A ETIOLOGIA DA OBESIDADE INFANTIL FRENTE AO DESAFIO NA MUDANÇA DE HÁBITOS ALIMENTARES



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Transcrição:

A ETIOLOGIA DA OBESIDADE INFANTIL FRENTE AO DESAFIO NA MUDANÇA DE HÁBITOS ALIMENTARES 1 Gislene Dolores 1, Rízia Thienne Fernandes Oliveira Silveira Soares¹, Selma da Silva Pereira¹, Ana Paula Malheiros Knopp² ¹Graduando (a) do curso de Nutrição. Faculdade Guanambi FG/CESG. E-mail: riziathienne@gmail.com ²Nutricionista/UNEB-Salvador. Especialista em Nutrição Clínica e Terapêutica/IPCE-Salvador. Mestranda em Ciências da Saúde/UNISA- São Paulo. Docente/Coordenadora do Colegiado de Nutrição/Faculdade Guanambi FG/CESG. RESUMO: Verificou-se nos últimos anos o aumento exacerbado da obesidade na população infantil. Caracterizada como uma doença de etiologias exógenas e endógenas, variáveis sociais, econômicas e psicológicas, envolvendo também aspectos ambientais e genéticos, sendo considerada um problema de saúde pública. Deste modo, observa-se a necessidade de intervenção para reduzir o crescimento acelerado da obesidade infantil, incluindo mudanças de comportamento em idades precoces. Portanto, é fundamental o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar para auxiliar a população infantil na adesão de hábitos saudáveis nesta fase, proporcionando qualidade de vida futura. O presente trabalho tem como objetivo revisar estudos das principais causas associadas ao desenvolvimento da obesidade na infância, a influência que o ambiente familiar exerce sobre a criança e os hábitos alimentares infantis nos últimos anos. Foi realizada uma revisão bibliográfica no período de 2008 a 2014. Palavras-chave: Etiologia. Hábitos Alimentares. Obesidade Infantil. THE ETIOLOGY OF CHILDHOOD OBESITY FRONT TO CHALLENGE IN CHANGING EATING HABITS ABSTRACT: There has been in recent years the rise of obesity in children population exacerbated. Characterized as a disease of exogenous and endogenous etiologies, social, economic and psychological variables, involving genetic and environmental aspects also, being considered a public health problem. Thus, there is the need for action to reduce the growth of childhood obesity, including changes in behavior at early ages. Therefore, it is crucial to the accompaniment of a multidisciplinary team to assist the child population in the adhesion of healthy habits at this stage, providing quality of life in the future. The present work aims to review studies of the main causes associated with the development of obesity in childhood, the influence that the environment exerts on the child and children's eating habits in recent years. A literature review was performed during the period from 2008 to 2014. Key words: Childhood Obesity. Eating Habits. Etiology.

2 INTRODUÇÃO A obesidade é uma doença crônica, rica em complexidade com etiologia multifatorial, variáveis sociais, econômicas e psicológicas, envolvendo também aspectos ambientais e genéticos (SIMON et al., 2009; SANTOS & RABINOVICH, 2011). Considerada um problema crescente mundial de Saúde Pública, atingindo crianças de diversas idades, sexo, etnia e renda familiar (TENORIO & COBAYASHI, 2011). Esse tema é recorrente na literatura científica da atualidade; isso se deve em grande parte ao aumento exponencial da prevalência desta condição em todas as camadas da sociedade (AZEVEDO & BRITO, 2012). No que se refere a fatores sociais, o nível econômico, acesso a serviços, condições de moradia, disponibilidade de alimentos e o acesso à informação interferem no status do peso corporal. Em países desenvolvidos existe uma relação negativa entre o alto nível socioeconômico e a obesidade, entretanto nos países em desenvolvimento, encontra-se uma relação positiva entre alto nível socioeconômico e obesidade (SANTOS & RABINOVICH, 2011; SILVA, 2011). Segundo Rosaneli et al., crianças que vivem em países de baixa e média renda são mais vulneráveis à má alimentação, pois os alimentos com maior qualidade nutricional, incluindo frutas e verduras, têm custo elevado para essas famílias. Ao mesmo tempo, a indústria alimentícia coloca à disposição vários alimentos com densidade energética aumentada como gordura, açúcar, sal, que promovem saciedade e são mais palatáveis e de baixo custo, o que os torna acessíveis às classes menos favorecidas, caracterizando uma dieta pobre em micronutriente (SILVA, 2011). Esses padrões de consumo alimentar, em conjunto com os baixos níveis de atividade física, maior tempo de exposição à televisão, computador, videogames; fatores ambientais, atitudes e características da família e dos amigos, valores e crenças culturais, grau de instrução, conhecimento a respeito de nutrição e apelo da mídia exercem forte influência no comportamento alimentar dos indivíduos, em especial das crianças e adolescentes. Portanto, podem aumentar o risco de desenvolvimento de sobrepeso ou obesidade, constituindo um problema de saúde pública (CARVALHO et al., 2012; ROSANELI et al., 2012; SILVA, 2011). O aumento da prevalência da obesidade representou uma significativa mudança no perfil de saúde e doença no mundo nos últimos anos. Esta condição cresce no Brasil aliada ao aumento da globalização e o progresso do país, substituindo o problema da desnutrição pelos

