RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DAS TECNOLOGIAS GERADAS PELA EMBRAPA

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Transcrição:

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DAS TECOLOGIAS GERADAS PELA EMBRAPA ome da tecnologia: Eucalyptus benthamii - tolerante a geadas severas Ano de avaliação da tecnologia: 2011 Unidade: Embrapa Florestas Responsável pela Avaliação: Joel F. Penteado Junior Colombo, ovembro de 2011

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DAS TECOLOGIAS GERADAS PELA EMBRAPA 1.- IDETIFICAÇÃO DA TECOLOGIA 1.1. ome/título Eucalyptus benthamii tolerante a geadas severas. 1.2. Objetivo Estratégico PDE/PDU Objetivo Estratégico PDE/PDU x Competitividade e Sustentabilidade do Agronegócio Inclusão da Agricultura Familiar Segurança Alimentar utrição e Saúde Sustentabilidade dos Biomas Avanço do Conhecimento ão se aplica 1.3. Descrição Sucinta O gênero Eucalyptus, com aproximadamente 4,5 milhões de hectares (ABRAF, 2010), isoladamente, ocupa a maior área entre espécies florestais madeiráveis plantadas no Brasil. Apesar de existir um grande número de espécies de eucalipto capaz de se adaptar às diferentes condições de clima e solo no Brasil, praticamente nenhuma é capaz de resistir a geadas. Por este motivo, a Embrapa Florestas decidiu desenvolver pesquisas com espécies de eucalipto viáveis para plantios comerciais voltadas à produção de biomassa energética, bem como para produção de madeira para usos gerais nas regiões sujeitas a geadas severas. Entre outras espécies de eucalipto, o Eucalyptus benthamii foi introduzido no Brasil, pela Embrapa Florestas por apresentar características como, rapidez de crescimento, boa forma das árvores e resistência ao frio. Com esses atributos, a expectativa era que tanto as empresas florestais quanto as pequenas e médias propriedades rurais pudessem produzir localmente dispor de matéria-prima florestal para os mais diversos usos, apesar das geadas que, periodicamente, aniquilam a maioria das espécies de eucalipto plantadas no Sul do Brasil. As principais atividades da pesquisa foram: a) prospecção e coleta de sementes de Eucalyptus benthamii na Austrália e introdução de material com variabilidade genética no Brasil, para testes; b) plantio e manejo para avaliação do desenvolvimento c) manejo inicial voltado essencialmente à produção de sementes. As principais características da tecnologia e suas vantagens em relação à tecnologia anterior são de que, anteriormente, a única espécie disponível e de tolerância relativa às geadas era o E. viminalis. Porém, essa espécie apresenta produtividade de biomassa menor e baixa qualidade da madeira para processamento mecânico, além de grande dificuldade de produzir semente. O E. benthamii, apresenta produtividade de madeira maior, produz toras de boa forma e a produtividade de sementes é maior que de E. viminalis, além de ser mais resistente

a geadas severas. Devido a essas características, tanto as grandes empresas quanto as pequenas e médias propriedades rurais podem dispor da matéria-prima para os mais diversos usos, produzidos localmente, apesar das geadas que, periodicamente, aniquilam a maioria das espécies de eucalipto plantadas no Sul do Brasil. A estratégia da Embrapa Florestas, para estabelecimento da espécie no Brasil, foi estabelecer uma rede de parceria com cooperativas agrícolas, produtores de mudas florestais com o objetivo de incrementar a disponibilidade de material para a propagação da espécie. o Sul do Brasil, os plantios de E. benthamii têm mostrado rápido crescimento e resistência a geadas nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A espécie é, também, apontada como promissora em áreas montanhosas do Estado de Minas Gerais (Embrapa, 1988). Em Colombo, PR, povoamentos de E. benthamii apresentaram, aos 8 anos de idade, altura média de 18 m e DAP (diâmetro do tronco a 1,30 m de altura) médio de 21 cm (Shimizu J., comunicação pessoal). Higa e Carvalho (1990) observaram, na região Sudoeste do Paraná, altura média de 16 m e DAP médio de 15 cm em plantios com menos de quatro anos de idade. 1.4. Ano de Lançamento: 1992 1.5. Ano de Início de adoção: 1999 1.6. Abrangência Selecione os Estados onde a tecnologia selecionada está sendo adotada: ordeste orte Centro Oeste Sudeste Sul PR SC RS 1.7. Beneficiários Os principais beneficiários da tecnologia são, principalmente, os pequenos e os médios produtores rurais que produzem madeira destinada à energia, as cooperativas agrícolas e os grandes produtores rurais que utilizam a biomassa de origem florestal para secagem de grãos. Entretanto, dada a maior e maior produtividade e ainda a garantia de produção em clima frio, os consumidores em geral são também beneficiados pela produção da madeira de Eucalyptus benthamii para construções e a inclusão das árvores em sistemas agrosilvipastoris. Como as espécies de Eucalyptus são de rápido crescimento e mais produtivas do que outras espécies florestais na região Sul do Brasil são, também, as melhores opções para atender a demanda de madeira para diversos tipos de uso na região. 2 - IDETIFICAÇÃO DOS IMPACTOS A CADEIA PRODUTIVA

