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1 2015 VICE Media LLC Uma Prostituta Carioca Foi (de Novo) Sequestrada e Ameaçada pela Polícia março 19, 2015 Por Matias Maxx Repórter Foto por Matias Max. No ano passado, poucas semanas antes do início da Copa do Mundo, mais precisamente no dia 23 de maio, centenas de policiais invadiram o "Prédio da Caixa" em Niterói, onde roubaram, espancaram e estupraram prostitutas que lá atendiam e residiam. Após a operação, o prédio foi lacrado e cerca de 400 profissionais do sexo e pequenos comerciantes foram despejados. Apenas uma das prostitutas, Joyce Oliveira, conseguiu registrar queixa e denunciar o caso. Poucos dias depois, em represália, ela sofreu um sequestro-relâmpago. Conversei com ela pouco depois disso, na época identificando-a por um pseudônimo. Desde então, seu caso foi discutido na ALERJ, ganhou a atenção de várias ONGs e uma atenção especial por parte do deputado Jean Wyllys, que levou a denúncia à Comissão de Direitos Humanos e Minorias do Congresso Nacional. Segundo nota em seu site, a comissão "enviou solicitação de informações ao governo fluminense sobre a situação de violência enfrentada por esse grupo de mulheres de Niterói e ainda não obteve resposta".

2 Joyce (de curativo no braço) na Comissão de Direitos Humanos e Minorias do Congresso Nacional. Créditos: ASCOM/Deputado Jean Wyllys. Ainda em Brasília, Joyce participou de um encontro de Defensores e Defensoras dos Direitos Humanos e tentou ingressar no programa de proteção a defensores de direitos humanos da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República. Numa audiência com a ministra Ideli Salvatti, na qual ela descreveu ter sofrido "total preconceito", teve seu ingresso no programa negado. Em outro evento na mesma semana, uma das coordenadoras da SDH teria dito que Joyce "não passava de uma puta". Conversei com a Soraya Simões, coordenadora do Observatório da Prostituição / Le Metro / IFCS / UFRJ e professora do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional (IPPUR/UFRJ). Ela é uma das signatárias de uma carta que critica a postura da SDH e o programa em si. "Eles responderam com uma carta ameaçadora à reitoria da UFRJ, mas, na mesma época, a comissão permanente do Brasil na ONU, em Genebra, também enviou uma carta questionando a posição da SDH, e teve uma resposta em outro tom", criticou. A SDH tem dois programas de proteção, o programa de proteção a vítimas e testemunhas (PPVTA ou Provita) e o programa de proteção a defensores de direitos humanos (PPDDH). O primeiro fornece à pessoa uma nova identidade e um endereço, tornando-a invisível para seus inimigos. O segundo é diferente: mantém a identidade do defensor de direitos humanos, permitindo a continuidade de seu ativismo. Ainda segundo Simões, "a Joyce queria entrar no programa dos defensores, mas a SDH queria colocá-la no de vítimas e testemunhas. De qualquer maneira, basta buscar rapidamente na internet para ver a quantidade de críticas que existem a ambos os programas, algumas vindas inclusive de pessoas beneficiadas por eles. A questão é que a SDH está mais interessada em criar fatos políticos e celebrações em torno dos programas do que na segurança da população em si".

3 Pelo telefone, pedi à coordenadora-geral de proteção aos defensores de direitos humanos, Fernanda Calderaro da Silva, uma posição sobre o caso. Ela me encaminhou à assessoria de imprensa da SDH, que solicitou um pedido formalizado por e-mail; feito isso, me prometeram uma resposta até as 17h e não rolou até agora. Após seis meses, o programa da ONG Justiça Global, que protegia Joyce, chegou ao final; assim, tendo negado seu ingresso no programa de proteção, ela retornou à sua vida normal. No último mês, ela alega que as ameaças voltaram, que seu pai desapareceu e que ela foi sequestrada novamente. Dessa vez, os sequestradores utilizaram seu celular para se passar por Joyce e sondar seus contatos com ativistas e ONGs. Após três dias, ela foi solta no meio da estrada e fugiu do Estado, pegando carona num caminhão. Conversamos pelo telefone, e ela me explicou com detalhes o que aconteceu. VICE: Logo depois que a gente conversou, no ano passado, você passou a ser protegida por ONGs. Conta como foi esse período e o que aconteceu de lá pra cá. Isabela: Então, desde aquela [vez], a gente conseguiu, através da "Da Vida", articular dois apoios de duas instituições de fora do Brasil, Frontline e Fundação Urgente, que me apoiaram por seis meses num projeto [em] que pagavam minhas despesas. Pagavam tudo. Nesse período, eu fiquei em segurança. Quando acabou esse projeto, eu tive de voltar a me virar sozinha; em novembro, eu voltei a morar na Baixada. Nesse meiotempo, eu também fui pro Equador representar o Brasil numa plataforma latinoamericana de trabalhadoras sexuais e, quando eu voltei de lá, eu voltei a morar na Baixada. Também consegui uma audiência com a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, lá em Brasília. Aí, um dia antes de eu ir lá, a polícia entrou na minha casa. Quebraram tudo, me deram quatro facadas e não pude fazer nada. Falaram [a] todo momento que eu não podia falar, denunciar, coisas assim. Fui pro hospital, me mediquei e fui pra Brasília mesmo assim. Chegando lá, total preconceito na Secretaria de Direitos Humanos, total preconceito da ministra Ideli Salvatti comigo. Foi bem claro que não iriam me proteger, pois nunca iriam trabalhar com prostitutas e que não poderiam fazer nada. Inclusive, um dos assessores dela quase me agrediu. Era um encontro de defensores e defensoras dos direitos humanos no Brasil, tinha vários defensores e a pauta principal deles era minha entrada num programa de proteção de defensores, mas lá eles se negaram a isso, e eu voltei sem ter isso e pronto. Foi decisão dela: ela disse que não ia me incluir e pronto. Nada aconteceu. Fui de novo me articulando sozinha, de um lado pra outro, com ajuda do pessoal da Da Vida. Fiquei muito tempo sem ter o que fazer, sem ter onde morar, e o pessoal Da Vida se articulou, e alugaram uma casa pra mim. Voltei à minha vida normal, minha rotina, trabalhando na Da Vida e também como prostituta em outro lugar. Mas, quando foi agora depois do carnaval, acho que tudo volta ao normal. Aí os processos voltaram, e eles foram atrás de mim; foram à casa do meu pai atrás de mim, e, desde então, meu pai está desaparecido... Como foi isso? A polícia foi à casa do meu pai entregar uma intimação, e meu pai disse que não sabia de mim, mas no mesmo dia meu pai desapareceu e ninguém sabe de nada. Já faz 34 dias. Aí, depois disso, você foi sequestrada, né? Nesse meio-tempo, o pessoal da ONU está querendo fazer um relatório sobre o meu

