PRINCIPAIS COMPONENTES DO SISTEMA NERVOSO
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- Andreia Cecília Faro Benke
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1 Neurotransmissores
2 PRINCIPAIS COMPONENTES DO SISTEMA NERVOSO
3 Divisão aferente ou sensorial transmite p.a. dos receptores sensoriais para o SNC Interneurónios (neurónios de associação) confinados ao SNC Divisão eferente ou motora transmite os p.a. do SNC para os órgãos efectores, como músculos e glândulas Sistema nervoso periférico Sistema nervoso central
4
5 Células do sistema nervoso Neurónios (transmitem p.a e estabelecem sinapses entre si) Neuroglia, nevróglia ou células gliais (suporta e protege o emaranhado de neurónios)
6 Neurónios Corpo celular ou soma com dendritos e axónio Lipofucsina Substância cromatófila Cone de implantação Axónio colateral Terminações axonais pré-sinápticas
7 Tipos de neurónios bipolares Multipolares unipolares
8 Células da glia
9 FUNÇÕES DAS CÉLULAS DA GLIA 1. Elementos de sustentação; comparável ao tecido conjuntivo de outros órgãos; apresentam um citoesqueleto muito desenvolvido e por isso servem de suporte a vasos sanguíneos e neurónios (astrócitos). 2. Pavimentam os ventrículos do encéfalo e o canal central da medula espinhal; segregam o líquido cefalorraquidiano (células ependimárias). 3. São os macrófagos especializados do SNC, que fagocitam tecido necrótico, microorganismos e substâncias estranhas que invadam o SNC (microglia). 4. Os prolongamentos do citoplasma que possuem envolvem os axónios dos neurónios. Os prolongamentos podem envolver várias vezes os axónios constituindo a bainha de mielina que isola electricamente os axónios (oligodendrócitos). 5. Regulam a composição do líquido extracelular do encéfalo. E absorvem e reciclam as moléculas neurotransmissoras (astrócitos). 6. Fazem parte da estrutura da barreira hemato-encefálica (astrócitos).
10 CÉLULAS DA GLIA:
11 CÉLULAS DA GLIA:
12 BAINHAS DE MIELINA Célula de Schwann Figura. Secção de um nervo da perna de um rato jovem. A célula de Schwann inferior está a começar a formar a bainha de mielina.
13 Potencias de acção como sinal eléctrico com o qual as células transferem informação de uma parte do organismo para outra. c/ grupos fosfato As propriedades eléctricas das células resultam das diferentes concentrações iónicas através da membrana celular e das características de permeabilidade da membrana celular.
14 Características de permeabilidade da membrana celular
15 As diferenças das concentrações transmembranares de Na + e K + são mantidas pela bomba trocadora Na + -K +
16 Potencial de membrana em repouso
17 Potencial de membrana em repouso A diferença de carga eléctrica através da membrana nas regiões interna e externa imediatamente adjacentes à membrana celular designa-se de diferença de potencial e é medida em mv
18 Potencial de acção
19 Propagação de potencias de acção nas células nervosas
20 Propagação de potencias de acção nas células nervosas mielinizadas a corrente local e a Corrente local condução saltatória
21 A sinapse A sinapse é o local onde os potenciais de acção de uma célula podem causar a produção de potenciais de acção noutra célula: da célula pré-sináptica para a célula pós-sináptica.
22 Esquema representativo de uma sinapse
23 Constituídas por um terminal pré-sináptico, fenda sináptica e membrana póssináptica (outro neurónio, célula muscular ou glandular). Intervenção de neurotransmissores. Gap junctions ou fendas de junção, que permitem a difusão de correntes iónicas entre células adjacentes. Os canais iónicos, conexónios, são formados por proteínas tubulares denominadas conexinas.
24 Neurotransmissores Substâncias químicas libertadas no terminal pré-sináptico, que atravessam a fenda sináptica para estimular ou inibir a célula pós-sináptica. Para que uma determinada substância seja o transmissor de uma sinapse específica é preciso que: O neurónio pré-sináptico a contenha e seja capaz de a sintetizar (deve possuir as enzimas específicas envolvidas na sua síntese ou deve possuir transportadores para a sua re-captação neuronal); A substância deve ser libertada pelos neurónios pré-sinápticos em resposta à estimulação apropriada; A aplicação da substância na membrana pós-sináptica deve mimetizar os efeitos da estimulação de neurónios pré-sinápticos (através de receptores específicos); Os efeitos da estimulação pré-sináptica e da microaplicação da substância devem ser alterado na mesma via por fármacos.
