Profa Silvia Mitiko Nishida Depto de Fisiologia. SINAPSES NERVOSAS Neurotransmissores

Documentos relacionados
Sinapses Curso de Neurofisiologia/Neurociências Graduação

Neurofisiologia. Profª Grace Schenatto Pereira Núcleo de Neurociências NNc Bloco A4, sala 168 Departamento de Fisiologia e Biofísica ICB-UFMG

SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO

Profa Silvia Mitiko Nishida Depto de Fisiologia. SINAPSES NERVOSAS Neurotransmissores

Sinapses. Comunicação entre neurônios. Transmissão de sinais no sistema nervoso

Comunicação entre neurônios. Transmissão de sinais no sistema nervoso

ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO FUNÇÕES BÁSICAS DAS SINAPSES E DAS SUBSTÂNCIAS TRANSMISSORAS

Transmissão sináptica

Sistema Nervoso Central Quem é o nosso SNC?

MECANISMOS DE COMUNICAÇÃO ENTRE OS NEURÔNIOS E DOS NEURÔNIOS COM OS ÓRGÃOS EFETUADORES

CURSO DE EXTENSÃO. Neurofisiologia I. Giana Blume Corssac

Liberação de neurotransmissores Potenciais pós-sinápticos e integração sináptica Plasticidade sináptica Sinapses elétricas

Prof. João Ronaldo Tavares de Vasconcellos Neto

CONSIDERAÇÕES SOBRE POTENCIAIS DE MEMBRANA A DINÂMICA DOS FUNCIONAMENTO DOS CANAIS ATIVADOS POR NEUROTRANSMISSORES

CURSO DE EXTENSÃO. Neurofisiologia. Profa. Ana Lucia Cecconello

Tema 07: Propriedades Elétricas das Membranas

Neurofisiologia. Prof a Deise Maria F. de Mendonça

Introdução ao estudo de neurofisiologia

Sinapse. Permitem a comunicação e funcionamento do sistema nervoso. Neurónio pré-sináptico (envia a informação)

POTENCIAL DE MEMBRANA E POTENCIAL DE AÇÃO

FISIOLOGIA HUMANA UNIDADE II: SISTEMA NERVOSO

Profa. Dra. Eliane Comoli Depto de Fisiologia da FMRP-USP

SINAPSE. Sinapse é um tipo de junção especializada, em que um neurônio faz contato com outro neurônio ou tipo celular.

13/08/2016. Movimento. 1. Receptores sensoriais 2. Engrama motor

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA. Hormônios. Disciplina: Bioquímica 7 Turma: Medicina

Copyright The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. Síntese das catecolaminas

Tema 07: Propriedades Elétricas das Membranas

Sistema Nervoso Aula Programada Biologia

INSETICIDAS NEUROTÓXICOS MECANISMOS DE AÇÃO

GÊNESE E PROPAGAÇÃO DO POTENCIAL DE AÇÃO

14/08/2012. Continuação

Funções do Sistema Nervoso Integração e regulação das funções dos diversos órgãos e sistemas corporais Trabalha em íntima associação com o sistema end

Prof. João Ronaldo Tavares de Vasconcellos Neto

Condução nervosa e Sinapses do SNC

ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL DO SISTEMA NERVOSO

Neurotransmissão e Neurotransmissores do Sistema Nervoso Central. Liberação do neurotransmissor

Substâncias de origem natural. * Produzir substâncias químicas que irão produzir efeitos terapêuticos específicos. Estudos farmacológicos

Profa. Cláudia Herrera Tambeli

NEUROTRANSMISSORES MÓDULO 401/2012. Maria Dilma Teodoro

FARMACODINÂMICA. da droga. Componente da célula c. (ou organismo) que interage com a droga e

Organização do Sistema Nervoso e Sinapses. Fonte:

PRINCIPAIS COMPONENTES DO SISTEMA NERVOSO

Organização geral. Organização geral SISTEMA NERVOSO. Organização anatómica. Função Neuromuscular. Noções Fundamentais ENDÓCRINO ENDÓCRINO

Drogas que atuam no Sistema Nervoso Autônomo. Astria Dias Ferrão Gonzales 2017

21/03/2016. NEURÓGLIA (Células da Glia) arredondadas, possuem mitose e fazem suporte nutricional aos neurônios.

