SIMPLES NACIONAL - LEGISLAÇÃO ORGANIZAÇÃO: LAÉRCIO ALEXANDRE BECKER Divisão de Tributação SRRF09. APOSTILA ATUALIZADA ATÉ 22.04.



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Transcrição:

1 SIMPLES NACIONAL - LEGISLAÇÃO ORGANIZAÇÃO: LAÉRCIO ALEXANDRE BECKER Divisão de Tributação SRRF09. APOSTILA ATUALIZADA ATÉ 22.04.2008 SUMÁRIO Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006... 6 CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES... 8 CAPÍTULO II - DA DEFINIÇÃO DE MICROEMPRESA E DE EMPRESA DE PEQUENO PORTE... 10 CAPÍTULO III - DA INSCRIÇÃO E DA BAIXA... 20 CAPÍTULO IV - DOS TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES... 23 Seção I - Da Instituição e Abrangência... 23 Seção II - Das Vedações ao Ingresso no Simples Nacional... 35 Seção III - Das Alíquotas e Base de Cálculo... 46 Seção IV - Do Recolhimento dos Tributos Devidos... 53 Seção V - Do Repasse do Produto da Arrecadação... 55 Seção VI - Dos Créditos... 55 Seção VII - Das Obrigações Fiscais Acessórias... 55 Seção VIII - Da Exclusão do Simples Nacional... 57 Seção IX - Da Fiscalização... 62 Seção X - Da Omissão de Receita... 63 Seção XI - Dos Acréscimos Legais... 63 Seção XII - Do Processo Administrativo Fiscal... 64 Seção XIII - Do Processo Judicial... 65 CAPÍTULO VIII - DO ASSOCIATIVISMO... 66 Seção Única - Do Consórcio Simples... 66 CAPÍTULO XI - DAS REGRAS CIVIS E EMPRESARIAIS... 67 Seção I - Das Regras Civis... 67 Subseção I - Do Pequeno Empresário... 67 Seção II - Das Deliberações Sociais e da Estrutura Organizacional... 68 Seção III - Do Nome Empresarial... 68 CAPÍTULO XII - DO ACESSO À JUSTIÇA... 69 Seção I - Do Acesso aos Juizados Especiais... 69 CAPÍTULO XIV - DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS... 70 Anexo I... 78 Anexo II... 79 Anexo III... 80 Anexo IV... 81 Anexo V... 82 Exposição de Motivos Interministerial nº 122/2004 - MF MTE MPS MDIC... 84 Lei Complementar nº 127, de 14 de agosto de 2007... 89 Lei nº 11.524, de 24 de setembro de 2007 PARCELAMENTO... 89 Medida Provisória nº 380, de 28 de junho de 2007... 90 Decreto nº 6.038, de 7 de fevereiro de 2007... 90 Decreto nº 6.204, de 5 de setembro de 2007... 90 Portaria MF nº 44, de 5 de março de 2007... 91 Portaria MF nº 74, de 15 de abril de 2008... 91

Resolução CGSN nº 1, de 19 de março de 2007... 91 Resolução CGSN nº 2, de 25 de abril de 2007... 91 Resolução CGSN nº 3, de 28 de maio de 2007... 91 Resolução CGSN nº 4, de 30 de maio de 2007 OPÇÃO... 92 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES... 92 MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE... 92 Definição... 92 Início de atividade... 93 Receita bruta... 94 ABRANGÊNCIA DO SIMPLES NACIONAL... 94 Abrangência... 94 DA OPÇÃO PELO SIMPLES NACIONAL... 97 Tributação dos valores diferidos... 100 Créditos e incentivos fiscais... 101 VEDAÇÕES AO INGRESSO NO SIMPLES NACIONAL... 101 SUBLIMITES... 104 DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS... 105 Migração... 105 Parcelamento Especial para Ingresso... 107 Resolução CGSN nº 5, de 30 de maio de 2007 CÁLCULO... 109 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES... 109 CÁLCULO DOS TRIBUTOS DEVIDOS... 110 Base de cálculo... 110 Segregação das receitas... 110 Alíquotas... 113 Contribuição para a Seguridade Social não incluída no Simples Nacional... 117 Majoração da alíquota... 118 Valor fixo, isenção ou redução de ICMS ou ISS... 124 Imunidades... 125 Aplicativo de Cálculo... 125 RECOLHIMENTO DOS TRIBUTOS DEVIDOS... 126 Resolução CGSN nº 6, de 18 de junho de 2007 CNAE... 126 Resolução CGSN nº 7, de 18 de junho de 2007... 127 Resolução CGSN nº 8, de 18 de junho de 2007... 128 Resolução CGSN nº 9, de 18 de junho de 2007... 128 Resolução CGSN nº 10, de 28 de junho de 2007 OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS.. 128 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES... 128 DOCUMENTOS FISCAIS... 129 LIVROS FISCAIS E CONTÁBEIS... 130 DECLARAÇÕES... 131 EMPREENDEDOR INDIVIDUAL... 131 DAS DISPOSIÇÕES GERAIS... 132 DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS... 133 Resolução CGSN nº 11, de 23 de julho de 2007 ARRECADAÇÃO... 133 DISPOSIÇÃO PRELIMINAR... 134 DOCUMENTO DE ARRECADAÇÃO... 134 REDE ARRECADADORA... 135 INSTITUIÇÃO FINANCEIRA CENTRALIZADORA... 137 DISPOSIÇÕES FINAIS... 139 Resolução CGSN nº 12, de 23 de julho de 2007... 139 2