25 Neurotransmissores
26 Neurotransmissor vs neuromodulador Um neurotransmissor muda a condutância da células pós-sináptica a um ou mais iões, alterando o potencial de membrana; Um neuromodulador, modula a transmissão sináptica, determinando présinapticamente a quantidade de neurotransmissor libertada, ou pode actuar na célula pós-sináptica modificando a sua resposta ao neurotransmissor.
27 Peptídeos neuroactivos ou neuropeptídeos Os neuropeptídeos afectam, excitando ou inibindo, os neurónios alvo em concentrações mais baixas que a dos neurotransmissores clássicos. Podem actuar como hormonas, neurotransmissores ou neuromoduladores. Os peptídeos neurotransmissores são sintetizados e armazenados nos corpos celulares em vesículas secretoras do aparelho de Golgi e depois sofrem transporte axonal até ao terminal pré-sináptico, enquanto que os neurotransmissores clássicos não peptídicos são sintetizados nos terminais nervosos e ai armazenados em vesículas sinápticas. Podem ser co-armazenados e co-libertados com o neurotransmissor clássico.
28 NT clássico vs neuropeptídeo
29 Neurotransmissão 1. A chegada do potencial de acção provoca a abertura de canais de Ca2+ dependentes da voltagem. 2. A difusão de iões Ca2+ para o terminal présináptico desencadeia a fusão das vesículas sinápticas com a membrana pré-sináptica e a libertação do neurotransmissor (NT) para a fenda sináptica, por exocitose. 3. Difusão do NT na fenda sináptica e combinação do NT com receptores ionotrópicos específicos na membrana pós-sináptica. 4. Difusão do NT na fenda sináptica e combinação do NT com receptores metabotópicos específicos na membrana pós-sináptica. 5. Difusão do NT na fenda sináptica e combinação do NT com receptores específicos na membrana présináptica. 6. A remoção do NT da fenda sináptica por transporte activo de volta ao terminal pré-sináptico (NAT, DAT, SERT), é a recaptação neuronal. 7. A remoção do NT da fenda sináptica por degradação enzimática (ex. NA pela MAO). 8. A remoção do NT da fenda sináptica por captação e metabolismo por células da glia (ex. glutamato e GABA pelos astrócitos). 9. Recuperação das vesículas sinápticas e reincorporação do NT recaptado. 10. Os neuropeptídeos são armazenados em grânulos densos nos terminais pré-sinápticos. 11. Libertação do neuropeptídeo após estimulação repetida.
30 Como os fármacos podem afectar a neurotransmissão? (1) Potencial de acção no neurónio pre sináptico; (2) Síntese do neurotransmissor (3) Armazenamento vesicular (4) Metabolismo (5) Libertação (6) Recaptação neuronal (7) Degradação (8) Interacção com receptores póssinápticos do neurotransmissor (9) Aumento ou diminuição da condutância iónica dependente de receptor.
31 Neurotransmissores Acetilcolina Aminas biogénicas Catecolaminas adrenalina, noradrenalina e dopamina Indolaminas 5-hidroxitriptamina (serotonina) Imidazolaminas - histamina Aminoácidos Glutamato GABA (ácido γ aminobutírico) Purinas ATP Neuropeptídeos
32 É o neurotransmissor usado pelos neurónios motores somáticos que emergem da medula espinhal e que inervam os músculos esqueléticos junção neuromuscular. É o neurotransmissor de todos os neurónios préganglionares autonómicos, bem como dos neurónios pós-ganglionares parassimpáticos do SNA. Acetilcolina
33 Acetilcolina Receptores nicotínicos (ionotrópicos) N2 N1
34 Junção neuromuscular A junção neuromuscular consiste na terminação nervosa axonal e na área de sarcolema da fibra muscular que inerva: involve a terminação pré-sináptica, a fenda sináptica e a placa motora ou membrana póssináptica. Cada terminação nervosa contém vesículas sinápticas com acetilcolina (ACh). Quando o p.a. atinge a terminação nervosa induz a abertura de canais de Ca 2+ dependentes da voltagem e a difusão deste ião para o axoplasma. Por sua vez o Ca 2+ induz, por exocitose, a libertação de ACh na fenda sináptica. Ligação da ACh a receptores específicos na placa motora (receptores nicotínicos N1) e abertura de canais de Na + dependentes de receptores. Difusão de Na + para o sarcoplasma de acordo com o gradiente de concentrações. Atingido o limiar de excitação produz-se um p.a. desta feita na fibra muscular esquelética com abertura de mais canais de Na +, agora, dependentes da voltagem. A ACh libertada é rapidamente metabolizada pela acetilcolinesterase.
