PERCEPÇÃO AMBIENTAL DOS USUÁRIOS DO CENTRO COMERCIAL CRISTIANO LAURITZEN DA CIDADE DE CAMPINA GRANDE PB



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Transcrição:

PERCEPÇÃO AMBIENTAL DOS USUÁRIOS DO CENTRO COMERCIAL CRISTIANO LAURITZEN DA CIDADE DE CAMPINA GRANDE PB Cláudio Luis de ARAÚJO NETO 1, Amanda Paiva FARIAS 1, Ianina Gonzalez TOSCANO 1, Tássio Henrique Cavalcanti da Silva CUNHA 1, Ítala Farias ALMEIDA 1, Neyliane Costa de SOUZA 1 1 Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental, Universidade Estadual da Paraíba-UEPB, Campus I, Campina Grande-PB. E-mail: claudioluianeto@gmail.com. Telefone: (83)3315 3300. RESUMO A cidade de Campina Grande - PB tem um crescimento populacional elevado, que é corroborado pela população flutuante que vem em busca de melhorias na qualidade de vida, empregos, e estudos, porém quando não há um planejamento adequado para atender as demandas populacionais ocorre uma sobre carga do sistema levando a um desequilíbrio ambiental. Por isso, este trabalho teve por objetivo avaliar a percepção dos proprietários e das pessoas que transitam no Centro Comercial Cristiano Lauritzen de Campina Grande -PB, para identificar o seu nível de conhecimento no tocante à poluição ambiental, através desse estudos ações podem ser articuladas para minimizar os impactos ambientais negativos. Para a realização desta pesquisa fez-se necessário aplicações de questionários entre os usuários do Centro Comercial Cristiano Lauritzen e constatou-se que todos os entrevistados possuem um conceito coerente sobre poluição, independentemente da idade e do sexo, apesar dos entrevistados estarem mais inerentes à poluição sonora e visual, na área em estudo, o tipo de poluição mais conhecida é a de vinculação hídrica, talvez por esta ser a mais discutida na atualidade, por isso faz-se necessário desenvolver trabalhos informativos que esclareçam as dúvidas da sociedade em geral para que todos tenham conhecimento de seus direitos e deveres. PALAVRAS CHAVE: percepção, meio ambiente, Centro Comercial Cristiano Lauritzen. 1 INTRODUÇÃO O crescimento populacional rápido e intenso criou vários problemas de ordem socioambientais, devido principalmente à falta de planejamento urbano. Assim veio a concentração de população de baixa renda nas cidades, que devido as suas condições, se instalaram em locais impróprios, correndo riscos e trazendo riscos também para toda a população, por geralmente serem em locais de difícil acesso, causando deficiências no sistema de transporte, abastecimento e saneamento. Desde o desenvolvimento do capitalismo e da revolução industrial a natureza vem sofrendo transformações, dando lugar a um ambiente urbano construído e

modificado, vegetação nativa devastada, solos com coberturas impermeáveis, além de rios e áreas de preservação poluída. De acordo com o inciso III do art. 3º da Lei nº 6.938/81, poluição pode ser considerada como: A degradação da qualidade ambiental, resultante de atividades que direta ou indiretamente: prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; afetem desfavoravelmente a biota; afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos. A poluição pode ser classificada como atmosférica, visual, térmica, sonora, hídrica, do solo, radioativa ou luminosa. Podendo ser classificado de acordo com a natureza do poluente ou pela atividade poluidora. Diante do exposto, a cidade de Campina Grande - PB possui um crescimento populacional elevado, que é corroborado pela população flutuante que vem em busca de melhorias na qualidade de vida, empregos, e estudos, porém quando não há um planejamento adequado para atender as demandas populacionais ocorre uma sobre carga do sistema levando desequilíbrio ambiental. No Centro Comercial Cristiano Lauritzen onde se localiza o Terminal Rodoviário Cristiano Lauritzen, popularmente conhecida como Rodoviária Velha, é um local que se encontra grande movimento devido à chegada e saída de pessoas que vem de cidades vizinhas, e que passam o dia em Campina Grande. Neste local o comércio é muito intenso (vendedores de frutas, cd s, calçados, bolsas, roupas, lanches, etc.), e os transportes de grande porte que transitam aumentaram durante os últimos anos. O objetivo deste trabalho foi analisar a percepção dos proprietários e das pessoas que transitam no Centro Comercial Cristiano Lauritzen, Campina Grande - PB, identificando o seu nível de conhecimento no tocante à poluição ambiental, dando ênfase a poluição sonora, por esta ser mais agravante no local.

