Resultados do Levantamento de Índice Rápido de Aedes aegypti (LIRAa) de Janeiro de 2016

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Transcrição:

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE Secretaria Municipal da Saúde (SMS) Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde (CGVS) Equipe de Vigilância em Roedores e Vetores Relatório LIRAa janeiro/2016 Resultados do Levantamento de Índice Rápido de Aedes aegypti (LIRAa) de Janeiro de 2016 Equipe Técnica EVRV Méd. Vet. Rosa Maria Jardim Silveira de Carvalho (Coordenadora da Equipe de Vigilância de Roedores e Vetores) Méd. Vet. Luiz Felippe Kunz Jr., Biól. Maria Mercedes Bendati, Biól. Liane Oliveira Fetzer, Biól. Maria Angélica Weber, Biól. Getúlio Dornelles Souza e Biól. Elinéa Barbosa Cracco Jornalista: Patrícia Costa Coelho de Souza Assistentes Administrativos: Márcia Radaieski Cunda e William Carpes Weber Agente de Fiscalização: Luiz Fernando Dornelles Agentes de Combate a Endemias: Denise Borges Mazzilli, Juliana Quetlen do Amaral Trespach e Lais Vieira Peixoto Residência multiprofissional: Carolini Landarin, Luiza Aita de Lemos e Pedro Cervo Calderaro Estagiária Nível Superior: Rúbia Esmeris Estagiária Nível Médio: Lauane Milleny Robaski Equipe Técnica das Gerências Distritais de Saúde Gerentes, Apoiadores e Assistentes Administrativos que apoiaram o LIRAa Agentes de Combate a Endemias de todas as Gerências Distritais PORTO ALEGRE, FEVEREIRO DE 2016 1

Relatório LIRAa janeiro/2016 1. Levantamento de Índice Rápido de Aedes aegypti (LIRAa) O Levantamento de Índice Rápido de Aedes aegypti (LIRAa) é a metodologia recomendada pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 2005) para a determinação do Índice de Infestação Predial (IIP) do mosquito vetor da dengue em sua fase de vida larval (Aedes aegypti). Operacionalização O primeiro levantamento de 2016 foi realizado no período de 25 de janeiro a 03 de fevereiro, totalizando sete dias úteis de atividade (Semanas Epidemiológicas 04 e 05). Foi prevista a amostragem em 8.608 imóveis, distribuídos em 21 Estratos, compreendendo 57 bairros do município de Porto Alegre. Neste levantamento não foram incluídos 25 bairros nas quais estão instaladas as armadilhas Mosquitrap para mosquitos adultos. 2. Resultados Índice de Infestação Predial médio (IIP) O resultado do levantamento realizado em janeiro mostrou um IIP médio de 2,3%, o que é considerado de MÉDIO RISCO pelo Ministério da Saúde. O Índice de Breteau do LIRAa foi de 4,2%. Os principais resultados do LIRAa de janeiro estão apresentados no Quadro 2. Para fins de comparação, estão apresentados também os dados dos levantamentos anteriores realizados em janeiro de 2014 e de 2015. Quadro 2. Resultados do LIRAa(s) realizado em janeiro de 2016, em comparação com dados de janeiro de 2014 e de 2015, do município de Porto Alegre, RS. LIRAa JAN 2014 LIRAa JAN 2015 LIRAa JAN Bairros com IIP < 1% 15 (18,3%) 2 (3,5%) 10 (17,5%) Bairros com IIP 1% e 3,9% 47 (57,3%) 42 (72,4%) 27 (47,4%) Bairros com IIP > 3,9% 20 (24,4%) 14 (24,1%) 20 (35,1%) Bairros sem A. aegypti 1 0 14 Número de estratos com IIP < 1% 4 1 3 Número de estratos com IIP 1% e 3,9% 18 14 12 Número de estratos com IIP > 3,9% 8 9 6 Número de estratos sem A. aegypti 1 0 1 IIP máximo registrado (%) 5,9 9,8 7,2 2016 Número de imóveis visitados 11.354 8.497 7.569 Número de imóveis positivos A. aegypti 266 297 175 Número de criadouros positivos A. aegypti 359 469 200 Índice de Breteau (%) 3,1 5,5 2,6 Índice de infestação Predial (IIP) (%) 2,3 3,5 2,3 2

