Remoção de sedimentos em BMPs Capitulo 16- Métodos: Brune, Heinemann e Brown Engenheiro Plinio Tomaz

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Capítulo 16- Métodos: Brune, Heinemann e Brown 16.1 Introdução Vamos apresentar o método de Brune para grandes reservatórios e o método de Heinemann, 1981 para pequenos reservatórios entre 0,8 Km2 e 36,3 Km2. Apresentaremos um dos primeiros estudos feitos de sedimentos em reservatórios que foi feito por Brown, 1943 e que parece adequado para pequenos reservatórios. Brune,1953 pesquisou 44 reservatórios com área de bacia de 2,93km 2 a 478.0000km 2 com relação à eficiência na remoção de sedimentos e tem sido usado para pequenos e grandes reservatórios. 16.2 Método de Brune Brune, 1953 relacionou a relação adimensional C/I como base do seu método que está na Figura (16.1). Entendemos que C é o volume do reservatório e que I é o volume anual é causada pelo runoff na bacia. Esta facilidade de se obter os dados é a grande vantagem, a nosso ver, do método de Brune. Teoricamente um reservatório pode ter eficiência zero ou 100% de retenção de sólidos. A eficiência de retenção de 100% no reservatório é impossível de acontecer como saliente Brune, 1953. Existem casos em que a eficiência de retenção foi de 100% em lagos nos quais não saiu nenhuma gota de água do vertedor e houve perdas por evaporação e por infiltração no solo. Os reservatórios com relação C/I 1 significam que são reservatórios sazonais e aqueles cuja relação C/I > 1 são aqueles que armazenam a água que são os mais comuns. Brune, 1953 comenta também sobre descargas de fundo para a saída de sedimentos como um controle que podem funcionar ou não dependendo das condições locais como época de baixas vazões. Brune, 1953 comenta sobre os reservatórios destinados a retenção de sedimentos que pode ter eficiência de 90% e que em outros conforme a relação C/I pode ter eficiência de remoção de somente 2%. Brune, 1953 quando comenta sobre o método de Churchill salienta que apesar do método ser bom, há grande dificuldade para se definir o período de retenção e outros dados como a velocidade média no reservatório. Ponce, 1989 estabelece a seguinte ordem para aplicação da curva de Brune: Primeiro: achar a capacidade (C) do reservatório em m 3 ; Segundo: determinar o volume médio anual de runoff (I) que chega no reservatório em m 3 ; Terceiro: usando a Figura (16.1) determinar a porcentagem de eficiência como função da relação C/I para as características de três sedimentos. Estimar a textura do sedimento, estudando as fontes de sedimentos e a fração de transporte. A curva superior da Figura (16.1) é aplicado a areia grossa ou sedimentos floculados; a linha média é destinada a sedimentos com larga variação de diâmetros de particulas e a linha inferior é para siltes finos e argilas. 16-1

Figura 16.1- Curva de Brune elaboradas em 1953 Exemplo 16.1 Usando o método de Brune, calcular o tempo de enchimento de um reservatório em uma bacia com os seguintes dados: Área da bacia= 4,92km 2 = 492 ha Precipitação média anual = 1660mm Runoff médio anual suposto de 40% da precipitação= 664mm Runoff anual=i= (664mm/1000) x 492ha x 10000m 2 = 3.266.880m 3 /ano C= volume do reservatório = 122.428m 3 I = runoff anual= 3.266.880m 3 /ano C/I = 122.428/ 3.266.880m 3 /ano = 0,037 Entrando na curva média da Figura (16.1) achamos 75%= 0,75. Supondo que a descarga total de sedimentos é de 3 ton/dia e para 365 dias teremos: Dst= 365 dias x 3 ton/dia= 1095ton/ano S = Dst x ER/ γap S =1095 x 0,75/ 1,552=529m 3 /ano Tempo de duração do barramento= 122.428m 3 / 529m 3 /ano= 231 anos 16-2

