EDITAL Nº 003/2009/BRA/06/032 CÓDIGO ARRANJOS PRODUTIVOS



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Transcrição:

EDITAL Nº 003/2009/BRA/06/032 CÓDIGO ARRANJOS PRODUTIVOS O Projeto BRA/06/032 comunica aos interessados que estará procedendo à contratação de consultoria individual, na modalidade produto, para prestar apoio técnico e elaborar insumos para subsidiar a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República no desenvolvimento de políticas públicas dirigidas à população das Reservas Extrativistas (RESEX) e de Desenvolvimento Sustentável (RDS). Os interessados deverão enviar Curriculum Vitae detalhado até às 17h do dia 25/11/2009, em formato Word, para o endereço eletrônico sae.selecao@planalto.gov.br, mencionando o CÓDIGO ARRANJOS PRODUTIVOS no título da mensagem. A não-inclusão do código no título da mensagem eliminará automaticamente o candidato da seleção. Esta seleção será efetuada mediante processo seletivo simplificado, com base no Dec. Nº 5.151/2004, e terá validade por 01 (um) ano. PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA DE ASSUNTOS ESTRATÉGICOS PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO TERMO DE REFERÊNCIA PARA CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DE CONSULTORIA PROJETO PNUD/BRA/06/032 BRASÍLIA. ARRANJOS ORGANIZACIONAIS DA PRODUÇÃO AGROEXTRATIVISTA 1. Contextualização: O projeto BRASIL 3 TEMPOS BRA/06/032, executado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE/PR), tem como objetivo desenvolver estratégias e ações nacionais que permitam ao governo brasileiro articular-se com os diferentes setores da sociedade civil com vistas à implementação de políticas públicas de longo prazo que promovam o crescimento econômico do país acompanhado de inclusão social. Essas ações serão realizadas por meio de estudos, produtos e eventos sobre temas de grande importância para o planejamento estratégico do país. Dentre as linhas previstas, está a Estratégia de longo prazo para o desenvolvimento territorial do país formulada, com ênfase na região amazônica (produto 1.5), de responsabilidade da Subsecretaria de Desenvolvimento Sustentável (SSDS).

Este Termo de Referência está inserido em um conjunto de ações dirigidas à valorização do extrativismo florestal no âmbito de coordenação do Plano Amazônia Sustentável (PAS) e se enquadra no contexto de uma estratégia pluridimensional para o desenvolvimento econômico e social de comunidades tradicionais residentes nas Unidades de Conservação de Uso Sustentável, em especial, nas Reservas Extrativistas (RESEX) e nas Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) da Amazônia brasileira. O Plano Amazônia Sustentável (PAS), lançado em maio de 2008, é a mais abrangente iniciativa federal de promoção do desenvolvimento sustentável na região. A Comissão Gestora do PAS foi instituída pelo Decreto Presidencial de 30 de maio do mesmo ano, que determinou que ela fosse coordenada pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE/PR). O Plano está organizado em torno de quatro diretrizes estratégicas. Dentre elas, está a Produção Sustentável com inovação e competitividade, que tem o desafio de desenvolver instrumentos que promovam o uso eficiente e sustentável dos recursos naturais com manutenção do equilíbrio ambiental e que movimentem a economia no médio e longo prazo, reduzindo as desigualdades sociais e regionais. Considerando a atuação da SAE/PR na coordenação do Plano Amazônia Sustentável (PAS), o apoio da Secretaria à elaboração de políticas de fomento à atividade agroextrativista é de extrema relevância no contexto do desenvolvimento social dos povos da floresta e do reconhecimento do seu valor para a preservação da Amazônia. A importância estratégica das Unidades de Conservação de Uso Sustentável em relação ao controle da expansão do desmatamento, à eliminação de conflitos pela terra e à proteção da biodiversidade, vem sendo enfatizada pela literatura especializada. Os instrumentos legais e as normas institucionais para a criação dessas áreas estão definidos e novas unidades são permanentemente criadas, atendendo a demandas em diferentes partes da Amazônia e, mais recentemente, de outras regiões do Brasil. Existem, atualmente, 88 áreas de conservação, federais e estaduais, definidas pelo Sistema de Unidades de Conservação (SNUC) como Reservas Extrativistas (RESEX) e de Desenvolvimento Sustentável (RDS), cobrindo uma área de 24 milhões de hectares e representando 4.6% do território da Amazônia Legal. Correspondem a 18% das Unidades de Conservação e 8% das florestas da região. As RESEX são habitadas por populações locais, cujo sustento baseia-se no extrativismo e, complementarmente, na agricultura de subsistência e na criação de animais de pequeno porte. Têm como objetivos básicos proteger os meios de vida e a cultura dessas populações e assegurar o uso sustentável dos recursos naturais da unidade. As RDS, por sua vez, constituem área natural que abriga populações tradicionais, cuja existência baseia-se em sistemas sustentáveis de exploração dos recursos naturais, desenvolvidos ao longo de gerações e adaptados às condições ecológicas locais e que desempenham um papel fundamental na proteção da natureza e na manutenção da diversidade biológica. Apesar da extensão, da relevância para a proteção da biodiversidade, da integridade dos ecossistemas e dos serviços que prestam ao país, as iniciativas voltadas ao desenvolvimento econômico e social dessas áreas ainda apresentam caráter piloto e resultam mais de oportunidades de parceria pontuais abertas pelas comunidades do que consequência de uma política ampla e sólida associada ao desenvolvimento da Amazônia. A reversão desse quadro pode apresentar importantes ganhos para a região e para o país: fortalecimento da base social da sustentabilidade, valorização dos ativos da biodiversidade, geração de competência em gestão de florestas, mitigação dos impactos das mudanças climáticas com ganhos sociais, construção de um processo