O Brasil possui áreas plantadas com eucaliptos de aproximadamente 3 milhões de ha, produzindo anualmente 150 milhões de metros cúbicos de madeira. Essa produção está concentrada em Minas Gerais (51,8%), São Paulo (19,4%), Região Sul (7,6%), Bahia (7,2%) e outros Estados com 14%. O consumo de madeira em tora pela indústria de celulose e papel cresceu 217% em 20 anos, esse desempenho tem estimulado um novo ciclo de expansão, do setor de base florestal e, consequentemente, da produção de celulose e papel, esta última, para atender a crescente demanda em mercados externos emergentes (ABRAF, 2011). Em relação à demanda de madeira para energia, ela tem sido usada, além da siderurgia, no setor agropecuário, pois essas atividades requerem energia para secagem ou madeira construção de instalações. Assim, devido ao aumento de 107% produtividade das culturas de grãos e da pecuária, de mais de 100% nos últimos 15 anos (IBGE, 2011) aumenta-se procura por madeira em tora e lenha. Para os produtores, o cultivo florestal representa uma alternativa para diversificação da produção e da renda. As árvores produzidas fornecem madeira para construções, energia, combustível. A possibilidade de integração com sistemas de produção como lavouras e pecuária com a floresta, permite uma melhor distribuição da mão de obra na propriedade, redução de custos e, consequentemente, o aumento na renda no estabelecimento rural. Embora os eucaliptos possam servir a diversos fins como: madeira para desdobro, laminação, produção de móveis etc., o Eucalyptus benthamii está sendo plantado visando principalmente à produção de madeira para energia e escoras. O principal impacto da tecnologia, além da tolerância a geadas severas, é a maior produtividade de madeira. Enquanto a produtividade média de espécies alternativas é de 30 m 3 /ha por ano, a produtividade de Eucalyptus benthamii chega a 43 m 3 /ha por ano (Rodigheri et al. 2007) Com relação aos impactos da tecnologia sobre o setor de insumos, produção e transformação, vale salientar que as plantações de Eucalyptus benthamii usam as mesmas técnicas de manejo utilizadas para as demais espécies de eucalipto plantadas na região Sul do país. o entanto, o diferencial da nova tecnologia é a garantia de maior produtividade. Com essa característica, para uma mesma produção de biomassa para energia serão utilizados pelo menos 10% menos de recursos naturais (terra), fertilizantes químicos e formicidas. 3 - AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS ECOÔMICOS 3.1- Avaliação dos Impactos Econômicos : sim ( x ) não ( ) Tipo de Impacto: Incremento de Produtividade Tabela Aa - Ganhos Líquidos Unitários

Ano Unidade de Medida - UM Rendimento Anterior/UM (A) Rendimento Atual/UM (B) Preço Unitário R$/UM (C) Custo Adicional R$/UM (D) Ganho Unitário R$/UM E=[(B-A)xC]-D 2002 30 40 12,00 120,00 2003 30 40 18,00 180,00 2004 30 40 25,00 250,00 2005 30 40 30,00 300,00 2006 30 40 35,00 350,00 2007 30 43 37,00 481,00 2008 30 43 37,80 491,40 2009 30 43 33,00 429,00 2010 ha 30 43 35,00 455,00 2011 30 43 35,00 455,00 Tabela Ba - Benefícios Econômicos na Região Ano Participação da Embrapa % (F) Ganho Líquido Embrapa R$/UM G=(ExF) Área de Adoção: Unidade de Medida-UM Área de Adoção: QuantxUM (H) Benefício Econômico I=(GxH) 2002 70% 84,00 196 16.464,00 2003 70% 126,00 396 49.896,00 2004 70% 175,00 596 104.300,00 2005 70% 210,00 796 167.160,00 2006 70% 245,00 2796 685.020,00 2007 70% 336,70 4.396 1.480.133,20 2008 70% 343,98 7.396 2.544.076,08 2009 70% 300,30 10.000 3.003.000,00 2010 70% 318,50 ha 10.500 3.344.250,00 2011 70% 318,50 11.200 3.567.200,00 3.2.- Análise dos impactos econômicos Os impactos econômicos dessa tecnologia ocorrem, principalmente, na forma de incremento de produtividade. Considerando que essa tecnologia resultou da prospecção e coleta das sementes na Austrália, país de origem e posterior introdução deste material no Brasil, atribuiu-se a participação de 30% ao material original e 70% ao esforço tecnológico desenvolvidos pela Embrapa Florestas. Com relação à comercialização de eucalipto para energia, recebidos pelo produtor na região de Centro-Sul do Paraná e Centro orte de Santa Catarina (onde se concentra o maior número de plantios de Eucalyptus benthamii) os preços variam conforme o diâmetro da madeira e local onde é disponibilizada a matéria-prima, se: em pé (no local do plantio); no carreador (cortado e empilhado na beira do aceiro ou da estrada mais próxima) ou entregue no local consumidor. Os preços utilizados para este estudo foram, em média, de R$ 35,00 em pé. Os preços de matéria prima florestal estão se recuperando após a crise financeira internacional que repercutiu no mercado interno de madeira, este valor foi 5,7%

