Efeitos de QCD não-perturbativa no espalhamento inelástico profundo

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Transcrição:

Efeitos de QCD não-perturbativa no espalhamento inelástico profundo Alexander L. dos Santos Orientador: Emerson G.S. Luna Instituto de Física e Matemática Curso de Pós-Graduação em Física Alexander L. dos Santos (UFPel) Seminário de Mestrado 09 de agosto de 2010 1 / 39

Introdução QCD perturbativa e não-perturbativa Espalhamento inelástico profundo Modelo de pártons; Função de estrutura; DGLAP DAS generalizado; Resultados canônico e analítico; Massa dinâmica de glúons Solução de Cornwall; Ansatz 1; Ansatz 2; Resultados; Conclusões. Alexander L. dos Santos (UFPel) Seminário de Mestrado 09 de agosto de 2010 2 / 39

QCD perturbativa e não-perturbativa QCD A Cromodinâmica Quântica (Quantum Chromodynamics, QCD) é a teoria para o estudo das interações fortes. Ela pode ser dividida em duas partes. QCD Perturbativa QCD não-perturbativa Alexander L. dos Santos (UFPel) Seminário de Mestrado 09 de agosto de 2010 3 / 39

QCD perturbativa e não-perturbativa A região pertubativa da QCD permite o uso de métodos perturbativos nos estudos dos processos. Figure: Separação entre a região perturbativa e a não-perturbativa da QCD para o acoplamento forte. Alexander L. dos Santos (UFPel) Seminário de Mestrado 09 de agosto de 2010 4 / 39

QCD perturbativa e não-perturbativa A região pertubativa da QCD permite o uso de métodos perturbativos nos estudos dos processos. A região não perturbativa da QCD, que será o alvo deste trabalho, possui alguns métodos para descrição dos processos, dentre eles destacamos dois: QCD na rede; Equações de Schwinger-Dyson. Figure: Separação entre a região perturbativa e a não-perturbativa da QCD para o acoplamento forte. Alexander L. dos Santos (UFPel) Seminário de Mestrado 09 de agosto de 2010 4 / 39

QCD perturbativa e não-perturbativa Na região perturbativa temos a propriedade de liberdade assintótica, onde a interação entre os constituintes do próton torna-se muito fraca, e então podemos considerá-los livres. Figure: Separação entre a região perturbativa e a não-perturbativa da QCD para o acoplamento forte. Alexander L. dos Santos (UFPel) Seminário de Mestrado 09 de agosto de 2010 5 / 39

QCD perturbativa e não-perturbativa Na região perturbativa temos a propriedade de liberdade assintótica, onde a interação entre os constituintes do próton torna-se muito fraca, e então podemos considerá-los livres. Na região não-perturbativa (Infravermelho) temos propriedade de confinamento de cor assim não podemos observar quarks e glúons livres. Figure: Separação entre a região perturbativa e a não-perturbativa da QCD para o acoplamento forte. Alexander L. dos Santos (UFPel) Seminário de Mestrado 09 de agosto de 2010 5 / 39

Espalhamento inelástico profundo Colisão entre um lépton(elétron) e um hádron(próton). O elétron emite um fóton. O fóton interage com o próton. O Próton é quebrado. Assim surge o termo inelástico. k k q X p Figure: Modelo de pártons. Alexander L. dos Santos (UFPel) Seminário de Mestrado 09 de agosto de 2010 6 / 39

Espalhamento inelástico profundo Através da seção de choque diferencial podemos obter as informações que buscamos a respeito do interior do hádron. É importante também definir uma quantidade muito importante, a virtualidade do fóton: Q 2 = (k k ) 2 = q 2, que informa a profundidade do espalhamento. Alexander L. dos Santos (UFPel) Seminário de Mestrado 09 de agosto de 2010 7 / 39