permanente de inovação tecnológica e contribuição para aperfeiçoar o modelo de desenvolvimento da região como um todo, no presente e no futuro. Projetos bem sucedidos de gestão poderão, também, englobar outros públicos (indígenas, assentados, pequenos produtores, dentre outros), ampliando os beneficiários desse modelo de desenvolvimento. 2. Objetivo: Contratação de consultoria especializada, pessoa física na modalidade produto, para elaborar estudo técnico para subsidiar a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE) no desenvolvimento de políticas públicas dirigidas à população das Reservas Extrativistas (RESEX) e de Desenvolvimento Sustentável (RDS). Com o foco em um novo modelo de desenvolvimento para a Amazônia que valoriza as atividades econômicas baseadas na floresta em pé, o especialista deverá realizar levantamento de instituições governamentais, não governamentais, comunitárias e privadas relacionadas com a produção e comercialização agroextrativista. Esse levantamento deverá ser capaz de apontar experiências bem sucedidas de arranjos organizacionais com as comunidades agroextrativistas e que tenham, de alguma maneira, agregado valor aos produtos oriundos do extrativismo. A consultoria deverá se concentrar na identificação e detalhamento operacional de experiências de organização da produção agroextrativista florestal que contribuam para o aprimoramento da capacidade de gestão e aumento da renda das comunidades. A análise técnica deve ser capaz de identificar os principais entraves ainda existentes para os arranjos envolvendo produtos agroextrativistas e propor soluções e alternativas para superá-los. Para realização deste estudo, serão necessários, de acordo com orientação da SSDS, deslocamentos a algumas RESEX e/ou RDS para verificação in loco dos arranjos organizacionais, destinados a complementar o levantamento de informações. A consultoria deve realizar atividades que concorram para a consecução dos seguintes objetivos gerais: Mapear um conjunto significativo de arranjos organizacionais da atividade agroextrativista na Amazônia; Identificar e qualificar modelos inovadores de arranjos organizacionais da atividade agroextrativista que tenham como base o desenvolvimento sustentável, a valorização das atividades econômicas baseadas na floresta em pé, a melhoria da qualidade de vida e o aumento da renda da população agroextrativista; Identificar os meios (materiais, financeiros e institucionais) necessários para a superação de entraves ao desenvolvimento do extrativismo a partir de casos concretos. 3. Descrição das Atividades: 3.1. Elaboração de projeto executivo. 3.1.1. Reunião inicial de trabalho com a equipe da Subsecretaria de Desenvolvimento Sustentável (SSDS) para organização e discussão da metodologia de trabalho. 3.1.2. Elaboração de projeto executivo com base nas discussões iniciais com a SSDS.

