Novas Súmulas do Superior Tribunal de Justiça - DIREITO PROCESSUAL CIVIL -



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Transcrição:

BOLETIM NR #28 Novas Súmulas do Superior Tribunal de Justiça - DIREITO PROCESSUAL CIVIL - O Superior Tribunal de Justiça editou quatro novas súmulas (nº 406 a 409), que trazem um teor bastante relevante para o cenário jurídico e representam significativas mudanças, eis que com tais enunciados, a) a Fazenda Pública poderá recusar a substituição do bem penhorado por precatório; b) a cobrança do serviço de fornecimento de água mediante tarifa progressiva escalonada de acordo com o consumo de cada usuário foi tida como legal; c) nas ações de desapropriação, os juros compensatórios incidentes após a Medida Provisória n. 1.577, de 11/6/1997, deverão ser fixados em 6% ao ano até 13/09/2001, e, a partir de então, em 12% ao ano, e por fim, d) em execução fiscal, a prescrição ocorrida antes da propositura da ação pode ser decretada de ofício. Merece destaque o reconhecimento da prescrição em executivos fiscais, pois o magistrado agora poderá de ofício decretar sua ocorrência, evitando, com isso perda de tempo desnecessária, principalmente à máquina Judiciária, notoriamente assoberbada de ações judiciais em trâmite. Confira abaixo o teor de cada súmula: Súmula nº 406: A Fazenda Pública pode recusar a substituição do bem penhorado por precatórios. Súmula nº 407: É legítima a cobrança da tarifa de água, fixada de acordo com as categorias de usuários e as faixas de consumo.

Súmula nº 408: nas ações de desapropriação, os juros compensatórios incidentes após a Medida Provisória n. 1.577, de 11/6/1997, devem ser fixados em 6% ao ano até 13/09/2001, e, a partir de então, em 12% ao ano, na forma da súmula n. 618 do Supremo Tribunal Federal. Súmula nº 409: em execução fiscal, a prescrição ocorrida antes da propositura da ação pode ser decretada de ofício. Fonte: Superior Tribunal de Justiça Plano não pode limitar radioterapia e quimioterapia - DIREITO DO CONSUMIDOR - O Superior Tribunal de Justiça tem considerado abusivas as restrições impostas por planos de saúde que prejudiquem a eficácia de tratamento relacionado à cobertura contratada. Com base nessa tendência, a 3ª Turma do STJ negou um recurso em que o Centro Transmontano de São Paulo pretendia limitar em 10 sessões a cobertura de radioterapia e quimioterapia, como prevê seu estatuto. O relator do caso, ministro Sidnei Beneti, apontou que a Súmula 302 do STJ afirma ser abusiva cláusula contratual de plano de saúde que limita o tempo de internação hospitalar do segurado. Interpretando a súmula analogicamente, o ministro concluiu que, se não é possível limitar o tempo de internação, também não é possível limitar quantidade de sessões de radioterapia ou quimioterapia. Por reconhecer a incidência do CDC e o abuso da cláusula contratual/estatutária que limita o número de sessões de radioterapia e quimioterapia, conforme analisado pelo relator, todos os ministros da Terceira Turma negaram o recurso.

Candidato classificado em concurso público na posição subseqüente ao número de vagas tem direito à nomeação caso haja desistência - DIREITO ADMINISTRATIVO- A 5ª turma do STJ acolheu recurso em mandado de segurança em que o candidato classificado na posição seguinte ao número de vagas oferecidas em concurso no Estado da Bahia reivindicava sua nomeação, após a eliminação de um dos aprovados. O candidato em questão classificou-se em 49º lugar no concurso público para o cargo de auditor fiscal. O edital previa 48 vagas. O classificado na 32ª posição não compareceu à fase de realização dos exames, nem apresentou os documentos solicitados apesar de devidamente notificado, sendo automaticamente eliminado. O classificado na posição subseqüente ao número de vagas entrou com a ação judicial sustentando que ficou pendente o preenchimento de uma vaga para o cargo diante da exclusão de um dos aprovados. Alegou que a Administração estaria obrigada a nomear o próximo aprovado na ordem de classificação. O TJ/BA negou a ordem, afirmando que, se o edital previa 48 vagas, os candidatos classificados além da 48ª posição não teriam sido aprovados, e sim reprovados, não podendo ser convocados, ainda que houvesse desistência dos que se classificaram dentro do número de vagas. No STJ, houve acolhimento do recurso, seguindo as considerações do relator, ministro Napoleão Nunes Maia Filho, que destacou que a aprovação em concurso público dentro do número de vagas previstas no edital ocasiona direito subjetivo do candidato a ser nomeado para o cargo, pois este passou a integrar o rol dos 48 classificados dentro do número de vagas previstas no edital, já que o aprovado na 32ª posição fora eliminado. O ministro determinou a convocação do candidato para realizar os exames referentes à fase final do concurso e, caso preencha os requisitos necessários, ser nomeado para o cargo de auditor fiscal do Estado da Bahia.