4 caso: fui procurada pelo Consulado Americano, pelos direitos humanos. Porque eles emitem um relatório anual [em] que falam dos casos graves de violação aos direitos humanos no Brasil, e eles querem colocar meu caso. Aí, no dia [em] que eu fui ao Consulado, um pessoal da polícia ligou, disse que estava com meu filho, que era pra eu ir encontrá-los. Fiquei tão desesperada que não chequei nada, não confirmei nada fui direto. Quando eu fui ao lugar marcado, eles não estavam com meu filho; me colocaram num carro, me levaram para uma casa num lugar muito longe. Fiquei lá três dias. Pegaram tudo meu: documento, celular, tudo. Ficaram com acesso ao meu Facebook e Whats App. E foram passando trote para algumas pessoas que me dão apoio, de ONGs e movimentos sociais, para tentar sondar o que estava acontecendo. Mas aí o pessoal sentiu a minha falta e começou a enviar e-mail dizendo que o Consulado Americano já queria articular com a Polícia Federal, etc. Aí os policiais começaram a ficar com medo. Aí me soltaram no meio da estrada: eu fiquei com muito medo, mas consegui pegar carona com dois caminhoneiros e fui parar em outro Estado, onde eu tinha conhecidos. E estou aqui até agora, e nada acontece. Só que, no meio disso tudo, vi que as organizações que dizem me apoiar, quando veem a dificuldade, se distanciam de mim. Você reconheceu algum dos policiais? São os mesmos das outras vezes em que você foi ameaçada? Não, eram outros. Eram policiais, acho que [da Polícia] Civil. Eles me conhecem, mas eu não os conheço. Eu sei que deve ser horrível, mas você pode descrever pra gente como foi esse sequestro? Foi violento? Isso foi na semana retrasada, foi dia 10. Quando aconteceu isso, do meu pai ficar desaparecido, o pessoal da Justiça Global me orientou a ficar num local escondido na região serrana até que eles articulassem algo concreto e seguro pra mim; só que, nesse meio-tempo, quando eu estava indo pra lá, me ligaram falando que estavam com meu filho. Falaram para eu encontrá-los no centro do Rio. Aí eu fui no desespero. Aí cheguei lá no lugar marcado, numa esquina atrás da Alerj, e eles me botaram no carro. Pelo caminho que eles fizeram, parecia que era pro lado de Xerém: uma casa muito velha. Eles me bateram muito, e, em certo momento, eu pensei que eles fossem me matar. Só que um deles dizia: "Se a gente matar, vai vir muita gente atrás dela: isso vai repercutir no mundo inteiro". Eles falam muito isso: que, se me matassem, eles tinham noção do peso que seria, mas que, se eu não parasse, eles iam matando um por um da minha família e quem mais estiver ao meu redor. E pegaram meu telefone, identidade; me davam pouca comida; e, depois, me largaram na BR. O que eles querem exatamente que você faça? Ou pare de fazer? Eles querem que eu pare de falar a merda que a policia fez. Mas ainda assim você continua denunciando... Fiz, sim, algumas [denúncias], mas nada aconteceu. A comissão de direitos humanos diz que vai designar uma comissão para averiguar o caso... Você acabou se tornando uma ativista. Conte para mim como foi esse encontro no Equador ao qual você foi. Fui em um encontro de trabalhadoras sexuais da América Latina representando o Brasil.

5 Foi uma ótima experiência, pude ver que, no mundo todo, a polícia trata as prostitutas do mesmo jeito. Todas sofrem ameaças graves, mas pude ver e trocar experiências do que eu sofri e sofro, mas elas não sofreram nada igual. Você me mostrou um vídeo em que um deputado age de maneira totalmente preconceituosa com a sua profissão. Parece que eles desconhecem que se prostituir não é crime. A profissão de prostituta tem CBO desde 2002. A profissão tem de ser vista como outras profissões normais. Tem de descriminalizar as casas de prostituição. Mas é muito preconceito envolvido e descaso total. E hipocrisia também? Afinal, muitos dos que fazem, julgam e aplicam as leis também frequentam prostitutas, né? Sim, inúmeros. Sem dúvida. Tópicos: Brasil, Rio de Janeiro, Polícia, Violência policial, prostituição, Matias Maxx In: http://www.vice.com/pt_br/read/uma-prostituta-carioca-foi-de-novo-sequestrada-eameaada-pela-policia