3.2. Mapeamento e diagnóstico de 10 (dez) experiências de arranjos organizacionais da atividade agroextrativista. 3.2.1. Identificação de experiências de organização da produção agroextrativista que envolvam a associação de comunidades agroextrativistas com entidades governamentais, organismos não governamentais (ONGs) e empresas privadas. 3.2.2. Levantamento de 10 (dez) exemplos práticos de arranjos organizacionais com análise comparativa sobre os modelos existentes. 3.2.3. Reunião para apresentação do relatório preliminar sobre as 10 (dez) experiências de arranjos organizacionais analisadas. 3.2.4. Análise do relatório apresentado e definição em conjunto com a equipe técnica da SSDS das 3 (três) experiências que serão objeto de análise mais aprofundada. 3.3. Estudo técnico especializado de 3 (três) experiências. 3.3.1. Pesquisa de campo para avaliação dos arranjos organizacionais das três formas de associação com as comunidades agroextrativistas: (i) Comunidade Poder Público, (ii) Comunidade ONG e (iii) Comunidade Empresa Privada. 3.3.2. Apresentação, em reunião com equipe técnica da SSDS, do relatório final da consultoria. 4. Produtos esperados: 4.1. Projeto executivo. Elaboração de projeto executivo com o detalhamento metodológico de desenvolvimento da consultoria com base nas discussões iniciais com a SSDS. O documento deverá contemplar, de forma clara e completa, as informações técnicas necessárias para execução do estudo em questão. 4.2. Mapeamento e diagnóstico de 10 (dez) experiências de arranjos organizacionais da atividade agroextrativista. Identificação de experiências de organização da produção agroextrativista que envolvam a associação de comunidades agroextrativistas com entidades governamentais, organismos não governamentais (ONGs) e empresas privadas. Inicialmente, deverá ser feito levantamento de 10 (dez) exemplos práticos de arranjos organizacionais com a respectiva descrição expedita das suas características, resultando em uma análise comparativa sobre os modelos existentes. A intenção é sistematizar formas de organização estabelecidas entre duas ou mais comunidades agroextrativistas e entre comunidade(s) agroextrativista(s) e o Poder Público, ONGs e/ou empresas privadas. As informações devem incluir breve histórico do processo de formação, as atribuições de cada ator social envolvido, as relações, as formas e instrumentos de execução dos arranjos organizacionais. Deverá ser realizada reunião para apresentação do relatório preliminar sobre as 10 (dez) experiências de arranjos organizacionais analisadas. Esse relatório deve conter uma descrição das características destas experiências que permita uma análise comparativa das mesmas. Posteriormente, será definido, em conjunto com a equipe

