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Transcrição:

O COTIDIANO DA SALA DE AULA E O PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM: PROFESSOR MEDIADOR, ALUNO PROTAGONISTA 1 Franciele Novaczyk Kilpinski Borré 2 Suelen Suckel Celestino 3 Patrícia Nascimento Mattos 4 A prática pedagógica que visa o protagonismo infantil, tendo aluno e professor como autores e construtores do saber, fazem com que o processo de alfabetização seja contínuo e expressivo. O sucesso escolar só acontece quando práticas significativas permeiam o cotidiano da sala de aula, onde todos os sujeitos implicados no processo de ensino aprendizagem se envolvem com interesse, dinamismo e reciprocidade. O processo de aprendizagem é um processo de interação, social que vai muito além de codificar e decodificar signos/símbolos. Alfabetizar é promover contato e relações com as letras, conceitos, informações, mas muito mais que isso é integrar conhecimentos e sujeitos, proporcionando interação, debate, pesquisa, instigando a curiosidade, a reflexão e o ponto de vista, por isso alfabetizar é algo muito maior que somente aprender ler e escrever, é um processo que acontece durante todo o processo de aprendizagem dentro de todas as áreas do conhecimento, de forma que o indivíduo possa interagir com os conhecimentos relacionando-os entre si e dentro do meio o qual está inserido. Essa prática pedagógica exige muito do educador quanto mediador do processo ensino-aprendizagem, motivando os alunos no cotidiano escolar para que efetivamente sejam autores nas atividades que norteiam a sala de aula. Dessa forma, a prática pedagógica motivada pelas interações faz com que o tempo e espaço em sala de aula sejam um verdadeiro laboratório de aprendizagem e para que isso aconteça de fato e significativamente o professor deve ser um mediador do conhecimento, motivador de sua prática e isso é um processo intrínseco e extrínseco que vai além das formações acadêmicas. Assim ensinar e aprender são um 1 Relato de experiência das professoras da Escola Municipal Fundamental Davi Canabarro, da cidade de Ijuí/RS. 2 Professora municipal, graduada em Pedagogia pela Universidade do Norte do Paraná e Pós Graduada em Psicopedagogia Institucional pela Universidade do Norte do Paraná. E-mail: franci.kil@bol.com.br 3 Professora municipal, graduada em Pedagogia pela Universidade do Norte do Paraná. E-mail: suelensuckelcelestino@gmail.com 4 Professora municipal, formada no Magistério. E-mail: patricianmattos@outlook.com

processo ativo, participativo que promove relações, concordâncias, debates, pesquisa, reflexões, mudança de opinião, ponto de vista. Segundo Campos (2009), a aula se faz marcada por um contexto, situado em determinadas circunstâncias nas quais o saber e o conhecimento se constroem coletivamente no exercício de fazer a aula. Esse relato de experiência traz ações e reflexões do cotidiano da sala de aula da escola pública, onde aluno e professor cotidianamente estabelecem relação com o conhecimento, construindo e reconstruindo saberes interagindo com conceitos, debatendo, pesquisando e nas relações com seus pares. Assim, o presente trabalho foi realizado baseado em pesquisas bibliográficas e a partir da prática pedagógica em escola pública. O processo de aprendizagem vai muito além de codificar e decodificar signos, é um processo social, cultural e contínuo permeado pelas relações entre sujeitos, motivação intrínseca e extrínseca e conhecimento se tornando significativo a medida que é ativo, prático, flexível e interativo. A prática pedagógica alicerçada no diálogo e nas interações entre sujeitos e objetos do conhecimento permite que no cotidiano da sala de aula se estabeleçam situações de ensino-aprendizagem com análises críticas e reflexivas para além das salas de aula, para a vida do sujeito. Pensando nisso, o seguinte trabalho vem apresentar o relato de experiências cotidianas da professora pública municipal do município de Ijuí. No processo de ensino aprendizagem é preciso que os alunos se encantem através de uma prática pedagógica que possibilite a interação e o diálogo, diálogo este entre sujeitos e com o conhecimento. As práticas pedagógicas tradicionais que fazem o aluno mero ouvinte e receptador de informações não promove o desenvolvimento integral do sujeito, assim desmistificar a escola tradicional, e pensar em uma escola onde os alunos têm voz e vez é papel fundamental do professor contemporâneo. Para isso a criança precisa ser preparada, instigada para que saiba interagir reflexivamente com conceitos e conteúdos e o professor deve estar preparado para mediar essa prática. De acordo com Campos (2009), atualmente não há garantia de sucesso do trabalho docente se os professores não superarem suas crenças e se dedicarem ao fazer pedagógico que leve o aluno experimentar outro comportamento frente aos objetos de ensino. Pensando nisso, os alunos serão sujeitos pensantes, atuantes no meio em que estão inseridos e com autonomia e iniciativa se forem submetidos a situações de ensino aprendizagem desafiadoras que permita experienciar e fazer de fato parte do processo de alfabetização. Quando o aluno se sente parte desse processo de aprendizagem ele se envolve significativamente, será motivado a participar ativamente do cotidiano escolar.