Relatório LIRAa janeiro/2016 No LIRAa foram amostrados 7.569 imóveis, não atingindo o quantitativo programado de visitas (8.608). A ocorrência de chuvas esparsas em dois turnos de trabalho, além das consequências do temporal ocorrido na noite do dia 29 de janeiro, que culminou no Decreto de situação de emergência nº 19.297, de 1º de fevereiro de 2016 podem ter interferido no atendimento da meta prevista. O mosquito Aedes aegypti foi encontrado na forma de larva e/ou pupa, em 200 recipientes, dispostos em 175 imóveis. Distribuição de Aedes aegypti por bairros trabalhados Os Índices de Infestação Predial de Aedes aegypti por bairro, encontrados no LIRAa de janeiro de 2016 do município de Porto Alegre estão apresentados no mapa da Figura 1. As áreas vermelhas correspondem aos bairros com maior infestação vetorial, considerados de alto risco. Os bairros em condição de médio risco estão com cor amarela e representam infestação mediana. As áreas com baixa infestação estão marcadas em verde e representam bairros com baixo risco. Figura 1. Mapa da infestação do vetor, nos bairros do município de Porto Alegre, obtido a partir dos Índices de Infestação Predial do LIRAa, em janeiro de 2016. 3

Situação de risco Relatório LIRAa janeiro/2016 No Quadro 3 estão apresentados os resultados do Índice de Infestação Predial de Aedes aegypti por nível de risco, segundo classificação do Ministério da Saúde, com a identificação dos estratos e bairros pertencentes e suas respectivas Gerências Distritais de Saúde. Quadro 3. Índices de Infestação Predial (IIP) de Aedes aegypti por estrato e bairro, obtidos a partir do LIRAa realizado em janeiro de 2016 no município de Porto Alegre. Estrato Bairros BAIXO RISCO Gerência Distrital 21 Arquipélago NHNI 0 1 Centro, São Geraldo, Floresta, Praia de Belas Centro/NHNI 0,2 20 Chapéu do Sol, Ponta Grossa, Belém Novo, Lageado, Lami RES 0,3 Estrato Bairros MÉDIO RISCO Gerência Distrital 15 Vila Nova, Cristal GCC 1,3 5 Santa Maria Goretti, Boa Vista, Higienópolis, São João NHNI 1,4 11 Jardim Itú-Sabará, Protásio Alves LENO 1,4 14 Cascata, Belém Velho SCS/GCC 1,4 12 Lomba do Pinheiro, Agronomia PLP 1,5 7 e 8 Sarandi NEB 1,9 4 Navegantes, Anchieta, Humaitá, Farrapos, Marcílio Dias NHNI 2,0 13 São José, Vila João Pessoa PLP 2,2 18 Aberta dos Morros SCS 2,4 19 Restinga RES 2,4 6 Estrato 2 São Sebastião, Jardim Lindóia, Cristo Redentor, Jardim Floresta, Jardim São Pedro Bairros ALTO RISCO Independência, Moinhos de Vento, Mont Serrat, Bela Vista, Auxiliadora, Bom Fim, Santa Cecília IIP % IIP % NHNI 3,9 Gerência Distrital IIP % Centro 4,2 9 e 10 Rubem Berta NEB 4,4 3 Rio Branco, Jardim Botânico, Petrópolis Centro 5,3 17 Hípica, Espírito Santo, Guarujá, Serraria SCS 5,9 16 Camaquã, Vila Assunção, Tristeza, Vila Conceição, Pedra Redonda SCS 7,2 Observação: nos bairros distribuídos em dois estratos, foi adotado o maior valor registrado. Os valores abaixo de 1% são considerados como infestação de baixo risco, enquanto de 1 a 3,9% são de médio risco e acima de 3,9% estão com risco elevado. 4