técnica da SSDS, as 3 (três) experiências que serão objeto de análise mais aprofundada na etapa seguinte. 4.3. Estudo técnico especializado de 3 (três) experiências. Nesta etapa, deverá ser feita pesquisa de campo para avaliação dos arranjos organizacionais das três formas de associação com as comunidades agroextrativistas: (i) Comunidade Poder Público, (ii) Comunidade ONG e (iii) Comunidade Empresa Privada. O consultor deverá descrever minuciosamente cada arranjo organizacional, com informações sobre os termos da contratualização, as formas estabelecidas para repartição dos benefícios, o nível de beneficiamento exigido, a padronização dos insumos, se há certificação dos produtos, se há e quais são as fontes de financiamento como linhas de crédito internacionais (de organismos multilaterais, como BID e Banco Mundial) e nacionais (via BNDES, FNO e FDA), repasses de recurso a fundo perdido, doações, dentre outros aspectos considerados relevantes. A versão final do estudo deverá ser apresentada para a equipe técnica da SSDS, em reunião. 5. Descrição dos Produtos, Cronograma e Remuneração: A remuneração prevista será efetuada em 3 (três) parcelas conforme calendário descrito a seguir: Produtos Esperados Cronograma de entrega dos produtos (a partir do início do contrato) Remuneração 1. Projeto executivo 10 dias 20% R$ 4.000 2. Mapeamento e diagnóstico de 10 (dez) experiências 3. Estudo técnico especializado de 3 (três) experiências 40 dias 40% R$ 8.000 90 dias 40% R$ 8.000 Total 90 dias 100% R$ 20.000 4.1. Forma de Pagamento: Os pagamentos serão feitos mediante a entrega e a aprovação dos produtos atestados pela direção do Projeto. Os pagamentos recebidos pelos consultores são passíveis de tributação, de acordo com a legislação brasileira vigente. É responsabilidade dos contratados fazerem os devidos recolhimentos. À Contratante, reserva-se o direito de recusar o pagamento se, no momento de atestar o produto, os serviços prestados estiverem em desacordo com as especificações apresentadas e aceitas. 4.2. Formato dos Produtos:

O material deverá ser disponibilizado para a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE/PR) em duas vias impressas e em meio digital nos formatos:.doc e.pdf. e apresentar conteúdo e linguagem compatíveis com sua destinação, em língua portuguesa, devidamente digitado e formatado, contendo a relação de obras consultadas de acordo com as recomendações normativas da ABNT. Quadros e tabelas deverão conter a fonte dos dados apresentados. 6. Local de Trabalho: O contrato será realizado por intermédio do PNUD pelo Projeto BRA/06/032 Projeto Brasil 3 Tempos e está incluído no Produto 1.5, de responsabilidade da Subsecretaria de Desenvolvimento Sustentável (SSDS): Estratégia de longo prazo para o desenvolvimento territorial do país, formulada com ênfase na região amazônica. Este contrato terá vigência de 3 (três) meses com possibilidade de prorrogação, desde que mediante justificativa consubstanciada em relatório e devidamente aprovada pelo Diretor do Projeto. Os trabalhos deverão se iniciar em até uma semana após a assinatura do contrato e realização de reunião com a equipe da SSDS. Despesas com deslocamento (passagens e diárias) para execução das atividades serão custeadas pelo Projeto, conforme necessidade, desde que devidamente aprovadas pelo Diretor Nacional do Projeto. 7. Qualificações: O consultor deverá apresentar as seguintes qualificações: Título de Mestrado ou Doutorado em Ciências Sociais Aplicáveis, Ciências Humanas, Ciências Biológicas (Ecologia e Meio Ambiente), ou Multidisciplinar (Meio Ambiente e Agrárias, Sociais e Humanidades); Experiência prévia com políticas de desenvolvimento sustentável envolvendo comunidades tradicionais. Serão considerados como diferenciais na seleção dos candidatos: Experiência na articulação com comunidades tradicionais (preferencialmente agroextrativistas) e com instituições governamentais e/ou não governamentais relacionadas com formulação, avaliação e monitoramento de políticas públicas voltadas a essas comunidades; Experiência prévia de trabalho de campo com comunidades tradicionais, preferencialmente agroextrativistas e preferencialmente da região amazônica. 8. Direitos Autorais: Os direitos autorais ou quaisquer outros direitos, de qualquer natureza, sobre os materiais (especificações, desenhos, mapas, projetos, originais, arquivos, programas, relatórios e demais documentos) produzidos no âmbito do contrato devem reverter exclusivamente à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE/PR), sendo entregues antes da data fixada para o fim do contrato. O contratado poderá reter cópia dos produtos acima indicados, mas sua utilização para fins diferentes do objeto deste instrumento e sua reprodução total ou parcial dependerá de autorização prévia e expressa da SAE/PR, mesmo depois de encerrado o contrato.

9. Supervisão: A supervisão do contratado será feita pelo Diretor de Amazônia da Subsecretaria de Desenvolvimento Sustentável (SSDS).