NOTA TÉCNICA VETO À PRORROGAÇÃO DO REINTEGRA - 2014 CONGRESSO NACIONAL Prorrogação do REINTEGRA até 2014 1. Apreciação do Veto à prorrogação do REINTEGRA para 2014 A Lei n. 12.844/2013, oriunda da Medida Provisória 610 (com vetos), que prevê socorro aos agricultores e às famílias moradoras de municípios atingidos pela seca, contemplou em seu texto original diversos pontos da MP 601, dentre eles, notadamente, a prorrogação do Reintegra. A MPV 610 estabeleceu a prorrogação do Reintegra em dois períodos distintos. O primeiro de 4 de junho até 31 de Dezembro de 2013 e o segundo de 1º de Janeiro de 2014 até 31 de Dezembro de 2014. No entanto, a Lei 12.844/2013 sancionada prevê apenas a prorrogação do primeiro período, até o final de 2013, tendo sido o segundo período, até o final de 2014, vetado pela Presidência da República. O REINTEGRA DEVE SER PRORROGADO ATÉ O FINAL DE 2014, CONFORME PREVISTO NO TEXTO APROVADO PELO CONGRESSO NACIONAL. 2. Fundamentação Os beneficiários do Reintegra são destinados às pessoas jurídicas produtoras de bens manufaturados indicados no Decreto nº 7.633, de 1º de dezembro de 2011, que os exportem diretamente ao exterior ou os vendam a empresa comercial exportadora com o fim específico de exportação. O valor é calculado mediante a aplicação do percentual de 3% sobre a receita decorrente da exportação. O valor apurado será utilizado para: (i) compensação com débitos próprios relativos a tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB); ou (ii) solicitação de ressarcimento em espécie, nas condições estabelecidas pela RFB. Originalmente, o art. 3º da Lei nº 12.546, de 2011, previa a aplicação do regime às exportações realizadas até 31 de dezembro de 2012. O prazo foi dilatado pela MPV nº 610 de 2012 até o final deste ano. 1
A prorrogação merece aplausos, principalmente quando é sabido que o sistema de tributação pátrio é complexo, injusto e prejudica a competitividade do produto nacional em relação ao produto fabricado no exterior. Contudo, a prorrogação até o final deste ano, além de demasiadamente curta, retira do empresário brasileiro a previsibilidade que se espera do regime. O prazo, portanto, deve ser estendido até o final de 2014, com a consequente derrubada do veto ao inciso II do artigo 3º da Lei n. 12.844/2013. 4. Conclusão Diante das razões expendidas, recomenda-se a derrubada do veto ao inciso II do artigo 3º previsto no artigo 13 da Lei n. 12.844/2013. Brasília, 02 de agosto de 2013. 2
5. ANEXO: SETORES CONTEMPLADOS NO PLV DA MEDIDA PROVISÓRIA 601 1. Inclusão na desoneração da folha (alíquota de 2%) a partir de 2014: - empresas de transporte rodoviário coletivo de passageiros por fretamento e turismo municipal, intermunicipal em região metropolitana, intermunicipal, interestadual e internacional; - empresas de transporte ferroviário de passageiros; - empresas de transporte metroferroviário de passageiros; - empresas que prestam os serviços de pesquisa e desenvolvimento em engenharia e tecnologia em microondas de potência, engenharia de projetos aeroespaciais, manutenção e reparação de veículos e equipamentos militares e de foguetes e equipamentos aeroespaciais, instalação de sensores e sistemas de armas e de maquinários e equipamentos de emprego militar; - empresas de construção de obras de infraestrutura; - empresas de engenharia e arquitetura; e - empresas de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos. 2. Aplicação da desoneração da folha às empresas de construção civil apenas para as obras matriculadas no Cadastro Específico do INSS - CEI a partir do dia 1º de abril de 2013. 3. Inclusão na desoneração da folha (alíquota de 1%) a partir de 2014: - empresas que realizam operações de carga, descarga e armazenagem de contâineres em portos organizados neste caso, incluir na redação extensão dessa regra para operações em terminais portuários de uso privativo, e não apenas portos organizados; - transporte aéreo de passageiros e de carga não regular (táxi-aéreo); - transporte rodoviário de cargas; - agenciamento marítimo de navios (pleito da emenda 2 da MPV 601 acolhimento parcial); - transporte por navegação de travessia (pleito da emenda 42 da MPV 601); - prestação de serviços de infraestrutura aeroportuária; - transporte ferroviário de cargas (pleito da emenda 71 da MPV 601); - jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens (pleito da emenda 17 da MPV 601); - armas e munições; suas partes e acessórios, exceto revólveres e pistolas, cartuchos e suas partes, para espingardas ou carabinas de cano liso e chumbos para carabinas de ar comprimido; - outras goma-lacas; gomas, resinas, gomas-resinas e oleorresinas (bálsamos, por exemplo), naturais; - outras latas próprias para serem fechadas por soldadura ou cravação, de capacidade inferior a 50l; - outros artefatos de uso doméstico, e suas partes, de ferro fundido, ferro ou aço; palha de ferro ou aço; esponjas, esfregões, luvas e artefatos semelhantes para limpeza, polimento ou usos semelhantes, de ferro ou aço; - acessórios para tubos de níquel; - recipientes tubulares flexíveis para reservatórios de alumínio e recipientes tubulares para aerossóis, com capacidade inferior ou igual a 700 cm3; 3