Resolução CGSN nº 13, de 23 de julho de 2007 CONSULTA... 139 LEGITIMIDADE PARA CONSULTAR... 140 COMPETÊNCIA PARA SOLUCIONAR CONSULTA... 140 EFEITOS DA CONSULTA... 141 DISPOSIÇÕES FINAIS... 141 Resolução CGSN nº 14, de 23 de julho de 2007... 141 Resolução CGSN nº 15, de 23 de julho de 2007 EXCLUSÃO... 141 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES... 142 EXCLUSÃO DO SIMPLES NACIONAL... 142 Exclusão por comunicação... 142 Exclusão de ofício... 143 EFEITOS DA EXCLUSÃO... 144 Resolução CGSN nº 16, de 30 de julho de 2007... 146 Resolução CGSN nº 17, de 8 de agosto de 2007... 147 Resolução CGSN nº 18, de 10 de agosto de 2007 CERTIFICAÇÃO DIGITAL... 147 Resolução CGSN nº 19, de 13 de agosto de 2007... 148 Resolução CGSN nº 20, de 15 de agosto de 2007... 148 Resolução CGSN nº 21, de 17 de agosto de 2007... 149 Resolução CGSN nº 22, de 23 de agosto de 2007... 149 Resolução CGSN nº 23, de 13 de novembro de 2007... 149 Resolução CGSN nº 24, de 20 de dezembro de 2007... 150 Resolução CGSN nº 25, de 20 de dezembro de 2007... 150 Resolução CGSN nº 26, de 20 de dezembro de 2007... 150 Resolução CGSN nº 27, de 28 de dezembro de 2007... 150 Resolução CGSN nº 28, de 21 de janeiro de 2008... 150 Resolução CGSN nº 29, de 21 de janeiro de 2008... 151 Resolução CGSN nº 30, de 7 de fevereiro de 2008 FISCALIZAÇÃO... 151 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES... 151 FISCALIZAÇÃO DO SIMPLES NACIONAL... 151 Sistema eletrônico único de fiscalização... 152 Auto de infração e notificação fiscal... 153 Omissão de receita... 154 CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO... 155 INSCRIÇÃO EM DÍVIDA ATIVA... 155 INFRAÇÕES E PENALIDADES... 155 DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS... 157 Resolução CGSN nº 31, de 17 de março de 2008... 158 Resolução CGSN nº 32, de 17 de março de 2008... 158 Resolução CGSN nº 33, de 17 de março de 2008... 158 Resolução CGSN nº 34, de 17 de março de 2008 PROCESSOS JUDICIAIS... 158 DISPOSIÇÃO PRELIMINAR... 159 DA LEGITIMIDADE PASSIVA... 159 DA PRESTAÇÃO DE AUXÍLIO À PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL... 160 DA INSCRIÇÃO EM DÍVIDA ATIVA E SUA COBRANÇA JUDICIAL... 160 DO CONVÊNIO... 161 DA LEGITIMIDADE ATIVA... 161 Recomendação CGSN nº 1, de 23 de julho de 2007... 161 Portaria CGSN nº 1, de 25 de abril de 2007... 162 Portaria CGSN nº 2, de 28 de maio de 2007... 162 3

Portaria CGSN nº 3, de 13 de novembro de 2007... 162 Portaria CGSN nº 4, de 23 de janeiro de 2008... 162 Portaria CGSN nº 5, de 7 de fevereiro de 2008... 163 Portaria CGSN nº 6, de 17 de março de 2008... 163 Portaria CGSN/SE nº 1, de 16 de agosto de 2007... 163 Portaria CGSN/SE nº 2, de 16 de agosto de 2007... 163 Resolução CFC nº 1.115, de 14 de dezembro de 2007 ESCRITURAÇÃO... 164 Disposições Gerais... 165 Formalidades da Escrituração... 165 Demonstrações Contábeis... 166 Plano de Contas Simplificado... 166 Anexo I... 167 Nota Técnica CGSN/SE nº 57, de 12 de setembro de 2007.... 169 Perguntas e Respostas Portal Simples Nacional... 170 1. NOÇÕES INTRODUTÓRIAS... 170 2. OPÇÃO... 172 3. PARCELAMENTO... 177 4. RECEITA BRUTA... 177 5. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA E INCENTIVOS FISCAIS... 179 6. CÁLCULO... 180 7. VALOR FIXO, ISENÇÃO OU REDUÇÃO... 184 8. SUBLIMITES... 189 9. CONSULTAS... 190 10. EXCLUSÃO... 191 11. OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS... 195 4

5

6 Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006 Institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; altera dispositivos das Leis nºs 8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, da Consolidação das Leis do Trabalho CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, da Lei nº 10.189, de 14 de fevereiro de 2001, da Lei Complementar nº 63, de 11 de janeiro de 1990; e revoga as Leis nºs 9.317, de 5 de dezembro de 1996, e 9.841, de 5 de outubro de 1999. D.O.U. de 15.12.2006 O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar: Constituição Federal: Art. 146. Cabe à lei complementar:... III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art. 239. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também poderá instituir um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, observado que: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) I - será opcional para o contribuinte; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) II - poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas por Estado; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) III - o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da parcela de recursos pertencentes aos respectivos entes federados será imediata, vedada qualquer retenção ou condicionamento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas pelos entes federados, adotado cadastro