16.3 Carga de sedimentos conforme Dendy e Bolton, 1976. Conforme Ponce, 1989 Dendy e Bolton, 1976 pesquisaram nos Estados Unidos 505 reservatórios e estabeleceram as seguintes equações baseadas na média anual do runoff Q se é menor que 50mm/ano ou se é maior que 50mm/ano e na área da bacia. Ponce, 1989 salienta que as equações fornecem uma primeira aproximação do transporte de sedimentos para ser usado em um projeto regional. Quando Q< 50mm/ano vale a expressão: S/SR = 1,07 (Q/QR) 0,46. [ 1,43-0,26 log(a/ar)] Quando Q > 50mm/ano vale a expressão: S/SR = 1,19 exp[-0,11 (Q/QR)]. [ 1,43-0,26 log(a/ar)] S= sedimentos em ton/ano SR=643 ton/ano/km 2 = sedimentos em ton/ano para uma área básica AR= 2,56km 2 QR= 50mm= média anual de runoff Q= média anuak do runoff da bacia em estudo (mm/ano) AR= 2,56km 2 = área básica A= área da bacia (km 2 ) Exemplo 16.2 Usando o método de Dendy e Bolton, 1976, calcular o tempo de enchimento de um reservatório em uma bacia com os seguintes dados: Área da bacia= 4,92km 2 = 492 ha Precipitação média anual = 1660mm Runoff médio anual suposto de 40% da precipitação= 664mm Como QR= 664mm> 50mm usaremos a equação: S/SR = 1,19 exp[-0,11 (Q/QR)]. [ 1,43-0,26 log(a/ar)] S/SR = 1,19 exp[-0,11 (664/50)]. [ 1,43-0,26 log(4,92/2,56)] =0,37 S/SR=0,37 SR= 643 ton/ano/km 2 S= 643 x 0,37=238 ton/ano/km 2 Mas para 4,92km 2 teremos: Stotak= 238 x 4.92= 1.171 m 3 /ano= 1.171/1,552= 754m 3 /ano Tempo de duração do barramento= 122.428m 3 / 754m 3 /ano= 162 anos 16-3

16.4 Curva para pequenos reservatórios de Heinemann Conforme Verstraeten e Poesen, 2010, Heinemann, 1981 verificou que a curva de Brune é para grandes reservatórios e para pequenos reservatórios variando de 0,8 Km2 a 36,31 Km2 a retenção de sólidos é menor conforme mostra a Figura (16.2); Figura 16.2- Curva de Heinemann, 1981 para pequenos reservatórios entre 0,8 Km2 36,3 Km2 16-4

16.5 Curva para pequenos reservatórios de Brown, 1943 Heinemann, 1984 mostrou modelos empíricos usados para achar a trap eficiência (TE) de um reservatório e um destes modelos é o de Brown, 1943. Nas unidades SI temos: TE= 100 ( 1 1/(1+0,0021x D x C/W)) TE= trap efficiency (%) C= capacidade do reservatório em m3 W= área da bacia em Km2 D= variável variando entre 0,046 e 1 com média D=0,1 Na Figura (16.3) temos o gráfico de Bronw, 1943 que é bom para pequenos reservatórios. Figura 16.3- Curvas de Brown, 1943 bom para pequenos reservatorios. 16-5

16.6 Peso específico dos sedimentos Vamos usar o método usado pelo Bureau of Reclamtion, 1987 citado por Yang, 1986. O Bureau of Reclamation classifica a operação dos reservatórios em quatro itens conforme Tabela (16.1). Tabela 16.1- Operação de reservatórios conforme US Bureau of Reclamation, 1987 Operação Operação do reservatório 1 Sedimentos submersos ou quase sempre submersos 2 Normalmente submersos com moderadas variações de nível 3 Reservatório normalmente vazio 4 Sedimentos no fundo do rio Uma vez escolhido a operação do reservatório na Tabela (16.1) escolhemos o peso especifico inicial da argila, silte e areia e calculamos uma densidade média da seguinte maneira: Wo= Wc.pc + Wm. pm + Ws.ps Wo= peso específico médio (kg/m 3 ) pc, pm, os= porcentagem de argila (clay), silte e areia (sand) respectivamente dos sedimentos de entrada no reservatório. Wc, Wm, Ws= peso específico inicial da argila, silte e areia respectivamente que podem ser obtidos na Tabela (112.3). Tabela 16.2- Peso especifico da argila, silte e areia conforme a operação do reservatório conforme Yang, 1986. Operação Peso específico da Argila em (kg/m 3 ) Peso específico do Silte em (kg/m 3 ) Peso específico da Areia em (kg/m 3 ) 1 416 1120 1550 2 561 1140 1550 3 641 1150 1550 4 961 1170 1550 Ainda conforme Yang, 1986, Miller, 1953 elaborou a seguinte equação: WT= Wo +0,4343.K.[ T/(T-1). LN (T) -1] WT= peso específico médio após T anos de operação Wo= peso específico médio (kg/m 3 ) K= constante baseado no tipo de operação do reservatório conforme Tabela (16.3) 16-6

