A nova ABNT NBR 12655 e o Controle Tecnológico do Concreto



Documentos relacionados
ABNT NBR :2015 Concreto de cimento Portland Preparo, controle, recebimento e aceitação Procedimento

UFBA-ESCOLA POLITÉCNICA-DCTM DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS SETOR DE MATERIAIS ROTEIRO DE AULAS

CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO

Concreto: O que utilizar nas diversas Tipologias?

Universidade Federal de Itajubá Instituto de Recursos Naturais DOSAGEM DO CONCRETO EHD 804 MÉTODOS DE CONSTRUÇÃO. Profa.

Direitos e Deveres. Belo Horizonte, 16 de Setembro de Eng. Flávio Renato P. Capuruço

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO II TECNOLOGIA DA ARGAMASSA E DO CONCRETO

Aquário do Pantanal Campo Grande -MS. Concreto autoadensável x concreto convencional. Sandra Regina Bertocini

MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT

Tal questão apresenta resposta que deve abranger pelo menos três aspectos distintos, a saber:

Aula de Laboratório de Materiais de Construção Civil

Dosagem dos Concretos de Cimento Portland

Faculdade de Tecnologia e Ciências Curso de Engenharia Civil Materiais de Construção Civil II. Dosagem de concreto. Prof.ª: Rebeca Bastos Silva

VIABILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICA DA ALVENARIA ESTRUTURAL COM BLOCOS DE CONCRETO

PROCEDIMENTOS RECOMENDADOS DA QUALIDADE DE CONCRETO DE CIMENTO PORTLAND

MÓDULO 2 PROPRIEDADES E DOSAGEM DO CONCRETO

ARGAMASSAS E CONCRETOS CONCRETOS

DOSAGEM E CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO

TRAÇOS DE CONCRETO PARA OBRAS DE PEQUENO PORTE

Dosagem de Concreto INTRODUÇÃO OBJETIVO. Materiais Naturais e Artificiais

Cimento Portland branco

CONTROLE TECNOLÓGICO

Influence of coarse aggregate shape factoc on concrete compressive strength

Avanços na revisão da norma ABNT NBR 5410

Tubos de Concreto. Tubos de concreto com fibras para águas pluviais e esgoto. Antonio D. de Figueiredo

3 Programa Experimental

ESTUDO DE CARACTERÍSTICA FÍSICA E MECÂNICA DO CONCRETO PELO EFEITO DE VÁRIOS TIPOS DE CURA

Tecnologia da Construção I CRÉDITOS: 4 (T2-P2)

ASPECTOS JURÍDICOS DA NORMA APLICADOS À INDÚSTRIA DE ESQUADRIAS

Definição. laje. pilar. viga

PRÉ-DIMENSIONAMENTO DA ESTRUTURA

CONCRETO COM CIMENTO PORTLAND O SEGUNDO MATERIAL MAIS CONSUMIDO NO MUNDO

CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO MCC2001 AULA 6 (parte 1)

3. Programa Experimental

CONCRETO DO PREPARO À CURA CONTROLE TECNOLÓGICO

Conteúdo Programático

Carlos Britez¹ Jéssika Pacheco¹ Paulo Helene¹ Suely Bueno²

AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DO CONCRETO ATRAVÉS DA VELOCIDADE DE PROPAGAÇÃO DA ONDA ULTRA-SÔNICA

Materiais de Construção II ( TC-031) DOSAGEM DE CONCRETOS

Engenheiro Civil UFBA Administrador de Empresas UCSAL MBA Gestão de Negócios UNIFACS

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO II TECNOLOGIA DA ARGAMASSA E DO CONCRETO

Propriedades do Concreto

DOSAGEM DE CONCRETO AUTO- ADENSÁVEL PARA APLICAÇÃO EM PAREDES DE CONCRETO MOLDADAS NA OBRA

Realização: Especificação, aplicação e controle do concreto para assegurar o desempenho de estruturas e fundações.

Propriedades do Concreto

AULA INTRODUTÓRIA Gerson Moacyr Sisniegas Alva

Materiais e Processos Construtivos. Materiais e Processos Construtivos. Concreto. Frank Cabral de Freitas Amaral 1º º Ten.-Eng.º.