Espalhamento inelástico profundo Para obtermos a seção de choque diferencial precisamos do módulo quadrado da amplitude de espalhamento que é: M 2 = e4 Q 4 L(e) µνw µν (4πm p). (1) Onde L (e) µν é o tensor leptônico e W µν é o tensor hadrônico. L (e) µν = 2 k µk ν + k νk µ k k m 2 g µν (2) W µν = W 1 g µν + qµ q ν q 2 «1 + W 2 p µ p q «mp 2 q 2 qµ Podemos então renomear as variáveis W 1 e W 2 da seguinte forma: p ν + p q q 2 qν F 1 x, Q 2 = m pw 1 e F 2 x, Q 2 = p q m p W 2. (4) «(3) Alexander L. dos Santos (UFPel) Seminário de Mestrado 09 de agosto de 2010 8 / 39

Espalhamento inelástico profundo Desta forma a seção de choque diferencial do processo é: onde d 2 σ h dx dq = 4πα2 y 2 xf 2 xq 4 1 x, Q 2 + (1 x)f 2 x, Q 2 i, (5) y = Q2 xs e x = Q2 2 p q. (6) Aqui x e y são variáveis adimensionais. Alexander L. dos Santos (UFPel) Seminário de Mestrado 09 de agosto de 2010 9 / 39

Espalhamento inelástico profundo Podemos obter seção de choque diferencial por outro método. e Q 2 e mq ξ P Figure: Espalhamento elétron-párton. Alexander L. dos Santos (UFPel) Seminário de Mestrado 09 de agosto de 2010 10 / 39

Espalhamento inelástico profundo Podemos obter seção de choque diferencial por outro método. O modelo de pártons. e ξ Q 2 e mq P Figure: Espalhamento elétron-párton. Alexander L. dos Santos (UFPel) Seminário de Mestrado 09 de agosto de 2010 10 / 39

Espalhamento inelástico profundo Podemos obter seção de choque diferencial por outro método. O modelo de pártons. e ξ Q 2 e mq P Figure: Espalhamento elétron-párton. Consideramos a troca do fóton entre o elétron e um quark. d 2 σ dx dq = X Z 1 «d 2 σ dξf q(ξ) 2 q 0 dx dq 2 eq (7) Alexander L. dos Santos (UFPel) Seminário de Mestrado 09 de agosto de 2010 10 / 39

Espalhamento inelástico profundo Com isso obtemos a seção de choque diferencial do sub-processo d 2 σ = 2πα2 e 2 h q 1 + (1 y) 2i δ(x ξ). (8) dx dq 2 Q eq 4 Ficamos com a seção de choque diferencial do processo da forma: d 2 σ = 4πα2 e 2 X Z q dξf dx dq 2 xq ep ex 4 i (ξ)eq 2 x h 1 + (1 y) 2i δ(x ξ). (9) 2 i Aqui x passará a ser, para grandes virtualidades, a fração de momentum do próton portado pelo quark. Comparando este resultado com o obtido a partir do módulo quadrado da amplitude de espalhamento podemos determinar quem são as funções F 1 e F 2. Alexander L. dos Santos (UFPel) Seminário de Mestrado 09 de agosto de 2010 11 / 39

Espalhamento inelástico profundo A função de estrutura é determinada experimentalmente e tem papel fundamental para o conhecimento do interior do próton. No modelo de pártons original ela depende apenas de x, ou seja ela escala apenas com x dando origem ao escalamento de Bjorken. 2xF 1 = F 2 = i e 2 q x f i (x) (10) No modelo de pártons da QCD este escalamento é violado, passando a depender também de Q 2. F 2 = F 2 (x, Q 2 ) (11) Alexander L. dos Santos (UFPel) Seminário de Mestrado 09 de agosto de 2010 12 / 39

DGLAP A função de estrutura F 2 depende explicitamente das funções f(x, Q 2 ). Alexander L. dos Santos (UFPel) Seminário de Mestrado 09 de agosto de 2010 13 / 39

DGLAP A função de estrutura F 2 depende explicitamente das funções f(x, Q 2 ). Estas funções chamadas de funções de distribuição de pártons (PDF s), estão presentes nas equações propostas por Dokchitzer, Gribov, Lipatov, Altarelli e Parisi (DGLAP). Alexander L. dos Santos (UFPel) Seminário de Mestrado 09 de agosto de 2010 13 / 39

