MAUS TRATOS NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA



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Transcrição:

MAUS TRATOS NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA Gabriela Azevedo Marques da Cunha ¹ Selma Dantas Teixeira Sabra ² É uma problemática complexa que envolve na sua etiologia vários fatores individuais, sociais, culturais e ambientais, sendo necessária à observação desse fenômeno por uma perspectiva multidimensional. O Ministério da Saúde destaca que a prevalência significativa da violência intrafamiliar constitui sério problema de saúde, sendo um grave obstáculo para o desenvolvimento social e econômico e uma flagrante violação aos direitos humanos. Em relação aos maus-tratos contra a criança, a complexidade é ainda maior na medida em que envolve a quebra de um relacionamento de confiança, responsabilidade e afeto. Fazendo uma análise histórica sobre maus tratos, verificamos que nos compêndios de história, os registros demonstram que no antigo e primitivo direito romano o poder de punição doméstica era absoluto, não observando qualquer regra de proporcionalidade e contraditório. Só com a Constituição de 1988 que finalmente se assegurou às crianças e aos adolescentes, a efetividade de seus direitos, trazendo à condição de titulares de interesses juridicamente tuteláveis, e, dessa forma, garantindo amparo aos seus interesses e necessidades, de forma prioritária. Em 1990 foi sancionada uma lei, lei 8069,denominada: Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, que teve um marco importante sobre a proteção integral da criança e do adolescente. Determina que é dever de todos, zelar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor, inaugurando uma nova fase na história das ações afirmativas em favor das crianças e adolescentes. Assim, visando uma atuação mais eficaz do mesmo e o conseqüente combate aos maus tratos na infância e na adolescência, é necessária a participação de todos nós, bem como os atores processuais, além do fortalecimento da família, com apoio dos educadores e profissionais da área da saúde. Lembremo-nos também da prática constante no meio escolar de bullying, ato que vem cada vez mais se intensificando no meio escolar e que pode ter conseqüências graves, sendo, portanto de grande importância à discussão deste tema nas escolas para tornar melhor o ambiente para nossas crianças e adolescentes. O trabalho tem como objetivo, analisar através de um estudo exploratório, a incidência de maus tratos na infância e na adolescência, enfatizando a violência intrafamiliar e o bullying, em um CIEP do município de Duque de Caxias, bem como avaliar as ações, programas e atuações dos órgãos dos diversos sistemas que integram o sistema integral de proteção à criança e ao adolescente, a fim de ¹ Discente do Curso de Medicina, UNIGRANRIO ² Docente da Escola de Ciências da Saúde, UNIGRANRIO

propor estratégias e colaborar, criando parcerias UNIGRANRIO/Secretaria de Educação/Secretaria de Saúde/ Secretaria de Ação Social, no combate à essas práticas. Metodologia: Distribuídos questionários aleatoriamente a alunos de 06 a 18 anos, da 3ª série do ensino fundamental ao 2º ano do ensino médio, primeiramente ao final de 2009 e depois em 2010 para se obter uma amostra maior e reajustar os questionários devido a algumas respostas dúbias ou inconclusivas anteriormente. Os mesmos foram analisados e através de uma pesquisa bibliográfica, procurou-se correlacionar os dados para obter uma casuística para uma avaliação final. Resultados: em relação aos maus tratos intrafamiliar foram respondidos 188 questionários. (FIGURA 01) SEXO 46% 54% Feminino Masculino (FIGURA 02)

Já apanhou de alguém com quem mora? 38% 62% (FIGURA 03) Destes que apanharam, 54% são do sexo feminino; 45% moram com pai, mãe e irmãos; 43% tem idade variando entre 06 e 13 anos; 57% idade entre 14 e 18 anos.ÿ Acha que mereceu apanhar? 10% 90% (FIGURA 04) Dos que dizem não mereceram apanhar, mais de 60 % acham que não possuem uma infância/adolescência feliz; e destes, 78% relatam que para terem uma infância/adolescência mais feliz, necessitam de amor, carinho e respeito dos pais. Apesar disso, 100%, relatam que os pais e/ou responsáveis os incentivam a ir ao colégio e estudar e os ajudam quando estão doentes, com fome, frio ou calor. Em relação ao bullying, foram respondidos 181 questionários.

SEXO 47% 53% Feminino Masculino (FIGURA 05) Envolvidos diretamente com Bullying 39,8% 60,2% (FIGURA 06) 35% são autores, sendo a maioria do sexo masculino (74%). 48% são alvos, notando-se um equilíbrio entre os sexos. Destes 47% também são autores dessa prática. Já entre os que nunca foram vítimas, a porcentagem de autores aumenta, chegando a 68%. 35% são autores, sendo a maioria do sexo masculino (74%). 48% são alvos, notando-se um equilíbrio entre os sexos. Destes 47% também são autores dessa prática. Já entre os que nunca foram vítimas, a porcentagem de autores aumenta, chegando a 68%. Resultados: confrontando os dados de bullying com a pesquisa de 2002 da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência, na qual 40.5% dos estudantes entrevistados no Rio de Janeiro, na maioria meninos, admitiram estar envolvidos com bullying, nota-se que em nossa amostra a maior freqüência também é de meninos e que ela supera a pesquisa

da ABRAPIA, refletindo a constância dessa prática e a importância da orientação e discussão deste tema nas escolas. Além disso, o ECA significou um marco de proteção integral na saúde escolar das crianças e dos adolescentes e é de extrema importância que seja difundido no meio escolar como meio de prevenção aos maus tratos. Apresentação de tema livre oral (Avaliação de bullying em um CIEP da baixada e Avaliação de maus tratos em um CIEP da baixada) na 1ª mostra científica UFF, na X Jornada de Medicina da Unigranrio e no Seminário de Iniciação Científica 2010. Apresentação de pôster (Avaliação de maus tratos em um CIEP da baixada) no I Congresso Brasileiro de Residentes em Pediatria em outubro 2010, com conseqüente premiação do trabalho e convite da sociedade brasileira de pediatria para se escrever um artigo para o jornal de pediatria. Elaborado um artigo sobre o trabalho, enviado para concorrer ao prêmio Pedro Ernesto do HUPE e em ajustes finais para ser enviado a revista rede de cuidados em saúde para divulgação do mesmo. Além de futura inscrição do trabalhão para apresentação oral no I Encontro de Temas Livres das Ligas de Medicina do Rio de Janeiro. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Azevedo, M. A ; Guerra, M. N. A. ; Um cenário em (des) construção. São Paulo: Cap. 1,Lacri/Ipusp. Disponível em: <http://www.unicef.org/brazil/pt/cap_01.pdf> Acessado em maio/2010. Lorenzi, G. W.; Uma Breve História dos Direitos da Criança e do Adolescente no Brasil. Disponível em:<http://www.promenino.org.br/ferramentas/direitosdascriancaseadolescentes/tabid/77/conteu doid/70d9fa8f-1d6c-4d8d-bb69-37d17278024b/default.aspx> Acessado em maio/2010. O que todos precisam saber sobre bullying. Disponível em: < http://www.observatoriodainfancia.com.br/rubrique.php3?id_rubrique=19> Acessado em junho/2010.