UMA NOVA (RE) FORMA DE TRATAR: ANÁLISE SOBRE A LEI DA REFORMA PSIQUIÁTRICA NO RIO GRANDE DO SUL RESUMO Clarissa Meroni de Souza 1 Juliana Carmona Predebon 2 Esse estudo aborda o movimento da Reforma Psiquiátrica no Rio Grande do Sul, um assunto relevante e amplamente discutido nos dias de hoje. Tal movimento apóia-se em uma lei que defende a utilização de dispositivos sanitários e socioculturais que possuem uma visão integrada das diversas dimensões da vida de um indivíduo. Estes dispositivos podem ser chamados de CAPS Centro de Atenção Psicossocial, Hospitais Dia, NAI Núcleo de Atenção Integrada, Serviços Residenciais Terapêuticos, entre outros. Tendo em vista a posição central destas unidades de Saúde Mental na Reforma Psiquiátrica, buscou-se nessa pesquisa, investigar como está se desenvolvendo na prática este novo modelo assistencial, utilizando como dado de pesquisa os relatos de profissionais da área da saúde mental inseridos neste processo. Trata-se de uma pesquisa do tipo qualitativa exploratória que está em andamento, com defesa prevista para dezembro de 2006. Palavras-chave: Reforma Psiquiátrica- Saúde Mental - Doença Mental INTRODUÇÃO Este trabalho tem como objetivo principal analisar as principais mudanças ocorridas no contexto do Movimento da Reforma Psiquiátrica Brasileira, especificamente no que se refere ao Rio Grande do Sul. Sabe-se que nesse contexto, a Rede de Atenção Integral à Saúde Mental, dispõe de um conjunto de dispositivos sanitários e socioculturais que visam diferentes e múltiplos âmbitos de intervenção, partindo de uma visão integrada de variadas dimensões da vida do indivíduo. Estes dispositivos podem ser chamados de Centros de Atenção. Psicossocial (CAPS), Hospitais- Dia, Serviços Residenciais Terapêuticos, entre outros E despontam como ícones deste novo paradigma de política de Saúde Mental. 1 Acadêmica do Curso de Psicologia ULBRA Guaíba. 2 Profa. Dra. do Curso de Psicologia ULBRA Guaíba, orientadora dessa Monografia.
Foram criados inicialmente com o intuito de intermediar a reinserção social dos pacientes portadores de sofrimento psíquico, egressos ou não de manicômios. Estes serviços caracterizam-se por proporcionar a construção de intervenções terapêuticas que visem procedimentos de atenção integral à saúde, onde haja a incorporação de ações de promoção e de proteção, ao lado daquelas propriamente ditas de recuperação. Tendo em vista a posição central destas unidades de Saúde Mental na Reforma Psiquiátrica, buscou-se nessa pesquisa, investigar como está se desenvolvendo na prática este novo modelo assistencial, utilizando como dado de pesquisa os relatos de profissionais inseridos neste processo. A revisão bibliográfica desenvolvida buscou inicialmente reconhecer as diferenças conceituais entre Normalidade e Doença Mental. A definição de normalidade parece simples, mas envolve questões complexas ligadas à Medicina, à Filosofia, à Antropologia e outras ciências. Porém existem basicamente duas formas de se definir a normalidade. O normal como sendo aquilo que é mais comum ou freqüente para uma determinada população, ou a partir de um determinado critério de valor ou daquilo que consideramos o ideal. Mas, ambas as definições estão sujeitas a críticas: o normal ideal varia em diferentes épocas e culturas; o mais comum e o mais freqüente em uma cultura, nem sempre são relacionados com a normalidade de uma outra cultura ou época (LOUZÃ NETO, 1996). De acordo com D Incao (1992), na sua obra aponta que tal conceito varia conforme o contexto social, bem como com a evolução do pensamento humano. As ideologias vigentes dentro da medicina recebem influência direta do conjunto de conhecimentos da humanidade naquele determinado período, além de ser dependente das condições políticas, econômicas e sociais vigentes.