7 nacional único de contribuintes. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:... IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 6, de 1995)... Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de lei. Notícias STF, 25 de junho de 2007: Confederação de servidores públicos questiona Simples Nacional Chegou ao Supremo Tribunal Federal Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 3906) contra a instituição do Simples Nacional Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte de municípios, estados e da União. A Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB) questiona, na ação, a inconstitucionalidade de dispositivos da Lei Complementar (LC) 123/06. A ação será relatada pelo ministro Sepúlveda Pertence. Para a confederação, a Emenda Constitucional 42/03, ao incluir o parágrafo único no artigo 146 da Constituição Federal, atribuiu à Lei Complementar questionada a possibilidade de instituir o regime único. Mas a EC poderia, ao máximo, centralizar a arrecadação dos tributos dos entes parciais, sustenta a ação, preservando com isso a autonomia municipal no que atina à instituição e regulamentação da incidência tributária relativamente ao Imposto sobre Serviços (ISS), bem como a competência e prerrogativas dos servidores municipais, naquilo que toca às atividades de auditoria, fiscalização e execução da dívida pública municipal, preservando-se, no essencial, a competência administrativa municipal. Notícias STF, 29 de Junho de 2007: Criação do Supersimples é novamente questionada no Supremo Mais uma ação chega ao Supremo Tribunal Federal (STF) questionando dispositivos da Lei Complementar (LC) 123/2006, que institui novo regime jurídico tributário para as micro e

8 pequenas empresas, conhecido como Supersimples. Dessa vez pela Federação Brasileira de Associações de Fiscais de Tributos Estaduais (Febrafite), que ajuizou a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 3910, com pedido de liminar. Para a Febrafite, apesar de afirmar que a lei seria complementar ao artigo 146, parágrafo único, alíena d da Constituição Federal, na verdade o legislador federal teria extrapolado os limites estabelecidos pela mesma Constituição. Isto porque, prossegue a federação, o Supersimples cria um novo tributo federal que engloba, dentre outros, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) e o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN). Ao suprimir parcela fundamental das respectivas competências normativas e administrativas de natureza tributária, ressalta a federação, diversos dispositivos da LC 123/06 violariam a autonomia financeira e tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios brasileiros. A ação pede que STF suspenda liminarmente a eficácia dos dispositivos questionados, ainda que por meio de declaração interpretativa conforme a Constituição. E, no mérito, que declare a inconstitucionalidade dos dispositivos atacados. CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º Esta Lei Complementar estabelece normas gerais relativas ao tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, especialmente no que se refere: I à apuração e recolhimento dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, mediante regime único de arrecadação, inclusive obrigações acessórias; II ao cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias, inclusive obrigações acessórias; III ao acesso a crédito e ao mercado, inclusive quanto à preferência nas aquisições de bens e serviços pelos Poderes Públicos, à tecnologia, ao associativismo e às regras de inclusão. Lei Complementar nº 95, de 26 de fevereiro de 1998, que dispõe sobre a elaboração, a redação, a alteração e a consolidação das leis: Art. 7 o O primeiro artigo do texto indicará o objeto da lei e o respectivo âmbito de aplicação, observados os seguintes princípios: I - excetuadas as codificações, cada lei tratará de um único objeto; II - a lei não conterá matéria estranha a seu objeto ou a este não vinculada por afinidade, pertinência ou conexão;

9 III - o âmbito de aplicação da lei será estabelecido de forma tão específica quanto o possibilite o conhecimento técnico ou científico da área respectiva; IV - o mesmo assunto não poderá ser disciplinado por mais de uma lei, exceto quando a subseqüente se destine a complementar lei considerada básica, vinculando-se a esta por remissão expressa. 1º Cabe ao Comitê Gestor de que trata o inciso I do caput do art. 2º desta Lei Complementar apreciar a necessidade de revisão dos valores expressos em moeda nesta Lei Complementar. 2º A atualização dos valores deliberada pelo Comitê Gestor será efetivada mediante a edição de lei ordinária. (VETADO) Razões do veto (Mensagem nº 1.098, de 14 de dezembro de 2006): O referido dispositivo determina que a atualização dos valores deliberada pelo Comitê Gestor será efetivada mediante edição de lei ordinária. Ao fazer tal determinação, fica evidente que o dispositivo está limitando as competências constitucionais de iniciativa do processo legislativo, haja vista que o início de tal processo ficará condicionado à deliberação do Comitê, o que, também, poderia ser compreendido como uma afronta ao princípio da separação dos poderes, assegurado como cláusula pétrea pelo 4º do art. 60 da Constituição. Assim, necessário vetar, por inconstitucionalidade, este dispositivo. Art. 2º O tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte de que trata o art. 1º desta Lei Complementar será gerido pelas instâncias a seguir especificadas: I - Comitê Gestor de Tributação das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, vinculado ao Ministério da Fazenda, composto por 2 (dois) representantes da Secretaria da Receita Federal e 2 (dois) representantes da Secretaria da Receita Previdenciária, como representantes da União, 2 (dois) dos Estados e do Distrito Federal e 2 (dois) dos Municípios, para tratar dos aspectos tributários; e II - Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, com a participação dos órgãos federais competentes e das entidades vinculadas ao setor, para tratar dos demais aspectos. 1º O Comitê de que trata o inciso I do caput deste artigo será presidido e coordenado por um dos representantes da União. 2º Os representantes dos Estados e do Distrito Federal no Comitê referido no inciso I do caput deste artigo serão indicados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária - Confaz e os dos Municípios serão indicados, um pela entidade representativa das Secretarias de Finanças das Capitais e outro pelas entidades de representação nacional dos Municípios brasileiros. Nota Técnica CGSN/SE nº 81, de 6 de novembro de 2007: 18. Vê-se, portanto, que todos os entes federados têm representação no Comitê Gestor. Os Municípios têm dois membros, um indicado pela Associação Brasileira das