Aspectos moleculares

FISIOLOGIA DA CONTRAÇÃO MUSCULAR DISCIPLINA: FISIOLOGIA I

Fisiologia da motilidade

1) Neurônios: Geram impulsos nervosos quando estimulados;

Tecido Nervoso. 1) Introdução

SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO

Neurociência e Saúde Mental

BIOELETROGÊNESE. Propriedade de certas células (neurônios e células musculares) gerar e alterar a diferença de potencial elétrico através da membrana.

Farmacologia Autonômica colinérgica

Neurônio. Neurônio 15/08/2017 TECIDO NERVOSO. corpo celular, dendrito e axônio

Integração. Sistema Nervoso. Glândula Endócrina. Hormônio. Órgão ou Tecido alvo

Mecanismos bio-moleculares responsáveis pela captação e interpretação dos sinais do meio externo e interno comunicação celular

Células da Glia Funções das células da Glia

Mecanismos bio-moleculares responsáveis pela captação e interpretação dos sinais do meio externo e interno comunicação celular

Tecido nervoso. Ø A função do tecido nervoso é fazer as comunicações entre os órgãos do corpo e o meio externo.

Comunicação entre neurônios / músculos. Transmissão de sinais no sistema nervoso. Sinapse / junção neuromuscular

SINAPSE E TRANSMISSÃO SINÁPTICA

Eletrofisiologia 13/03/2012. Canais Iônicos. Proteínas Integrais: abertas permitem a passagem de íons

Neurotransmissão e neuromodulação

Papel das Sinapses no processamento de informações

ANTI - INFLAMATÓRIOS Farmacologia Prof. Dr. José Edilson Gomes Júnior Enfermagem Parnamirim-RN Outubro/2016

SINAPSE: PONTO DE CONTATO ENTRE DOIS NEURONIOS SINAPSE QUIMICA COM A FENDA SINAPTICA SINAPSE ELETRICA COM GAP JUNCTIONS

Sistema Nervoso Autônomo

Importância dos processos de sinalização. Moléculas sinalizadoras (proteínas, peptídeos, aminoácidos, hormônios, gases)

TECIDO NERVOSO - Neurônios

Sistema Nervoso Central - SNC Sistema Nervoso Central Quem é o nosso SNC?

Fundamentos de Reabilitação. Neuro-anatomia

Bioeletricidade. Bioeletrogênese. Atividade elétrica na célula animal

SISTEMA MOTOR VISCERAL

A comunicação celular permite a integração e harmonização de funcionamento entre células do mesmo tecido e de tecidos/órgãos diferentes.

Regulação nervosa e hormonal nos animais

BIOELETROGÊNESE. Capacidade de gerar e alterar a diferença de potencial elétrico através da membrana. - Neurônios. esqueléticas lisas cardíacas

Bioeletricidade. Bioeletrogênese. Atividade elétrica na célula animal

Classificação e Características do Tecido Nervoso

ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL DO SISTEMA NERVOSO

AGMATINE SULFATE. Ergogênico, cardioprotetor e neuroprotetor

Cada célula é programada para responder a combinações específicas de moléculas sinalizadoras

5.COMUNICAÇÃO CELULAR

EXCITABILIDADE I POTENCIAL DE MEMBRANA EM REPOUSO POTENCIAL DE MEMBRANA EM REPOUSO POTENCIAL DE MEMBRANA EM REPOUSO POTENCIAL DE MEMBRANA EM REPOUSO

SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO

Anatomia e Fisiologia Humana NEURÔNIOS E SINAPSES. DEMONSTRAÇÃO (páginas iniciais)

Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM Disciplina de Fisiologia. O Músculo Estriado Esquelético

Fisiologia do Sistema Nervoso

O POTENCIAL DE AÇÃO 21/03/2017. Por serem muito evidentes nos neurônios, os potenciais de ação são também denominados IMPULSOS NERVOSOS.

Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM Disciplina de Fisiologia. O Músculo Estriado Esquelético

29/03/2015 LOCAL DE AÇÃO MECANISMO DE AÇÃO EFEITOS. Fármaco Princípio Ativo. Receptor: componente de uma célula

Modelagem de Sinapses

Encéfalo. Aula 3-Fisiologia Fisiologia do Sistema Nervoso Central. Recebe informações da periferia e gera respostas motoras e comportamentais.