3 problemas do excesso de peso e suas comorbidades, fenômeno conhecido como transição nutricional (SCHUCH et al., 2012; VITOLO, 2008). O presente trabalho tem como objetivo revisar estudos das principais causas associadas ao desenvolvimento da obesidade na infância, influência que o ambiente familiar exercer sobre a criança e os hábitos alimentares nos últimos anos. MATERIAL E MÉTODOS Esta revisão de literatura realiza uma compilação geral no que se refere à obesidade infantil utilizando sites científicos nas bases de dados La Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), da Scientific ElectronicLibrary Online (Scielo), da National Library of Medicine (Medline), do Centro Latino Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (BIREME), Monografia Dissertativa e Revista Impressa Nutrição Brasil. Foram selecionados artigos de revistas científicas dos últimos seis anos (2008 a 2014) e livro. Publicações da Organização Mundial de Saúde (OMS), Ministério da Saúde do Brasil (MS). Por meio da leitura dos documentos encontrados, foram escolhidos os que continham informações de acordo com os propósitos da pesquisa usando as palavras-chave etiologia, hábitos alimentares e obesidade infantil. ETIOLOGIA A etiologia da obesidade infantil envolve fatores endógenos (proveniente de uma disfunção do organismo) e exógenos (ambientais e comportamentais) (MORAES & DIAS, 2013). A obesidade endógena está relacionada a problemas hormonais ou doenças endócrinas e não é a mais frequente, apenas 5% aproximadamente dos casos de obesidade em crianças e adolescentes são decorrentes de fatores endógenos. Os 95% restantes correspondem à obesidade exógena (FREITAS et al., 2009; CARVALHO et al., 2012). A obesidade exógena é um distúrbio nutricional multifatorial, dentre eles destacamse: existência de sobrepeso na família, obesidade dos pais, baixo nível socioeconômico, baixa escolaridade e obesidade materna no período gestacional, em especial no primeiro trimestre de gravidez, elevado peso ao nascer, desmame precoce, alimentação complementar (SCHUH et al., 2012; SANTOS et al., 2013). Além disso, o ambiente escolar tem grande influência no hábito da criança, não só pelo longo tempo de permanência, mas também como local de convívio e troca de informações (AZEVEDO & BRITO, 2012).

4 Figura 1 Percentual de causa da obesidade infantil Obesidade infantil 5% Fatores endógenos Fatores exógenos 95% Fonte: FREITAS et al., (2009); CARVALHO et al., (2012). A alimentação excessiva e distúrbio na dinâmica familiar, além da redução da prática de atividades físicas, são fatores comumente associados à sua etiologia. Já é bem estabelecida a importância do ambiente social, acesso à alimentação saudável e a prática de exercício físico, em que o indivíduo se insere na gênese da obesidade exógena, sendo que este fator se sobrepõe a todos os demais (CARVALHO, 2012). A propaganda de alimentos e sua influência nas escolhas alimentares têm sido alvo de discussões frequentes, sendo atribuída assim, parte da responsabilidade pelos problemas de má alimentação da população infantil. Tal situação tem levado a iniciativas governamentais que visam disciplinar as propagandas de alimentos, principalmente aquelas destinadas a esse público, por considerar o encorajamento para o aumento do consumo de fast-food, alimentos ricos em gorduras, açúcar, sal e pobre em micronutrientes e o baixo cosumo de leguminosas, verduras, vegetais e frutas (REIS, 2011). Sendo que, na infância, o seu manejo é ainda mais difícil, pois em geral a obesidade esta relacionado com mudanças de hábitos de vida e disponibilidade dos pais, além da falta de entendimento da criança quanto aos danos que a mesma pode lhe proporcionar (IZIDORO & PARREIRA, 2010). A resolução 24/2010 da ANVISA tem objetivo central impedir o aumento das doenças crônicas não transmissíveis, principalmente em crianças e adolescentes, público considerado de maior vulnerabilidade às mensagens publicitárias. Com isso, toda e qualquer propaganda desse tipo deveria vir acompanhada de alertas sobre os perigos do consumo excessivo desses nutrientes, por meio de mensagens de acordo com as descritas na lei. Além