10 Secretarias de Finanças das Capitais, e outro pela Confederação Nacional dos Municípios. 3º As entidades de representação referidas no 2º deste artigo serão aquelas regularmente constituídas há pelo menos 1 (um) ano antes da publicação desta Lei Complementar. 4º O Comitê Gestor elaborará seu regimento interno mediante resolução. Resolução CGSN nº 1, de 19 de março de 2007: aprova o Regimento Interno do Comitê Gestor de Tributação das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte de que trata o inciso I do art. 2º da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. Nota Técnica CGSN/SE nº 81, de 6 de novembro de 2007: 19. Os atos normativos editados pelo CGSN são objeto de rito processual próprio, definido em Regimento Interno, sendo objeto de deliberação coletiva por todos os entes federados, por meio dos seus representantes. 5º O Fórum referido no inciso II do caput deste artigo, que tem por finalidade orientar e assessorar a formulação e coordenação da política nacional de desenvolvimento das microempresas e empresas de pequeno porte, bem como acompanhar e avaliar a sua implantação, será presidido e coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. CAPÍTULO II - DA DEFINIÇÃO DE MICROEMPRESA E DE EMPRESA DE PEQUENO PORTE Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que: I no caso das microempresas, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais); II no caso das empresas de pequeno porte, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais).

11 Código Civil (Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002): Art. 1º Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.... Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito privado.... Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: I as associações; II as sociedades; III as fundações. IV as organizações religiosas; (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003) V os partidos políticos. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003) Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.... Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.

12 Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade. Art. 968. A inscrição do empresário far-se-á mediante requerimento que contenha:... Art. 970. A lei assegurará tratamento favorecido, diferenciado e simplificado ao empresário rural e ao pequeno empresário, quanto à inscrição e aos efeitos daí decorrentes. Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro.... Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados. Parágrafo único. A atividade pode restringir-se à realização de um ou mais negócios determinados. Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais.... Art. 985. A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, no registro próprio e na forma da lei, dos seus atos constitutivos (arts. 45 e 1.150).... Art. 1.150. O empresário e a sociedade empresária vinculam-se ao Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais, e a sociedade simples ao Registro Civil das Pessoas Jurídicas, o qual deverá obedecer às normas fixadas para aquele registro, se a sociedade simples adotar um dos tipos de sociedade empresária. ADI SRF nº 18, de 23 de outubro de 2003: Art. 1º Para fins do disposto no art. 15, 1º, III, "a'' da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, considera-se serviços hospitalares os prestados pelos estabelecimentos assistenciais de saúde constituídos por empresários ou sociedades empresárias. Art. 2º Para fins do disposto no art. 1º, independentemente da forma de constituição da pessoa jurídica, não serão

13 considerados serviços hospitalares, ainda que com o concurso de auxiliares ou colaboradores, quando forem: I - prestados exclusivamente pelos sócios da empresa; ou II - referentes unicamente ao exercício de atividade intelectual, de natureza científica, dos profissionais envolvidos. Parágrafo único. Os termos auxiliares e colaboradores de que trata o caput referem-se a profissionais sem a mesma habilitação técnica dos sócios da empresa e que a esses prestem serviços de apoio técnico ou administrativo. RIR/99 (Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999): Art. 150. As empresas individuais, para os efeitos do imposto de renda, são equiparadas às pessoas jurídicas (Decreto-Lei nº 1.706, de 23 de outubro de 1979, art. 2º). 1º São empresas individuais: I - as firmas individuais (Lei nº 4.506, de 1964, art. 41, 1º, alínea "a"); II - as pessoas físicas que, em nome individual, explorem, habitual e profissionalmente, qualquer atividade econômica de natureza civil ou comercial, com o fim especulativo de lucro, mediante venda a terceiros de bens ou serviços (Lei nº 4.506, de 1964, art. 41, 1º, alínea "b"); III - as pessoas físicas que promoverem a incorporação de prédios em condomínio ou loteamento de terrenos, nos termos da Seção II deste Capítulo (Decreto-Lei nº 1.381, de 23 de dezembro de 1974, arts. 1º e 3º, inciso III, e Decreto-Lei nº 1.510, de 27 de dezembro de 1976, art. 10, inciso I). 2º O disposto no inciso II do parágrafo anterior não se aplica às pessoas físicas que, individualmente, exerçam as profissões ou explorem as atividades de: I - médico, engenheiro, advogado, dentista, veterinário, professor, economista, contador, jornalista, pintor, escritor, escultor e de outras que lhes possam ser assemelhadas (Decreto-Lei nº 5.844, de 1943, art. 6º, alínea "a", e Lei nº 4.480, de 14 de novembro de 1964, art. 3º); II - profissões, ocupações e prestação de serviços não comerciais (Decreto-Lei nº 5.844, de 1943, art. 6º, alínea "b"); III - agentes, representantes e outras pessoas sem vínculo empregatício que, tomando parte em atos de comércio, não os pratiquem, todavia, por conta própria (Decreto-Lei nº 5.844, de 1943, art. 6º, alínea "c"); IV - serventuários da justiça, como tabeliães, notários, oficiais públicos e outros (Decreto-Lei nº 5.844, de 1943, art. 6º, alínea "d"); V - corretores, leiloeiros e despachantes, seus prepostos e adjuntos (Decreto-Lei nº 5.844, de 1943, art. 6º, alínea "e");