35 Acetilcolina Receptores muscarínicos (metabotrópicos) Apenas estão descritas funções fisiológicas para os M1, M2 e M3 Os receptores: M1 neuronais M2 cardíacos M3 glandulares/musculares lisos
36 Aminas biogénicas Catecolaminas adrenalina, noradrenalina e dopamina A noradrenalina é o neurotransmissor primário para neurónios pós-ganglionares simpáticos As células cromafins da medula das glândulas adrenais adicionam um grupo metil à noradrenalina para formar a hormona adrenalina.
37 Noradrenalina
38 Noradrenalina Receptores adrenérgicos - α- e β-adrenérgicos Alpha 2 receptor
39 Dopamina Receptores dopaminérgicos
40 Aminas biogénicas Indolaminas 5-hidroxitriptamina (serotonina) Neurónios contendo 5-HT estão presentes no núcleo de raphe Estão envolvidos na regulação da temperatura, percepção sensorial, início do sono e controlo do humor
41 5-hidroxitriptamina (serotonina) Receptores serotoninérgicos ionotrópicos (5- HT 3 ) e metabotrópicos (5-HT 1, 5-HT 2, 5-HT 4, 5-HT 5, 5- HT 6, e 5-HT 7 )
42 Aminas biogénicas Imidazolaminas histamina Mediador de respostas alérgicas Papel na vigília (antihistamínicos causam sonolência como efeito secundário) Papel na função vestibular (antagonistas H1 como antieméticos como efeito secundário) Secreção de ácido clorídrico pela mucosa gástrica (antagonistas H2 para inibir a secreção gástrica)
43 Aminoácidos Glutamato neurotransmissor excitatório do SNC
44 Glutamato Receptores glutamatérgicos Receptores ionotrópicos a) N-metil-D-aspartato (NMDA) b) Ácido α-amino-3-hidroxi-5-metil-4- isoxazol propiónico (AMPA) c) kainato Receptor metabotrópico o receptor activa uma proteína G que por sua vez estimula uma enzima efectora produzindo-se um mensageiro secundário, o IP3 que acaba por mobilizar o cálcio do RE.
45 Aminoácidos GABA neurotransmissor inibitório do SNC Glutamina Glutamina Glutamato GABA O GABA encontra-se em neurónios nos gânglios basais, nas células de Purkinje cerebelares e em interneurónios espinhais.
46 GABA Receptores gabaérgicos Receptor GABA A é ionotrópico está associado a canais de Cl- que ao abrirem-se permitem o influxo de Cl- de acordo com o respectivo gradiente de concentração, hiperpolarizando o neurónio póssináptico. Receptor GABA B é metabotrópico; o receptor activa uma proteína G, que por sua vez activa canais de K +, provocando o efluxo deste ião de acordo com o gradiente de concentração, hiperpolarizando o neurónio pós-sináptico.
47 ATP e outras purinas ATP: Como neurotransmissor excitatório em motoneurónios que emergem da medula espinhal, em neurónios sensoriais e em gânglios autonómicos. A adenosina não pode ser considerada um neurotransmissor clássico uma vez que não é armazenada em vesículas sinápticas e libertada por um mecanismo dependente de cálcio. Em vez disso resulta do metabolismo do ATP por acção de enzimas extracelulares, as nucleotidases.
48 Co-transmissão A co-libertação de ATP com o NT clássico (NA)
49 Neuropeptídeos
50 peptídeo PREC SÍNT ENZIM NT R ENZIMA NT R ENZIM Os peptídeos não têm captação neuronal e extraneuronal
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