maior que o praticado em 2009, enquanto que a produtividade estabilizou-se em 43m 3 /ha/ano. A área de adoção, em 2011, foi de 700 ha, totalizando 11.200 ha implantados desde o inicio da disponibilização da tecnologia. A adoção da tecnologia por parte das empresas e dos pequenos e médios proprietários apresentou benefícios econômicos atribuídos a Embrapa Florestas (Tabela Ba) de R$ 3.567.200,00 até 2011. Entretanto, se utilizarmos os valores pagos para outras formas de uso da matéria prima do E. benthamii, como escoras para construção civil, palanques e lenha de maior diâmetro, os benefícios sobem para R$ 4.514.737,50. 3.3. Fonte de dados Tabela 3.3.1 úmero de consultas realizadas por município Produtor Produtor Patronal Municípios Estado Familiar Total Pequeno Médio Grande Comercial Guarapuava PR 3 3 0 1 7 Candói PR 0 1 0 0 1 Concórdia SC 1 0 0 0 1 Total 4 4 0 1 9 Todos os resultados apresentados relativos aos benefícios econômicos, sociais e ambientais foram obtidos por meio de entrevistas com os adotantes da tecnologia. o total foram entrevistados 9 usuários, sendo 4 produtores de base familiar (a maioria associados em cooperativas rurais) e 5 produtores patronais. o caso de produtores patronais (médio, grande e comercial) as informações foram fornecidas por engenheiros, gerentes e técnicos florestais vinculados a cooperativas agrícolas. 4.- AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS SOCIAIS 4.1.- Avaliação dos Impactos A Unidade utilizou a metodologia AMBITEC- Social ( x ) sim ( ) não. 4.1.1.Tabela - Impactos sociais aspecto emprego Capacitação S 0,00 0,00 0,00 Oportunidade de emprego local qualificado S 0,55 0,55 0,55 Oferta de emprego e condição do trabalhador S 0,90 0,50 0,70 Qualidade do emprego S 0,00 0,00 0,00 * Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial ). O cultivo de E. benthamii utiliza as mesmas práticas culturais das demais espécies do gênero. Assim, o uso desta nova tecnologia não agrega qualquer efeito nos componentes sobre a capacitação, oportunidade de emprego qualificado e qualidade do emprego nas propriedades familiares ou nas empresas florestais. Devido à maior produtividade do E. benthamii, ela proporciona aumento de

trabalho local, especialmente nas operações de corte, empilhamento e transporte da madeira nas empresas e nas propriedades familiares. Esses indicadores resultam num coeficiente de alteração positivo e, portanto de 0,90 em propriedades familiares e 0,50 nas empresariais (Tabela 4.1.1). 4.1.2. Tabela - Impactos sociais aspecto renda Geração de Renda do estabelecimento S 3,80 3,80 3,80 Diversidade de fonte de renda S 2,00 2,00 2,00 Valor da propriedade S 2,00 2,00 2,00 * Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial) Quanto à geração de renda no estabelecimento, devido à garantia de maior produtividade do E. benthamii, na escala de ocorrência pontual, a tecnologia proporciona maior segurança nas propriedades familiares e nas patronais com um coeficiente de impacto de 3,80 nas propriedades familiares e nas empresariais. Sobre a diversidade de fontes de renda, também a na escala pontual, o E. benthamii apresenta um impacto social positivo nos indicadores: agropecuária no estabelecimento e oportunidade de trabalho fora do estabelecimento; apresentando um índice de impacto de 2,00, tanto nas propriedades familiares como nas empresariais. Com relação ao valor da propriedade - com a implantação de E. benthamii este indicador apresenta aspectos positivos no volume de receitas, conservação de recursos naturais e conformidade com a legislação, o resultado do coeficiente de impacto é socialmente favorável, apresentando um valor de 2,00 nas propriedades familiares e nas empresariais. 4.1.3. Tabela - Impactos sociais aspecto saúde Saúde ambiental e pessoal S 0,00 0,00 0,00 Segurança e saúde ocupacional S 0,00 0,00 0,00 Segurança alimentar S 0,00 0,00 0,00 * Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial) Conforme os valores apresentados na Tabela 4.1.3, o único componente que apresenta alterações é o que trata de segurança alimentar - na escala de ocorrência local. A nova tecnologia apresenta maior garantia da produção nos grupos avaliados e consequentemente mais renda, assim, indiretamente propiciaria maior quantidade de alimento para os produtores, no entanto, segundo a percepção dos avaliados não impactou positivamente neste indicador. 4.1.4. Tabela - Impactos sociais aspecto gestão e administração Dedicação e perfil do responsável S 0,00 0,00 0,00