5 disso, proíbe a utilização de figuras, desenhos, personalidades e personagens que sejam cativos ou admirados por esse público-alvo (REIS, 2011). Entretanto ainda são adotados maus hábitos alimentares pelas crianças tendo consequências que vão além da obesidade, como, o aumento da prevalência de hipertensão, diabetes melito, dislipidemias, riscos cardiovasculares, alterações ortopédicas, posturais e funcionais entre outros (AZEVEDO & BRITO, 2012; REIS, 2011). EPIDEMIOLOGIA A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que o excesso de peso atinja aproximadamente 42 milhões de crianças menores de cinco anos de idade, sendo a maioria residente de países em desenvolvimento (TENORIO apud WHO, 2011). O cenário mundial e brasileiro da obesidade têm se revelado como um novo desafio para a saúde pública, uma vez que sua incidência e prevalência em idades cada vez mais precoces disseminaram-se em todos os níveis socioeconômicos da população, tendo crescido de forma alarmante nos últimos 30 anos (REIS & NASCIMENTO, 2011). Segundo os últimos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010), realizado em parceria com o Ministério da Saúde, titulada Pesquisa de Orçamento Familiar (POF 2008-2009) teve como principal objetivo investigar e mensurar de maneira subjetiva e por amostragem, a qualidade de vida das famílias, levando em consideração um amplo conjunto de variáveis para o desenho do perfil nutricional da população residente no Brasil. Para tanto, coletaram medidas antropométricas, foram investigadas ainda composição orçamentária, quantidades de alimentos, bebidas adquiridas para consumo nos domicílios e aspectos relacionados com a amamentação e à alimentação escolar. Os resultados evidenciaram alterações no perfil da população brasileira, havendo redução na prevalência dos déficits nutricionais e ocorrência mais expressiva de sobrepeso e obesidade na população infantil. A prevalência da obesidade infantil está aumentando nos países desenvolvidos. Nos Estados Unidos, 25% das crianças estão com sobrepeso, e 11% são obesas. Além disso, 7,7% das crianças e adolescentes brasileiros têm excesso de peso, em 16,7%, sendo maior (22%) no início da adolescência e declinando no final da referida faixa etária (PAKPOUR, 2011; RADOMINSKI, 2011). Os resultados evidenciaram que o déficit de altura (importante indicador de desnutrição) caiu de 29,3% (1974-75) para 7,2% (2008-09) entre os meninos e de 26,7% para 6,3% entre as meninas, na idade de cinco a nove anos. Em contraste, o excesso de peso

6 (incluindo a obesidade) na mesma faixa etária apresentou altos índices de prevalência em 2008-09: 51,4% entre os meninos e 43,8% entre as meninas, demonstrando a relevância desse problema para a saúde publica brasileira. No que se refere a faixa etária entre 10 a 19 anos, o excesso de peso aumentou de 3,7% para 21,7% nos meninos e de 7,6% para 19% nas meninas, oscilando entre 16% e 18% no Norte e Nordeste e entre 20 e 27% no Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Figura 2 Índice de obesidade por região Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul 23% 16% 16% 23% 22% Fonte: SANDOVAL, (2014); RADOMINSKI, (2011). Este aumento foi maior na zona urbana (de 25,8% para 46,2%) do que na zona rural na faixa de menor renda, onde houve um forte crescimento daqueles com excesso de peso, triplicando o percentual de 8,9% para 26,5%, evidenciando a inversão nutricional (SANDOVAL, 2014; RADOMINSKI, 2011). No entanto, a transição nutricional que se desenvolve no Brasil apresenta uma singularidade notável através do agravamento simultâneo de duas situações opostas por definição: uma carência nutricional e uma condição típica dos excessos alimentares, a obesidade. Observa-se um antagonismo de natureza e de tendências num mesmo contexto histórico, num mesmo espaço geográfico e numa mesma população, de forma até independente de sua heterogeneidade socioeconômica (BATISTA FILHO et al., 2008).