Módulo de Elasticidade do Concreto Como Analisar e Especificar. Enga. Inês Laranjeira da Silva Battagin Superintendente do ABNT/CB-18

Portaria nº. 220, de 29 de abril de 2013.

CONCRETO SUSTENTÁVEL: SUBSTITUIÇÃO DA AREIA NATURAL POR PÓ DE BRITA PARA CONFECÇÃO DE CONCRETO SIMPLES

Mesa Redonda Módulo de Elasticidade, influências diretas sobre a estrutura pré-moldada

ABNT NBR12655 Preparo, Controle, Recebimento e Aceitação do Concreto e sua interação com a

IV Seminário de Iniciação Científica 372

CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO. O Concreto de 125 MPa do

CONSUMO DE CIMENTO EM CONCRETOS DE CIMENTO PORTLAND: A INFLUÊNCIA DA MASSA ESPECÍFICA DOS AGREGADOS

21/08/2012. Disciplina: Materiais de Construção II DOSAGEM

NBR 7480/1996. Barras e fios de aço destinados a armaduras para concreto armado

ANÁLISE DO DIAGRAMA DE DOSAGEM DE CONCRETO OBTIDO ATRAVÉS DOS CORPOS-DE-PROVA MOLDADOS EM OBRA

Especificação de Disjuntores Segundo a ABNT

ÁGUA PARA CONCRETOS. Norma alemã - DIN EN 1008 Edição

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DISTRIBUIÇÃO

TRABALHO PRÁTICO. Objetivo: acompanhamento da execução de uma obra de um edifício.

Pavimento Rígido. Características e Execução de Pavimento de Concreto Simples (Não-Armado) Rodrigo Otávio Ribeiro (INFRA-01)

Novas Tecnologias em Cimentos para Construção e Reparos de Pisos Industriais

CHRONOS RESIDENCIAL CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO:

Indústria da Construção Civil

Pavimentação - sub-base de concreto de cimento Portland adensado por vibração

CONE CONCÊNTRICO E ANEL DE CONCRETO PARA POÇOS DE VISITA E DE INSPEÇÃO

Mais de 30 anos de atuação no mercado Fusão empresas Tricury / Incosul Abertura de Capital na Bovespa

CONTROLE. CONSTRUÇÃO CIVIL resistência do concreto TRANSPORTE ENGENHARIA ENGENHARIA PÉRICLES BRASILIENSE FUSCO*

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO II TECNOLOGIA DA ARGAMASSA E DO CONCRETO

FAQ - Frequently Asked Questions (Perguntas Frequentes)

SOLIDIFICAÇÃO/ESTABILIZAÇÃO DE LODO GALVÂNICO EM BLOCOS DE CONCRETO PARA PAVIMENTAÇÃO (PAVERS)

ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP DEPARTAMENTO DE

Informativo técnico SIO2

Dosagem de concreto. Prof. M.Sc. Ricardo Ferreira

TENDÊNCIA DA INDUSTRIALIZAÇÃO DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

Concreto de Cimento Portland

PANTHEON - ROMA. Construído em d.c. (1887 anos atrás) Cúpula de toneladas Altura e o diâmetro do interior do Óculo é de 43,3 metros.

VIDA ÚTIL DE PROJETO COMO PREMISSA PARA O DESEMPENHO DE EDIFICAÇÕES HABITACIONAIS ABNT NBR 15575/2013 EDIFICAÇÕES HABITACIONAIS - DESEMPENHO

f ck Resumo Conceituação Análise dos resultados (NBR ) Critérios para tomada de decisão a partir da análise dos resultados

CURSO TÉCNICO DE EDIFICAÇÕES. Disciplina: Projeto de Estruturas. Aula 7

Proteção contra sobrecorrentes e dimensionamento dos condutores

Art. 1º Dar nova redação aos art. 4º e 5º da Portaria Inmetro n.º 105/2012, que passarão a vigorar com a seguinte redação:

PAREDES DE CONCRETO. Engº Arcindo Vaquero y Mayor

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS SETOR DE MATERIAIS

PROCEDIMENTOS TÉCNICOS DE OBRAS. Eng o Civil Octavio Galvão Neto

Portaria n.º 5, de 8 de janeiro de 2013.

