ESTATÍSTICAS APAV VIOLÊNCIA SEXUAL 2012 WWW.APAV.PT/ESTATISTICAS

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ESTATÍSTICAS APAV VIOLÊNCIA SEXUAL 2012 WWW.APAV.PT/ESTATISTICAS

índice - introdução 2 - vítima 3 - autor(a) do crime 9 - vitimação 14 - crianças vítimas de violência sexual 20 1

introdução A violência sexual é uma atividade criminosa e a sua gravidade torna-a num problema social e requer uma atenção e um tratamento especial. A pessoa vítima de um crime sexual enfrenta, depois desse acontecimento, uma mistura de sentimentos e de preocupações da qual irá ser penoso libertar-se. Talvez a reacção imediata seja a confusão, na qual parece não saber a quem dirigir-se ou pedir ajuda. Prevalecem também, a acompanhar esta desorientação inicial, grande medo e grande ansiedade. A vítima tende frequentemente a temer as consequências da revelação do crime que sofreu, pensando nas eventuais retaliações de que pode ser alvo por parte do agressor, principalmente quando esta violência é perpetrada por alguém próximo dela. A pessoa vítima teme também a desacreditação ou mesmo a condenação daqueles que venham eventualmente a tomar conhecimento do crime, preocupando-se ainda com o que acontecerá se apresentar uma queixa-crime, como será a intervenção da polícia e o desenvolvimento do processo-crime. É sobre estes medos, e no sentido de apoiar as vítimas de violência sexual, que a APAV intervém, ajudando a vítima nas várias fases dos diversos processos penosos que esta vai atravessando, desde a revelação e/ou denúncia do crime, aquando do desenvolvimento do processo-crime, até ao término do mesmo e muitas vezes vários meses após. Em 2012 recorreram aos serviços da APAV 546 vítimas de violência e crimes sexuais, das quais 81 eram crianças e jovens. 2

vítima idade N % 0-3 anos 4 0,7 4-5 anos 12 2,2 6-10 anos 20 3,7 11-17 anos 45 8,2 18-24 anos 43 7,9 25-30 anos 40 7,3 31-34 anos 38 7 35-40 anos 62 11,4 41-44 anos 41 7,5 45-50 anos 44 8,1 51-54 anos 16 2,9 55-60 anos 12 2,2 61-64 anos 9 1,6 65+ anos 14 2,6 não sabe/não responde 146 26,7 Total 546 100 As vítimas de violência sexual que acorreram aos serviços da APAV em 2012 eram, em 93% dos casos, do sexo feminino. Denote-se que apenas 5% das vítimas eram do sexo masculino. 509; 93% sexo da vítima feminino masculino não sabe/não responde 9; 2% 28; 5% N= 546 546 pessoas vítimas de violência sexual em 2012 As idades das vítimas de violência sexual mostraram-se bastantes variáveis sendo que, no entanto, foi a faixa etária entre os 35 e os 40 anos (62; 11,4%) que se destacou face às restantes. São de assinalar, porém, as vítimas situadas nas faixas etárias entre os 11 e os 17 anos de idade (45; 8,2%). 3

estado civil da vítima vítima casado (a) divorciado (a) separado (a) solteiro (a) 37; 6,8% 21; 3,8% 181; 33,2% 193; 35,3% A situação familiar das vítimas de violência sexual era, em 42,5% (N=232) a de família nuclear com filhos. união de facto viúvo (a) não sabe/não responde 4; 0,7% 43; 7,9% 67; 12,3% No entanto, apesar de 32% das vítimas serem casadas, a maioria era solteira(o), (193; 35,3%). 0 50 100 150 200 N= 546 tipo de família N % alargada 20 3,7 indivíduo isolado (a) 85 15,6 monoparental 59 10,8 nuclear com filhos 232 42,5 nuclear sem filhos 26 4,8 reconstruída 33 6 outro 8 1,5 não sabe/não responde 83 15,2 Total 546 100 4

