por ARS Taxa de facturação da 1ª Vigilância NORTE CENTRO LX E V TEJO ALENTEJO ALGARVE FINAL Valor das 1ª vigilâncias facturadas N.º de crianças contratualizadas x 56,12 561.985.68 571.582.20 469.995.22 126.434.80 179.191.16 1.909.189.00 632.360.16 615.075.20 568.730.96 197.648.93 224.928.96 2.239.744.2 Resultado em 2004 89% 93% 82,6% 63,9% 80% 85% Resultado em 2003 82% 92% 77% 41% 66% 77% Resultado em 2002 89% 91% 71% 48% 49% 73% Resultado em 2001 82% 86% 70% 38% 65% 73% Resultado em 2000 93% 91% 67% 33% 56% 75% 4

EXECUÇÃO E FACTURAÇÃO DA 2ª VIGILÂNCIA Aos 6-7 anos, 9-10 anos, 12-13 anos e 16 anos Taxa de execução da 2ª vigilância NORTE CENTRO LX E V TEJO ALENTEJO ALGARVE FINAL Nº de crianças com 2ª 9.593 9.602 7.513 2.019 2.799 31.526 vigilância Nº de crianças com 1ª 10.014 10.185 8.368 2.253 3.193 34.013 vigilância Resultado em 2004 96% 94% 90% 90% 88% 93% Resultado em 2003 95% 88% 84% 87% 82% 89% Resultado em 2002 93% 93% 88% 82% 68% 88% Resultado em 2001 96% 96% 83% 90% 71% 90% Resultado em 2000 94% 79% 68% 87% 71% 82% 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Norte Centro LVT Alentejo Algarve Final 2000 2001 2002 2003 2004 Evolução da execução da 2ª vigilância por ARS Taxa de facturação da 2ª vigilância NORTE CENTRO LX V TEJO ALENTEJO ALGARVE FINAL Valor das 2ª vigilâncias facturadas 179.389.10 179 557.40 140 281.31 37. 758.53 52. 341.30 589.327.64 Nº de crianças 187.261.80 204 952.00 189 644.56 42 134.67 74.949.60 698.942.10 contratualizadas x 18,70 Resultado em 2004 96% 88% 74% 90% 70% 84% Resultado em 2003 95% 88% 84% 87% 82% 89% Resultado em 2002 82% 84% 63% 39% 34% 64% Resultado em 2001 81% 82% 58% 34% 46% 66% Resultado em 2000 88% 65% 44% 29% 40% 59% 5

EXECUÇÃO E FACTURAÇÃO FINAL DA CONTRATUALIZAÇÃO EM 2004 Aos 6-7 anos, 9-10 anos, 12-13 anos e 16 anos Taxa de Execução Final NORTE CENTRO LX E V TEJO ALENTEJO ALGARVE FINAL Nº de 1ª + 2ª vigilâncias executadas Nº de 1ª+2ª vigilâncias previstas 19.607 19.787 15.881 4.272 5.992 65.539 22.536 21.920 20.272 7.044 8.016 79.788 Resultado em 2004 87% 90% 78% 61% 75% 82% Resultado em 2003 80% 87% 71% 39% 60% 73% Resultado em 2002 85% 88% 67% 44% 41% 69% Resultado em 2001 84% 84% 63% 36% 56% 70% Resultado em 2000 90% 84% 57% 31% 48% 69% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Norte Centro LVT Alentejo Algarve Final 2000 2001 2002 2003 2004 Evolução da execução da vigilância em saúde oral por ARS Taxa de facturação Final NORTE CENTRO LX E V TEJO ALENTEJO ALGARVE FINAL Valor facturado 741.374.78 751.139.60 610 276.53 164 192.33 231.532,46 2.498.515.70 Nº 1ªs vigilância contratualiz x 74,82 843.071.76 819 808.00 758.375.52 263.516.04 299.878.56 2.984.649.80 Resultado em 2004 88% 92% 80% 62,3% 77% 84% Resultado em 2003 85% 77% 79% 47% 69% 80% Resultados em 2002 87% 89% 69% 46% 45% 71% Resultado em 2001 82% 85% 67% 37% 60% 71% Resultado em 2000 90% 84% 57% 31% 48% 69% 6

GANHOS EM SAÚDE ORAL NO ANO 2004 À semelhança dos anos anteriores a ARS do Centro e de Lisboa e Vale do Tejo fizeram a avaliação da qualidade das prestações contratualizadas, tendo, a partir dos registos, analisado o estado dentário das crianças no início e no final do programa, em termos de número de dentes cariados, perdidos e obturados. A avaliação deste parâmetro permite-nos verificar uma inversão do padrão de doença, com grande parte da componente dentes cariados a ser substituída por dentes obturados, em todos os grupos etários. Objectivamente, as crianças beneficiaram com a contratualização, no âmbito do Programa de Saúde Oral. Ganhos em Saúde nas crianças de 6-7 anos em 2004: ARS Norte Inicio Final Inicio Final Inicio Final ARS Centro 4605 156 20 87 280 4463 ARS LVT 4806 231 52 144 311 4779 ARS Alentejo ARS Algarve 9411 387 72 231 591 9242 6-7 anos 591 9411 9242 387 7