DGLAP A função de estrutura F 2 depende explicitamente das funções f(x, Q 2 ). Estas funções chamadas de funções de distribuição de pártons (PDF s), estão presentes nas equações propostas por Dokchitzer, Gribov, Lipatov, Altarelli e Parisi (DGLAP). As equações DGLAP são equações integro-diferencias acopladas que ditam a evolução das PDF s. Alexander L. dos Santos (UFPel) Seminário de Mestrado 09 de agosto de 2010 13 / 39

DGLAP A função de estrutura F 2 depende explicitamente das funções f(x, Q 2 ). Estas funções chamadas de funções de distribuição de pártons (PDF s), estão presentes nas equações propostas por Dokchitzer, Gribov, Lipatov, Altarelli e Parisi (DGLAP). As equações DGLAP são equações integro-diferencias acopladas que ditam a evolução das PDF s. São dadas por: f q(x, Q 2 ) ln Q 2 Z 1 = αs dξ»f q(ξ, Q 2 )P xξ qq( 2π x ξ ) + fg(ξ, Q2 )P xξ qg( ) (12) Alexander L. dos Santos (UFPel) Seminário de Mestrado 09 de agosto de 2010 13 / 39

DGLAP A função de estrutura F 2 depende explicitamente das funções f(x, Q 2 ). Estas funções chamadas de funções de distribuição de pártons (PDF s), estão presentes nas equações propostas por Dokchitzer, Gribov, Lipatov, Altarelli e Parisi (DGLAP). As equações DGLAP são equações integro-diferencias acopladas que ditam a evolução das PDF s. São dadas por: f q(x, Q 2 ) ln Q 2 Z 1 = αs dξ»f q(ξ, Q 2 )P xξ qq( 2π x ξ ) + fg(ξ, Q2 )P xξ qg( ) (12) e: f g(x, Q 2 ) ln Q 2 Z 1 = αs dξ»f q(ξ, Q 2 )P xξ qg( 2π x ξ ) + fg(ξ, Q2 )P xξ gg( ) (13) Alexander L. dos Santos (UFPel) Seminário de Mestrado 09 de agosto de 2010 13 / 39

DGLAP xp xp P qq (x) p P qg (x) p P gq (x) p xp P gg (x) p xp Figure: Diagramas de Feynman das funções de desdobramento. Alexander L. dos Santos (UFPel) Seminário de Mestrado 09 de agosto de 2010 14 / 39

DAS Generalizado Funções de distribuição partônicas Usando a proposição de Kotikov e colaboradores para obtermos as PDF s a partir das equações DGLAP que considera uma generalização do duplo escalamento assintótico. Usando também a condição inicial: x f a(x, Q 2 0) = A a (a = q, g) (14) Abaixo temos as distribuições partônicas em NLO: f a (x, Q 2 ) = A a (Q 2, Q 2 0)exp [ d (1)s D p] + O(x), (15) f g + (x, Q 2 ) = A + g (Q 2, Q0)Ĩ0(σ)exp ˆ d 2 +(1)s +p D + O(ρ), (16) j» ff f q + (x, Q 2 ) = A + q (Q 2, Q0) 2 1 d q α s(q 2 ) + ρĩ1(σ) + 20 αs(q2 ) 4π 4π Ĩ1(σ) exp ˆ d +(1)s D +p + O(ρ), (17) Alexander L. dos Santos (UFPel) Seminário de Mestrado 09 de agosto de 2010 15 / 39

Onde q s (ˆd +s + ˆD +p) σ = 2 (ˆd +s + ˆD +p) ln x, ρ = ln x, (18) " A + g (Q2, Q 2 0 ) = 1 80 81 n α s(q 2 # ) f A g + 4π " 4 + 1 + 3 1 + 1 «αs(q 9 81 n 0 2 ) f 80 4π 81 n α s(q 2 # ) f, (19) 4π A g (Q2, Q 2 0 ) = Ag A+ g (Q2, Q 2 0 ) (20) A + q (Q2, Q0 2 ) = n f A g + 49 «9 Aq, A q = Aq 20 αs(q2 0 ) 4π A+ q (21) e Ĩ ν(σ) = ( I ν( σ) para σ 2 = σ 2 0, i ν J ν( σ) para σ 2 = σ 2 < 0, (22) Alexander L. dos Santos (UFPel) Seminário de Mestrado 09 de agosto de 2010 16 / 39