TECIDO NERVOSO (parte 2)

Transmissão Sináptica

SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO, SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO E SOMÁTICO CIÊNCIAS MORFOFUNCIONAIS DOS SISTEMAS NERVOSO E CARDIORRESPIRATÓRIO

FISIOLOGIA MUSCULAR. Mecanismos de controle da força. Enquanto é dada a AP Profa Silvia Mitiko Nishida. Miron, 450 a.c

Objetivos: Descrever os neurotransmissores -Catecolaminas dopamina, noradrenalina, adrenalina -Acetilcolina

AGMATINE SULFATE. Ergogênico, cardioprotetor e neuroprotetor INTRODUÇÃO

BIOLOGIA. Identidade do Seres Vivos. Sistema Nervoso Humano Parte 2. Prof. ª Daniele Duó

Transcrição:

Profa Silvia Mitiko Nishida Depto de Fisiologia SINAPSES NERVOSAS Neurotransmissores

1 Eletromicrografia S1 S2 2

SINAPSE NERVOSA

Um neurônio faz sinapse com muitos neurônios Tipos de Sinapse Nervosas 1 e 1 axo-dendritica 2 axo-axonica 3 dendro-dendrítica 4 axo-somática

Chegada do Impulso nervoso no terminal do neurônio 1 Neurotransmissâo Geração de impulso nervoso no neurônio 2

MECANISMO DA NEUROTRANSMISSÃO QUÍMICA 1. Chegada do impulso nervoso ao terminal 2. Abertura de Canais de Ca Voltagem dependentes 3. Influxo de Ca (2o mensageiro) 4. Exocitose dos NT 5. Interação NT- receptor póssinaptico causando abertura de canais iônicos NT dependentes 6. Os NT são degradados por enzimas (6) http://www.blackwellpublishing.com/matthews/nmj.html http://www.blackwellpublishing.com/matthews/neurotrans.html

NEUROTRANSMISSORES Aminoácidos -Acido-gama-amino-butirico (GABA) -Glutamato (Glu) -Glicina (Gly) -Aspartato (Asp) Aminas - Acetilcolina (Ach) - Adrenalina - Noradrenalina - Dopamina (DA) - Serotonina (5-HT) - Histamina Purinas - Adenosina - Trifosfato de adenosina (ATP) NEUROMODULADORES Peptideos a) gastrinas: gastrina colecistocinina b) Hormônios da neurohipofise: vasopressina ocitocina c) Opioides d) Secretinas e) Somatostatinas f) Taquicininas g) Insulinas Gases NO CO

MECANISMOS DE AÇÃO DOS NEUROTRANSMISSORES

AÇAO DOS NT nos receptores pós-sinapticos é de de 2 tipos: 1) Receptor Ionotrópico O NT abre o canal iônico DIRETAMENTE Efeito rápido 2) Receptor Metabotrópico O NT abre o canal iônico INDIRETAMENTE - freqüentemente, presença de 2º mensageiro para modificar a excitabilidade do neurônio pós-sináptico Efeito mais demorado

Qual é a vantagem da comunicação por meio de 2º Mensageiro? - Amplificação do sinal inicial - Modulação da excitabilidade neuronal - regulação da atividade intracelular

Receptores acoplados a Proteína G A Proteína G é uma proteína complexa formada de três subunidades (, e ) e que funciona como um transdutor de sinais. Em repouso, a subunidade está ligada a uma molécula de GDP. Quando o NT se liga ao receptor o GDP é trocada pelo GTP e a proteína G se torna ativa. A proteína G ativada age sobre uma molécula efetora, neste caso, um canal iônico, cuja condutância será indiretamente modificada.

Por que a sinapse química é o chip do SN? Potencial pós-sinaptico NT PA O NT pode causar na membrana pós: POTENCIAL PÓS-SINAPTICO EXCITATÓRIO a) Despolarização entrada de cátions POTENCIAL PÓS-SINAPTICO INIBITORIO a) Hiperpolarizaçâo entrada de ânions saída de cátions

A) PEPS O NT é EXCITATÓRIO Causa despolarização na membrana póssináptica (p.e.entrada de Na) b) PIPS O NT é INIBITÓRIO Causa hiperpolarização na membrana póssináptica (p.e. entrada de Cl ou saída de K)

PEPS PA Os PEPS e PIPS são gerados apenas nos dendritos e no corpo celular que se propagam em direção a zona de gatilho do PA. Se o PEPS atingir o valor limiar haverá PA; se o PEPS for mais intenso que o limiar, haverá mais de um PA gerado pela zona de gatilho.