Ganhos em Saúde nas crianças de 9-10 anos em 2004: ARS Norte Inicio Final Inicio Final Inicio Final ARS Centro 3308 155 111 186 1349 4183 ARS LVT 4087 250 78 134 470 4499 ARS Alentejo ARS Algarve 7391 405 189 320 1819 8682 9-10 anos 1819 7391 8682 405 Início do Programa Final do Programa Ganhos em Saúde nas crianças de 12-13 anos em 2004: ARS Norte Inicio Final Inicio Final Inicio Final ARS Centro 1512 79 55 150 436 1589 ARS LVT 1737 159 46 165 228 1687 ARS Alentejo ARS Algarve 3249 238 101 315 664 3276 12-13 anos 664 101 3249 3276 315 238 Início do Programa Final do Programa 8

Ganhos em Saúde nos jovens de 16 anos em 2004: ARS Norte Inicio Final Inicio Final Inicio Final ARS Centro 157 63 14 31 39 101 ARS LVT 477 118 22 74 66 373 ARS Alentejo ARS Algarve 634 181 36 105 105 474 16 anos 105 36 474 634 105 181 Início do Programa Final do Programa 9

CONCLUSÕES Passados cinco anos do início deste processo inovador de trabalho, a contratualização em saúde oral, o Serviço Nacional de Saúde com os parceiros privados da área da estomatologia e medicina dentária disponíveis, organizou e deu resposta a um dos maiores problemas de saúde das crianças e jovens, a cárie dentária. Todo o trabalho de promoção da saúde, na escola e no centros de saúde, foi assegurado pelos profissionais de saúde, teve um grande envolvimento dos higienistas orais, tendo entre 2000 e 2004, 143.289 crianças dos 6 aos 16 anos beneficiado de tratamentos dentários gratuitos, numa verdadeira parceria públicoprivada, com responsabilidades e competências claramente definidas. Apesar dos procedimentos, por vezes complexos e morosos: de selecção de crianças, de encaminhamento, de marcação de consultas; os serviços de saúde assumiram com grande empenho, quer a organização do processo, quer a sua avaliação. Do nível regional ao nível sub-regional e local a contratualização consolidou-se devido ao envolvimento de todos os técnicos, mas especialmente os de saúde escolar, saúde oral e dos serviços financeiros e, em grande parte, deles depende a taxa de execução conseguida em 2004, superior a 80%, com regiões a atingir os 90%. No ano de 2004 a redução na dotação orçamental para contratualização, levou à redução do número de crianças abrangidas, evidenciando-se ainda mais claramente os bons resultados atingidos por todas as ARS. A execução financeira tem acompanhado a execução da actividade de vigilância da saúde oral, tendo o Instituto de Gestão Financeira vindo progressivamente a melhorar os tempos de resposta, quando os processos são do seu conhecimento. Da leitura dos relatórios ressalta que quando existem parcerias com as autarquias, as deslocações ficam facilitadas e a continuidade dos cuidados é mais eficaz. Os pais são os primeiros responsáveis pelos seus filhos, mas delegam ainda muito na escola essa responsabilidade, sendo difícil, por vezes, mobilizá-los. Neste processo, destaque para os estomatologistas e médicos dentistas que empenhadamente dão resposta às nossas solicitações e com profissionalismo vão tratando da saúde oral das nossas crianças e dando exemplos de boas práticas. Os ganhos em Saúde Oral obtidos com a contratualização são evidentes, já que a uma grande parte dos dentes cariados no início do programa, estavam tratados no final, como se pretendia. 10

Salientamos alguns aspectos positivos e negativos referidos pelos gestores do Programa nas ARS s, Inicio tardio do processo de contratualização o que condicionou as actividades do programa; O desfasamento entre o ano escolar e o ano civil impede uma melhor execução da contratualização; Escassez de recursos humanos nos Centros de Saúde, para a quantidade de tarefas que é necessário realizar e que condicionaram o resultado final; Atraso nos pagamentos aos profissionais de saúde oral contratualizados, com tempos muito para além do estipulado nos contratos; Atraso na entrega dos destacáveis pelos profissionais contratualizados; Deficiente qualidade dos registos na Ficha Individual de Saúde Oral; Grande envolvimento de Centros de Saúde e profissionais de saúde oral; Pouca adesão dos pais e encarregados de educação, mas também de alguns professores; A mobilidade das crianças dificulta a sua localização e encaminhamento; A maior parte das cáries em crianças alvo de contratualização, ficaram tratadas no final do programa, no entanto «alguns» profissionais contratualizados têm um elevado número de cáries por tratar, no final do programa; Para muitas crianças esta foi a primeira oportunidade de beneficiarem de uma intervenção oral. Divisão de Saúde Escolar Gregória Paixão von Amann 11