A função de estrutura em NLO apresenta a seguinte forma ( F 2 (x, Q 2 ) = e f q (x, Q 2 ) + 2 3 n α s (Q 2 ) ) f 4π f g(x, Q 2 ) (23) Alexander L. dos Santos (UFPel) Seminário de Mestrado 09 de agosto de 2010 17 / 39

Resultados canônico e analítico Para obtermos as expressões de F 2 usamos a forma canônica NLO é dada por: α NLO s (Q 2 ) = β 0 ln 4π ( Q 2 Λ 2 NLO ) 1 β 1 β 2 0 ( ln ln ln ( Q 2 Λ 2 NLO ( Q 2 Λ 2 NLO )) ) (24) Alexander L. dos Santos (UFPel) Seminário de Mestrado 09 de agosto de 2010 18 / 39

Resultados canônico e analítico A forma analítica NLO proposta por Shirkov e Solovtsov: α NLO an (Q 2 ) = α NLO s (Q 2 ) 1 2β 0 Λ 2 NLO Q 2 Λ 2 NLO +..., (25) Alexander L. dos Santos (UFPel) Seminário de Mestrado 09 de agosto de 2010 19 / 39

Valores de Λ e outras definições Teorema de desacoplamento Se Q 2 < m 2 i, onde i é o indice de sabor do quark, o quark é desacoplado. Exemplo: Em Q 2 = 22.5625 GeV 2, que é a massa do quark b ao quadrado, este quark se desacopla e o número de sabores que antes era n f = 5 agora passa a ser n f = 4. Com a mudança no número de sabores, α s torna-se descontínuo. Devemos alterar algum parâmetro para termos continuidade. Este parâmetro é o Λ QCD, que no exemplo dado acima passa de Λ 5 para Λ 4. α LO s (Q 2 ) = β 0 ln 4π 2, onde β 0 = 11 Q 2 3 n f. (26) Λ 2 Alexander L. dos Santos (UFPel) Seminário de Mestrado 09 de agosto de 2010 20 / 39

Valores de Λ e outras definições O valor de Λ é fixado usando o valor de Q 2 = M 2 z onde M z = 91, 1876 GeV, como referência. Na colaboração MRST em 2004 este valor foi definido como α s(m 2 z ) = 0.1165 ± 0.0040. Já em uma publicação de 2009 o valor obtido foi α s(m 2 z ) = 0.1202 +0.0012 0.0015. Porém temos uma margem de erro para o valor de α s(m 2 z ), ou seja, 0.1125 < α s(m 2 z ) < 0.1214. Para α s(m 2 z ) = 0.1125 temos Λ 4 245MeV. E para α s(m 2 z ) = 0.1214, temos Λ 4 445MeV. Alexander L. dos Santos (UFPel) Seminário de Mestrado 09 de agosto de 2010 21 / 39

Figure: Valores de χ 2 /DoF em função dos valores de Λ 4. Para as versões canônica (Quadrados) e analítica (círculos) do acoplamento forte. Alexander L. dos Santos (UFPel) Seminário de Mestrado 09 de agosto de 2010 22 / 39

Figure: Comparação entre as descrição dos dados da função de estrutura F 2 obtidas por meio dos ajustes utilizando o acoplamento canônico NLO da QCD (curvas cheias) e o acoplamento analítico NLO da QCD (curvas tracejadas). Curvas obtidas fixando-se Λ 4 = 245 MeV. Alexander L. dos Santos (UFPel) Seminário de Mestrado 09 de agosto de 2010 23 / 39

Alexander L. dos Santos (UFPel) Seminário de Mestrado 09 de agosto de 2010 24 / 39