7 OBESIDADE INFANTIL A obesidade é uma doença universal, caracterizada pelo acúmulo excessivo de energia, sob a forma de triglicérides, no tecido adiposo distribuído pelo corpo e pode provocar prejuízos à saúde, de prevalência crescente e que, atualmente, assume caráter epidemiológico, tornando-se um dos principais problemas de saúde pública na sociedade contemporânea (MIRANDA et al., 2011; FAGUNDES et al., 2008). A forma mais comum utilizada para diagnosticar a obesidade infantil, se faz por meio de medidas antropométricas, onde peso e altura definirão a composição corporal. Dessa forma, é comum utilizar os pontos de corte para o índice de massa corporal (IMC), onde IMC = peso (kg)/estatura² (m), curvas de IMC por idade, considera-se, que ficar entre os percentis 85 e 95, a criança apresenta risco para obesidade, e acima de 95 ela é classificada como obesa (VITOLO, 2008). Esta patologia é preocupante não apenas pelas implicações, mas pela complexidade de seu tratamento e controle, já que este requer mudanças de comportamento alimentar no plano individual e da adoção de políticas públicas que podem ir contra os interesses de diferentes setores da indústria e comércio de alimentos (RINALDI et al., 2008). A urbanização e a industrialização criaram um ambiente com reduzida prática de atividade física, levando crianças à exposição excessiva a televisão, jogos eletrônicos, computadores, além disso, verifica-se o hábito de comer em excesso entre as principais refeições ocasionando ganho de peso exagerado (RINALDI et al., 2008). Segundo predições recentes, o impacto da obesidade e suas comorbidades, a despeito do desenvolvimento tecnológico, pode levar a geração atual de crianças a ser a primeira a ter uma expectativa de vida menor que a de seus pais (PEREIRA et al., 2009). Deste modo, observa-se que quando os pais são magros, a prevalência de obesidade infantil é aproximadamente de 5-6%, já em pai com IMC > 30kg/m² (obeso), esta prevalência é de 15-16%; sendo mãe obesa, de 24%; e quando ambos são obesos, aproximadamente de 45%. Vários levantamentos recentes confirmam a hereditabilidade como componente importante na gênese da obesidade infantil (RADOMINSKI, 2011). Durante a infância, o indivíduo apresenta formação de preferências alimentares através de um processo de aprendizagem, e a influência social torna qualquer indivíduo susceptível para adaptar suas preferências e consequentemente suas escolhas alimentares (ALMEIDA & CARVALHO, 2013). Isso é provavelmente moldado desde cedo na infância, sob a influência das práticas parentais e do ambiente familiar.

8 Figura 3 Hereditabilidade como componente importante na gênese da obesidade infantil 45% 15% 24% 5% Pais magros Pai obeso Mãe obesa Pai e Mãe obesos Fonte: RADOMINSKI, (2011). Probabilidade de ser uma criança obesa Algumas famílias se apoiam no simbolismo saúde-gordura, o que dificulta o emagrecimento da criança por acreditarem que criança sadia é a que nasce gordinha e bonita. Assim, pode acorrer uma dificuldade por parte dos familiares em perceber a obesidade na criança (MORAES & DIAS, 2013). Em outras palavras, os pais desempenham um papel crucial na formação dos hábitos alimentares e dos padrões de atividade física das crianças (PAKPOUR et al., 2011). FORMAÇÃO DE HÁBITOS ALIMENTARES DA CRIANÇA Os fatores dietéticos que contribuem para a obesidade infantil começam já na vida intrauterina, representados pela alimentação materna e mesmo antes com a condição nutricional da mãe anterior à gestação, ambos influenciando a situação nutricional do recémnascido e posteriormente da criança e do adolescente (CARVALHO et al., 2012). No primeiro trimestre de gestação, a saúde do embrião depende da condição prégestacional da mãe. Já a partir do segundo trimestre é importante que a gestante tenha adequada ingestão alimentar em relação ao balanço energético, nutrientes e apropriado ganho de peso para adequada condição nutricional do feto (CARVALHO et al., 2012). As práticas alimentares no primeiro ano de vida constituem um marco importante na formação de hábitos da criança. No primeiro semestre de vida objetiva-se que a criança mame