Condição de comercialização S 0,30 0,30 0,30 Reciclagem de resíduos S 0,00 0,00 0,00 Relacionamento institucional S 2,00 2,00 2,00 *Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial) o componente, condição de comercialização, em escala de ocorrência pontual, o plantio de E. benthamii, em relação as demais espécies do gênero, apresenta aspectos positivos, principalmente em função da maior garantia de produção e, portanto, na possibilidade de venda direta antecipada/cooperada e processamento local. Resulta assim, num coeficiente de impacto social da inovação tecnológica de positivo de 0,30. Quanto à Reciclagem de resíduos e dedicação e perfil do responsável, a tecnologia não produz efeito, nem para as propriedades familiares e nem para as empresariais, em relação à tecnologia anterior. Ou seja, o E. viminalis. o entanto, no indicador: Relacionamento institucional - o cultivo de E. benthamii, quando comparado com as demais espécies do gênero, apresenta impacto de 2,00 nas propriedades familiares e nas empresariais. 4.2.- Análise dos Resultados Análise agregada tomando por base do índice de impacto gerado pelo AMBITEC Social. Tipo 1 Tipo 2 0,81 0,81 081 O Eucalyptus benthamii, tolerante a geadas severas, é uma espécie com grande potencial para produção de biomassa florestal e para o fortalecimento da agricultura familiar. A área plantada foi significativamente ampliada a partir de 2005 quando os pomares em áreas de produtores, formados com o material original da Embrapa Florestas, passaram a produzir sementes e abastecer os viveiros de produção de mudas florestais, melhorando assim as oportunidades de empregos, tanto para produção de mudas quanto para a colheita da madeira. Conforme os valores apresentados na Tabela 4.2, o valor do índice de impacto da tecnologia também foi significativo nas propriedades patronais, proporcionando maior oportunidade de emprego e relacionamento institucional. Os indicadores que mais se destacaram, nos dois grupos analisados, foram: valor da propriedade, diversidade das fontes de renda, oportunidade de emprego e relacionamento institucional. 4.3.- Impactos sobre o Emprego úmero de empregos gerados ao longo da cadeia: 2,95 Em 2011, o número de empregos diretos proporcionados pela tecnologia foi de 2,95. Estes novos postos de trabalho referem-se à quantidade á demanda, somente, para a execução das operações do corte e empilhamento dos 13 m³ por hectare a mais que o cultivo do E. benthamii proporciona, em relação as demais

espécies de eucalipto plantadas nas regiões estudadas. Este valor é calculado em relação á área total de adoção em 2011, que chegou a 700 ha, e ao número de dias e horas trabalhados durante o ano. ão são contabilizados neste estudo os empregos gerados nos viveiros de produção de mudas, nem nas equipes de empreiteiros encarregados dos plantios. 4.4. Fonte de dados Tabela 4.4.1 úmero de consultas realizadas por município Produtor Produtor Patronal Municípios Estado Familiar Total Pequeno Médio Grande Comercial Guarapuava PR 3 3 0 1 7 Candói PR 0 1 0 0 1 Concórdia SC 1 0 0 0 1 Total 4 4 0 1 9 Todos os resultados apresentados na Tabela 4.4.1 se referem à mesma amostra utilizada para a avaliação dos impactos econômicos e já comentado na Tabela 3.3.1. 5.- AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIETAIS 5.1.- Avaliação dos impactos ambientais A Unidade utilizou a metodologia AMBITEC ( x ) sim ( ) não. 5.1.1.- Alcance da Tecnologia A nova tecnologia visa, principalmente, fornecer matéria prima para a cadeia produtiva do setor de base florestal nas regiões de ocorrência de geadas severas. A Embrapa Florestas é a principal produtora de sementes desta espécie no Brasil. o entanto, por produzir sementes em quantidades insuficientes para atender a demanda, estabeleceu parceria formal com produtores de sementes e mudas, com a intenção de fornecer apoio técnico e trocar informações atualizadas e precisas quanto ao volume de mudas produzidas e da abrangência e localização dos plantios. A área total ocupada com a tecnologia, até 2011, foi de 11.200 hectares (Tabela Ba). O Eucalyptus benthamii não foi testado em áreas livres e/ou com geadas mais amenas. o entanto, existem informações sobre plantios exploratórios na região do Vale do Rio Doce (MG), indicando que ela pode se constituir numa boa alternativa também para outras regiões do Brasil. 5.1.2.- Eficiência Tecnológica Tabela 5.1.2.1 - Eficiência Tecnológica

Uso de agroquímicos/insumos químicos e ou S 0,00 0,00 0,00 materiais Uso de energia S 0,00 0,00 0,00 Uso de recursos naturais S 2,00 2,00 2,00 Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial Devido ao E. benthamii ser mais resistente ao frio, ele apresenta maior crescimento nas regiões de ocorrência de geadas e, consequentemente, maior produtividade que as demais espécies do gênero. Portanto, quanto ao uso de recursos naturais, o E. benthamii requer menos solo para plantio para produzir a mesma quantidade de matéria-prima que as demais espécies, isto reduz a área de plantio, resultando num coeficiente de impacto de eficiência tecnológica positiva de 2,00, tanto para as propriedades familiares, como as empresas florestais. O sistema de produção do Eucalyptus benthamii é semelhante ao usado para as demais espécies de Eucalyptus, a nova tecnologia não provoca alterações quanto ao uso de agroquímicos e de energia quando comparado ao manejo da tecnologia usada antes da adoção. 5.1.3.- Conservação Ambiental Tabela 5.1.3.1 Conservação Ambiental para AMBITEC Agro Atmosfera S 2,00 2,00 2,00 Capacidade produtiva do solo S 3,80 3,80 3,80 Água S 1,00 1,00 1,00 Biodiversidade S 0,70 0,70 0,70 *Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial) Conforme demonstrado na tabela 5.1.3.1, no aspecto de conservação ambiental, o indicador atmosfera apresentou índice de impacto de 2,00 nas propriedades familiares e 2,00 nas empresariais. Este índice deve-se principalmente à capacidade dos plantios diminuírem os efeitos negativos dos gases que provocam o efeito estufa. Quanto à capacidade produtiva do solo, os valores dos índices são de 3,80, também, para os dois tipos de propriedades, devido principalmente aos efeitos positivos quanto à diminuição da erosão. o indicador: biodiversidade, na escala de ocorrência pontual, os plantios de E. benthamii proporcionam o crescimento de sub-bosques, reduzindo a perda de vegetação nativa e aumentando os corredores de fauna, resultando num índice de impacto da inovação tecnológica de 0,70 nos dois tipos de propriedades. Tabela 5.1.3.2 Conservação Ambiental para AMBITEC Agroindústria