A pesquisadora buscou contextualizar a situação da loucura no Brasil e através da bibliografia estudada pode-se observar que o destino do doente mental seguiu paralelo ao dos marginais. Quanto aos primeiros: o seqüestro foi uma indicação clínica; o trabalho, uma imposição terapêutica; a presença de um número desproporcional de representantes das classes populares e de certos grupos técnicos na população dos hospícios justificou-se como taras hereditárias e tendências naturais desses grupos a determinados distúrbios mentais e à sociedade (COSTA E TUNDIS, 2001). De uma forma geral, as primeiras instituições psiquiátricas no Brasil sugiram em meio a um contexto de ameaça à ordem e à paz social, como solução ao incomodo causado pelos loucos nas ruas das cidades. Com este quadro, paralelamente, surgiram os apelos humanitários, as denúncias contra os maus tratos. Nesse contexto, a Sociedade de Medicina engrossou o protesto, enfatizando a necessidade de dar aos doentes mentais, tratamento adequado, segundo as teorias e técnicas já praticadas na Europa. Três proposições contraditórias entre si; num extremo, uma indicação prioritariamente social, a remoção e exclusão do elemento perturbador, visando a preservação dos bens e da segurança dos cidadãos, e no outro extremo, uma indicação clínica, a intenção de curá-los (DUARTE JÚNIOR,1987). Ao longo dos anos transcorridos e com o agravamento, sobretudo da questão da marginalidade, houve a necessidade de intensificação dos processos de exclusão. Somado a isso uma proposta de recuperação do material excluído, bem como um conjunto de conhecimentos que justificasse e legitimasse ambos o processo. Com a aglomeração das cidades, aumento significativo populacional, e conseqüentemente de doentes mentais, a psiquiatria das freiras (dadas através das Santas Casas de Misericórdia), os asilos provisórios despovoados de médicos eram soluções de amadores (COSTA e TUNDIS, 2001). Segundo tais autores, o estímulo e a glorificação do trabalho se incorporaram à ideologia da sociedade da época, e todos aqueles que não assimilavam á nova ordem, foram jogados na categoria de anti-sociais e amplamente reprimidos; trabalho e não-
trabalho seria a partir de então mais um ponto de separação a estabelecer os limites do normal e do anormal. Num vazio social a psiquiatria não existe, portanto era de se esperar que ela assimilasse aos seus critérios de diferenciação do normal e patológico os mesmos valores da sociedade onde se inseria, e se empenhasse em devolver à comunidade indivíduos tratados e curados, aptos para o trabalho, ou seja, este vindo a ser meio e fim do tratamento. No Brasil, a implantação de colônias terapêuticas não se deu apenas por ser esta uma boa alternativa de tratamento eficiente, havia ambiente político e ideológico pra tanto. Pela demanda do incipiente capitalismo brasileiro tinham nas concepções e atividades em relação ao trabalho, um sério obstáculo. Além disso, a implantação das colônias agrícolas para doentes mentais, vinha de encontro com a vocação agrária, mundialmente conhecida, do Brasil. Devolvia-se pra sociedade um cidadão útil, sendo que este retorno poderia se dar de uma forma direta, ou intermediariamente através da adoção deste ex-interno, por uma família, que além de se beneficiar com a ajuda do Estado (por alguns anos as famílias recebiam por abrigar um ex-interno), ainda lucravam com os serviços que este poderia lhe prestar ( COSTA e TUNDIS, 2001). Estes mesmos autores salientam que, superlotação, deficiência de pessoal, maus tratos, condições de hotelaria tão más ou piores do que nos piores presídios, este era o quadro do atendimento psiquiátrico no país. E com a industrialização dos novos tempos, as colônias agrícolas perdem suas propriedades terapêuticas, surgindo como alternativa um arremedo de praxiterapia constando de atividades monótonas e repetitivas abrangendo um grupo limitado de pacientes. Numa sociedade em que vivia um processo de modernização, é impossível negar que havia a preocupação de não mais manter o papel de simples exclusão do doente mental, assim com tanta crueza e transparência, tentando ao menos dissimular, abrigando, vestindo e alimentando o material excluído. Costa e Tundis (2001), concluem que nos primeiros vinte ou trinta anos deste século, a chamada questão social não se opunha com uma preocupação central do Estado. Numa economia predominantemente agrária e com fins de exportação, nada exigente com o que se refere à mão-de-obra e na qual a força de trabalho à disposição do mercado confundia-se com o volume de pessoas em idade de trabalhar, não se justificava empenho maior em ações de preservação da mão-de-obra. À psiquiatria cabia recolher e excluir as sobras humanas que organização social produzia.