nível de ensino N % pré-escolar 8 1,5 ensino básico 1º ciclo (4 anos) 25 4,6 ensino básico 2º ciclo (2 anos) 22 4 ensino básico 3º ciclo (3 anos) 32 5,9 ensino secundário (3 anos) 35 6,4 ensino superior 41 7,5 nenhum (não sabe ler/escrever) 5 0,9 nenhum (sabe ler/escrever) 36 6,6 pós secundário (curso de especialização tecnológica) 1 0,2 outro 1 0,2 não sabe/não responde 340 62,3 Total 546 100 250 atividade económica da vítima vítima Conforme é possível observar na tabela ao lado, existe uma grande dispersão nos níveis de ensino das vítimas de violência sexual. Contudo, são de salientar as vítimas com os níveis de ensino: superior (41; 7,5%); nenhum nível de ensino, sabendo apenas ler/escrever (36; 6,6%); ensino secundário (35; 6,4%). 200 150 100 108; 19,8% 194; 35,5% 83; 15,2% 114; 20,9% Relativamente à situação económica, 35,5% das vítimas de violência sexual encontravam-se empregadas. 50 0 14; 2,6% 7; 1,3% desempregado doméstico (a) empregado (a) estudante incapacitado (a) (a) para o trabalho 21; 3,8% reformado (a) ou na reserva 5; 0,9% outro não sabe/não responde N= 546 5

principal meio de vida N % a cargo da família 141 25,8 apoio social 7 1,3 pensão/reforma 20 3,7 propriedade/empresa 5 0,9 do trabalho 176 32,2 subsídio por acidente/doença 6 1,1 subsídio de desemprego 12 2,2 Rendimento Social de Inserção 19 3,5 outra situação 20 3,7 não sabe/não responde 140 25,6 Total 546 100 vítima 546 pessoas vítimas de violência sexual em 2012 De entre os diversos meios de vida apresentados pelas vítimas de violência sexual em 2012, destaca-se o rendimento do próprio trabalho (176; 32,2%). No entanto, é relevante referir a percentagem de vítimas que se encontravam a cargo da família (141; 25,8%). 6

distrito de residência N % Aveiro 2 0,4 Braga 4 0,7 Coimbra 9 1,6 Évora 1 0,2 Faro 14 2,6 Leiria 5 0,9 Lisboa 60 11 Porto 18 3,3 Região Autónoma dos Açores 14 2,6 Região Autónoma da Madeira 1 0,2 Santarém 12 2,2 Setúbal 14 2,6 Viana do Castelo 2 0,4 Vila Real 9 1,6 Viseu 1 0,2 não sabe/não responde 380 69,6 Total 546 100 vítima 546 pessoas vítimas de violência sexual em 2012 As vítimas de violência sexual têm residência um pouco por todo o país, conforme é possível observar na tabela acima. Dos diversos distritos, é o de Lisboa que apesenta a maior percentagem de vítimas (60; 11%), seguindo-se os distritos do Porto (18; 3,3%), Faro, Setúbal e Região Autónoma dos Açores, cada um com 2,6% do total de vítimas de violência sexual. 7

vítima relação autor(a) do crime com a vítima N % a vítima é filho (a) 42 7,7 a vítima é neto (a) 10 1,8 a vítima é padrasto/madrasta 2 0,4 a vítima é pai/mãe 5 0,9 a vítima é prestador de serviços/fornecedor 3 0,5 a vítima é sogro (a) 1 0,2 a vítima é trabalhador de entidade patronal 9 1,6 amigo (a) 1 0,2 colega de escola 3 0,5 colega de trabalho 8 1,5 companheiro (a) 58 10,6 conhecido (a) 16 2,9 cônjuge 157 28,6 ex-companheiro (a) 35 6,4 ex-cônjuge 14 2,6 ex-namorado (a) 9 1,6 irmão/irmã 11 2 namorado (a) 11 2 nenhuma (autor identificável pela vítima) 37 6,8 nenhuma (autor não identificável pela vítima) 40 7,3 outra 28 5,1 outro familiar 21 3,8 vizinho (a) 10 1,8 não sabe/não responde 17 3,1 Total 548 100 As relações de conjugalidade entre autor (a) do crime e vítima são as mais preponderantes, perfazendo 39,2% do universo de vítimas de violência sexual. 8

