OBTENÇÃO DE EXTRATOS DE Melia azedarach L. POR PROCESSO SEQUENCIAL EM LEITO FIXO USANDO scco 2, ETANOL E ÁGUA COMO SOLVENTES

Documentos relacionados
OBTENÇÃO E FRACIONAMENTO DE EXTRATOS DE FOLHAS DE PITANGA (Eugenia uniflora L.) UTILIZANDO TECNOLOGIA SUPERCRÍTICA

EXTRATOS DE ALECRIM-PIMENTA

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul para contato:

FRACIONAMENTO DO ÓLEO DE COPAÍBA (Copaifera multijuga) UTILIZANDO DIFERENTES MÉTODOS

EXTRAÇÃO SUPERCRÍTICA DE ESPILANTOL EM LEITO FIXO A PARTIR DE JAMBU (Acmella oleracea (J.) R.K. Jansen)

4028 Síntese de 1-bromodecano a partir de 1-dodecanol

ANÁLISE DA DESIDRATAÇÃO DE RESÍDUOS DE PROCESSAMENTO DE MARACUJÁ (Passiflora Edulis) UTILIZANDO AR QUENTE

5026 Oxidação do antraceno à antraquinona

APLICAÇÃO DA EXTRAÇÃO LÍQUIDO-LÍQUIDO NA NEUTRALIZAÇÃO DE ÓLEO BRUTO DE SOJA COM FOCO NA PRODUÇÃO DE BIODIESEL

4001 Transesterificação do óleo de mamona em ricinoleato de metila

2017 Obtenção da amida do ácido cinâmico através da reação do cloreto do ácido cinâmico com amônia

PROCEDIMENTOS PARA CÁLCULOS DE TEORES DE METABÓLITOS VEGETAIS BIB0315 METABÓLITOS VEGETAIS ANTONIO SALATINO 22/09/2016

COMPOSIÇÃO EM ÁCIDOS GRAXOS DE ÓLEO DE CAFÉ: COMPARAÇÃO DE MÉTODOS DE ESTERIFICAÇÃO*

AULA PRÁTICA Nº / Abril / 2016 Profª Solange Brazaca DETERMINAÇÃO DE LIPÍDEOS

13/04/2017. Instrumentação/Características. Extração por Soxhlet Soxhlet extraction. Automatizado ou Soxtec. Automatizado ou Soxtec

ESTUDO QUÍMICO E QUANTIFICAÇÃO DOS FLAVONÓIDES DAS RAÍZES E FOLHAS DE Jatropha gossypifolia.

EXTRAÇÃO DE FENOIS EM ERVA MATE (2011) 1

17º Congresso de Iniciação Científica PREPARAÇÃO DOS EXTRATOS HIDROALCOÓLICOS E ORGÂNICOS DAS FOLHAS E CAULES DA PIPER REGNELLI

INFLUÊNCIA DO PRÉ-TRATAMENTO DA MATÉRIA- PRIMA NA OBTENÇÃO DE ÓLEO ESSENCIAL DE FRUTOS DE AROEIRA-VERMELHA (Schinus terebinthifolius Raddi)

EXTRAÇÃO DE FITOQUÍMICOS DO BAGAÇO DA AMORA- PRETA EMPREGANDO A TÉCNICA LIMPA DE EXTRAÇÃO COM LÍQUIDO PRESSURIZADO

Análise rápida de 37 FAMEs com o Cromatógrafo a Gás Agilent 8860

ESTUDO DO PROCESSO DE RECUPERAÇÃO E FRACIONAMENTO DA LIGNINA PROVENIENTE DE RESÍDUOS LIGNOCELULÓSICOS

Evento: XXV SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

INTERFERÊNCIA DE SOLVENTES UTILIZADOS NA EXTRAÇÃO DA GORDURA DO LEITE NA DETERMINAÇÃO DO PERFIL DE ÁCIDOS GRAXOS POR CROMATOGRAFIA GASOSA

Maria Eugênia Silveira da Rosa 1 ; Sheila Mello da Silveira 2 INTRODUÇÃO

4006 Síntese do éster etílico do ácido 2-(3-oxobutil) ciclopentanona-2-carboxílico

MODELAGEM MATEMÁTICA DA EXTRAÇÃO DO ÓLEO DE MACAÍBA (Acrocomia acuelata) COM DIÓXIDO DE CARBONO SUPERCRÍTICO

ESTUDO DA DESIDRATAÇÃO DE RESÍDUOS DE ACEROLA EM TAMBOR ROTATIVO ACOPLADO A MICRO-ONDAS

TÉCNICA CROMATOGRÁFICA DE SEPARAÇÃO DE COMPOSTOS BIOATIVOS PRESENTES NAS CASCAS DO JAMBOLÃO (Syzygium cumini)