Cumprir citação estrangeira não fere soberania - DIREITO INTERNACIONAL - O Superior Tribunal de Justiça confirmou que o cumprimento, no Brasil, de citação emitida por corte estrangeira não fere a ordem pública, nem a soberania nacional. Esse entendimento foi aplicado pela Corte Especial do STJ no julgamento de uma carta rogatória expedida pela Justiça inglesa. A carta rogatória é o instrumento utilizado por juízes e tribunais para requisitar atos processuais em outros países. No caso julgado pelo STJ, o Tribunal Superior de Justiça da Inglaterra enviou pedido de comunicação à empresa Marítima Petróleo e Engenharia para informá-la de seu envolvimento em processos judiciais em andamento na Inglaterra. A empresa está envolvida em ações que discutem a execução do contrato de construção das plataformas de extração de petróleo P 38 e P 40 da Petrobras. No STJ, a companhia contestou o pedido da Justiça inglesa. Alegou, entre outras coisas, que a carta rogatória ofenderia a soberania nacional por ter, na verdade, finalidade executória. A empresa sustentou que o requerimento teria intenção velada de burlar a necessidade de homologação da sentença estrangeira, requisito indispensável para que uma decisão tomada no exterior possa ser executada em território brasileiro. Também argumentou que a competência para conhecimento das ações propostas seria da Justiça brasileira, já que as obrigações contratuais serão cumpridas em território nacional. No entanto, com base no entendimento da relatora do processo no STJ, ministra Eliana Calmon, o colegiado entendeu que, como se tratava de um caso de pedido de comunicação de ato processual, a análise do tribunal deveria se ater à observância dos requisitos para concessão do exequatur (cumpra-se). A ministra também entendeu que a competência para julgamento de demandas que tratam de obrigação a ser cumprida do Brasil é concorrente, ou seja, elas podem tramitar tanto na Justiça brasileira como na Justiça estrangeira.

Nomes empresariais que remetem à localização geográfica não garantem exclusividade de uso - DIREITO AUTORAL - O registro de termo que remete a determinada localização geográfica como nome empresarial não garante exclusividade de uso. Esse foi o entendimento adotado pela 3ª turma do STJ no julgamento de um recurso especial do restaurante Arábia, que questionava o nome Areibian de um concorrente. O Arábia disse ter adquirido a propriedade de vários registros de marca com a expressão geográfica trazida em seu nome. Por essa razão, os proprietários pensavam ter o direito exclusivo de uso do nome em todo o território nacional. Além disso, eles se sentiam incomodados com a semelhança entre a sua marca e a adotada pelo concorrente. Em primeiro e segundo grau, o pedido foi julgado improcedente. No recurso especial dirigido ao STJ, o restaurante Arábia pretendia, mais uma vez, assegurar o direito exclusivo de uso de seu nome empresarial. Mas, segundo a relatora, ministra Nancy Andrighi, isso não é possível porque, segundo o artigo 34 da lei 8.934, o uso de nome geográfico não garante exclusividade. A relatora observou que a expressão "Arábia" sugere a produção e venda de comida árabe, tratando-se de uma utilização publicitária da região. A ministra Nancy Andrighi salientou que a proteção da marca tem duplo objetivo em nosso ordenamento jurídico. "Por um lado, garante o interesse de seu titular. Por outro lado, protege o consumidor, que não pode ser enganado quanto ao produto que compra ou ao serviço que lhe é prestado", afirmou a relatora no voto. Para que haja violação da Lei de Propriedade Intelectual é preciso existir efetivamente risco de ocorrência de dúvida, erro ou confusão no mercado entre os produtos ou serviços dos empresários que atuam no mesmo ramo. Fonte: Migalhas