autor(a) do crime idade N % 0-10 anos 2 0,4 11-17 anos 4 0,7 18-24 anos 6 1,1 25-30 anos 19 3,5 31-34 anos 14 2,6 35-40 anos 42 7,7 41-44 anos 24 4,4 45-50 anos 33 6 51-54 anos 8 1,5 55-60 anos 21 3,8 61-64 anos 7 1,3 65+ anos 33 6 não sabe/não responde 335 61,1 Total 548 100 Considerando a dispersão de idades apresentada pelos (as) autores (as) do crime, a faixa etária que mais se destacou em 2012 foi a faixa entre os 35 e os 40 anos de idade (42; 7,7%). sexo do(a) autor(a) do crime 507; 93% Importa fazer a ressalva de que, em algumas situações, existe mais do que um autor do crime para uma mesma vítima. Assim, em 2012, houve um total de 548 autores (as) de crime para 546 vítimas de violência sexual. Por oposição ao que acontece com as vítimas, os autores de crimes sexuais são, em 93% das situações assinaladas em 2012, do sexo masculino. 28; 5% 13; 2% N= 548 feminino masculino não sabe/não responde 9

autor(a) do crime casado (a) divorciado (a) separado (a) solteiro (a) união de facto viúvo (a) não sabe/não responde estado civil do(a) autor(a) do crime 209; 38,1% 20; 3,6% 17; 3,1% 75; 13,7% 44; 8% 7; 1,3% 176; 32,1% 0 50 100 150 200 250 N= 548 548 autores (as) do crime para 546 vítimas de violência sexual. Na sua maioria, os autores (as) do crime encontravam-se casados (as) (209; 38,1%) ou, em 13,7% (N=75) dos casos, solteiros (as). 10

nível de ensino N % pré-escolar 1 0,2 ensino básico 1º ciclo (4 anos) 9 1,6 ensino básico 2º ciclo (2 anos) 11 2 ensino básico 3º ciclo (3 anos) 9 1,6 ensino secundário (3 anos) 9 1,6 ensino superior 21 3,8 nenhum (não sabe ler/escrever) 2 0,4 nenhum (sabe ler/escrever) 53 9,7 pós secundário (curso de especialização tecnológica) 1 0,2 outro 1 0,2 não sabe/não responde 431 78,6 Total 548 100 autor(a) do crime Apesar da grande dispersão relativa aos diferentes níveis de ensino, os (as) autores (as) de crime, em 9,7% (N=53) das situações, não tinham qualquer nível de ensino, sabendo apenas ler/escrever. 250 200 actividade económica do(a) autor(a) do crime 241; 44% 209; 51,5% Em linha com o que acontece com as vítimas, também os (as) autores (as) do crime se encontravam, em 44% (N=241) dos casos, empregados (as). 150 100 50 47; 8,6% 12; 2,2% 36; 6,6% 3; 0,5% 0 desempregado (a) empregado (a) estudante reformado (a) ou na reserva outro não sabe/não responde N= 548 11

principal meio de vida N % a cargo da família 23 4,2 pensão/reforma 37 6,8 propriedade/empresa 12 2,2 do trabalho 179 32,7 subsídio por acidente/doença 1 0,2 subsídio de desemprego 9 1,6 Rendimento Social de Inserção 4 0,7 outra situação 1 0,2 não sabe/não responde 282 51,5 Total 548 100 autor(a) do crime O principal meio de vida dos (as) autores de crimes sexuais, em 2012, era o rendimento do próprio trabalho (179; 32,7%). antecedentes criminais N % arguido noutro processo crime arquivado 8 1,5 arguido noutro processo crime em curso 11 2 com condenação anterior 27 4,9 sem condenação anterior 45 8,2 não sabe/não responde 457 83,4 Total 548 100 Relativamente a antecedentes criminais, na sua maioria, os (as) autores (as) do crime não tinham qualquer condenação anterior (45; 8,2%). 12