Gestão de Processos Produtivos e Qualidade GESTÃO DE PROCESSOS PRODUTIVOS E QUALIDADE. 8º aula

FICHA TÉCNICA - MASSA LEVE -

Leia estas instruções:

Doutorando do Departamento de Construção Civil PCC/USP, São Paulo, SP 2

A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO

Capítulo 4 ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS EM CONCRETO ARMADO

MANUAL DE ENGENHARIA

IMPORTÂNCIA DA CURA NO DESEMPENHO DAS ARGAMASSAS IMPORTÂNCIA DA CURA NO DESEMPENHO DAS ARGAMASSAS

DOSAGEM DE CONCRETO DEFINIÇÕES FUNDAMENTAIS. Professora: Mayara Custódio

FATEC - SP Faculdade de Tecnologia de São Paulo

COMPORTAMENTO DE BLOCOS DE CONCRETO PRODUZIDOS COM ESCÓRIA DE ACIARIA PARA ALVENARIAS

Portaria n.º 5, de 8 de janeiro de 2013.

Transcrição:

A nova ABNT NBR 12655 e o Controle Tecnológico do Concreto Dr. Carlos Britez Prof. Paulo Helene PhD Engenharia 11/08/2015 Criciúma - SC Atividade profissional regida por normas técnicas: de PROJETO de MATERIAIS de EXECUÇÃO de CONTROLE de OPERAÇÃO & MANUTENÇÃO e, Complementares (NR4; NR 6; NR9; NR18 do MT, PMs) que têm força de lei por conta do CDC 1

A Lei 8.078, mais conhecida como Código de Defesa do Consumidor, diz em seu capítulo V, seção IV, artigo 39, inciso VIII: É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas, colocar no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro). Quanto à questão da responsabilidade, o Código de Defesa do Consumidor CDC, estabelece no Capítulo IV, artigo 12: O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos. no artigo 23: A ignorância do fornecedor sobre os vícios de qualidade por inadequação dos produtos e serviços não o exime de responsabilidade. 2ª Edição/2006 e 3ª Edição/2015 ABNT NBR 12655:2006 Concreto de cimento Portland Preparo, controle e recebimento - Procedimento ABNT NBR 12655:2015 Concreto de cimento Portland Preparo, controle, recebimento e aceitação - Procedimento cancelamento e substituição da ABNT NBR 12654:1992 ABNT NBR 12655:2015 Coordenador: Prof. Dr. Claudio Sbrighi Neto Secretário: Dr. Carlos Amado Britez Vínculo: CB 18 (CE 18:300.01) Reuniões realizadas: 6 (seis)* Participação da sociedade (P, C, N) Aberto ao público Periodicidade: março/2013 a fevereiro/2014 Profissionais / Empresas e Entidades: 53 / 36 Consulta Nacional : julho/2014 a setembro/2014 Número de votos: 31 Compatibilização geral e de termos e definições (41) Normas correlatas: 30 2

Termos e definições 3.41 recebimento do concreto: verificação da conformidade das propriedades especificadas para o estado fresco, efetuada durante a descarga da betoneira e, no caso do concreto dosado em central, abrange também a aprovação da documentação correspondente ao pedido do concreto 3.42 aceitação do concreto: verificação do atendimento a todos os requisitos especificados para o concreto Escopo Estabelece os requisitos para: Interação entre os intervenientes a) propriedades do concreto fresco e endurecido e suas verificações; b) composição, preparo e controle do concreto; c) recebimento e aceitação do concreto. Se aplica a: concretos normais, pesados e leves. projetista estrutural serviços de construtora tecnologista concretagem (execução) (consultor) laboratório (controle) não se aplica a: concreto massa, concretos aerados, espumosos e com estrutura aberta (sem finos). atribuições de incumbências bem definidas 3

aplicando a norma Ponderação o que estamos realmente buscando quando aplicamos essa norma, juntamente com outras correlatas, num programa de qualidade em um empreendimento (obra) que envolve o material concreto armado em sua estrutura? Requisitos dos materiais componentes Segurança e Vida útil! 4