Tabela 16.3- Valos de K para areia, silte e argila conforme operação do reservatório Fonte: Yang, 1986. Operação K para areia K para silte K para argila 1 0 91 256 2 0 29 135 3 0 0 0 Devemos lembrar que os sedimentos que chegam a um reservatório é quase sempre uma mistura de areia, silte e argila em proporções que podem ser achadas em campo ou determinadas por caso semelhante. Conforme Yang, 1986 cita estudos do U.S. Bureau of Reclamation, 1987 que achou uma média de depósito de sedimentos em reservatórios: Argila: 23% Silte: 40% Areia: 37% Exemplo 16.2 Considerando que a distribuição dos sedimentos na entrada de um reservatório sempre submerso tem 23% de argila, 40% de silte e 37% de areia, determinar a densidade média dos sedimentos após 100anos de operação. Trata-se de reservatório com Operação Tipo 1 Wo= Wc.pc + Wm. pm + Ws.ps Wo= 416 x 0,23 + 1550x 0,37 + 1120,40 = 1117,18 kg/m 3 Vamos achar um valor K médio: K= 0,37 x 0 + 0,40 x 91 + 0,23 x 256 = 95,28 WT= Wo +0,4343.K.[ T/(T-1). LN (T) -1] WT= 1117,18 +0,4343x 95,28x[ 100/(100-1). LN (100) -1] =1268 kg/m 3 16.7 Cálculo do assoreamento de um reservatório Newton de Oliveira Carvalho elaborou um texto denominado Cálculo do assoreamento e da vida útil de um reservatório na fase de estudos de inventário. No estudo é sugerido que a descarga sólida total média anual seja feita da seguinte maneira: Dst= Qt x 365 Dst= descarga sólida total anual (m 3 / ano) Qt= descarga sólida diária (ton/dia) 365dias por ano 16-7

É sugerido por Carvalho o estimativa para 100anos de vida de um reservatório usando o método de Brune para se obter a relação ER S = Dst x ER/ γap S= volume de sedimentos armazenado no reservatório (m 3 /ano) ER= relação obtido no método de Brune γap= peso especifico aparente (ton/m 3 ) Para areia adota-se 1,554 ton/m 3 Para silte: 1,12 a 1,17 ton/m 3 Para argila: 0,82 ton/m 3 T= Vres./ S T=tempo de vida útil do reservatório (anos) Vres= volume do reservatório (m 3 ) S= volume de sedimentos armazenado no reservatório (m 3 /ano) 16-8

16.4 Bibliografia e livros consultados -BRUNE, GUNNAR M. Trap efficiency of reservoirs. junho de 1953. American Geophisical Union, páginas 407 a 418. -CARVALHO, NEWTON DE OLIVEIRA et al. Guia de avaliação de assoreamento de reservatorios. Brasilia, DF, 2000, 107 páginas ANEL (Agencia Nacional de Energia Elétrica) -CARVALHO, NEWTON DE OLIVEIRA. Cálculo do assoreamento e da vida util de um reservatorio na fase de estudos de inventario. -HAAN, C. T. et al. Design Hydrology and sedimentology for small catchments. Academic press, 1994, 588páginas. -HAAN, C. T. et al. Design Hydrology and sedimentology for small catchments. Academic press, 1994, 588páginas. -HADLEY, R. F e WALLING, D. E. Erosion and sediment yeld: some methods of measuremt and modeling. University Press, Cambridge, 1984 21páginas. -LINSLEY, RAY K et al. Hydrology for engineers. 3a ed. McGraw-Hill, 1982, 508 páginas. -MCCUEN, RICHARD H. Hydrologic analysis and design. 2a ed. 1998, 814 páginas. -PONCE, VICTOR MIGUEL. Engineering Hydrology- principles and practices. Prentice- Hall, 1989, ISBN 0-13-325466-1,639 páginas. -PONCE, VITOR MIGUEL. Engineering Hydrology. Prentice-Hall, 640 páginas, 1989, ISBN 0-13-315466-1. -RAMOS, CARLOS LLORET et al. Campanhas hidrosedimentomertricas na Regiaõ Metropolitana de São Paulo. -SCAPIN, JULIANA. Caracterização do transporte de sedimentos em um pequeno rio urbano na cidade de Santa Maria, RS. Dissertaçlão de Mestrado, ano 2005,114páginas. -USACE. Stable channel desing functions. Chapter 12. www.usbr.gov -USBR (UNITED STATES BUREAU OF RECLAMATION). Non cohesive sediment transport. Chapter 3. www.usbr.gov. -VERSTRAETEN, GERT E POESEN, JEAN. Estimating trap efficiency of smaill reservoirs and ponds: methods and implications for the assessment of sediment yield. Publicado por www.sagepublications.com em 31 de janeiro de 2010.; 16-9