9 por seis meses exclusivamente ou que, pelo menos, retarde pelo maior tempo possível a introdução de outros alimentos que não o leite materno, pois este auxilia na prevenção de doenças tanto a curto como em longo prazo, além de reduzir o risco de obesidade (VITOLO, 2008; PAIVA, 2010). O consumo alimentar tem sido relacionado à obesidade não somente quanto ao volume da ingestão alimentar, mas também quanto a composição e a qualidade da dieta. Além disso, os padrões alimentares também mudaram, o que explica em parte o contínuo aumento da adiposidade nas crianças como diminuição do consumo de frutas e hortaliças e o aumento de guloseimas (VITOLO, 2008). A escola desempenha papel fundamental na formação de hábitos de vida das crianças, sendo também responsável pelo conteúdo educativo, inclusive do ponto de vista nutricional. A alimentação escolar tanto na rede pública quanto na rede privada, tem como objetivos suprir parcialmente as necessidades nutricionais dos alunos, melhorar a capacidade no processo ensino-aprendizagem e formar bons hábitos alimentares (PAIVA, 2010). No entanto algumas crianças optam por escolha de alimentos pobres do ponto de vista nutricional, que além de ocasionar o ganho de peso, implica um quadro sério de deficiências nutricionais. Essas opções têm consequências que vão além da obesidade, desencadeia sentimentos de culpa, depressão e vergonha pela incapacidade de controlar o peso afetando a autoestima (AZEVEDO & BRITO, 2012; VITOLO, 2008). As intervenções na criança obesa não devem oferecer riscos para o desenvolvimento de transtornos ou outras formas de prejuízos psicológicos, pois, quando inadequadas, podem gerar mais conflitos do que a ausência de tratamento. Dessa forma, demandam o envolvimento dos pais, uma vez que eles são modelos da conduta alimentar e física. São eles quem determinam quais alimentos estão disponíveis para a criança, em quantidade e qualidade, e são os maiores responsáveis pelo estabelecimento de um ambiente emocional em que a obesidade pode ou não ser desencorajada (TENORIO & COBAYASHI, 2011). O sucesso dessas intervenções depende da participação ativa dos pais, de sua capacidade de identificar o sobrepeso e/ou obesidade e entender que ela é um fator de risco para problemas futuros de saúde (PAKPOUR et al., 2011). Entretanto, é justamente a falta de envolvimento dos pais no tratamento a maior barreira citada pelos profissionais de saúde que atuam nessa área (TENORIO & COBAYASHI, 2011). No entanto quando os pais estão ausentes por motivos variados como divórcio, trabalho, viagens, pode emergir uma dificuldade do uso de autoridade na família. Na tentativa de aproximação, há uma permissividade alimentar e dificuldade em colocar limite em seu filho para reparar sua falta em casa, muitas mães ou cuidadores permitem que os filhos