Durabilidade (classe de agressividade) RAA: ABNT NBR 15577:2008 Durabilidade (qualidade do concreto) Durabilidade (condições especiais) 5

Sulfatos Cloretos Outros agentes agressivos (Anexo A) Outros agentes agressivos (Anexo A) BRITISH CEMENT ASSOCIATION. Specifying concrete to BS EN 206-1/BS 8500: Concrete resistant to chemical attack. Cement Industry, 10p. London. 2001 Reprinted 2004. BUILDING RESEARCH ESTABLISHMENT. BRE Special Digest 1 Concrete in Aggressive Ground. Third edition, p. 62. London. 2005. SALINAS, F. M.; ESCOBEDO, C. J. M. La durabilidad en las estructuras de concreto reforzado desde la perspectiva de la norma española para estructuras de concreto. IMCYC: Concreto y Cemento, v. 4, nº 1, p. 63-86. México. 2012. bibliografias de referência 6

Estudo de dosagem do concreto Racional e experimental: Concreto de classe C20 ou superior (ABNT NBR 8953:2015); Estudo realizado com antecedência e com os mesmos materiais e condições semelhantes àquelas da obra; Refazer o estudo de dosagem no caso de mudança da marca, tipo ou classe do cimento, procedência e qualidade dos agregados e demais materiais; Concreto autoadensável (CAA): ABNT NBR 15823:2010. Dosagem empírica: Concreto de classes C10 e C15; Consumo mínimo de cimento: 300kg/m³. Estudo de dosagem experimental do concreto HELENE, Paulo & TERZIAN, Paulo. Manual de Dosagem e Controle do Concreto. São Paulo, PINI / SENAI, 1993. 189p. Método IBRACON Estudo de dosagem do concreto Condições de preparo do concreto A resistência de dosagem deve atender às condições de variabilidade durante a construção, que é medida pelo desvio-padrão, e levada em conta no cálculo da resistência de dosagem, segundo a equação: Condição de preparo Classe do concreto Cimento Agregados Água Correção da água em função da umidade dos agregados f cmj = f ckj + 1,65 s d onde dependente da condição de preparo f cmj é a resistência média do concreto à compressão, prevista para a idade de j dias, expressa em megapascals (MPa); f ckj é a resistência característica do concreto à compressão, aos j dias, expressa em megapascals (MPa); s d é o desvio-padrão da dosagem, expresso em megapascals (MPa). A todas massa massa B C C10 a C20 C10 e C15 massa ou volume sim massa volume volume sim massa volume volume estimada 7

Desvio padrão Concreto com desvio-padrão conhecido: Deve ser fixado com no mínimo 20 resultados consecutivos obtidos no intervalo de 30 dias; Em nenhum caso, o valor de s d adotado pode ser menor que 2MPa. Concreto com desvio-padrão desconhecido: Ajuste e comprovação do traço Antes do início da concretagem, deve-se preparar uma amassada de concreto para comprovação e eventual ajuste do traço definido no estudo de dosagem. evento protótipo Ensaios de controle (consistência) Conforme ABNT NBR NM 67:1998; CAA: ABNT NBR 15823:2010; Para concreto preparado pelo construtor da obra, realizar ensaios: se ocorrerem alterações na umidade dos agregados; na primeira amassada do dia; ao reiniciar o preparo após interrupção na concretagem de pelo menos 2h; na troca dos operadores; cada vez que forem moldados corpos de prova. Ensaios de controle (resistência) Conforme ABNT NBR 5739:2007; Formação de lotes: 8

Amostragem (definição) Amostras devem ser coletadas aleatoriamente, conforme ABNT NBR NM 33:1998; As amostras são compostas por exemplares; Cada exemplar constitui-se de, no mínimo, dois CP s irmãos (mesma amassada, moldados no mesmo ato) para cada idade de ruptura, conforme ABNT NBR 5738:2015; Resistência do exemplar: o maior dos valores obtidos dos CP s no ensaio de resistência à compressão; A amostragem pode ser total ou parcial. Amostragem total Todas as betonadas são amostradas e representadas por um exemplar que define a resistência à compressão daquele concreto naquela betonada: f ck,est = f c,betonada Não há o que estimar porque todo o lote (população) é conhecido. Amostragem total (conceito) Amostragem total (aplicação) rastreabilidade 9