Esses mesmos autores destacam que em 1950, a Organização Mundial de Saúde, através de uma resolução de um comitê de peritos em saúde mental, recomenda aos países em desenvolvimento, que invistam em ações de saúde mental, usando como argumento o alto custo da doença mental para o processo produtivo. Esta era uma proposta rentável economicamente, além de ajudar a evitar os desajustes que podem acompanhar a industrialização. No início da década de 70, segundo Costa e Tundis (2001), surgiram novas propostas, ordens de serviço, ações concretas, algumas duram até hoje, outras não. O Ministério da Saúde incorpora em seu discurso, o discurso dos críticos lançando princípios básicos para nortear os rumos da assistência psiquiátrica no país: diversificação da oferta de serviços, sua regionalização, condenava a macrohospitalização, propunha alternativas à hospitalização integral, reabilitação de crônicos visando a pronta reintegração social do indivíduo. Porém, nas eleições de 1974, o governo que temia a perda de apoio e legitimidade, intensificou as ações de assistência médica, investindo em outras ações, abandonando as psiquiátricas. Enquanto isso na Europa e nos Estados Unidos, a reforma do modelo manicomial predominante, foi motivada pelo intento de renovar a capacidade terapêutica da Psiquiatria. Esta reforma que envolveu e por vezes transformou em várias medidas os sistemas de saúde mental, liberando-a das suas funções arcaicas de controle social, coação e segregação. Naqueles países, onde a reforma se iniciou, a desinstitucionalização era uma palavra de ordem central utilizada para muitos e diferentes objetivos: para os reformadores ela sintetizava precisamente esses objetivos; para os grupos de técnicos e políticos radicais ela simbolizava a perspectiva da abolição de todas as instituições de controle social, e se emparelhava à perspectiva antipsiquiátrica; para os administradores, ela era, sobretudo, um programa de racionalização financeira e administrativa, sinônimo de redução de leitos hospitalares (ROTELLI, DE LEONARDIS, MURI, 2001). A Reforma Psiquiátrica no Brasil teve influência direta de movimentos como o da Antipsiquiatria. No final da década de 70, no Brasil, a Reforma levantou críticas ao saber psiquiátrico clássico e às instituições manicomiais que assistiam as pessoas portadoras de sofrimento psíquico. A culminância deste processo se deu na década de 80, com reflexões que tinham como objetivo propor alternativas ao modelo vigente de tratamento dispensado ao doente mental (AMARANTE, 1998).
Segundo Lancetti et al (1989), após 1986, com o desencanto e o desânimo que se seguiu após os desastres da Nova República, o que se viu foi a desativação e a desarticulação de muitos dos movimentos que tentavam inaugurar uma nova tendência que desejava ser uma política séria de assistência à saúde mental. Neste momento de refluxo, paradoxalmente, nasceu o CAPS Centro de Atendimento Psicossocial. No Rio Grande do Sul, a implantação dos CAPS, foi um dos avanços proporcionados pela aprovação da Lei Estadual de Reforma Psiquiátrica em 1992, dispondo de um serviço de atenção diária a portadores de sofrimento psíquico, que funciona como um recurso intermediário entre a internação e o atendimento ambulatorial, onde o usuário passa o dia em atividades, faz refeições e retorna pra sua residência (Saúde Informa, Publicação da Secretaria do Estado do Rio Grande do Sul, maio de 2002). Ainda dentro dos serviços disponibilizados pelos CAPS, acontecem as Oficinas Terapêuticas, onde são desenvolvidas atividades de socialização e expressão, geração de renda e profissionalização, com a confecção de trabalhos manuais e de artesanato. A internação hospitalar passou a ser o último, e não mais o primeiro recurso para o portador de sofrimento psíquico. Foi proporcionado ao doente mental, sua acolhida em unidades de saúde, com uma equipe multidisciplinar composta por psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, enfermeiros e outros. Em casos de emergência, o usuário pode permanecer em observação por até 72 horas no Serviço de Urgência Psiquiátrica em hospitais gerais, com posterior encaminhamento para continuidade do tratamento nos demais serviços de saúde mental. Outra forma assistencial criada foi a Casa de Passagem. Um lugar de transição entre manicômio e a vida em sociedade, que visa a preparação dos indivíduos, ao convívio social. Neste lugar, as pessoas seguem uma rotina de vida e passam a cuidar da sua própria medicação, higiene e tratamento. O atendimento médico é feito fora da unidade e, após a alta hospitalar, a pessoa continua vinculada ao serviço de saúde do hospital ou a uma unidade básica, até possuir autonomia necessária. Possuem atendimento psicoterápico e reuniões regulares com a equipe da Casa de Passagem, formada por enfermeiros e monitores. A criação destas novas formas de atendimento é o resultado da transformação da política de saúde mental, que desde o princípio objetivou garantir o resgate da identidade e da cidadania dos portadores de sofrimento psíquico (Saúde Informa Publicação da Secretaria da Saúde do Estado do Rio Grande do Sul, maio 2002).