Atmosfera Geração de resíduos sólidos Água *Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial) Tabela 5.1.3.3 Conservação Ambiental para AMBITEC Produção Animal Atmosfera Capacidade produtiva do solo Água Biodiversidade *Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial) 5.1.4.- Recuperação Ambiental Tabela 5.1.4.1. - Recuperação Ambiental Recuperação Ambiental S 1,33 1,33 1,33 * Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial Conforme apresentado na Tabela 5.1.4.1, o indicador recuperação ambiental contempla as variáveis: solos degradados, ecossistemas degradados, área de preservação permanente e reserva legal. Devido à garantia de maior produção de biomassa florestal, com a adoção da nova tecnologia, reduz-se a pressão sobre o componente Reserva Legal na escala de ocorrência do entorno, proporcionando um coeficiente de impacto de 1,00 nas propriedades familiares e de 2,40 nas patronais. 5.1.5.- Qualidade do Produto Tabela 5.1.5.1. Qualidade do Produto Tipo 2 (*) Qualidade do produto *Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial 5.1.6.- Capital Social Tabela 5.1.6.1. Capital Social Capital Social *Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial 5.1.7. Bem-estar e saúde do animal

Tabela 5.1.7.1. Bem-estar e saúde do animal Bem-estar e saúde do animal *Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial 5.2.- Índice de Impacto Ambiental Tipo 1 Tipo 2 0,73 1,25 0,99 O plantio de Eucalyptus benthamii, foi avaliado comparando a implantação deste com espécies alternativas e em situações em que o componente florestal não é utilizado no estabelecimento agrícola. O resultado da avaliação com o Ambitec-Agro demonstrou que a tecnologia não apresentou impactos quanto ao uso de agroquímicos e uso de energia. o entanto, em todos os outros indicadores do sistema, a inovação tecnológica proporciona índices de impacto ambiental positivos. Os indicadores que mais se destacam positivamente nas propriedades familiares são: capacidade produtiva do solo e recuperação ambiental, e nas propriedades empresariais são: recuperação ambiental, qualidade da água, atmosfera, biodiversidade e capacidade produtiva do solo. 5.3. Fonte de dados Tabela 5.3.1 úmero de consultas realizadas por município Produtor Produtor Patronal Municípios Estado Familiar Total Pequeno Médio Grande Comercial Guarapuava PR 3 3 0 1 7 Candói PR 0 1 0 0 1 Concórdia SC 1 0 0 0 1 Total 4 4 0 1 9 A coleta dos dados foi obtida por meio de entrevistas com usuários da tecnologia. o total forem entrevistados 9 usuários, sendo 4produtores de base familiar (a maioria associados de cooperativas rurais) e 5 produtores patronais (Tabela 5.3.1) 6 - AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS SOBRE COHECIMETO, CAPACITAÇÃO E POLÍTICO-ISTITUCIOAL 6.1.- Impactos sobre o Conhecimento Tabela 6.1.1. - Impacto sobre o Conhecimento (Sim/ Avaliador 1 Avaliador 2 Avaliador 3

ão) ível de geração de novos conhecimentos S 1 0 1 0,67 Grau de inovação das novas técnicas e métodos S 1 1 0 0,67 gerados ível de intercâmbio de conhecimento S 0 0 1 0,33 Diversidade dos conhecimentos aprendidos S 0 0 1 0,33 Patentes protegidas S 0 0 0 0,00 Artigos técnico-científicos publicados em S 1 3 1 1,33 periódicos indexados Teses desenvolvidas a partir da tecnologia S 1 1 1 1,00 Escala: Muito negativo (-3): redução de mais de 75%; egativo (-1): redução de mais de 25% e menos de 75%; Sem mudança (0): sem alteração ou alterações que representam reduções ou aumentos menos de 25%; Positivo (1): aumento de mais de 25% e menos de 75%; Muito positivo (3): aumento de mais de 75%. Apesar do E. benthamii apresentar impacto positivo em relação ao aumento de produtividade, as práticas silviculturais são as mesmas utilizadas no cultivo das demais espécies de eucalipto. o entanto, a espécie apresenta algumas características diferenciadas e na opinião dos participantes dessa avaliação a nova tecnologia apresenta impactos muito relevantes sobre o avanço do conhecimento, onde se destacam indicadores como: nível de geração de novos conhecimentos, nível de intercâmbio de conhecimento e na diversidade dos conhecimentos aprendidos. 6.2.- Impactos sobre Capacitação Tabela 6.2.1 - Impacto sobre Capacitação (Sim/ ão) Avaliador 1 Avaliador 2 Avaliador 3 Capacidade de se relacionar com o ambiente externo S 1 3 1 2,33 Capacidade de formar redes e de estabelecer parcerias S 1 1 3 2,33 Capacidade de compartilhar equipamentos e S 1 0 1 0,67 instalações Capacidade de socializar o conhecimento gerado S 1 1 1 1,00 Capacidade de trocar informações e dados S 1 1 1 1,00 codificados Capacitação da equipe técnica S 1 1 1 1,00 Capacitação de pessoas externas S 1 1 1 1,00 Escala: Muito negativo (-3): redução de mais de 75%; egativo (-1): redução de mais de 25% e menos de 75%; Sem mudança (0): sem alteração ou alterações que representam reduções ou aumentos menos de 25%; Positivo (1): aumento de mais de 25% e menos de 75%; Muito positivo (3): aumento de mais de 75%. 6.3. - Impactos Político-institucional Tabela 6.3.1 - Impacto Político-institucional (Sim/ ão) Avaliador 1 Avaliador 2 Avaliador 3 Mudanças organizacionais e no marco institucional S 0 1 0 0,33 Mudanças na orientação de políticas públicas S 0 0 0 0,00 Relações de cooperação público-privada S 3 3 3 3,00