10 comam sem moderação. Vale lembrar que as boas atitudes e exemplo começam em casa (SANTOS & RABIOVISCH, 2011). É importante que as mudanças de comportamento propostas para crianças e adolescentes obesos sejam estruturadas adequadamente para evitar distúrbios alimentares posteriores, como os encontrados em adultos que apresentam dificuldade em reduzir o peso corporal (FAGUNDES et al., 2008). Sendo assim, é de suma importância o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar para planejamento de intervenções na dinâmica familiar, incluindo estratégias de educação nutricional, através folders, vídeos, relatos, de forma a conscientizá-los a cerca das causas e consequências do peso em excesso, orientá-los quanto à necessidade de fixação de horários para alimentar-se, cardápios que condizem com a oferta de boa alimentação, direcionar ações que visem promover saúde e melhor qualidade de vida (IZIDORO & PARREIRA, 2010; NASCIMENTO et al., 2011) DESAFIOS NA MUDANÇA DO HÁBITO ALIMENTAR A obesidade é hoje uma pandemia global, constituindo um importante problema de saúde, tanto em nações do primeiro mundo quanto em países em desenvolvimento. Com sua incidência crescente na infância, esse problema torna-se alarmante, ainda mais quando se considera a sua evolução e associações (PEREIRA et al., 2009). Os alimentos com maior qualidade nutricional, incluindo frutas e verduras, têm custo elevado para as famílias de baixa renda. Ao mesmo tempo, a indústria alimentícia coloca à disposição vários alimentos com densidade energética aumentada, que promovem saciedade e são mais palatáveis e de baixo custo, o que os torna acessíveis às classes de baixa renda (SILVA, 2011). Dessa forma, o tratamento da obesidade inicia-se através das modificações de comportamento e de hábitos de vida que incluem, primeira e principalmente, mudanças no plano alimentar, para que suas necessidades nutritivas sejam alcançadas de acordo com o ritmo de crescimento, grau de maturação do organismo, o sexo, seguidas de incentivo à atividade física, controle dos tipos de alimentos oferecidos e os horários das refeições (RIBEIRO, 2008; FAGUNDES et al., 2008 ). Devido à prevalência da obesidade e suas graves consequências, é importante a implementação de medidas para prevenção e promoção de saúde ainda na infância, assim como, ampliação de políticas públicas associadas à educação nutricional, desenvolvimento

11 econômico, infraestrutura apropriada para práticas recreativas e de exercícios físicos, legislação especifica para a rotulagem e publicidade de alimentos (CARVALHO et al., 2012). Além disso, estudos indicam que a prevenção da obesidade inicia-se primeiramente através da conscientização, desta forma, é crucial estabelecer bons hábitos alimentares desde o inicio da infância, reduzindo o risco de complicações futuras. Também, é necessário que os profissionais da saúde estejam atualizados quanto às descobertas científicas para que se desenvolvam novas estratégias de prevenção desde idades precoces, pois o aumento acelerado dessa morbidade na infância acarretará forte impacto econômico e perda da qualidade de vida (ROSANELI et al., 2012; AZEVEDO & BRITO, 2012). Porém se já estabelecida a obesidade infantil, torna-se importante aderir às mudanças de hábitos alimentares e estilo de vida, associada à prática de exercícios físicos frequentemente, onde este atua na regulação do balanço energético, influencia na distribuição do peso corporal, preserva e mantém a massa magra, além de promover perda de peso corporal (RINALDI et al., 2008; AZEVEDO & BRITO, 2012). Modificar hábitos alimentares é um processo difícil que exige força de vontade, autoestima, desejo de melhorar e outros requisitos raramente presentes nas pessoas obesas (VITOLO, 2008). As políticas de prevenção devem ajudar as crianças a entender como evitar doenças presentes e futuras relacionadas com a nutrição, por meio do desenvolvimento de sua própria independência e de sua capacidade para tomar decisões acertadas e de fazer escolhas corretas. (VITOLO, 2008; PAIVA, 2010). Sendo assim, é importante ressaltar que o ambiente, onde a criança está inserida deve lhe proporcionar consumo adequado de alimentos em qualidade e quantidade necessárias para garantir o aporte nutricional (ROSANELI et al., 2012). Portanto no que se refere à saúde, informação nutricional e hábitos alimentares existem obstáculos como à falta de tempo e de disciplina, assim como ausência de percepção adequada da urgência da aplicação de medidas preventivas cujos benefícios só serão evidentes décadas mais tarde (PAIVA, 2010). CONSIDERAÇÕES FINAIS Esta revisão de literatura fez perceber que o Brasil atualmente passa por um período de transição nutricional, onde os fatores exógenos (ambientais e comportamentais) são os principais responsáveis pelo aumento da obesidade infantil nos últimos anos. Esta que é influenciada por diversos fatores como exposição excessiva a televisão, computadores, a prática reduzida de exercícios físicos, preferências por alimentos hipercalóricos (fast-food) e