Além da análise histórica sobre a Loucura e o Movimento da Reforma Psiquiátrica a autora investigou na literatura da área as diretrizes e parâmetros para o tratamento em Saúde Mental, a partir do que é proposto na Lei da Reforma psiquiátrica no Rio Grande do Sul. Somado a isso, a autora buscou conhecer e identificar os objetivos da Política de Atenção Integral a Saúde Mental, e como se dá o trabalho nestas unidades de serviço assistencial (ROTELLI, 2001; AMARANTE, 1998). CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS Este estudo caracteriza-se como uma pesquisa do tipo qualitativa exploratória, e tem como objetivo primordial conhecer e avaliar o trabalho desenvolvido por profissionais da área de saúde mental junto ao NAI ( Núcleo de Atendimento Integrado)na cidade de Camaquã - RS. Os profissinais que foram selecionados para as entrevistas seguiram o critério de escolha por conveniência, já que a pesquisadora desenvolveu estágio voluntário, bem como de Psicologia Clínica no local, independente do sexo e da idade dos mesmos. Este centro tem por finalidade proporcionar um trabalho em prol da (re)construção da cidadania de pessoas portadoras de sofrimento psíquico, bem como apóia as mesmas na (re)organização de seu cotidiano, e proporciona meios para a (re)inserção social. Como procedimentos para a coleta dos dados, a aluna inicialmente entrou em contato com os profissionais e fez o convite para responderem uma entrevista, explicitando os objetivos da pesquisa. Com o aceite dos profissionais, a pesquisadora marcou dia, hora e local para a realização da entrevista de forma individual.
Todas as entrevistas foram gravadas para posterior transcrição e análise do conteúdo das mesmas. À todos os profissionais que aceitaram participar da pesquisa foi entregue um termo de consentimento livre e esclarecido. Para análise dos dados utilizou-se o método de análise de conteúdo, segundo a proposta de Bardin (2002). Faz-se importante destacar que esse estudo apresentará resultados parciais, tendo em vista que está em andamento com defesa prevista para dezembro de 2006. CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir dos resultados parciais obtidos nesse estudo, até a presente data, podese desenvolver algumas considerações sobre a eficácia deste novo modelo de atendimento, bem como contribuir na avaliação das mudanças decorrentes do Movimento da Reforma Psiquiátrica Brasileira, e conseqüentemente os esperados benefícios ao portador de sofrimento psíquico dos dias de hoje. Sabe-se que durante muitos anos, a psiquiatria desempenhou o papel de controle dos sujeitos sociais que não se adaptavam aquilo que é considerado como sendo o normal dentro do conceito e do funcionamento da sociedade moderna. Os pacientes psiquiátricos eram marginalizados e, junto com deficientes mentais e miseráveis, eram excluídos da sociedade e desprovidos de sua autonomia e independência. Frente a isso, pode-se pensar que a reforma psiquiátrica surgiu no intuito de proporcionar um atendimento mais digno e humano ao portador de sofrimento psíquico. A partir do Movimento da Reforma Psiquiátrica o paciente é visto como um sujeito ativo do seu tratamento, envolvendo a sua família e valorizando a sua história, sua cultura, sua vida cotidiana e sua qualidade de vida.
Assim, a partir do relato de alguns profissionais entrevistados pode-se perceber que o indivíduo é visto como alguém que apesar de ser um portador de sofrimento psíquico, não deixa de ser um cidadão, obtendo mais respeito diante da rede social pertencente. Pode-se supor que o estigma do ser louco se descaracteriza a medida que a sociedade passa ter um novo olhar sob aqueles que foram alvo de tal rótulo. Os antigos loucos ou doentes mentais após o movimento da Reforma Psiquiátrica, mostram-se como indivíduos que quando adequadamente estimulados são capazes, ativos, pensantes e sobretudo dignos de serem incluídos. Além disso, constatou-se que esse movimento de Reforma Psiquiátrica fez com que alguns profissionais repensassem seu antigo papel de promotores da exclusão. Esse papel sim pode ser considerado como um sintoma de doença, que por longos anos permaneceu intocável, e que diante ao novo parâmetro de assistência implantado, se torna algo no mínimo obsoleto, para não dizer cruel. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMARANTE, P. Loucos pela vida: a trajetória da reforma psiquiátrica no Brasil, 2 ed. Rio de Janeiro:Fiocruz, 1998. BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2000. BOLETIM INFORMATIVO da SECRETARIA da SAÚDE/RS. Saúde Informa, n 4 Maio de 2002. CUNHA, Jurema Alcidez. Psicodiagnóstico V. Artmed, 2002. GIL, A. C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. São Paulo: Atlas, 1999. GUIA DE SERVIÇOS de SAÚDE MENTAL, Rio Grande do Sul: Cuidar Sim, Excluir, Não.2002 DUARTE JÚNIOR, João Francisco. A política da loucura: A antipsiquiatria, 3 ed. Campinas, SP:papirus, 1987. D INCAO, Maria Ângela.Doença Mental e Sociedade:Uma discussão interdisciplinar. Rio de Janeiro, RJ:Graal, 1992.
LANCETTI,Antonio: Saúde e Loucura. 2 ed. São Paulo, SP:Hucitec Ltda, 1989. LOUZÃ NETO, Mario Rodrigues. Convivendo com a Esquizofrenia, SP: Editora Lemos, 1996. TUNDIS, Silvério Almeida. COSTA, Nilson do Rosário Cidadania e Loucura: Políticas de Saúde Mental no Brasil, SP:Editora Vozes, 2001.