A freqüência do PA determina a quantidade de NT liberado PEPS PA Liberação de NT A amplitude do PEPS é diretamente proporcional a intensidade do estimulo e à freqüência dos PA A quantidade de NT liberado depende da freqüência do PA Fadiga sináptica: esgotamento de NT para serem liberados.

Para que servem os PEPS E PIPS? Como um neurônio que recebe milhares de sinais excitatórios e inibitórios processam esses sinais antes de gerar PA? A membrana dos dendritos e do soma computam algebricamente os PEPS e PIPS. O resultado dessas combinações determinarão se haverá ou não PA e com que freqüência.

O mecanismo de combinação (ou integração) dos sinais elétricos na membrana pós-sináptica chama-se SOMAÇÃO. SOMAÇAO DE PEPS

Inibição pós-sináptica Neurônio excitatório: ATIVO Neurônio inibitório: inativo A excitação se propagou do dendrito até o cone de implantação. Neurônio excitatório: ATIVO Neurônio inibitório: ATIVO A excitação causada pelo neurônio excitatório foi totalmente bloqueada pelo neurônio inibitório

Papel modulador dos Interneurônios + PEPS = potencial pós-sinaptico excitatorio + = NT excitatorio Potenciais de Ação

- PIPS = potencial pós-sinaptico inibitório - = NT inibitório

- + PEPS + PIPS Redução/Inibição do Motoneurônio

Inibição pré-sináptica Inibição pós-sináptica - - + - - + Estimulação pós-sináptica

Tipos de circuitos neurais Distribuição do sinal Concentração do sinal Neurônio excitatório

Reverberação do sinal Modulação do sinal Neurônio inibitório Neurônio excitatório

Neurônio inibitório Neurônio excitatório Aumento da descriminação do estimulo

interneurônio inibitório Liberação ou facilitação do sinal interneurônio inibitório interneurônios excitatórios PEPS PIPS Modulação do sinal Músculo Neurônio motor Neurônio inibitório Neurônio excitatório

Circuito Facilitatório Zona de descarga Zona de descarga Orla subliminar

CIRCUITOS NEURAIS Um neurônio sozinho de nada vale. As células nervosas são capazes de interpretar estímulos sensoriais ou produzir comandos motores porque vários neurônios funcionalmente relacionados estabelecem circuitos neurais. CIRCUITOS NEURAIS: redes de neurônios funcionalmente relacionados. Rede monossinaptica Rede polissinaptica

Donald Hebb ( The Organization of Behavior ) Propôs que as sinapses não eram imutáveis e que modulavam a transmissão dos sinais. Bliss &Lömo: a estimulação elétrica de alta frequência (100/s) no hipocampo (coelho) provocava o potencial de longa duração (LTP), ou seja, uma resposta facilitada e duradoura (por várias horas). Eric Kandell: elucidou os mecanismos moleculares da memória e dos processos de aprendizagem (aplisia).

O que um molusco (invertebrado) pode nos ensinar sobre os mecanismos neurais da memória?

Glu DA Mecanismos Neurais da Habituação A estimulação recorrente e inócua causa habituação da aplisia. Molecularmente, ocorreu redução na estimulação dos motoneurônios que contraem as brânquias devido a neuromodulação sináptica.

Expele tinta Expele tinta

A sinapse axo-axônica (interneurônio e o neurônio sensitivo) é facilitadora: a 5- HT estimula a liberação de Glu pelo neurônio sensitivo. O neurônio motor é mais fortemente estimulado.

1) Entrada de Ca e produção de calmodulina, estimulando a liberação de Glu; 2) Ação retrógrada na produção de NO que libera mais Glu

Registro O hipocampo apresenta um fenômeno peculiar: LPT Acontece quando ele é estimulado com muita frequencia.