autor(a) do crime dependências do(a) autor(a) do crime 368; 67% 94; 17% Foi possível apurar que, de entre o espectro de dependências dos (as) autores (as) do crime, a dependência do álcool foi predominante (94; 17%). 1; 0% 49; 9% 5; 1% 26; 5% 5; 1% N= 548 Importa ainda salientar a percentagem de autores (as) sem nenhuma dependência (49; 9%). álcool estupefacientes fármacos jogo nenhuma dependência outra não sabe/não responde 13

vitimação tipo de vitimação continuada não continuada 77; 14,1% 348; 63,5% Em 63,5% (N=348) das situações de violência sexual reportadas à APAV em 2012, a vitimação tinha um carácter continuado. não sabe/não responde 123; 22,4% 0 50 100 150 200 250 300 350 400 duração da vitimação N % entre 1 e 6 meses 22 4 entre 7 meses e 1 ano 32 5,8 entre 2 e 6 anos 59 10,8 entre 7 e 11 anos 24 4,4 entre 12 e 20 anos 37 6,8 mais de 20 anos 41 7,5 não sabe/não responde 333 60,8 Total 548 100 N= 548 A duração da vitimação foi, em 10,8% (N=59) dos casos, entre 2 e 6 anos. Ainda que numa percentagem inferior, são dignos de menção os casos em que a vitimação durou mais de 20 anos (41; 7,5%). 14

vitimação presenciada por menores N % sim 202 36,9 não 157 28,6 não sabe/não responde 189 34,5 Total 548 100 local do crime N % escola 7 1,1 local de trabalho 37 5,8 lugar/via-pública 62 9,7 transportes públicos 1 0,2 viatura automóvel 13 2 loja/centro comercial 1 0,2 outras instituições 1 0,2 outro local 18 2,8 outra residência 16 2,5 residência comum 293 45,9 residência autor do crime 56 8,8 residência da vítima 56 8,8 unidade de saúde 2 0,3 não sabe/não responde 75 11,8 Total 638 100 vitimação 45,9% (N=293) das situações de vitimação por crimes sexuais teve lugar na residência comum à vítima e ao (à) autor(a) do crime. A vitimação foi, em 36,9% (N=202), presenciada por menores. 15

vitimação recurso a arma 349; 64% 143; 26% 50; 9% 6; 1% N= 548 Tendo em consideração a grande percentagem de não sabe/não responde (64%), foi, no entanto, possível apurar que na maioria das situações (143; 26%) não houve recurso a arma aquando da prática do crime. sim-uso efetivo sim-ameaça não não sabe/não responde tipo de arma N % arma branca 29 5,3 arma de fogo 26 4,7 outra 4 0,7 não sabe/não responde 489 89,2 Total 548 100 Nos casos em que houve recurso a arma, quer uso efetivo quer para exercer ameaça, foi a arma branca (29; 5,3%) a mais utilizada pelos (as) autores (as) do crime. 16

queixa/denúncia vitimação 300 250 200 150 100 50 207; 37,8% 242; 44,2% 99; 18,1% Aquando do contato com a APAV, 44,2% (N= 242) das vítimas de violência sexual não havia efetuado queixa/denúncia às autoridades. 0 sim não não sabe/não responde local da queixa/denúncia N % Polícia de Segurança Pública 93 44,9 Guarda Nacional Republicana 53 25,6 Polícia Judiciária 21 10,1 Serviços do Ministério Público 14 6,8 Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses 4 1,9 não sabe/não responde 22 10,6 Total 207 100 N= 548 Das 37,8% (N=207) vítimas que apresentaram queixa/denúncia, 44,9% (N=93) fizeram-no junto da Polícia de Segurança Pública e 25,6% (N=53) na Guarda Nacional Republicana. 17