14 VI - exploração individual de contratos de empreitada unicamente de lavor, qualquer que seja a natureza, quer se trate de trabalhos arquitetônicos, topográficos, terraplenagem, construções de alvenaria e outras congêneres, quer de serviços de utilidade pública, tanto de estudos como de construções (Decreto-Lei nº 5.844, de 1943, art. 6º, alínea "f"); VII - exploração de obras artísticas, didáticas, científicas, urbanísticas, projetos técnicos de construção, instalações ou equipamentos, salvo quando não explorados diretamente pelo autor ou criador do bem ou da obra (Decreto-Lei nº 5.844, de 1943, art. 6º, alínea "g"). Nota Técnica CGSN/SE nº 81, de 6 de novembro de 2007: 11. A partir do ditame constitucional para que se instituísse um Regime diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, seria necessário prever, nessa legislação, o que seria microempresa e empresa de pequeno porte. 12. Por essa ótica, não é possível entender que a LC 123/2006 extrapolou os limites da Carta Magna ao estabelecer, em seu art. 3º, os limites de receita bruta anual para enquadramento em uma ou em outra categoria. 13. Seria ilógico esperar que a LC 123/2006 estabelecesse valores diferenciados para cada ente federativo, sob pena de se ter 5.562 limites um para cada município desse país. Art. 3º... 1º Considera-se receita bruta, para fins do disposto no caput deste artigo, o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, não incluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos. Perguntas e Respostas IRPJ 2007, capítulo V, questão 010, págs. V-9 e V-10: 010 O que se deve entender por receita bruta para fins de enquadramento e tributação no Simples, e quais as exclusões permitidas? Considera-se receita bruta o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, não incluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionalmente concedidos. Ressalvadas essas exclusões, é vedado, para fins da determinação da receita bruta apurada mensalmente, procederse a qualquer outra exclusão, em virtude da alíquota incidente ou de tratamento tributário diferenciado, tais como, substituição tributária, diferimento, crédito presumido, redução de base de cálculo e isenção. Não se incluem no conceito de receita bruta, com vistas à tributação pelo Simples, os ganhos líquidos auferidos em

15 aplicações de renda fixa ou variável, nem os resultados nãooperacionais relativos aos ganhos de capital obtidos na alienação de ativos. Será definitiva a incidência do imposto de renda na fonte relativa aos rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações de renda fixa ou variável e aos ganhos de capital (IN SRF nº 355, de 2003, art.5º, 3º). Normativo: Lei nº 9.317, de 1996, art. 2º, 2º e 4º; IN SRF nº 608, de 2006, art. 4º, 1º, art. 5º, 3º, e art. 19. Perguntas e Respostas IRPJ 2007, capítulo VIII, questão 005, págs. VIII-4 e VIII-5: 005 Qual o conceito de vendas canceladas? Vendas canceladas correspondem à anulação de valores registrados como receita bruta de vendas e serviços. Eventuais perdas ou ganhos decorrentes de cancelamento de vendas ou de rescisão contratual não devem afetar a receita líquida de vendas e serviços, mas ser computados nos resultados operacionais. NOTA: As perdas serão consideradas como despesas operacionais, e os ganhos como outras receitas operacionais. IN SRF nº 51, de 3 de novembro de 1978: 4.1 - Vendas canceladas correspondem à anulação de valores registrados como receita bruta de vendas e serviços; eventuais perdas ou ganhos decorrentes de cancelamento de venda, ou de rescisão contratual, não devem afetar a receita líquida de vendas e serviços, mas serão computados nos resultados operacionais. Perguntas e Respostas IRPJ 2007, capítulo VIII, questão 006, pág. VIII-5: 006 O que são descontos incondicionais? Somente são considerados como descontos incondicionais as parcelas redutoras do preço de venda quando constarem da nota fiscal de venda dos bens ou da fatura de serviços e não dependerem, para sua concessão, de evento posterior à emissão desses documentos. IN SRF nº 51, de 3 de novembro de 1978: 4.2 - Descontos incondicionais são parcelas redutoras do preço de venda, quando constarem da nota fiscal de venda dos bens ou da fatura de serviços e não dependerem de evento posterior à emissão desses documentos. Perguntas e Respostas IRPJ 2007, capítulo V, questão 013, pág. V-11: 013 Compõem a base de calculo do Simples as receitas oriundas de doações, bonificações de mercadorias, amostra grátis, brindes, e demais receitas mesmo que não vinculadas à atividade da pessoa jurídica? Não são tributadas no Simples por falta de previsão legal.

16 Perguntas e Respostas IRPJ 2007, capítulo V, questões 014 e 015, pág. V-12: 014 Compõe a base de calculo do Simples as receitas de venda de livros, jornais e periódicos? Sim, pois a imunidade de que trata a Constituição Federal é uma imunidade objetiva, protegendo somente as mercadorias dos impostos que potencialmente as gravariam. Assim sendo, a pessoa jurídica que aufere renda na venda de livros, jornais, e periódicos não possui imunidade. Uma livraria optante pelo Simples, por exemplo, terá, obrigatoriamente, que computar na base de cálculo do Simples, a receita da venda de livros. Não haverá, entretanto, a cobrança de ICMS sobre a venda dos livros. 015 No caso de recebimento de prestações em atraso, nas vendas a prazo, a multa e os juros de mora compõem a receita bruta do Simples? Não. Nas vendas a prazo, apenas o custo do financiamento contido no valor dos bens ou serviços integra a receita bruta. Entretanto, se houver o recebimento de prestações antes de seu vencimento e, conseqüentemente, houver algum desconto no valor da prestação, deverá lançar o valor integral (valor da prestação sem levar em conta o desconto concedido) como receita, pois só há previsão legal para excepcionar os descontos incondicionais. 2º No caso de início de atividade no próprio ano-calendário, o limite a que se refere o caput deste artigo será proporcional ao número de meses em que a microempresa ou a empresa de pequeno porte houver exercido atividade, inclusive as frações de meses. 3º O enquadramento do empresário ou da sociedade simples ou empresária como microempresa ou empresa de pequeno porte bem como o seu desenquadramento não implicarão alteração, denúncia ou qualquer restrição em relação a contratos por elas anteriormente firmados.