A g A q Q 2 0 [GeV2 ] χ 2 /DoF NLO -0.239±0.017 1.048±0.020 0.388±0.015 2.95 NLOan -0.170±0.016 1.079±0.019 0.458±0.015 3.34 Table: Valores dos parâmetros A g, A q e Q 2 0 obtidos por meio dos ajustes dos dados experimentais de F 2. Os erros dos parâmetros foram obtidos adotando-se um intervalo de confiança de 90%. Analisando o resultado de χ 2 /DoF acima, podemos notar que o resultado é bastante ruim, pois o valor é grande. Portanto, mesmo com a solução para as PDF s determinada para a região cinemáitca do Infravermelho, os acoplamentos canônico e analítico não apresentam bons resultados. O que nos faz buscar uma alternativa para este problema. Alexander L. dos Santos (UFPel) Seminário de Mestrado 09 de agosto de 2010 25 / 39

Massa Dinâmica de glúons As equações de Schwinger-Dyson formam um conjunto infinito de integrais acopladas. Para a obtenção de uma solução para estas equação é necessário que se faça um truncamento. Através de uma técnica de Pinch, utilizada por Cornwall, obtem-se soluções que são invariantes de calibre. Nesta solução surge a expressão para o acoplamento forte da forma: ᾱ s(q 2 ) = 4π β 0 ln ˆ(Q 2 + 4Mg(Q 2 2 ))/Λ2 (27) onde 2 Mg(Q 2 2 ) = mg 2 6 4 Q ln 2 +4mg 2 ln Λ 2 ««4mg 2 Λ 2 3 7 5 12 11 (28) Alexander L. dos Santos (UFPel) Seminário de Mestrado 09 de agosto de 2010 26 / 39

Ansatz 1 Usando a propriedade de renormalizabilidade multiplicativa temos que ᾱ LO s α LO s quando Q 2 1 GeV 2. Assim, se esta relação é válida para LO, deverá também ser válida para NLO, ou seja, com Q 2 grande, deveremos ter ᾱ NLO s α NLO s. Desta forma, na região perturbativa,teremos ᾱ NLO s ᾱ LO s = αnlo s α LO, (29) s onde a razão αnlo s α LO s é conhecida: α NLO s (Q 2 ) α LO s (Q 2 ) = 1 β 1 β0 2 ln ln( Q2 ) Λ 2 R(Q 2 ), (30) ln( Q2 ) Λ 2 Alexander L. dos Santos (UFPel) Seminário de Mestrado 09 de agosto de 2010 27 / 39

Ansatz 1 Portanto, nosso primeiro ansatz para o acoplamento dinâmico em NLO tem a forma ᾱ LO s (Q 2 )R(Q 2 ) para Q 2 Q 2 0, onde ᾱ NLO [1] (Q 2 ) = ᾱ LO s (Q2 ) [ a + b Q 2] para Q 2 < Q 2 0 ; (31) a = R(Q 2 0 ) b Q 2 0, (32) e b = β 1 β 2 0 ( Q 2 0 1 ln( Q 2 0 ) Λ 2 ) 2 [1 ln ( ln ( ))] Q 2 0 Λ 2. (33) Alexander L. dos Santos (UFPel) Seminário de Mestrado 09 de agosto de 2010 28 / 39

Ansatz 2 Propomos também uma outra forma para o acoplamento NLO como alternativa. Nesta proposição tomamos o acoplamento canônico apresentado na equação (24) e fazemos uma substituição simples do tipo Q 2 Q 2 + 4M 2 g (Q2 ) e desta forma obtemos: ᾱ NLO [2] s (Q 2 ) = β 0 ln 4π ( Q 2 +4M 2 g(q 2 ) Λ 2 NLO ) 1 β 1 β 2 0 ( ln ( ln ln Q 2 +4Mg(Q 2 2 ) Λ 2 NLO ( Q 2 +4Mg(Q 2 2 ) Λ 2 NLO )) ),(34) Alexander L. dos Santos (UFPel) Seminário de Mestrado 09 de agosto de 2010 29 / 39

Resultados Figure: Comparação dos comportamentos NLO do acoplamento forte da QCD nas versões canônica (linha pontilhada), ansatz 1 (linha cheia) e ansatz 2 (linha tracejada). Alexander L. dos Santos (UFPel) Seminário de Mestrado 09 de agosto de 2010 30 / 39