Melhora da imagem da instituição S 1 3 3 2,33 Capacidade de captar recursos S 1 1 1 1,00 Multifuncionalidade e interdisciplinaridade das S 0 1 1 0,67 equipes Adoção de novos métodos de gestão e de qualidade S 0 1 0 0,33 Escala: Muito negativo (-3): redução de mais de 75%; egativo (-1): redução de mais de 25% e menos de 75%; Sem mudança (0): sem alteração ou alterações que representam reduções ou aumentos menos de 25%; Positivo (1): aumento de mais de 25% e menos de 75%; Muito positivo (3): aumento de mais de 75%. a análise agregada dos impactos sobre o conhecimento, capacitação e político-institucional, constata-se que a tecnologia proporciona impactos positivos; embora que alguns indicadores não apresentaram mudanças. A inovação tecnológica estudada tem potencial elevado de demanda. Devido à expansão da área plantada, mais produtores familiares ou patronais passam a conhecer e utilizar a matéria-prima originada de E. benthamii, fatores que proporciona maior adoção desta tecnologia e consequentemente reconhecimento institucional. 6.4. Análise Agregada dos Impactos sobre o Conhecimento, Capacitação e Político-institucionais Além de o Eucalyptus benthamii ser tolerante a geadas severas, trata-se de uma espécie com potencial de fortalecimento da agricultura familiar. Esta espécie proporciona mais volume de madeira, principalmente para energia e uso em construções civis na propriedade. A maior evidência dos impactos positivos da tecnologia é o reconhecimento demonstrado pelos produtores e pela comunidade ligada ao setor florestal que a Unidade é uma referência quanto às tecnologias referentes a esta espécie A tecnologia apresenta impactos ambientais, econômicos, sociais e sobre o conhecimento, capacitação e político institucional favoráveis, portanto, é recomendada para transferência. 6.5. Fonte de dados Além dos usuários pesquisados, essa avaliação tem como base as informações prestadas pelo responsável pelas avaliações de impacto da Embrapa Florestas, um técnico florestal responsável pelo SAC da Embrapa Florestas e pelos pesquisadores que contribuíram pela geração de difusão da tecnologia. 7.- AVALIAÇÃO ITEGRADA E COMPARATIVA DOS IMPACTOS GERADOS O Eucalyptus benthamii, tolerante a geadas severas, trata-se de uma espécie com grande potencial para produção de biomassa florestal e para o fortalecimento da agricultura familiar. A área plantada foi significativamente ampliada a partir de 2005 quando os pomares em áreas de produtores, formados com o material original da Embrapa Florestas, passaram a produzir sementes e abastecer os viveiros de

produção de mudas florestais melhorando as oportunidades de empregos tanto para produção de mudas quanto para a colheita da madeira. As avaliações realizadas por meio do aplicativo Ambitec-social demonstraram que os indicadores que mais se destacaram, foram; valor da propriedade, diversidade das fontes de renda e oportunidade de emprego. Esta espécie tem demonstrado enorme potencial para agregação de valor á produção de pequenos produtores rurais, bem como, excelente alternativa para as cooperativas agrícolas de regiões frias, que tem 100% da sua energia para secagem de grãos baseada na biomassa florestal, especialmente na lenha de eucalipto. Para o plantio de uma mesma área, a nova tecnologia (com maior produtividade) demanda mais mão-de-obra na colheita (corte e desdobro) além de transporte para a distribuição da madeira. Assim, quanto à oferta de emprego e condição do trabalhador, devido à maior produtividade desta espécie, ela proporcionou, neste último ano, a abertura de 2,95 empregos diretos, especialmente nas operações de corte, empilhamento e transporte da madeira. Quanto à geração de renda no estabelecimento, devido à garantia de maior produtividade do Eucalyptus benthamii, a tecnologia proporciona maior segurança de rendimentos nos estabelecimentos rurais. Os produtores estão utilizando o Eucalyptus benthamii em plantios puros ou em sistemas integrados com lavora e pecuária. Ao realizar o manejo de um dos componentes do sistema, os demais também são afetados, ou seja, os sistemas florestal e agropecuário estão relacionados, pois devido a realização de práticas de manejo como poda, por exemplo, a luminosidade do sistema é modificada, em consequência é alterada a disponibilidade e qualidade de forragem produzida e, ainda, menor concentração de geada nas proximidades da linha das árvores, maior retenção de umidade, menos vento e ocorrência benéfica de sombra para os animais em dias quentes. Estas interações entre os componentes do sistema proporcionaram um ganho em termos de gestão, que se reflete na organização de toda propriedade e, como consequência, também em sua renda mensal. Citamos como exemplo um produtor rural, do Sul do Paraná, que auferiu um aumento significativo da sua renda anual, modificando, para melhor sua qualidade de vida. Quanto à demanda por madeira para energia em para secagem de grãos no Sul do Brasil, ela é alta e a oferta é deficiente. Embora a maioria as cooperativas possuam algum tipo de fomento florestal, muitas tem enfrentado problemas passíveis de soluções tecnológicas, mais ou menos simples, mas que, no entanto, as impede de alcançar uma produção condizente com as próprias demandas. Assim, a tecnologia hora avaliada proporciona uma forma de superar estes problemas para empresas e cooperativas agrícolas e ainda proporciona alternativas aos produtores para além de suprir as necessidade de seus estabelecimentos rurais podem 8. CUSTOS DA TECOLOGIA 8.1 - Estimativa dos Custos