17 4º Não se inclui no regime diferenciado e favorecido previsto nesta Lei Complementar, para nenhum efeito legal, a pessoa jurídica: I - de cujo capital participe outra pessoa jurídica; II - que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no exterior; III - de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou seja sócia de outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos termos desta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo; IV - cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de outra empresa não beneficiada por esta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo; V - cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo; VI - constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo; Notícia: projeto estende benefícios da Lei Geral às cooperativas (Fonte: CFC) O deputado Tarcísio Zimmermann (PT-RS) encampou, por meio de uma emenda à Medida Provisória 351/2007, a idéia de estender os benefícios da Lei Geral para as quase 15 mil cooperativas do Brasil. Na verdade, elas operam hoje em um ambiente de dificuldade de produção e, na área urbana, pagam mais tributos do que as micro e pequenas empresas. Isso dificulta a sua competição no mercado, justifica. A emenda proposta pelo deputado pretende aplicar às cooperativas o tratamento diferenciado e favorecido previsto no Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de

18 Pequeno Porte. Nós queremos que as cooperativas sejam beneficiadas pelo regime tributário do Simples, nas compras governamentais, no acesso ao crédito e no processo desburocratização, todas essas vantagens preconizadas na Lei Geral, explica Zimmermann. Segundo mapeamento do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) com dados do ano de 2005, existiam no Brasil 14.959 empreendimentos associativos e solidários espalhados em 2.274 municípios. Em sua maioria, são empreendimentos de pequeno porte e que oferecem oportunidades de ocupação, emprego e renda a 1.251.882 trabalhadores, 40% dos quais no Nordeste. Hoje, as cooperativas já têm um regime especial próprio, mas não se fala em acumulo de benefícios. Pretenda-se que possa optar por um ou outro, disse o deputado. Zimmermann defende que por trás da proposta está o conceito de isonomia e a possibilidade de que as cooperativas possam ser enquadradas dentro das faixas das micro e pequenas empresas. Os empreendimentos solidários ainda encontram situações menos favoráveis do que, por exemplo, a microempresa, quando se trata da questão dos tributos e, muitas vezes, encontra condições de crédito muito menos favoráveis do que a microempresa, contou. Segundo Zimmermann, a proposta de inclusão das cooperativas na Lei Geral surgiu dentro das discussões do Conselho de Economia Solidária (CNES) do Ministério do Trabalho e conta com o apoio de Paul Singer, Secretário Nacional de Economia Solidária. No começo de março, o CNES decidiu pressionar o governo para tentar emplacar medidas que facilitem os negócios de empreendimentos solidários, caracterizados por trabalhadores que se associam e não têm patrões. Por isso o Conselho defendeu que cooperativas de produção, crédito e serviços possam pagar de uma vez só vez impostos federais, estaduais (ICMS) e municipal (ISS). Mas da forma como foi sancionada, a Lei só libera a entrada para cooperativas de consumo. O Conselho quer ainda que o segmento seja fornecedor preferencial do setor público, toda vez que este for às compras. Sobre as perdas com a arrecadação, o petista diz que a iniciativa não teria peso relevante. Dentro do conceito que a gente usa com o processo de formalização deu-se a neutralidade arrecadatória, conta. Com a Lei Geral, a expectativa do governo federal era de uma renúncia fiscal prevista inicialmente era de R$ 5,4 bilhões ao ano. Discussão precoce Como a Lei Geral deverá vigorar apenas no segundo semestre, daqui até lá as entidades ligadas ao setor estão concentrando forças na divulgação das novas medidas e na fase de regulamentação da Lei. Para o gerente de Política Públicas do Sebrae Nacional, Bruno Quick, não há competição entre micro e pequenas empresas e as cooperativas, mas o momento não é adequado para discutir inclusões. O espírito do consórcio é o associativismo dos negócios e toda medida capaz

19 promovê-la é bem-vinda. O problema da pequena empresa não é ser pequena é estar sozinha, disse. Porém, Quick lembra que fechar a negociação da Lei Geral foi muito um processo complicado e complexo, portanto a idéia central é não retomar a inclusão de novos setores antes da Lei começar a vigorar. O meu sentimento é de que esse é um pensamento predominante, ou seja, é necessário primeiramente colocar a Lei em vigência, explica. Segundo o gerente de políticas públicas do Sebrae, as cooperativas já têm uma legislação específica, que deverá inclusive ser revista pelo senador Eduardo Suplicy (PT). Mas então o que torna a Lei Geral atrativa para as cooperativas? Quick explica que do ponto de vista tributário, o regime das cooperativas é melhor, mas a percepção do conjunto de medidas, como a própria desburocratização prevista na Lei Geral, levou o setor a fazer uma avaliação de benefícios no esquema geral e não apenas olhando pela parte tributária. VII - que participe do capital de outra pessoa jurídica; VIII - que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de previdência complementar; IX - resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 (cinco) anoscalendário anteriores; Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (Lei das S/A). Art. 229. A cisão é a operação pela qual a companhia transfere parcelas do seu patrimônio para uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se a companhia cindida, se houver versão de todo o seu patrimônio, ou dividindo-se o seu capital, se parcial a versão. X constituída sob a forma de sociedade por ações. A Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 dispõe sobre as sociedades por ações. 5º O disposto nos incisos IV e VII do 4º deste artigo não se aplica à participação no capital de cooperativas de crédito, bem como em centrais de compras, bolsas de subcontratação, no consórcio previsto nesta Lei Complementar, e associações assemelhadas, sociedades de interesse econômico, sociedades de garantia solidária e outros tipos de sociedade, que tenham como objetivo social a defesa exclusiva dos interesses econômicos das microempresas e empresas de pequeno porte. 6º Na hipótese de a microempresa ou empresa de pequeno porte incorrer em alguma das situações previstas nos incisos do 4º deste artigo, será excluída do regime de que trata esta Lei Complementar, com efeitos a partir do mês seguinte ao que incorrida a situação impeditiva.