2 METODOLOGIA O trabalho foi realizado mediante pesquisa observacional e bibliográfica, com base em um estudo teórico-empírico, de caráter exploratório, com abordagem qualitativa. Para diagnosticar a percepção dos usuários do Centro Comercial Cristiano Lauritzen da Cidade de Campina Grande PB foram realizadas entrevistas com as pessoas que trabalham e transitam na área estudada. A pesquisa foi desenvolvida na cidade de Campina Grande PB (Figura 1), que de acordo com o IBGE (2010), tem uma população de 385.213 habitantes, e está localizada no Agreste Paraibano, a uma distância de 125,00 km da capital do Estado, João Pessoa, sua área de unidade territorial é de 594,2 km². O clima da região é do tipo semiárido, apresentando temperatura média do ar anual de 22,2 C. Fonte: Wikipédia, 2012. Figura 1 Município de Campina Grande, em vermelho no estado da Paraíba O estudo foi desenvolvido no Centro Comercial Cristiano Lauritzen, situado na Praça Lauritzen (figura 2). Atualmente o prédio funciona nos três turnos (matutino, vespertino e noturno), conta com uma estrutura física formada por 38 box na plataforma, 05 lojas ancoras, 02 box na sala de espera, 147 box internos e 02 banheiros.

Fonte: IBGE, 2010. Figura 2 - Centro Comercial Cristiano Lauritzen. A coleta dos dados foi realizada através de diálogos, entre os dias 01 e 05 de outubro de 2012, onde o pesquisador participou diretamente do processo do objeto de estudo, para isto, fez-se necessário a preparação de parte considerável dos procedimentos de coleta e de análise de dados antes da pesquisa de campo. Quando desta preparação, considerou-se os tópicos que o pesquisador deveria alcançar, para que a entrevista não mudasse de foco. Segundo Ludke e André (1986), o contato direto do pesquisador com a situação observada, coletando dados predominantemente descritivos e enfatizando o processo e não o produto final. É um tipo de estudo que permite o desenvolvimento de uma análise crítica por parte dos pesquisadores, baseada em percepções subjetivas que são de extrema importância para um melhor entendimento do objeto pesquisado. Os dados foram analisados de forma qualitativa, a qual é empregada, portanto, para a compreensão de fenômenos caracterizados por alto grau de

complexidade interna, considerando que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito (MINAYO & SANCHES, 1993). 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO As entrevistas foram realizadas com 50 pessoas, sendo 30 proprietários ou pessoas que trabalhavam no Centro Comercial Cristiano Lauritzen e 20 pessoas que transitavam no local, como passageiros, clientes do centro comercial, entre outras. De acordo com as entrevistas realizadas, pode-se constatar (Figura 3) que 54% dos entrevistados são do sexo masculino e 46% são do sexo feminino. Russo (1999), Zannin et al (2002) e Saliba (2004) afirmam a inexistência de diferença entre os sexos com relação ao nível de incômodo com o ruído. O incômodo é mais relacionado com o tempo de exposição ao ruído do que com o sexo dos indivíduos expostos. O mesmo pode-se constatar nesta pesquisa, por isso os dados não serão representados em função do gênero. Figura 3 Gênero dos entrevistados A tabela 1 demonstra que, dos 50 participantes da pesquisa, 15 (30%) estão na faixa etária entre 18 e 29 anos, 11 (22%) entre 30 e 41 anos e apenas 5 (10%)

tem idade igual ou superior a 50 anos. Apesar de Saliba (2004) afirmar que a diminuição da percepção do ruído por parte da população de maior faixa etária estar relacionado a problemas auditivos. Pessoas mais idosas geralmente apresentam as maiores queixas, como diminuição na acuidade auditiva, acarretando uma dificuldade na classificação do ruído como incômodo ou não incômodo. Tabela 1 Faixa etária dos entrevistados Faixa etária Frequência Percentual 18 Ⱶ 30 15 30 30 Ⱶ 42 11 22 42 Ⱶ 50 19 38 50 Ⱶ 5 10 Total 50 100 Os dados da Figura 4 revelaram que 47% dos entrevistados acreditam que poluição é tudo que suja o meio ambiente, 21% mencionaram a poluição como tudo que prejudica a saúde, 16% relataram que poluição é tudo que prejudica o individuo, 10% relataram que poluição é tudo que atrapalha o bem estar, seja ele físico ou mental e 6% optaram por não responder ou desconheciam deste tema. De modo geral os entrevistados possuem um conceito coerente sobre poluição, uma vez que 94% relacionaram a poluição como um fator maléfico.

