PROJETO DE PESQUISA Professor Flávio José Soares Júnior Biólogo graduado pela Universidade Federal de Juiz de Fora; Mestre em Biologia Vegetal pela Universidade Federal de Viçosa; Doutorando em Botânica pela Universidade Estadual de Campinas. Linhas de pesquisa: Fitossociologia (Ecologia de populações e comunidades vegetais); Morfologia e taxonomia vegetal; ESTUDO DOS COMPONENTES LENHOSOS NA COBERTURA VEGETAL DA ENCOSTA DA FACULDADE MACHADO SOBRINHO, JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, BRASIL RESUMO Serão coletadas amostras de material orgânico vegetal lenhoso para posterior estudo florístico da população existente na faculdade Machado Sobrinho com o intuito de conhecer a flora local. Será coletada segundo sistemática própria para os futuros processos de herborização, visando a maior abrangência, serão feitas anotações no local das características de cada espécie vegetal a virem ser estudadas, a elaboração de tabelas e gráficos para posterior estudo também as formas de exploração, intervenção e ou modificação da área, o clima regional, tipo de solo, temperatura, altitude, precipitação media anual, relevo. PALAVRAS-CHAVE: Vegetação, florística, espécies lenhosas. INTRODUÇÃO Com o desenvolvimento do presente estudo espera-se alcançar, como objetivo principal, o conhecimento acerca da composição da cobertura vegetal nas encostas do relevo que abriga a Faculdade Machado Sobrinho, no município de Juiz de Fora, Minas Gerais. Para tanto, serão necessários: 1) inventariar os componentes lenhosos (árvores, arvoretas, arbustos e subarbustos) que asseguram o status florestal da vegetação da área de estudo;
2) designar o grupo ecológico a que cada táxon (família, gênero e espécie) se enquadra; 3) criar uma coleção botânica (herbário) para servir de referência para eventuais estudos técnicos científicos que venham a ocorrer na Faculdade Machado Sobrinho (durante a expansão da estrutura física) ou no entorno imediato. Justificativas A cobertura vegetal de uma dada região é produto da integração e interação de inúmeros fatores bióticos e abióticos, que definem, por si só, o meio ambiente. E por esta condição que a vegetação é tratada como uma referência da qualidade ambiental pelos órgãos ambientais governamentais, bem como, pelas demais comunidades interessadas. Atualmente, a política nacional do meio ambiente legisla sobre as intervenções no meio, evidenciando o conhecimento prévio das comunidades biológicas que ocupam tal meio como premissa para as práticas de exploração e ou conservação. Assim, conhecer as espécies e seus táxons superiores, tal como, a contribuição ecológica de cada um para o sistema ambiental, é determinante na orientação de quaisquer práticas que venham a ocorrer no espaço da Faculdade Machado Sobrinho, no futuro próximo. Material e metodologia De cada planta que se enquadre no critério de inclusão determinado neste estudo, com o caule apresentando a formação de tecidos secundários, serão coletadas amostras de material vegetal vegetativo e ou fértil. Estas coletas, que se propõem como ferramentas essenciais a identificação botânica dessas plantas, deverão ser feitas por meio de tesouras de poda manual e ou facão-de-picada. As amostras que, após as coletas, serão marcadas com fita crepe devidamente numeradas; serão levadas a um espaço apropriado, onde passarão pelos processos usuais de herborização botânica (Mori et al. 1985). Ainda em locu, serão feitas anotações das características das plantas que poderão se perder com o processo de herborização, como viscosidade, odor, produção de látex ou resina, hábitos, coloração de flores e frutos. As coletas serão feitas periodicamente, por um período de seis meses a um ano, buscando registrar o maior número de espécies em estádio reprodutivo possível.
Após herborizadas, as amostras comporão exsicatas que serão tombadas junto ao acervo do Herbário LUNA Herbário de Lavras, pertencente ao Centro Universitário de Lavras UNILAVRAS. Tabelas e gráficos serão confeccionados para garantir uma maior compreensão da flora local e a organização das suas espécies componentes no espaço e no tempo. questões problemas 1) As árvores que ocupam as encostas do relevo que abriga a Faculdade Machado Sobrinho são comuns na região ou indicam alguma particularidade ambiental? 2) A vegetação das encostas do relevo que abriga a Faculdade Machado Sobrinho atesta a qualidade ambiental ou o estado sucessional em que a mesma está? Resultados esperados Acredita-se que o desenvolvimento do presente estudo resultará em uma lista de espécies e famílias vegetais, cujas interpretações subsidiarão o melhor conhecimento sobre a dinâmica da recolonização deste relevo que, no passado, passou por uma intervenção antrópica com o intuito de abrigar a atual Faculdade Machado Sobrinho. Cronograma de execução Atividades Set Out Nov Dez Jan Fev. Revisão de literatura Coleta de dados Triagem, identificação e herborização Confecção de relatórios parciais Relatório final Divulgação dos resultados em eventos Publicação em periódicos científicos Plano de trabalho Serão feitas incursões a área de estudo, uma vez por semana, durante todo semestre proposto para o estudo. A partir do momento que for obtida uma quantidade
satisfatória de materiais coletados, os mesmos serão triados quinzenalmente e enviados ao Herbário LUNA mensalmente. Todos os resultados obtidos serão descritos com base em literatura especializada e no conhecimento do professor orientador. A confecção de relatórios seguirá um cronograma sistematizado com base nos resultados obtidos; sendo que o produto final será convertido em um artigo científico a ser publicado por um periódico especializado. Orçamento Materiais Valores Necessidade Tesoura-de-poda manual R$50,00 Baixa Tesoura de poda com vara R$300,00 Baixa telescópica Mídias removíveis de R$50,00 Alta computador Materiais de papelaria R$100,00 Alta Cartucho para impressora R$250,00 Alta Fita crepe R$50,00 Alta Materiais para estufa R$200,00 Alta Total R$1000,00 Referências Bibliográficas Mori, S. A.; Silva, L. A. M.; Lisboa, G. & Coradin, L. 1985. Manual de manejo do herbário fanerogâmico. Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira CEPLAC. Ilhéus, 97p. Lombardi, J. A. &Gonçalves, M. 2000. Composição florística de dois remanescentes de Mata Atlântica do sudeste de Minas Gerais, Brasil. Revista Brasileira de Botânica 23 (3): 255-282. Viana, F. M. F.; Campos, N. R.; Freitas, L. B. C.; Aparecido, M.; Alves, F. C.; Gomes, F. T. & Salimena, F. R. G. 2006. Levantamento florístico da mata do Parque da Laginha de Juiz de Fora MG, Brasil. Anais do VII Congresso de Ecologia do Brasil Setembro de 2007 - Caxambu, Minas Gerai Brasil.
Marangon, L. C.; Soares,J. J. & Feliciano, A. L. P. 2003. Florística arbórea da Mata da Pedreira, Município de Viçosa, Minas Gerais, Brasil. Sociedade de Investigações Florestais v.27, n2, p.207-215. Leitão-Filho, H. F. 1987. Considerações sobre a florística de florestas tropicais do Brasil. UNICAMP - Departamento de Botânica, Instituto de Biologia Campinas SP. IPEF, n.35, p41-46, abr1987. Oliveira-Filho, A. T. & Machado J. N. M. 1993. Composição florística de uma floresta semidecídua Montana, na Serra de São José, Tiradentes, Minas Gerais. Acta bot. bras. 7(2): 1993.