20 7º Observado o disposto no 2º deste artigo, no caso de início de atividades, a microempresa que, no ano-calendário, exceder o limite de receita bruta anual previsto no inciso I do caput deste artigo passa, no ano-calendário seguinte, à condição de empresa de pequeno porte. 8º Observado o disposto no 2º deste artigo, no caso de início de atividades, a empresa de pequeno porte que, no ano-calendário, não ultrapassar o limite de receita bruta anual previsto no inciso I do caput deste artigo passa, no ano-calendário seguinte, à condição de microempresa. 9º A empresa de pequeno porte que, no ano-calendário, exceder o limite de receita bruta anual previsto no inciso II do caput deste artigo fica excluída, no ano-calendário seguinte, do regime diferenciado e favorecido previsto por esta Lei Complementar para todos os efeitos legais. 10. A microempresa e a empresa de pequeno porte que no decurso do anocalendário de início de atividade ultrapassarem o limite de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) multiplicados pelo número de meses de funcionamento nesse período estarão excluídas do regime desta Lei Complementar, com efeitos retroativos ao início de suas atividades. 11. Na hipótese de o Distrito Federal, os Estados e seus respectivos Municípios adotarem o disposto nos incisos I e II do caput do art. 19 e no art. 20 desta Lei Complementar, caso a receita bruta auferida durante o ano-calendário de início de atividade ultrapasse o limite de R$ 100.000,00 (cem mil reais) ou R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais), respectivamente, multiplicados pelo número de meses de funcionamento nesse período, estará excluída do regime tributário previsto nesta Lei Complementar em relação ao pagamento dos tributos estaduais e municipais, com efeitos retroativos ao início de suas atividades. 12. A exclusão do regime desta Lei Complementar de que tratam os 10 e 11 deste artigo não retroagirá ao início das atividades se o excesso verificado em relação à receita bruta não for superior a 20% (vinte por cento) dos respectivos limites referidos naqueles parágrafos, hipóteses em que os efeitos da exclusão darse-ão no ano-calendário subseqüente. CAPÍTULO III - DA INSCRIÇÃO E DA BAIXA Art. 4º Na elaboração de normas de sua competência, os órgãos e entidades envolvidos na abertura e fechamento de empresas, dos 3 (três) âmbitos de governo, deverão considerar a unicidade do processo de registro e de legalização de empresários e de pessoas jurídicas, para tanto devendo articular as competências próprias com aquelas dos demais membros, e buscar, em conjunto, compatibilizar e integrar procedimentos, de modo a evitar a duplicidade de exigências e garantir a linearidade do processo, da perspectiva do usuário. Art. 5º Os órgãos e entidades envolvidos na abertura e fechamento de empresas, dos 3 (três) âmbitos de governo, no âmbito de suas atribuições, deverão manter à disposição dos usuários, de forma presencial e pela rede mundial de computadores, informações, orientações e instrumentos, de forma integrada e consolidada, que permitam pesquisas prévias às etapas de registro ou inscrição, alteração e baixa de empresários e pessoas jurídicas, de modo a prover ao usuário

21 certeza quanto à documentação exigível e quanto à viabilidade do registro ou inscrição. Parágrafo único. As pesquisas prévias à elaboração de ato constitutivo ou de sua alteração deverão bastar a que o usuário seja informado pelos órgãos e entidades competentes: I - da descrição oficial do endereço de seu interesse e da possibilidade de exercício da atividade desejada no local escolhido; II - de todos os requisitos a serem cumpridos para obtenção de licenças de autorização de funcionamento, segundo a atividade pretendida, o porte, o grau de risco e a localização; e III - da possibilidade de uso do nome empresarial de seu interesse. Art. 6º Os requisitos de segurança sanitária, metrologia, controle ambiental e prevenção contra incêndios, para os fins de registro e legalização de empresários e pessoas jurídicas, deverão ser simplificados, racionalizados e uniformizados pelos órgãos envolvidos na abertura e fechamento de empresas, no âmbito de suas competências. 1º Os órgãos e entidades envolvidos na abertura e fechamento de empresas que sejam responsáveis pela emissão de licenças e autorizações de funcionamento somente realizarão vistorias após o início de operação do estabelecimento, quando a atividade, por sua natureza, comportar grau de risco compatível com esse procedimento. 2º Os órgãos e entidades competentes definirão, em 6 (seis) meses, contados da publicação desta Lei Complementar, as atividades cujo grau de risco seja considerado alto e que exigirão vistoria prévia. Art. 7º Exceto nos casos em que o grau de risco da atividade seja considerado alto, os Municípios emitirão Alvará de Funcionamento Provisório, que permitirá o início de operação do estabelecimento imediatamente após o ato de registro. Art. 8º Será assegurado aos empresários entrada única de dados cadastrais e de documentos, resguardada a independência das bases de dados e observada a necessidade de informações por parte dos órgãos e entidades que as integrem. Art. 9º O registro dos atos constitutivos, de suas alterações e extinções (baixas), referentes a empresários e pessoas jurídicas em qualquer órgão envolvido no registro empresarial e na abertura da empresa, dos 3 (três) âmbitos de governo, ocorrerá independentemente da regularidade de obrigações tributárias, previdenciárias ou trabalhistas, principais ou acessórias, do empresário, da sociedade, dos sócios, dos administradores ou de empresas de que participem, sem prejuízo das responsabilidades do empresário, dos sócios ou dos administradores por tais obrigações, apuradas antes ou após o ato de extinção. IN RFB nº 748, de 28 de junho de 2007 (CNPJ): Art. 28... 3º Será indeferido o pedido de baixa de inscrição no CNPJ de entidade para a qual constarem as seguintes situações:...