Tabela 8.1.1. Estimativa dos custos Ano Custos de Pessoal Custeio de Pesquisa Depreciação de Capital Custos de Administração Custos de Transferência Tecnológica Total 1986 7.915,94 947,16 860,45 483,98 10.207,53 1987 8.332,56 997,01 905,74 509,45 10.744,76 1988 8.771,12 1.049,48 961,00 536,25 11.317,85 1989 9.232,76 1.104,72 1.051,58 552,85 11.941,91 1990 9.718,69 1.162,86 902,20 569,95 12.353,70 1991 10.230,20 1.198,82 930,10 587,58 12.946,70 1992 10.768,63 1.235,90 958,86 618,51 13.581,90 1993 11.395,38 1.274,12 988,52 651,05 14.309,07 1994 11.421,98 1.313,53 1.027,98 685,32 14.448,81 1995 12.023,13 1.322,54 1.082,08 721,39 15.149,14 1996 12.722,84 1.399,52 1.145,06 763,37 16.030,79 1997 13.463,38 1.480,97 1.211,70 807,80 16.963,85 1998 14.136,55 1.555,02 1.272,29 848,19 17.812,05 1999 14.914,06 1.640,55 1.342,27 894,84 794,30 19.586,02 2000 4.971,36 546,85 447,42 298,28 248,57 6.512,48 2001 5.468,78 601,57 492,19 328,13 273,44 7.164,11 2002 6.125,24 367,51 551,27 367,51 487,27 7.898,80 2003 6.492,75 389,57 584,35 389,57 584,35 8.440,59 2004 7.252,40 797,76 652,72 435,14 652,72 9.790,74 2005 7.832,59 861,58 704,93 469,96 704,93 10.573,99 2006 8.498,36 934,82 764,85 509,90 594,89 11.302,82 2007 9.050,75 995,58 814,57 543,05 633,55 12.037,50 2008 9.548,55 1.050,34 859,37 572,91 327,68 12.358,85 2009 10.121,46 1.113,36 910,93 607,28 732,15 13.485,18 2010 10.617,41 1.167,91 955,57 637,04 768,03 14.145,96 2011 6.800,45 747,44 611,98 408,25 460,82 9.028,94 8.2 - Análise dos Custos A estimativa dos custos da geração e da transferência da tecnologia foi realizada conforme segue: a) Custo de Pessoal - formado pela remuneração bruta mais os encargos sociais de dois pesquisadores com 60% do tempo na geração e transferência da tecnologia. essa tecnologia houve a participação de um Técnico Florestal com o mesmo tempo de dedicação dos pesquisadores. Para efeito de cálculo do custo de pessoal considerou-se que cada técnico representa 0,5 Equivalente-Pesquisador (EP), totalizando 1 EP e, assim, essa tecnologia contou com a participação de 1,5 equivalente pesquisadores com 60% da dedicação. o presente estudo remunerou-se a participação do pesquisador na Geração (5% do tempo) e 5% na Transferência da tecnologia.

b) Custeio da Pesquisa - estimada com base nos custos dos projetos/subprojetos realizados no período da geração e transferência da tecnologia. c) Depreciação de Capital - calculada a partir do custo de depreciação total da Embrapa Florestas, dividido pelo número de pesquisadores, multiplicado por 1,5 pesquisadores e 60% respectiva participação na tecnologia. este caso dividiu-se pelo número de pesquisadores e 5% do valor que foi o tempo de dedicação do pesquisador nessa tecnologia. d) Custo da Administração - Também resulta do custo anual da administração dividida pelo número de pesquisadores e a participação de 60% do tempo dos 1,5 Equivalentes Pesquisadores envolvidos na tecnologia. A defasagem de tempo entre a geração da tecnologia (ano de 1992) e o início da adoção (ano de 1999) refere-se ao período demandado desde o plantio e o início da produção de sementes dos povoamentos implantados no Brasil, em 1999. A partir de 1999, os custos da transferência tecnológica se referem, às atividades de dias de campo, palestras e assessoria técnica a produtores. 9 AÁLISE BEEFICIO/CUSTO Várias tabelas de fluxos de caixa foram preparadas para fins de avaliação econômica desta tecnologia. Os métodos utilizados para a análise foram, Índice Beneficio Custo (B/C); Valor Presente Líquido (VLP) e Taxa Interna de Retorno (TIR), a qual foi calculada também em simulações quanto à sensibilidade a custos e a benefícios. A análise do Beneficio/Custo ex post, foi realizada por meio de um método que calcula o quociente entre o valor presente das receitas e o valor presente dos custos. Este cálculo nos apresenta um índice que relaciona os benefícios aos custos e, indica quantas unidades de capital recebido como benefício são obtidos para cada unidade de capital investido. Conforme preconiza o método, são aceitos como viáveis economicamente todos os investimentos ou projetos que apresentarem relação B/C maior do que um (1). o caso da tecnologia hora avaliada, Eucalyptus benthamii - tolerante a geadas severas, o índice B/C foi 10,15, ou seja, para cada R$1,00 investido o retorno foi de R$10,15. Portanto apresenta uma relação benefício custo amplamente vantajosa, auferindo retorno satisfatório economicamente. Quanto ao VPL, ele nos indica o valor da produção em termos atuais, considerando uma taxa de juros. O VPL mede o valor absoluto de um investimento particular e, portanto dá uma indicação do acréscimo de lucro. É considerado viável economicamente todo investimento que apresente VPL maior ou igual a zero e a atividade será tanto mais interessante quanto maior for o seu VPL