- cápsulas de coroa para garrafas; - aparelhos de radiodetecção e de radiossondagem (radar); - aparelhos de radionavegação e de radiotelecomando; - instrumentos, aparelhos e modelos, concebidos para demonstração (por exemplo, no ensino e nas exposições), não suscetíveis de outros usos; - vassouras e escovas constituídas por pequenos ramos ou outras matérias vegetais reunidas em feixes, com ou sem cabo e outros; - pincéis e escovas, para artistas, pincéis de escrever e pincéis semelhantes para aplicação de produtos cosméticos, rolos e outros; - outras escovas que constituam partes de máquinas, aparelhos ou veículos; e - suportes para camas (somiês). 4. Inclusão das atividades de montagem e desmontagem industrial e do setor de refratários na desoneração da folha (alíquota de 1%) com vigência a partir de 2014. 5. Incluir preparações de produtos hortícolas, de frutas ou de outras partes das plantas (NCM 20) na desoneração da folha de pagamento (alíquota de 1%) com vigência a partir de 2014. 6. Inclusão de gorduras do porco e gorduras de aves (NCM 15010000) na desoneração da folha de pagamento (alíquota de 1%) com vigência a partir de 2014. 7. Inclusão do setor de pedras preciosas (TIPI 71.03) na desoneração da folha de pagamento (alíquota de 1%) com vigência a partir de 2014. 8. Inclusão de sub-setores do segmento de equipamentos médicos ainda não contemplados na política de desoneração da folha de pagamentos (alíquota de 1%) com vigência a partir de 2014 (TIPI 2912.50.00; 2915.90.60; 3002.10.19; 3005.90.90; 3006.70.00; 3306.90.00; 3506.10.90; 3821.00.00; 3815.90.99; 3824.90.71; 3910.00.90; 3923.10.90; 3926.20.00; 3926.90.69; 4015.11.00; 6210.10.00; 7310.29.90; 8419.89.10; 8419.89.20; 8450.90.10; 8450.90.90; 8479.89.12; 8479.89.91; 8519.81.90; 8543.70.99; 8716.80.00; 9019.10.00; 9026.20.90; 9027.50.50; 9027.80.90; 9031.80.110; 9405.10.92; 9603.21.00. 9. Inclusão do segmento de artigos de óptica nas categorias do comércio varejista sujeitas à desoneração da folha (alíquota de 1%) com vigência a partir de 2014. 10. Inclusão da atividade de premoldados de gesso (NCM 6809.19.00 ou NCM 6809.90.00) na desoneração da folha (alíquota de 1%) com vigência a partir de 2014. 11. Inclusão de agências de publicidade (731 e 7311-4 da CNAE 2.0) e de comunicação na desoneração da folha (alíquota de 2%) com vigência a partir de 2014. 4
12. Inclusão de empresas de promoção de vendas, marketing direto e consultoria em publicidade, enquadradas nas subclasses 7319-0/02, 7319-0/03, 7319-0/04 da CNAE 2.0 na desoneração da folha (alíquota de 2%) com vigência a partir de 2014. 13. Inclusão do comércio varejista de produtos farmacêuticos com manipulação de fórmulas e homeopáticos na desoneração da folha (alíquota de 1%) com vigência a partir de 2014. 14. Inclusão de setores de adesivos, triciclos, patinetes, carros de pedais e outros brinquedos semelhantes com rodas, bonecos com mecanismo a corda ou elétrico, e suas partes e acessórios, entre outros, na desoneração da folha (alíquota de 1%) com vigência a partir de 2014. 15. Inclusão da indústria de balas, confeitos e gomas de mascar (TIPI 1704.10.00, 1704.90.20, 2006.00.00, 2106.90.50, 2106.90.60) na desoneração da folha (alíquota de 1%) com vigência a partir de 2014. 16. Inclusão da indústria de pescados salgados na desoneração da folha (alíquota de 1%) com vigência a partir de 2014. 17. Inclusão das empresas de segurança privada na desoneração da folha (alíquota de 2%) com vigência a partir de 2014 Itens 11.02 e 11.03 da Lista de serviços anexa à Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003. 18. Inclusão das NCMs relacionadas ao setor gráfico na desoneração da folha (alíquota de 1%) com vigência a partir de 2014 NCMs: 49019100; 49011000; 49030000; 49019900; 49059100; 49029000; 49040000; 49051000; 49059900; 49100000; 49090000; 49111010; 49111090; 49119100; 49119900; 95044000; 48204000; 49070020; 49070030; 49070090; 48201000; 48171000; 48172000; 48173000; 48115129; 85232120; 85232110; 85235200; 85235910; 48202000; 48203000; 48205000; 48209000; 48211000; 48219000; 49081000; 49089000. 19. Inclusão do setor de castanha de caju na desoneração da folha (alíquota de 1%) com vigência a partir de 2014. 20. Exclusão das NCMs da indústria de alimentação (2106.90.30; 2202.90.00; 22.02.90.00; 16.04; 16.05) da desoneração da folha. Essas NCMs tratam de: complementos alimentares, alimentos para praticantes de atividades físicas (isotônicos), composto líquido pronto para consumo (bebidas energéticas), preparações e conservas de peixes; caviar e seus sucedâneos preparados a partir de ovas de peixes; crustáceos, moluscos e outros invertebrados aquáticos, preparadas ou em conserva. 21. Inclusão das NCMs de armas não letais (NCMs 1301.90.90; 8543.70.99; 36.04.90.90; 2926.90.99) na desoneração da folha (alíquota de 1%) com vigência partir de 2014. 5