IONOTRÓPICO Receptores AMPA (não-nmda) Excitatório (rápido) Abrem canais de Na Receptores NMDA Excitatório (lento) Abrem canais de Ca, Na e K METABOTRÓPICO Receptores Kainato Receptores NMDA

Princípios de Neurofarmacologia

Onde as drogas podem agir? Etapas da biossíntese e degradação enzimática do NT Liberação do NT Acetil CoA Transportador de ACh ACh Colina Transportador de colina Sítios receptores pré e pós-sinápticos AChE Colina + Acetato Receptor pós-sinaptico

Classificação das drogas Muitas substancias exógenas afetam a neurotransmissâo: Modos de ação AGONISTAS: mimetizam o efeito do NT ANTAGONISTAS: inibem a ação do NT

Neurotransmissor Receptores Agonistas Antagonistas Acetilcolina Muscarínico Nicotínico Muscarina Nicotina Atropina Curare Receptor Nicotínico Ionotrópico Fibras musculares esqueléticas Abertura de canais de Na (despolarização) Receptor Muscarínico Metabotrópico Fibras musculares cardíacas - abertura de canais de K (hiperpolarizaçâo) Fibras musculares lisas

Ach O canal foi diretamente aberto pela Ach Receptor nicotínico e ionotrópico O canal foi indiretamente aberto pela Ach Receptor muscarínico e metabotrópico

Curare: Bloqueia os receptores nicotínicos causando paralisia muscular Patenteado pelos EUA na década de 40; usado na produção de relaxante muscular.

Botox : forma comercial da toxina botulínica A, produzida pela bactéria Clostridium botulinum. Mecanismo de ação: inibe a liberação de Ach do terminal sinaptico causando bloqueio da neurotransmissao. Em baixas doses: atenuação das rugas de expressão!

IMPORTANCIA CLINICA: SINAPSES COLINÉRGICAS Venenos de Cobra (alfa-toxinas): ligam-se a receptores nicotínicos e causam bloqueio da neurotransmissâo. Paralisia muscular (morte por parada respiratória). Curare: extraída de uma planta tem o mesmo efeito. Usado farmacologicamente como relaxante muscular. Toxina botulínica: 220g mata todos os seres vivos do planeta!! compromete a liberação de Ach das sinapses colinérgicas. Miastenia grave: uma doença auto-imune em que o corpo produz anti-corpos contra os receptores de Ach. Paralisia muscular Doença de Alzheimer: degeneração de neurônios colinérgicos do SNC (encéfalo)

Acetilcolina: possui 2 tipos de receptores SNMS SNA PS SNA PS Músculo Esquelético Receptor nicotínico Músculo Cardíaco Receptor muscarínico Músculo Liso Receptor muscarínico da Contração da contração da contração da contração

AMINAS BIOGÊNICAS Noradrenalina (Nor) Adrenalina (Adr) Dopamina (DA) Catecolaminas: compartilham a mesma via de biossíntese que começa com a tirosina. Serotonina (5-HT)

Neurotransmissor Receptores Agonistas Antagonistas Noradrenalina Receptor Receptor Fenilefrina Isoproterenol Fenoxibenzoamina Propanolol Receptores METABOTRÓPICOS Receptores Excitatório (abre canais de Ca ++ ) Receptores Excitatório (fecha canais de K + )

Neurotransmissor Receptores Agonistas Antagonistas Dopamina D1, D2...D5 Todos os receptores são metabotrópicos, acoplados a proteína G, cujo aumento de camp causa PEPS Doença de Parkinson: degeneração dos neurônios dopaminergicos Tremores e paralisia espástica. Psicose: hiperatividade dos neurônios dopaminergicos. Toxoplasmose (Toxoplasma gondii). O parasita transforma-se em cistos e fabricam tirosina hidroxilase que estimula a produção de dopamina. O aumento de DA causa surtos psicóticos e outras alterações de comportamento que se assemelham à esquizofrenia e ao transtorno bipolar.