22 III - inscrição na situação cadastral suspensa, nas hipóteses dos incisos III e IV do art. 33, ou inapta nas hipóteses dos incisos III e IV do art. 34;... 12. Para as microempresas e empresas de pequeno porte, definidas pelo art. 3º da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, optantes ou não pelo Simples Nacional, não se aplicam as situações do 3º deste artigo, salvo o inciso III do referido parágrafo. 1º O arquivamento, nos órgãos de registro, dos atos constitutivos de empresários, de sociedades empresárias e de demais equiparados que se enquadrarem como microempresa ou empresa de pequeno porte bem como o arquivamento de suas alterações são dispensados das seguintes exigências: I - certidão de inexistência de condenação criminal, que será substituída por declaração do titular ou administrador, firmada sob as penas da lei, de não estar impedido de exercer atividade mercantil ou a administração de sociedade, em virtude de condenação criminal; II - prova de quitação, regularidade ou inexistência de débito referente a tributo ou contribuição de qualquer natureza. 2º Não se aplica às microempresas e às empresas de pequeno porte o disposto no 2º do art. 1º da Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994. Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994: Art. 1º... 2º Os atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas, sob pena de nulidade, só podem ser admitidos a registro, nos órgãos competentes, quando visados por advogados. Art. 10. Não poderão ser exigidos pelos órgãos e entidades envolvidos na abertura e fechamento de empresas, dos 3 (três) âmbitos de governo: I - excetuados os casos de autorização prévia, quaisquer documentos adicionais aos requeridos pelos órgãos executores do Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins e do Registro Civil de Pessoas Jurídicas; II - documento de propriedade ou contrato de locação do imóvel onde será instalada a sede, filial ou outro estabelecimento, salvo para comprovação do endereço indicado; III - comprovação de regularidade de prepostos dos empresários ou pessoas jurídicas com seus órgãos de classe, sob qualquer forma, como requisito para deferimento de ato de inscrição, alteração ou baixa de empresa, bem como para autenticação de instrumento de escrituração. Art. 11. Fica vedada a instituição de qualquer tipo de exigência de natureza documental ou formal, restritiva ou condicionante, pelos órgãos envolvidos na abertura e fechamento de empresas, dos 3 (três) âmbitos de governo, que exceda o estrito limite dos requisitos pertinentes à essência do ato de registro, alteração ou baixa da empresa.

23 CAPÍTULO IV - DOS TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES Seção I - Da Instituição e Abrangência Art. 12. Fica instituído o Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - Simples Nacional. Art. 13. O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, dos seguintes impostos e contribuições: I Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ; II Imposto sobre Produtos Industrializados -IPI, observado o disposto no inciso XII do 1º deste artigo; III Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL; IV Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS, observado o disposto no inciso XII do 1º deste artigo; V Contribuição para o PIS/Pasep, observado o disposto no inciso XII do 1º deste artigo; VI Contribuição para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, de que trata o art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, exceto no caso das pessoas jurídicas que se dediquem às atividades de prestação de serviços previstas nos incisos XIII a XXVIII do 1º e no 2º do art. 17 desta Lei Complementar; VI - Contribuição para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, de que trata o art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, exceto no caso da microempresa e da empresa de pequeno porte que se dediquem às atividades de prestação de serviços previstas nos incisos XIII e XV a XXVIII do 1º do art. 17 e no inciso VI do 5º do art. 18, todos desta Lei Complementar; (cf. red. do art. 1º da LC 127, de 2007; efeitos a partir de 01.07.2007, cf. art. 4º) VI - Contribuição para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, de que trata o art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, exceto no caso da microempresa e da empresa de pequeno porte que se dediquem às atividades de prestação de serviços previstas nos incisos XIII e XV a XXVIII do 1º do art. 17 desta Lei Complementar; (cf. red. do art. 2º da LC 127, de 2007; em vigor a partir de 01.01.2008, cf. art. 4º) Lei Orgânica da Seguridade Social, Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991: Art. 22. A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, além do disposto no art. 23, é de: (Vide Lei nº 9.317, de 1996) I - vinte por cento sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a

24 forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa. (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99) (Vide LCp nº 84, de 1996) II - para o financiamento do benefício previsto nos arts. 57 e 58 da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, e daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho, sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos: (Redação dada pela Lei nº 9.732, de 11.12.98) a) 1% (um por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado leve; b) 2% (dois por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado médio; c) 3% (três por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado grave. III - vinte por cento sobre o total das remunerações pagas ou creditadas a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhe prestem serviços; (Incluído pela Lei nº 9.876, de 26.11.99) IV - quinze por cento sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhe são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho. (Incluído pela Lei nº 9.876, de 26.11.99) VII Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação -ICMS; VIII Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza ISS. 1º O recolhimento na forma deste artigo não exclui a incidência dos seguintes impostos ou contribuições, devidos na qualidade de contribuinte ou responsável, em relação aos quais será observada a legislação aplicável às demais pessoas jurídicas: I - Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários - IOF; RIOF/07 (Decreto nº 6.306, de 14 de dezembro de 2007): Art. 7º A base de cálculo e respectiva alíquota reduzida do IOF são (Lei nº 8.894, de 1994, art. 1º, parágrafo único, e Lei nº 5.172, de 1966, art. 64, inciso I):... VI - nas operações referidas nos incisos I a V, quando se tratar de mutuário pessoa jurídica optante pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos