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Transcrição:

Esta é a décima edição do ano de 2016 do boletim Termômetro Tributário do CEPER- FUNDACE. Na última edição, lançada em setembro, foram analisados os principais impostos federais no mês de julho de 2016. Dando sequência à análise, esta edição discute os dados de arrecadação dos principais impostos federais referente ao mês de agosto de 2016, comparando-os com os dados referentes ao mesmo mês de 2015, conforme pode ser visto na Tabela 1, apresentada em sequência. Tabela 1: Arrecadação de impostos federais - grupos selecionados e total geral Brasil, estado de São Paulo, municípios da região de Ribeirão Preto e município-sede - agosto - em R$ mil Brasil Estado de São Paulo Região de Ribeirão Preto Município de Ribeirão Preto 2015 2016 Var % 2015 2016 Var % 2015 2016 Var % 2015 2016 Var % IPI 4.077.691 3.324.849-18,5% 1.792.940 1.452.928-19,0% 13.666 16.501 20,7% 4.755 3.615-24,0% PIS/PASEP 4.534.225 4.100.840-9,6% 1.640.494 1.571.591-4,2% 19.019 18.668-1,8% 10.127 9.376-7,4% IRRF 12.750.559 12.383.702-2,9% 5.568.718 5.412.280-2,8% 34.111 35.336 3,6% 15.979 17.220 7,8% CSLL 3.523.730 3.404.243-3,4% 1.582.003 1.617.083 2,2% 15.778 19.340 22,6% 7.916 10.601 33,9% IRPJ 6.575.053 6.040.514-8,1% 3.035.340 2.711.080-10,7% 31.887 41.403 29,8% 15.705 23.176 47,6% COFINS 17.484.033 15.551.101-11,1% 6.990.474 6.531.708-6,6% 70.904 66.988-5,5% 37.929 33.788-10,9% TOTAL 65.110.500 56.572.484-13,1% 26.425.095 23.540.983-10,9% 290.421 295.731 1,8% 153.191 154.373 0,8% Notas: Total geral se refere à arrecadação de todos os impostos, não somente os selecionados. Dados em R$ de dezembro de 2015. Em nível nacional, a arrecadação total em agosto de 2016 foi da ordem de R$ 56,572 bilhões, montante 13,1% inferior ao observado no mesmo mês de 2015. Analisando-se as principais rubricas, os valores apontam para quedas nas arrecadações do IPI, da COFINS, do PIS/PASEP, do IRPJ, da CSLL e do IRRF, iguais a 18,5%, 11,1%, 9,6%, 8,1%, 3,4% e 2,9%, respectivamente. Assim, nota-se que houve não só queda significativa mas também generalizada, dado que nenhum imposto destacado sofreu elevação no período. No estado de São Paulo, o total de impostos federais arrecadados em agosto atingiu a cifra de R$ 23,540 bilhões, valor este 10,9% inferior ao observado no mesmo mês de 2015. Quase todas as rubricas apresentaram quedas, nas seguintes proporções: IPI (queda de 19,0%), IRPJ (queda de 10,7%), COFINS (queda de 6,6%), PIS/PASEP (queda de 4,2%) e IRRF (queda de 2,8%). A CSLL, em direção oposta, apontou crescimento de 2,2%. Os municípios da região de Ribeirão Preto registraram, em conjunto, arrecadação total de

R$ 295,731 milhões, montante 1,8% superior quando comparado a agosto de 2015. Quase todas as rubricas evidenciadas sofreram variações positivas, sendo possível notar, particularmente, aumento significativo na arrecadação do IRPJ, em 29,8%. Por fim, podemos observar que o município de Ribeirão Preto apresentou comportamento semelhante ao observado na região. A arrecadação atingiu a marca de R$ 154,373 milhões, valor 0,8% superior ao arrecadado em agosto de 2015. Com exceção do IPI, da COFINS e do PIS/PASEP, que apresentaram decrescimentos de 24,0%, 10,9% e 7,4%, respectivamente, as demais rubricas analisadas apresentaram crescimentos em suas arrecadações, que foram de 47,6% para o IRPJ, 33,9% para a CSLL e 7,8% para o IRRF. Tabela 2: Arrecadação de impostos federais - grupos selecionados e total geral Brasil, estado de São Paulo, municípios da região de Ribeirão Preto e município-sede acumulado entre janeiro e agosto- em R$ mil Brasil Estado de São Paulo Região de Ribeirão Preto Município de Ribeirão Preto 2015 2016 Var % 2015 2016 Var % 2015 2016 Var % 2015 2016 Var % IPI 34.560.227 27.962.169-19,1% 14.642.969 11.897.120-18,8% 112.577 117.085 4,0% 32.989 32.041-2,9% PIS/PASEP 37.789.896 34.969.405-7,5% 13.796.860 13.239.226-4,0% 152.447 148.591-2,5% 81.239 76.518-5,8% IRRF 121.314.051 117.602.069-3,1% 55.317.849 54.777.474-1,0% 308.397 321.910 4,4% 145.611 155.222 6,6% CSLL 46.810.245 47.351.111 1,2% 20.017.628 20.596.138 2,9% 244.974 242.015-1,2% 133.250 132.203-0,8% IRPJ 87.336.928 82.022.165-6,1% 37.630.144 36.351.210-3,4% 484.243 487.688 0,7% 261.911 266.160 1,6% COFINS 140.643.845 130.819.940-7,0% 56.201.557 54.915.902-2,3% 535.503 518.718-3,1% 288.437 262.923-8,8% TOTAL 585.141.022 539.517.325-7,8% 241.210.702 228.271.982-5,4% 2.659.173 2.618.907-1,5% 1.405.961 1.363.580-3,0% Notas: Total geral se refere à arrecadação de todos os impostos, não somente os selecionados. Dados em R$ de dezembro de 2015. Visando aprofundar a análise, a Tabela 2 apresenta a arrecadação acumulada entre janeiro e agosto de 2016 e a compara com a arrecadação acumulada entre janeiro e agosto de 2015. Ao longo desses oito meses do ano de 2016, a arrecadação no Brasil atingiu a cifra de R$ 539,517 bilhões, montante este que representa uma queda de 7,8% frente às cifras registradas no mesmo período do ano anterior. Quase todas as rubricas sofreram quedas, nas seguintes proporções: o IPI, com queda de 19,1%, o PIS/PASEP, com queda de 7,5%, a COFINS, com queda de 7,0%, o IRPJ, com queda de 6,1% e o IRRF, com queda de 3,1%. Por outro lado, a CSLL apontou crescimento de 1,2%. No estado de São Paulo, a exemplo do cenário nacional, registrou-se queda na arrecadação: o total observado arrecadado entre

janeiro e agosto de 2016 foi da ordem de R$ 228,271 bilhões, valor 5,4% inferior ao observado no mesmo período do ano anterior. Quase todas as rubricas apresentaram quedas, sendo possível observar, em especial, a queda de 18,8% na arrecadação do IPI. Na totalidade dos municípios da região de Ribeirão Preto, a arrecadação total acumulada ao longo do período analisado atingiu R$ 2,618 bilhões, valor 1,5% inferior ao acumulado entre janeiro e agosto de 2015. A COFINS apresentou queda de 3,1% em sua arrecadação, seguida do PIS/PASEP e CSLL, com reduções de 2,5% e 1,2%, respectivamente. O IRRF, em direção oposta, apresentou crescimento de 4,4%. No município de Ribeirão Preto, o total de R$ 1,363 bilhões representa redução de 3,0% na arrecadação acumulada entre janeiro e agosto de 2016 frente à arrecadação de R$ 1,405 bilhões acumulada ao longo do mesmo período do ano anterior. Assim como na região, a COFINS também registrou queda, de 8,8%, seguida pelo PIS/PASEP, IPI e CSLL, que apresentaram quedas de 5,8%, 2,9% e 0,8%, nesta ordem. Já o IRRF e o IRPJ apresentaram aumentos de 6,6% e 1,6%, respectivamente. As figuras apresentadas em sequência permitem analisar o comportamento da arrecadação em agosto de 2016 comparada a anos anteriores, assim como o total arrecadado entre janeiro e agosto de 2016, também comparado a anos anteriores. Conforme apresentado na Figura 1, a arrecadação registrada em agosto de 2016 foi a mais baixa dos últimos cinco anos, menor inclusive do que a arrecadação registrada em 2012 (arrecadação de R$ 64,739 bilhões). Conforme a Figura 2, a arrecadação acumulada entre janeiro e agosto de 2016 também foi a menor dos últimos cinco anos. As informações apresentadas nesta edição do Termômetro Tributário continuam sinalizando um quadro de queda na arrecadação dos impostos federais. Conforme relatório divulgado pela Receita Federal (disponível em http://idg.receita.fazenda.gov.br/dados/receitad ata/arrecadacao/relatorios-do-resultado-da- arrecadacao/arrecadacao- 2016/agosto2016/analise-mensal-ago16.pdf) a queda na arrecadação observada no mês de agosto foi motivada fundamentalmente pelo desempenho da economia, evidenciado pelo comportamento dos principais indicadores macroeconômicos que afetam diretamente a arrecadação dos diversos tributos, ou seja, a ausência de uma recuperação expressiva da economia brasileira continua sendo o principal motivo de queda na arrecadação de impostos. De modo mais detalhado, ainda segundo a Receita Federal, alguns fatores explicam a queda acumulada entre janeiro e agosto de 2016

relativamente ao mesmo período em 2015: no caso do COFINS e do PIS/PASEP houve uma queda real de 7,18%. Esse resultado foi decorrente, fundamentalmente, do decréscimo real de 9,61% no volume de vendas de bens, combinados com a elevação das alíquotas do PIS/Cofins, incidentes sobre gasolina e diesel, com reflexo na arrecadação a partir de março de 2015. Já para o Imposto de Importação/IPIVinculado a Importação, ocorreu um decréscimo real de 27,20%, em razão, principalmente, da redução de 27,02% no valor, em dólar, das importações. Para o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) exceto IPI-Vinculado, houve um decréscimo real de 14,52%, com destaque para o IPI-Automóveis (-38,35%), em razão de redução de 9,24% na produção industrial e de 23,95% no volume de vendas de automóveis. Outras informações permitem contextualizar a arrecadação tributária frente ao comportamento da economia brasileira como um todo. Segundo o IBGE, a produção do setor de serviços foi, em agosto de 2016, 3,9% inferior à registrada no mesmo mês de 2015 e a receita nominal do setor foi 2,2% superior, em virtude de uma menor queda na produção do setor. Em doze meses, o setor de serviços acumula queda da produção de 5,0%. Também nos últimos doze meses, as atividades referentes à transportes terrestres e à serviços técnico profissionais são, dentro do setor de serviços, algumas das que apresentam as maiores retrações, de 10,8% e 10,7%, respectivamente. Ainda segundo o IBGE, a produção industrial apresentou uma variação de - 3,8% entre julho e agosto de 2016, o que mostra uma nova queda do setor. Comparado à agosto de 2015, o setor apresentou retração de 5,2% em agosto de 2016 e em doze meses, a queda acumulada é de 9,3%. Conforme mencionado pelo IBGE, as indústrias de bens intermediários e de bens de consumo durável têm apresentado indicadores negativos: em agosto de 2016, houve queda de 6,9% e de 12,4%, respectivamente, em relação à agosto de 2015, e no acumulado em doze meses, estes setores apresentaram quedas de 8,3% e de 23,0%, respectivamente. Já as indústrias de bens de capital apresentaram um crescimento de 5,0% em agosto de 2016, se comparado com agosto de 2015, mas no acumulado 12 meses registram a segunda maior queda, 21,9%.

Bilhões Bilhões Ano IV Out/2016 Figura 1: Arrecadação de impostos federais Brasil - agosto anos selecionados total arrecadado e variação % em relação ao ano anterior 90,0 80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 2,7% 7,4% -8,8% Nota: Dados em R$ de dezembro de 2015. -13,1% ago/12 ago/13 ago/14 ago/15 ago/16 Figura 2: Arrecadação de impostos federais - Brasil acumulado entre janeiro e agosto anos selecionados total arrecadado e variação % em relação ao ano anterior 640,0 620,0 600,0 580,0 560,0 540,0 520,0 500,0 480,0 460,0 440,0 420,0 400,0 380,0 0,5% -0,1% -1,7% Nota: Dados em R$ de dezembro de 2015. -7,8% 2012 2013 2014 2015 2016