Resultados Figure: Valores de χ 2 /DoF em função dos valores de Λ 4. Para o ansatz 1 (Quadrados) e ansatz 2 (círculos) do acoplamento forte. Alexander L. dos Santos (UFPel) Seminário de Mestrado 09 de agosto de 2010 31 / 39

Resultados Figure: Comparação entre as descrição dos dados de F 2 com ᾱ NLO [1] (curvas cheias) e ᾱ NLO (curvas tracejadas). [2] Alexander L. dos Santos (UFPel) Seminário de Mestrado 09 de agosto de 2010 32 / 39

Alexander L. dos Santos (UFPel) Seminário de Mestrado 09 de agosto de 2010 33 / 39

Resultados A g A q Q 2 0 [GeV2 ] χ 2 /DoF NLO [1] -0.042±0.027 0.981±0.020 0.241±0.011 3.14 NLO [2] 0.129±0.015 0.713±0.023 0.000±0.013 2.05 Table: Valores dos parâmetros A g, A q e Q 2 0 obtidos por meio dos ajustes dos dados experimentais de F 2. Valores obtidos fixando-se Λ 4 = 245 MeV e m g = 370 MeV. Massa dinâmica É importante ressaltar e observar o valor do parâmetro Q 2 0 para o ansatz 2, que está em vermelho. Podemos considerá-lo como nulo e introduzirmos um novo parâmetro que absorve o comportamento de Q0 2. Portanto o novo parâmetro livre a ser ajustado é a massa dinâmica m g. Alexander L. dos Santos (UFPel) Seminário de Mestrado 09 de agosto de 2010 34 / 39

Resultados Comparação do Λ Uma última comparação pode ser feita tomando em conta o comportamento da figura (9). Onde podemos observar uma melhora no valor de χ 2 /DoF para valores cada vez melhores de Λ. Portanto fizemos uma extrapolação igualando Λ 4 = Λ 5. Na tabela asseguir vemos a comparação dos resultados para valores distintos de Λ, agora com a massa dinâmica como parâmetro livre. Alexander L. dos Santos (UFPel) Seminário de Mestrado 09 de agosto de 2010 35 / 39

Resultados A g A q m g [GeV] χ 2 /DoF NLO [2] (Λ 4 = 245 MeV) 0.080±0.031 0.708±0.024 0.355±0.008 1.99 NLO [2] (Λ 4 = 163 MeV) 0.435±0.037 0.559±0.026 0.323±0.008 1.65 Table: Valores dos parâmetros A g, A q e m g obtidos por meio dos ajustes dos dados experimentais de F 2. Valores obtidos fixando-se Λ 4 = 245 e 163 MeV. de 90%. Vemos nesta tabela dois pontos importantes: O valor da massa dinâmica obtido é compatível com os valores obtidos em outros trabalhos, ficando dentro do limite m g = 500 MeV±200 MeV; O valor de χ 2 /DoF tem uma redução significativa. Alexander L. dos Santos (UFPel) Seminário de Mestrado 09 de agosto de 2010 36 / 39

Resultados Figure: Comparação entre as descrição dos dados de F 2 obtidas utilizando o acoplamento dinâmico ᾱ NLO obtidas fixando-se Λ 4 = 245 MeV (curvas cheias) e Λ 4 = Λ 5 = 163 MeV (curvas tracejadas). [2]. Curvas Alexander L. dos Santos (UFPel) Seminário de Mestrado 09 de agosto de 2010 37 / 39

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Conclusões e perspectivas Os resultados obtidos com as versões canônica e analítica são bastante ruins. Ambos os ansatzes apresentam um bom resultado, porém com um valor menor de χ 2 /DoF para o ansatz 2. Na nossa análise o valor de m g é compatível com valores de outras nálises encontradas na literatura. Esta é a primeira vez que se propõe uma versão NLO para o acoplamento do Cornwall. Para valores menores de Λ 4 temos melhores valores de χ 2 /DoF. Artigo publicado: QCD effective charge and the structure function F 2 at small-x, E.G.S. Luna, A.A. Natale, A.L.dos Santos. Phys.Lett. B 698 (2011) 52-58. Alexander L. dos Santos (UFPel) Seminário de Mestrado 09 de agosto de 2010 39 / 39