Figura 4 Conhecimento sobre poluição Com relação aos tipos de poluição mais conhecida pelos entrevistados, observa-se na Figura 5 que 28% tem conhecimento da poluição sonora, 18% afirmam conhecer a poluição do solo, mesmo este não sendo o tipo de poluição prevalecente na área em estudo, 17% conhecem a poluição atmosférica e 28% conhecem a poluição hídrica, apesar de apresentar maior percentagem perante aos outros tipos de poluição, o Centro Comercial Cristiano Lauritzen está inerente a outros tipos de poluição, como a visual, que representou apenas 9% das poluições mais conhecidas entre as pessoas que participaram da pesquisa. Observa-se que o principal poluidor tem conhecimento sobre os tipos de poluição, porém pouca ação é feita para minimizar estes impactos ao meio ambiente.

Figura 5 Tipos de poluição conhecidas Neste aspecto Vlek (2003) menciona que certos tipos de poluição ambiental, estão diretamente relacionados ao desejo das pessoas de evitar esforço, impressionar aos outros e/ou confirmar sua própria autonomia. Mudar os impactos, de negativos para positivos, requer modificar padrões de comportamento humano, o que pode exigir mudanças nas necessidades, valores e crenças das pessoas. Quando questionado sobre o tipo de poluição mais prejudicial para os indivíduos que trabalham ou transitam no Centro Comercial Cristiano Lauritzen (Figura 6) 52% relataram que a poluição sonora é a mais prejudicial a vida humana, 15% afirmaram que é a poluição visual, outros 15% acreditaram que é a poluição atmosférica, 11% afirmaram que é a poluição hídrica e apenas 7% acreditaram que a poluição do solo seja a mais prejudicial.

Figura 6 Tipo de poluição mais prejudicial no Centro Comercial Cristiano Lauritzen De acordo com Dias et al (2000) o risco sonoro é um problema grave que, mais cedo ou mais tarde, conduz a perturbações de natureza fisiológica e psicológica nos indivíduos que estejam submetidos a estímulos sonoros intensos durante algum tempo. 4 CONCLUSÃO Os resultados encontrados nesta pesquisa contribuem para a proposição de que os proprietários do Centro Comercial Cristiano Lauritzen e as pessoas que transitam este ambiente, ainda têm muitas dúvidas com relação aos tipos de poluição, as leis estabelecidas pelo município e os danos causados. Diante disto denotam a importância de desenvolver trabalhos informativos que esclareçam as dúvidas da sociedade em geral, frente às reflexões e ações de prevenção da poluição.

REFERÊNCIAS BRASIL. Lei Federal nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 02 set. 1981. Disponível em: <www.presidencia.gov.br/ccivil_03/leis/l6938.htm>. Acesso em: 22 out. 2012. IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, disponível em: http://ibge.gov.br/cidadesat. Acesso em: 22 out. 2012. ZANNIN, P. H. T.; CALIXTO, A.; DINIZ, F. B.; FERREIRA, J. A.; SCHUHLI, R. B. Incômodo causado pelo ruído urbano à população de Curitiba. Revista de Saúde Pública. 2002. Disponível em: <www.fsp.usp.br/rsp>. Acesso em: 13 mar. 2012. SALIBA, T. M. Manual prático de avaliação e controle de ruído: PPRA. 2. ed. São Paulo: LTR, 2004. DIAS, M.; AFONSO, J. L. Efeitos da Poluição Sonora. TecnoHospital Revista de Instalações e Equipamentos de Saúde, nº 7, dezembro de 2000. p. 28, 29. VLEK, C. Globalização, dilemas dos comuns e qualidade de vida sustentável: do que precisamos, o que podemos fazer, o que podemos conseguir?. Estud. Psicol (Natal) vol.8 no.2 Natal May/Aug. 2003. MINAYO MC & SANCHES O. Quantitativo-qualitativo: oposição ou complementaridade? Caderno de Saúde Pública 9(3):239-262. 1993. LUDKE, M.; ANDRÉ, M. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo : EPU, 1986. WIKIPÉDIA. Ficheiro: Paraíba Município de Campina Grande. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=ficheiro:paraiba_municip_campinagrande.svg&page=1>. Acesso em: 15 mai. 2012.