12 riscos em gorduras, devido o poder de persuasão do marketing nos alimentos, que incentiva cada vez mais crianças e adolescentes consumi-los. Deste modo, observa-se a necessidade de intervenção para reduzir o crescimento acelerado da obesidade infantil, incluindo mudanças de comportamento em idades precoces no ambiente familiar e escolar. Associado a isso, é fundamental o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar para auxiliar a população infantil na adesão de hábitos saudáveis nesta fase, proporcionando qualidade de vida futura. AGRADECIMENTOS Agradecemos a Deus por ter nos dado saúde, força e determinação para superar as dificuldades enfrentadas durante a graduação. A nossa orientadora temática Ana Paula Malheiros Knopp, pelo empenho dedicado à elaboração do nosso trabalho pelo suporte no pouco tempo quе lhe coube, pelas suas correções е incentivos. Ao nosso orientador metodológico Pablo Teixeira Viana pela sua paciência, disponibilidade e atenção. Agradecemos aos nossos amigos, colegas e também а todos os professores pelo conhecimento transmitido, que contribuíram para nossa formação profissional e pessoal.

13 REFERÊNCIAS ALMEIDA, L. B. S.; CARVALHO, L. O. T. Avaliação do estado Nutricional de préescolares de uma escola municipal de educação infantil na cidade de Registro/SP, Rev. Nutrição Brasil. v.12, n.3, p.147-152, 2013. AZEVEDO, F. R.; BRITO, B. C. Influência das variáveis nutricionais e da obesidade sobre a saúde e o metabolismo, Revista da Associação Médica Brasileira. v.58 n.6, p.714-723, 2012. BATISTA FILHO, M.; SOUZA, A.I; MIGLIOLI, T.C; SANTOS, M. C. Anemia e obesidade: um paradoxo da transição nutricional brasileira. Caderno de Saúde Pública. v.24 n.2, p.247-257, 2008. CARVALHO, E. A. A; SIMÃO, T. M. J; FONSECA, M. C; ANDRADE, R. G; FERREIRA, M. S. G. SILVA, A. F; SOUZA, I. P. R; FERNANDES, B. S. Obesidade: aspectos epidemiológicos e prevenção. Revista Médica de Minas Gerais. v.23 n1, p.74-82, 2013. FAGUNDES, A. L. N.; RIBEIRO. D. C.; NASPITZ, L.; GARBELINI, L. E. B.; VIEIRA, J. K. P.; SILVA, A. P.; LIMA, V. O.; FAGUNDES, D. J.; COMPRI, P. C.; JULIANO, Y. Prevalência de sobrepeso e obesidade em escolares da região de Parelheiros do município de São Paulo, Revista Paulista de Pediatria v.26 n.3, p. 212-7, 2008. FERRARI, T. K.; FERRARI, G. L. M.; SILVA JÚNIOR, J. P.; SILVA, L. J.; OLIVEIRA, L. C.; MATSUDO, V. K. R. Modificações da adiposidade em escolares de acordo com o estado nutricional: análise de 20 anos, Jornal de Pediatria. v.88 n.3, p.239-245, 2012. FREITAS, A. S. S.; COELHO, S. C.; RIBEIRO, R. L. OBESIDADE INFANTIL: INFLUÊNCIA DE HÁBITOS ALIMENTARES INADEQUADOS. Saúde & Amb. Revista Duque de Caxias. v.4 n.2, p.9-14, 2009. GRANDE, A. J.; SILVA, V.; MARTIMBIANCO, A. L. C.; CARVALHO, A. P. V. Atividade física para prevenção e tratamento de obesidade em crianças:evidências das Coleções Cochrane, Revista Diagnóstico e Tratamento. v.17 n.3, p.101-4, 2012. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). POF 2008 2009 - Antropometria e estado nutricional de crianças, adolescentes e adultos no Brasil. 2010. Disponível em:> http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/pof/2008_2009_analise_c onsumo/pofanalise_2008_2009.pdf <Acesso em: 15 de setembro de 2014. IZIDORO, F. G.; PARREIRA, N. S. Instituto Federal De Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas- Campus Muzambinho - Polo Da Rede Unidade De Ensino Capetinga, 2010. MIRANDA, J. M. Q.; ORNELAS, E. M.; WICHI, R. B. Obesidade infantil e fatores de risco cardiovasculares, Revista ConScientice Saúde. v.10 n.1, p.175-180, 2011. MORAES, P. M.; DIAS, M. S. B. Nem Só de Pão se Vive: A Voz das Mães na Obesidade Infantil, Revista Psicologia Ciência e Profissão. v.31 n.1, p.46-59, 2013.

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