Neurotransmissor Receptores Serotonina 5 HT 1A, 5 HT 1B, 5 HT 1C, 5 HT 1D, 5HT 2, 5HT 3 e 5HT 4 A 5-HT participa na regulação da temperatura, percepção sensorial, indução do sono e na regulação dos níveis de humor Drogas como o Prozac são utilizados como anti-depressivos. Agem inibindo a recaptaçâo do NT, prolongando os efeitos do 5HT

Positron emission tomography (PET) scan Vermelho: elevada taxa de utilização de glicose (metabolismo elevado) Amarelo e azul: pouca ou nenhuma

Neurotransmissor Receptores Agonistas Antagonistas Glutamato AMPA NMDA Kainato AMPA NMDA CNQX AP5 IONOTRÓPICO Receptores AMPA (não-nmda) Excitatório (rápido) Abrem canais de Na Receptores NMDA Excitatório (lento) Abrem canais de Ca, Na e K METABOTRÓPICO Receptores Kainato E o mais importante NT excitatório do SNC

Neurotransmissor Receptores Agonistas Antagonistas GABA GABA A GABA B Barbitúricos Benzodiazepínicos Bicuculina GABA A : Ionotópicos; abrem canais de Cl - e hiperpolarizam a membrana (entrada do ion). GABA B :Metabotrópicos; estão acoplados a proteína G e aumentam a condutância para os íons K +, hiperpolarizando a membrana (saída do ion).

Neurotransmissor Receptores Agonistas Antagonistas - NO - O NO é lipossolúvel e liga-se a proteínas intracelulares; Ação muito fugaz sendo dificil de ser estudado. Também tem ação parácrina.

Substância Química Ach Noradrenalina Receptor Tipo Localização Agonista Antagonista Colinergico a) Nicotinico b) muscarinico Adrenérgico a) Alfa b) Beta RCl RPG RPG m. Esquel.; g. autonom. e SNC m. liso, cardíaco, glândulas e SNC m. liso, cardíaco, glândulas e SNC Nicotina Muscarina - - Curare Atropina Ergotamina Propanolol Dopamina Dopamina (D) RPG SNC bromocriptina antipsicoticos Serotonina Serotonérgico (5-HT) RC SNC Sumatriptano LSD Histamina Histamina (His) RPG SNC - Cimetidina Glutamato Glutaminérgico ionotropico (iglur) a) AMPA b) NMDA Glutaminérgico ionotropico (mglur) RC RC RPG SNC SNC SNC - - Quiscalato - - - Gaba GABA RC SNC Álcool, barbituricos Picrotoxina Glicina Glicina RC SNC - Strcnina Adenosina Purina (P) RPG SNC - - NO N/A N/A SNC - -

As sinapses neuromusculares são diferentes das sinapses nervosas. NT SINAPSE NERVOSA Vários excitatórios e inibitórios JUNÇÃO NEUROMUSCULAR Ùnico excitatório (acetilcolina), No de vesículas 1 PA: 1vesicula 1 PA: 200 vesículas PPS 0,1mV 50mV Excitabilidade É necessário vários PA para liberar muitas vesículas e somações Um único PA causa a resposta motora

JUNÇOES NEURO-MUSCULARES: sinapses entre o neurônio e a célula muscular Esquelética

Lisa

Potenciação de longo prazo (Long-Term Potentiation) LTP: fenômeno onde uma estimulação pré-sináptica persistente provoca maior sensibilidade do receptor. Um dos mecanismos pelos quais a memória é consolidada. 1 Glu ligam-se a receptores NMDA 2 Os receptores NMDA contêm canais transmembrânicos para Ca 2+ que se abrem. 3- Aumenta a permeabilidade da membrana ao Ca 2+. 4- A entrada de Ca 2+ ativa a proteína cinase II dependente de cálcio-calmodulina (CaMKII). 5- A cinase fosforila o receptor AMPA., tornando-se permeável a íons Na + 6- a membrana fica desporalizada e mais sensível 7 A longo prazo, atividade aumentada da CaMKII aumenta o número de receptores AMPA na sinapse SAIBA MAIS: http://www.sumanasinc.com/webcontent/animations/content/receptors.html http://www.bristol.ac.uk/synaptic/receptors/

Glutamato: principal NT excitatório do SNC Dois receptores: ionotropicos e metabotrópicos RECEPTOR IONOTRÓPICO Três variantes IONOTRÓPICAS NMDA AMPA KAINATO

Glutamato: principal NT excitatório do SNC Dois receptores: ionotrópicos e metabotrópicos RECEPTOR IONOTRÓPICO (Mglu) Divididos três grupos I- acoplados a PLC e sinalização de cálcio intracelular II e III- negativamente acoplados AC