Amostragem total (cenário 1) Amostragem total (cenário 2) f c = 35,3 35,9 f c = 38,9 37,8 f c = 35,3 35,9 f c = 38,9 37,8 f c = 36,1 37,2 f c = 36,5 37,1 f c = 36,1 37,2 f c = 36,5 37,1 f c = 35,9 36,2 f c = 35,1 35,0 f c = 35,9 36,2 f c = 31,5 31,0 todos > 35 MPa 31,5 < 35 MPa Amostragem parcial (conceito) Coleta de exemplares de betonadas distintas; Concretos do grupo I (até C50): amostra de no mínimo 6 exemplares; Concretos do grupo II (superiores a C50): amostra de no mínimo 12 exemplares; Para lotes com número de exemplares 6 n < 20: onde f ck,est = 2 x f 1 +f 2 + +f m 1 m 1 - f m m é igual a n/2. Despreza-se o valor mais alto de n, se for ímpar; f 1, f 2,..., f m são os valores das resistências dos exemplares, em ordem crescente. Amostragem parcial (conceito) Não se pode tomar para f ck,est valor menor que Ψ 6 x f 1 ; Para lotes com número de exemplares n 20: f ck,est = f cm 1,65 x s d onde: f cm é a resistência média dos exemplares do lote, em MPa; s d é o desvio padrão dessa amostra de n exemplares, em MPa. 10

Amostragem parcial (conceito) Amostragem parcial (aplicação) concretagem de lajes e vigas de um andar: volume 96m³ betonada (caminhão) com 8m³ cada (total de 12 caminhões) amostragem: 96 / 6 = 16m³ (volume de dois caminhões) f c = 35,3 35,9 f c = 37,5 40,1 lotes com número de exemplares 6 n < 20 f c = 36,2 38,8 f c = 37,8 40,9 exemplo concretagem de laje e vigas dum andar f c = 35,1 35,5 f c = 38,3 38,9 Amostragem parcial (cenário 1) Amostragem parcial (cenário 2) f c = 35,3 35,9 f c = 37,5 40,1 f c = 36,3 36,9 f c = 37,5 40,1 f c = 36,2 38,8 f c = 37,8 40,9 f c = 36,2 38,8 f c = 37,8 40,9 f c = 35,1 35,5 f c = 38,3 38,9 f c = 36,1 37,0 f c = 38,3 38,9 s d = 2,0 f ck,est = 2 x f 1 +f 2 + +f m 1 - f m 1 m f ck,est = 2 x 35,5 + 35,9-38,8 = 32,6MPa 2 Não se pode tomar para f ck,est valor menor que Ψ 6 x f 1 ; Ψ 6 x f 1 = 0,92 x 35,5 = 32,7 MPa s d = 2,0* f ck,est = 2 x f 1 +f 2 + +f m 1 - f m 1 m f ck,est = 2 x 36,9 + 37,0-38,8 = 35,1MPa 2 Não se pode tomar para f ck,est valor menor que Ψ 6 x f 1 ; Ψ 6 x f 1 = 0,92 x 36,9 = 33,9 MPa 11