Para que esse processo realmente aconteça o professor precisa estar disposto a tornar sua sala de aula um laboratório onde há interação e não um auditório onde o professor é atração principal e alunos mero ouvintes. Nessa perspectiva, tanto professor como aluno são atração principal do cotidiano escolar, cada um sem perder sua essência, sua importância cada um desenvolvendo seu papel, mas tendo autonomia de construírem juntos o cotidiano escolar. No cotidiano em sala de aula o planejamento do fazer pedagógico através situações de aprendizagem onde os alunos são protagonistas responsáveis pelas suas aprendizagens, exige do professor também o protagonismo de sua prática, planejamento coerente e flexível, diálogo com os alunos, para assim mediar as relações entre sujeitos e objetos do conhecimento de forma que a interação perpassa as etapas do planejamento de forma que os alunos tem conhecimento dos conteúdos que são e/ou serão trabalhados e são decisivos também na relação do que será trabalhado futuramente ou no momento de suas dúvidas de acordo com necessidade prévia e meios de pesquisa, busca de informações e socializações de pontos de vista. Para que esse processo seja algo significativo e que chegue aos objetivos propostos buscamos motivar as crianças através de uma prática pedagógica que possibilite a interação e o diálogo. A partir disso, são desenvolvidas atividades que os alunos são desafiados a ler, interagir e socializar sobre os conteúdos de forma efetiva, buscando informações, elaborando questionários, debatendo ideias, e fazendo análise reflexão da sua fala e da fala dos colegas. Fazendo seminários internos de conteúdos específicos ao ano/série e ou de interesse do coletivo, a fim de exercitar a oralidade, envolvimento com as temáticas, autonomia na construção do conhecimento e aprendizagem significativa. A participação da criança na participação efetiva de sua aprendizagem é proporcionar ao aluno muito mais do que ler e responder questões sobre os assunto, conceito e conteúdos pertinentes é fazê-los pensar, experimentar ações que o façam manipular e vivenciar situações sobre o que se está estudando, fazendo busca de informações, pesquisas. Nessas situações, os alunos são estimulados a de certa forma invertermos os papéis na sala de aula se levarmos em consideração o método tradicional de ensino aprendizagem. Situações como elaborar situações problemas nos conceitos de matemática, formular questões relacionadas a alguma temática de ciências, história ou geografia, responder questionários elaborados pelos colegas e corrigir as produções dos colegas, com olhar reflexivo e crítico. Vivenciar práticas de ciências com a mediação do professor e retomá-las para apresentar aos seus pares, socializar com suas famílias a fim

de compartilhar o conhecimento construído e reconstruído não tira do professor a responsabilidade com o ensino-aprendizagem, pelo contrário, essa prática exige muito mais planejamento, comprometimento e responsabilidade do professor que deve mediar as situações de aprendizagens para que os alunos sejam capazes de interagir com os conceitos de forma autônoma e responsável fazendo com que na sala de aula haja uma relação dialógica entre educador e educando onde ambos aprendem juntos. Oportunizar os alunos a conversar, debater e trocar informações e ainda levá-los a participar de eventos fora do espaço da escola, é acreditar no potencial criador do aluno, apostando em suas capacidades cognitivas e de interação. Eventos como concursos literários, seminários onde as práticas estudantis são o foco e fazem com os alunos se sintam parte fundamental do processo é incentivo e os motiva a acreditar no seu potencial o que é fundamental. Segundo Freire e Shor (1986, p. 124), [...] o diálogo é a confirmação conjunta do professor e dos alunos no ato comum de conhecer e reconhecer o objeto de estudo e o diálogo requer uma aproximação dinâmica na direção do objeto Conforme experiências na área da educação, o diálogo é um elemento que garante um efetivo processo de ensino-aprendizagem. Evidencio diariamente a necessidade do diálogo e afetividade que faz no cotidiano da sala de aula uma ponte entre professores e alunos. Quanto mais dialogamos com alunos, propondo nossas metodologias e fazendo do grande grupo, uma rede de contatos e informações se firma, fazendo com que todo cotidiano escolar seja alicerçado em um ambiente acolhedor e de estímulos. Segundo entrevista realizada com alunos do quinto o que os motiva no cotidiano em sala de aula é a interação, a forma como são mediadas a aula de forma participativa e dinâmica. No contexto geral é visível a aceitação e envolvimento durante o cotidiano escolar e esse envolvimento é transformado em pesquisa, conhecimento, dúvidas, questionamentos, respostas, oralidade e foco na aprendizagem. Claro que dentro das particularidades e estímulos cada criança terá um envolvimento e desenvolvimento único, o importante é sempre ter avanços significativos e pertinentes a aprendizagem, mesmo que em níveis distintos. Quando os alunos são expostos a atividades que exige domínio de assunto, conceito ou conteúdo cada um assume a tarefa com mais responsabilidade de aula e comprometimento. Essas reflexões partem de uma prática cotidiana de um professor de escola pública que visa no dia-a-dia da sala de aula estimular a aprendizagem significativa dos alunos, tendo plena consciência de que nem sempre há sucesso total ou pleno, e que essas situações também fazem parte do processo de ensino-aprendizagem e isso faz pensar e

repensar, refletir as mediações e situações que perpassam o cotidiano escolar, inclusive os fatores externos ao da escola que também influenciam o rendimento da aula, ou do contexto escolar. Por isso o olhar e postura do professor frente ao contexto escolar, as mediações que realiza frente aos conhecimentos, precisam ser planejadas com flexibilidade a fim de haver uma construção do planejamento que possibilite a reflexão crítica sobre a prática em todos os momentos do processo, por isso a necessidade do diálogo e interação com o aluno que será o reflexo de grande parte do trabalho do professor, onde havendo a prática dialógica, professores e alunos são reflexos de uma prática pedagógica de sucesso. Palavras-chave: Aprendizagem Interação Professor - Aluno- Cotidiano. REFERÊNCIAS CAMPOS, Casemiro de Medeiros. Saberes Docentes e Autonomia dos Professores. Petrópolis: Ed. Vozes, 2007. FREIRE, Paulo; SHOR, Ira. Medo e Ousadia- O Cotidiano do Professor. Rio de Janeiro: Paz e Terra.12 ed. 1986.