denúncia a outras entidades vitimação 59; 11% 298; 54% 191; 35% 35% (N=191) das vítimas de violência sexual não denunciaram a vitimação a outras entidades. N= 548 sim não não sabe/não responde Quais N % Comissões de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) 17 3,1 outras 30 5,5 não sabe/não responde 501 91,4 Total 548 100 As vítimas que efetivamente denunciaram 11% (N=59), fizeram-no junto de outras entidades não especificadas (30; 5,5%). 18

vitimação crimes sexuais N % abuso sexual de crianças (idade inferior a 14 anos) 52 20,3 pornografia de menores 4 1,6 assédio sexual (com prática de atos sexuais) 34 13,3 importunação sexual 52 20,3 lenocínio 11 4,3 violação (crianças ou adultos) 79 30,9 outros crimes sexuais 24 9,4 Total 256 100 crimes sexuais no âmbito da violência doméstica N % abuso sexual de crianças (idade inferior a 14 anos) 27 6,7 abuso sexual de menor dependente 7 1,7 abuso sexual de pessoa incapaz de resistência 1 0,2 coação sexual 47 11,7 violação 57 14,1 outros crimes de natureza sexual 264 65,5 Total 403 100 O crime de violação (crianças ou adultos) (79; 30,9%) foi, de entre os crimes sexuais, o mais registado. Os crimes de abuso sexual de crianças (idade inferior a 14 anos) e de importunação sexual, cada um com uma percentagem de 20,3% (N=52). No âmbito da violência doméstica, os crimes sexuais que mais se destacaram foram: outros crimes de natureza sexual (264; 65,5%) e violação (57; 14,1%). 19

crianças vítimas de violência sexual Em 78% das 81 situações de violência sexual perpetrada contra crianças, as vítimas eram do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 11 e os 17 anos (45; 55,6%). sexo da vítima 63; 78% 1; 1% 17; 21% N= 81 idade N % 0-3 anos 4 4,9 4-5 anos 12 14,8 6-10 anos 20 24,7 11-17 anos 45 55,6 Total 81 100 81 crianças vítimas de violência sexual feminino masculino não sabe/não responde 20

crimes sexuais N % abuso sexual de crianças (idade inferior a 14 anos) 29 44,6 pornografia de menores 1 1,5 assédio sexual (com prática de atos sexuais) 3 4,6 importunação sexual 12 18,5 lenocínio 1 1,5 violação 11 16,9 outros crimes sexuais 8 12,3 Total 65 100 O abuso sexual de crianças (idade inferior a 14 anos) (29; 44,6%), foi o crime com maior percentagem de registo de entre os vários crimes sexuais acima assinalados. crimes sexuais no âmbito da violência doméstica N % abuso sexual de crianças (idade inferior a 14 anos) 11 35,5 abuso sexual de menor dependente 2 6,5 coação sexual 1 3,2 violação 3 9,7 outros crimes de natureza sexual 14 45,2 Total 31 100 81 crianças vítimas de violência sexual Dos crimes sexuais no âmbito da violência doméstica, 45,2% (N=14) foram outros crimes de natureza sexual, seguindo-se, com 35,5% (N=11), o crime de abuso sexual de crianças (idade inferior a 14 anos). 21

APAV Fevereiro 2013 SEDE Unidade de Estatística: Rua José Estêvão, 135 A, Piso 1, 1150-201 Lisboa Tel. 21 358 79 15 apav.sede@apav.pt instituição de solidariedade social - pessoa coletiva de utilidade pública É PERMITIDA A REPRODUÇÃO, CITAÇÃO OU REFERÊNCIA COM FINS INFORMATIVOS NÃO COMERCIAIS, DESDE QUE EXPRESSAMENTE CITADA A FONTE. WWW.APAV.PT/ESTATISTICAS