Amostragem parcial (cenário 3) Amostragem parcial (cenário 4) f c = 35,3 35,9 f c = 37,5 40,1 f c = 35,3 35,9 f c = 37,5 40,1 f c = 36,2 38,8 f c = 37,8 40,9 f c = 36,2 38,8 f c = 37,8 40,9 f c = 35,1 35,5 f c = 30,3 31,5 f c = 35,1 35,5 f c = 20,3 20,9 s d = 3,2 f ck,est = 2 x f 1 +f 2 + +f m 1 - f m 1 m f ck,est = 2 x 31,5 + 35,5-35,9 = 31,1MPa 2 Não se pode tomar para f ck,est valor menor que Ψ 6 x f 1 ; Ψ 6 x f 1 = 0,92 x 31,5 = 29,0 MPa s d = 6,8 f ck,est = 2 x f 1 +f 2 + +f m 1 - f m 1 m f ck,est = 2 x 20,9 + 35,5-35,9 = 20,5MPa 2 Não se pode tomar para f ck,est valor menor que Ψ 6 x f 1 ; Ψ 6 x f 1 = 0,92 x 20,9 = 19,2 MPa Amostragem parcial (caso n > 20) Amostragem parcial (Cenário 1) Obra: galpão pré-moldado Concretagem de 07 vigas (0,4m x 0,5m x 10m) Volume total: 14m³ (cada viga 2m³) Betoneira de obra com volume nominal de 500litros Quantidade aproximada de betonadas: 42 Número de exemplares: 21 (50% de controle) Condição de preparo: B f ck de projeto 20MPa consumo mínimo de cimento: 300kg/m³ f ck,est = f cm 1,65 x s d onde: f cm é a resistência média dos exemplares do lote, em MPa; s d é o desvio padrão dessa amostra de n exemplares, em MPa. f ck,est = f cm 1,65 x s d V1 V2 V3 V4 V5 V6 V7 s d = 2,0 f ck,est = 24,1 1,65 x 2,0 = 20,9MPa f c = 20,3 20,9 f c = 21,2 23,8 f c = 20,1 20,5 f c = 22,5 25,1 f c = 22,8 25,9 f c = 23,3 f c = 22,9 23,5 f c = 25,9 26,3 f c = 21,8 22,2 f c = 25,1 25,5 f c = 22,5 24,1 f c = 21,3 23,8 f c = 28,3 28,8 f c = 20,0 f c = 24,4 26,9 f c = 21,2 22,6 f c = 23,3 25,6 f c = 21,5 22,9 f c = 23,0 f c = 20,6 22,1 f c = 24,1 24,9 12

Amostragem parcial (Cenário 2) V1 V2 V3 V4 V5 V6 V7 fck,est = fcm 1,65 x sd sd = 2,6 fck,est = 23,7 1,65 x 2,6 = 19,4MPa fc = 20,3 20,9 fc = 25,9 26,3 fc = 24,4 26,9 fc = 21,2 23,8 fc = 21,8 22,2 fc = 21,2 22,6 fc = 17,8 18,0 fc = 25,1 25,5 fc = 23,3 25,6 fc = 22,5 25,1 fc = 22,5 24,1 fc = 21,5 22,9 fc = 22,8 25,9 fc = 21,3 23,8 fc = 23,0 fc = 23,3 fc = 28,3 28,8 fc = 20,6 22,1 fc = 22,9 23,5 fc = 17,7 18,0 fc = 24,1 24,9 Amostragem parcial (Cenário 3) V1 V2 V3 V4 V5 V6 V7 fck,est = fcm 1,65 x sd sd = 3,5 fck,est = 23,1 1,65 x 3,5 = 17,4MPa fc = 20,3 20,9 fc = 25,9 26,3 fc = 24,4 26,9 fc = 21,2 23,8 fc = 21,8 22,2 fc = 21,2 22,6 fc = 20,1 20,5 fc = 14,0 14,1 fc = 23,3 25,6 fc = 22,5 25,1 fc = 22,5 24,1 fc = 21,5 22,9 fc = 22,8 25,9 fc = 21,3 23,8 fc = 23,0 fc = 23,3 fc = 28,3 28,8 fc = 20,6 22,1 fc = 22,9 23,5 fc = 20,0 fc = 14,1 14,9 Conformidade dos lotes Aceitação do concreto O valor estimado da resistência característica dos lotes de concreto (amostragem parcial) ou dos exemplares (amostragem total) deve atender ao especificado no projeto estrutural. O concreto deve ser aceito se atendidas todas as condições estabelecidas na norma; Em caso de não conformidade, consultar a ABNT NBR 7680:2015. conformidade não conformidade? 13

do Laboratório de Pesquisa ao Canteiro de Obras www.concretophd.com.br www.phd.eng.br 11-2501-4822 / 23 11-95045-5408 14