Tipos de criadouros encontrados Relatório LIRAa janeiro/2016 A Figura 2 mostra a frequência relativa de larvas de Aedes aegypti encontradas, por tipo de criadouro. Há preponderância dos recipientes do tipo B (pequenos e móveis, como vasos, pratinhos de vasos, potes e vasilhames de uso na residência), os quais somam 54% dos criadouros do vetor. Os depósitos fixos, como ralos pluviais e calhas (tipo C) atingem 25% dos criadouros encontrados com larvas e/ou pupas; os depósitos naturais (E) compõem 10% dos locais com larvas/pupas; os pneus e materiais inservíveis (D1 e D2) apresentam 7% de ocorrência; os depósitos para armazenamento de água para consumo humano (A1 e A2) alcançam 4% dos depósitos onde foram encontradas larvas do mosquito vetor da dengue. Tipos de criadouros de Aedes aegypti D 7% E 10% A 4% B 54% A B C D E C 25% Legenda: A1: Depósito de água para consumo humano (elevado) A2: Outros depósitos para armazenamento de água para consumo (baixo) B: Vasos, potes, garrafas, pequenos recipientes móveis em geral C: Depósitos fixos: calhas, lajes, piscinas não tratadas, sanitários em desuso, caixas do pluvial D1: Pneus e outros materiais rodantes D2: Lixo, sucatas, entulhos de construção E: Ôcos de árvores, axilas de bromélias, materiais naturais Figura 2. Distribuição percentual dos criadouros do mosquito Aedes aegypti em Porto Alegre no LIRAa de janeiro de 2016. 66% 34% B1 B2 2% 26% C1 C2 72% C3 67% 33% D1 D2 I II III Figura 3. Caracterização dos criadouros do mosquito Aedes aegypti em Porto Alegre no LIRAa de janeiro de 2016. I) depósitos pequenos e móveis B1 vasos; B2 garrafas, pequenos recipientes móveis em geral. II) depósitos fixos C1 piscinas não tratadas; C2 ralos; C3 calhas, lajes, sanitários em desuso, caixas do pluvial. III) resíduos sólidos D1 pneus; D2 resíduos sólidos. 5

Relatório LIRAa janeiro/2016 Na Figura 3.I pode-se verificar que em relação aos depósitos do tipo B, 34% correspondem a pratinhos de baixo de vasos. Os demais 66% são outros tipos de criadouros pequenos, como garrafas e outros recipientes, que estejam em uso no imóvel. Ressalte-se que esses criadouros poderiam ser facilmente acondicionados de forma correta, limpos com frequência ou descartados. Quanto aos depósitos do tipo C (Figura 3.II), 2% correspondem a piscinas não tratadas, 26% a calhas, e 72% a ralos. A medida mais recomendada para os ralos que acumulam água é que sejam protegidos com telas milimétricas, substituídos por ralos abre-fecha ou na impossibilidade dessas medidas, utilizar água sanitária uma vez por semana. Os depósitos tipo D (Figura 3.III) são aqueles que devem ter acondicionamento como resíduos sólidos. Verificou-se que 33% correspondem a pneus e 67% a lixos, sucatas e entulhos. Em relação aos depósitos naturais (do tipo E), 100% das coletas de Aedes aegypti foram feitas em axilas de bromélias, demonstrando que este vegetal muito utilizado na capital como ornamentação de jardins é um potencial criadouro para o mosquito. 3. Conclusão Os resultados do LIRAa de janeiro de 2016 indicam um Índice de Infestação Predial (IIP) médio de 2,3% em Porto Alegre. Verificou-se que 54% dos criadouros com larvas foram recipientes pequenos e móveis (pratos de vasos, baldes, potes, garrafas, etc). Os resultados indicam uma condição de médio risco de transmissão da dengue, zika vírus e chikungunya na cidade. 5. Referências bibliográficas BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. 2005. Secretaria de Vigilância em Saúde. Diagnóstico rápido nos municípios para vigilância entomológica do Aedes aegypti no Brasil LIRAa: metodologia para avaliação dos índices de Breteau e Predial. Brasília: Ministério da Saúde. 60p. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. 2015. Secretaria de Vigilância em Saúde. Monitoramento dos casos de dengue e febre de chikungunya até a Semana Epidemiológica 9, 2015. Boletim epidemiológico. 46(8):1-7. 6