A tecnologia avaliada apresentou VLP com valores de R$5.630.000,00; R$3.532.000,00; R$2.228.000,00; R$1.412.000,00; R$896.000,00; R$568.000,00; R$357.000,00 e R$222.000,00, para as taxas de 4%, 6%; 8%; 10%; 12%, 14%;16% e 18% respectivamente. Portanto, em todos os casos, economicamente desejável. Observa-se ainda, que os aumentos na taxa de desconto afetam significativamente o VPL, indicando que quanto menor a taxa utilizada maior será o impacto econômico da tecnologia. A avaliação da TIR nos mostra a taxa de desconto que faz com que o valor atualizado dos benefícios seja igual ao valor atualizado dos custos. A tecnologia será economicamente viável se a TIR for maior do que o retorno exigido. Caso contrário, a menos que tenha impactos sociais e ambientais positivos que compensem o investimento ela deve ser rejeitada. o caso da tecnologia avaliada, a TIR foi de 28,1, portanto, apresentando impacto econômico positivo. A técnica de análise de sensibilidade é muito utilizada, para estudar as variações possíveis em projetos de investimento agrícolas. Esta variação ocorre em função dos riscos e das incertezas a que estão submetidos a produção e a comercialização rural. o cálculo da análise de sensibilidade da TIR, considerando as simulações de alterações positivas nos custos em 5%, 10%, 15%, 20% e 25%, demonstraram para todas as taxas, valores crescentes proporcionando um aumento de até 1,8% na TIR para a taxa de juro de 25%. Quanto à alteração negativa, a TIR também se manteve positiva indicando que o projeto ainda se mantém economicamente viável nestas condições. A análise de sensibilidade nos permitiu também avaliar mudanças nos resultados, decorrentes de possíveis alterações nos coeficientes dos benefícios, alterações nos custos e, nos custos e benefícios simultaneamente. Todos os indicadores, em todas as simulações, apresentam-se viáveis economicamente em limites bem superiores aos recomendados em estudos semelhantes. Desta forma, por meio da simulação, foi possível verificar a plena viabilidade da tecnologia E. benthamii resistente à geadas severas. Para o estudo econômico da tecnologia exposta, conclui-se que os indicadores apresentados comprovam que o impacto econômico desta tecnologia é positivo demonstrando em todos os indicadores que o retorno sobre o capital investido é muito superior aos gastos realizados com desenvolvimento e transferência. 10 AÇÕES SOCIAIS Tabela 9.1. Ações Sociais Tipo de ação X Ações de filantropia Agricultura familiar Apoio Comunitário Comunidades Indígenas Educação e formação profissional externa Educação e formação profissional interna

Meio ambiente e educação ambiental Participação no programa Fome Zero Reforma Agrária Saúde, segurança e medicina do trabalho Segurança Alimentar Essa tecnologia tem potencial para o fortalecimento da agricultura familiar nas regiões de ocorrência de geadas severas. A espécie apresenta características que estimulam o agricultor a inserir o componente florestal em sua propriedade, pois é uma importante alternativa para agregação de renda e opção de uso em construções civis na propriedade. 10 - BIBLIOGRAFIA AUÁRIO ESTATÍSTICO DA ABRAF 2010: ano base 2009. Brasília, DF: Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas, 2010. 140 p. HIGA, A.R.; CARVALHO, P.E.R. Sobrevivência e crescimento de doze espécies de eucalipto em Dois Vizinhos, Paraná. In: COGRESSO FLORESTAL BRASILEIRO, 6., 1990, Campos do Jordão. Anais. São Paulo: Sociedade Brasileira de Silvicultura/ Sociedade Brasileira de Engenheiros Florestais, 1990. v.3, p.459-462. RODIGHERI, H. R.; SILVA, H. D. da; TUSSOLII, E. L. de custos, produtividade e renda de plantios de eucaliptos para energia na região de Guarapuava, PR: Colombo: Embrapa Florestas, 2007. 7 p. (Embrapa Florestas. Comunicado Técnico, 179). 11- EQUIPE RESPOSÁVEL Joel F. Penteado Junior (Avaliação dos Impactos), Edelberto Gebauer - (Técnico Florestal - SAC Embrapa Florestas) e Helton Damin da Silva (Pesquisador). Participaram no fornecimento de informações para as avaliações dos impactos econômicos, sociais e ambientais os seguintes profissionais: Coordenador florestal de cooperativa de produtores rurais; Técnico florestal de cooperativa de produtores rurais; Sócio gerente e técnico de empresa de planejamento e plantios florestais; Técnicos de empresas que plantaram e plantam E. benthamii para energia, Produtores empresariais (patronais) e Produtores familiares.