PREVISÃO CLIMÁTICA TRIMESTRAL ABRIL/MAIO/JUNHO - 2016 Cooperativa de Energia Elétrica e Desenvolvimento Rural MARÇO/2016
El Niño 2015-2016 A situação da anomalia de temperatura das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial em meados de março ainda correspondia a um fenômeno El Niño de forte intensidade, apesar de essas água estarem em processo de resfriamento desde o início de 2016. Os modelos numérico de clima seguem apontando para o declínio das temperaturas dessas águas nos próximos meses, com retorno à normalidade entre o final do outono e o início do inverno, isto é, entre metade de junho e metade de julho. Os El Niños de forte intensidade que já ocorreram mostraram uma influência maior no aumento das chuva no sul do Brasil durante os meses de primavera e também no outono, com destaque para o mês de maio, que ainda costuma apresentar uma resposta do fenômeno na forma de aumento do acumulado de precipitação nesse mês. Em relação às perspectivas para os meses após o retorno a normalidade, os modelos climáticos segue apontanto para a possibilidade de configuração do fenômeno La Niña (anomalia negativa das água superficiais do Pacífico Equatorial), com aproximadamente 50% de chance de ocorrência do fenômeno a partir da primavera de 2016. Lembramos que os efeitos característicos da La Niña sobre o sul do Brasil é de chuvas irregulares e abaixo da normalidade. Previsão Trimestral O trimestre abril, maio e junho de 2016 será caracterizado pelo predomínio das massas de ar frio que irão avançar pelo sul do Brasil, aumentando sua intensidade no decorrer do trimestre. Cada avanço de uma massa de ar frio trará consigo o deslocamento de uma frente fria que é o sistema produtor de chuva mais importante do trimestre. Espera-se um deslocamento de frente fria por semana pela área de atuação da COPREL e a precipitação normalmente terá duração máxima de 24 horas e bem distribuída espacialmente. A cada chegada de frente fria ocorrem as trovoadas, com chuvas mais fortes e ventos de rajadas, mas após as três primeiras horas da chegada do sistema as maiores instabilidades perdem força e a chuva de intensidade fraca a moderada passa a predominar. Além das frentes frias,
existe a formação de cavados que podem ocorrer antes da chegada de uma frente e organizar instabilidades com chuvas e trovoadas, com atuação média em torno de 24 horas. As frentes frias e os cavados se tornam mais severos quando há outros sistemas atuando acoplados em níveis mais altos da atmosfera. Os mais frequentes são os jatos, os cavados de altos níveis e os vórtices ciclônicos. Esses sistemas contribuem para a persistência e reforçam as instabilidades em superfície, favorecendo a ocorrência de temporais, com chuvas intensas, aglomerados de trovoadas e ventos fortes. Essas condições de tempo mais severo e persistente ocorre ao menos uma vez por mês e há indicações de que esses eventos sejam mais frequentes no mês de maio deste ano. Portanto, semanalmente, considerando-se a presença de instabilidades provenientes de cada cavado e de cada frente fria, haverá chuva, umidade elevada e presença de muitas nuvens, num período em torno de 48 horas. Após as instabilidades, as massas de ar frio passarão a atuar na região, estabilizando a condição de tempo e favorecendo a queda das temperaturas por um período de até 72 horas, sendo que o segundo dia após a saída da frente geralmente é o mais frio. Considerando a dinâmica atmosférica dos próximos meses, o consenso da previsão é de chuva na média climatológica no trimestre, conforme mostrada na Tabela 1. Mês Precipitação (mm) Abril 120 a 130 Maio 140 a 150 Junho 135 a 145 Tabela 1: Normais climatológicas para área de atuação da COPREL no trimestre abril, maio e junho.
Com a predomínio das massas de ar frio durante o trimestre, as temperaturas ficam mais baixas ao amanhecer e em elevação durante o dia, favorecendo à maior de amplitude térmica diária, característica dessa época do ano. As temperaturas diminuem de abril para junho, conforme pode ser verificado na Tabela 2. O frio chegará na área de atuação da COPREL após a passagem das instabilidades e é no segundo dia que o frio se torna mais intenso, favorecendo a formação de geada isolada ou ampla, dependendo da intensidade da massa de ar frio. No quarto dia após a passagem de uma frente fria, normalmente o frio perde intensidade e as temperaturas entram em elevação até a chegada de outro sistema. No trimestre é esperado a atuação de uma onda de frio a cada semana. Mês Temperatura mínima ( C) Temperatura máxima ( C) Abril 13 a 16 23 a 26 Maio 10 a 13 20 a 23 Junho 8 a 10 18 a 20 Tabela 2: Normais climatológicas para área de atuação da COPREL, no trimestre abril, maio e junho.
Comportamento climático - 2016 COMPORTAMENTO MENSAL DAS CHUVAS EM 2016 CRUZ ALTA Valores em milímetro MESES CLIMATOLOGIA (1961-1990) 2016 ANOMALIA (DESVIO) JANEIRO 119,7 141,9 +22,2 FEVEREIRO 136,3 91,0-45,3 MARÇO 126,5 267,6 +141,1 ABRIL 119,5 -- -- MAIO 108,1 -- -- JUNHO 116,3 -- --
COMPORTAMENTO MENSAL DAS CHUVAS EM 2016 PASSO FUNDO Valores em milímetro MESES CLIMATOLOGIA (1961-1990) 2016 ANOMALIA (DESVIO) JANEIRO 149,7 99,3-50,4 FEVEREIRO 165,8 225,7 +59,9 MARÇO 139,9 205,0 +70,1 ABRIL 99,7 -- -- MAIO 114,3 -- -- JUNHO 133,6 -- --
COMPORTAMENTO MENSAL DA TEMPERATURA EM 2016 CRUZ ALTA Valores em grau célsius MESES CLIMATOLOGIA (1961-1990) 2016 ANOMALIA (DESVIO) JANEIRO 23,3 25,4 +2,1 FEVEREIRO 23,0 25,5 +2,5 MARÇO 21,4 21,8 +0,4 ABRIL 18,5 -- -- MAIO 16,0 -- -- JUNHO 13,5 -- --
COMPORTAMENTO MENSAL DA TEMPERATURA EM 2016 PASSO FUNDO Valores em grau célsius MESES CLIMATOLOGIA (1961-1990) 2016 ANOMALIA (DESVIO) JANEIRO 22,1 23,5 +1,4 FEVEREIRO 22,0 23,7 +1,7 MARÇO 20,5 20,5 0,0 ABRIL 17,6 -- -- MAIO 15,2 -- -- JUNHO 12,9 -- --
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