ESTUDO COMPARATIVO DA EXTRAÇÃO DO ÓLEO DA BORRA DE CAFÉ

Separação de Substâncias Cromatografia

AVALIAÇÃO DO PERFIL DE ÁCIDOS GRAXOS DE SEMENTES OLEAGINOSAS Jatropha gossypifolia L. E Jatropha curcas L. DO CERRADO POR GC-FID

APROVEITAMENTO DE CASCA DE MANGA TOMMY ATKINS

ANÁLISE DA DESIDRATAÇÃO DE RESÍDUOS DE PROCESSAMENTO DE MARACUJÁ (Passiflora Edulis) UTILIZANDO INFRAVERMELHO

TÉCNICAS CROMATOGRÁFICAS PARA OBTENÇÃO DE SUBSTÂNCIAS BIOATIVAS DE PLANTAS 1 CHROMATOGRAPHIC TECHNIQUES FOR OBTAINING BIOATIVE PLANT SUBSTANCES

Aluna do curso de Graduação em Engenharia Química da UNIJUÍ, bolsista iniciação científica

AVALIAÇÃO DO TEOR DE COMPOSTOS BIOATIVOS DO RESÍDUO DE ACEROLA (Malpighia emarginata D.C.) APÓS SECAGEM EM LEITO FIXO

EXTRAÇÃO DE LIPÍDEOS DA AMÊNDOA DE CASTANHA DE CAJU COM CO 2 SUPERCRÍTICO 1

Química Orgânica Experimental I BAC CRITÉRIOS PARA CORREÇÃO DOS PRÉ-RELATÓRIOS E RELATÓRIOS

3001 Hidroboração/oxidação de 1-octeno a 1-octanol

4002 Síntese de benzil a partir da benzoína

5º CONGRESSO NORTE-NORDESTE DE QUÍMICA 3º Encontro Norte-Nordeste de Ensino de Química 08 a 12 de abril de 2013, em Natal (Campus da UFRN)

HIGH PERFORMANCE LIQUID CROMATOGRAPHY CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA PERFORMANCE CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTO DESEMPENHO

USO DE DENUDERES PARA DETERMINAÇÃO

FELIPE TEIXEIRA PALMA HOMERO OLIVEIRA GAETA JOÃO VICTOR FERRAZ LOPES RAMOS LUCAS MATEUS SOARES SABRINA LEMOS SOARES

EXTRAÇÃO DO ÓLEO DE NABO FORRAGEIRO (Raphanus sativus L.) EMPREGANDO DIÓXIDO DE CARBONO SUPERCRÍTICO

MODELAGEM MATEMÁTICA DAS CINÉTICAS DE EXTRAÇÃO SUPERCRÍTICA DE PRODUTOS NATURAIS

4024 Síntese enantioseletiva do éster etílico do ácido (1R,2S)-cishidroxiciclopentano-carboxílico

CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA ( CCD) Bruno Henrique Ferreira José Roberto Ambrósio Jr.

3005 Síntese de 7,7-diclorobiciclo [4.1.0] heptano (7,7- dicloronorcarano) a partir de ciclohexeno

Desempenho da destilação simulada de alta temperatura usando o cromatógrafo gasoso Agilent 8890

4005 Síntese do éster metílico do ácido 9-(5-oxotetra-hidrofuran- 2-ila) nonanóico

Por que razão devemos comer fruta? Determinação da capacidade antioxidante da pêra abacate.

Tabela 14: Fluorescência (240/350 nm) da hidrocortisona e prednisolona após procedimento de derivação fotoquímica.

EXTRAÇÃO DO ÓLEO ESSENCIAL E EXTRATO DO GRÃO VERDE DE CAFÉ COM A UTILIZAÇÃO DO CO 2 SUPERCRÍTICO

Projeto Institucional de Pesquisa Científica vinculado ao Grupo de Pesquisa em Fisiologia da Unijuí. 2

TÍTULO: OBTENÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DA FORMAÇÃO DE (-)-HINOQUININA A PARTIR DA BIOTRANSFORMAÇÃO FÚNGICA DA (-)-CUBEBINA POR ASPERGILLUS TERREUS

1011 Síntese do 1,4-di-terc-butil benzeno a partir do terc-butil benzeno e cloreto de terc-butila.

SECAGEM DE RESÍDUOS DE ACEROLA EM SECADOR ROTO-AERADO COM REALIMENTAÇÃO

Perfil de ácidos graxos de híbridos de girassol cultivados em Londrina

Prof a. Dr a. Patrícia Bulegon Brondani. Cromatografia de Camada Delgada (CCD)

Linhas de orientação e princípios gerais de utilização e marcação do LC-MS

3003 Síntese de 2-cloro-ciclohexanol a partir de ciclohexeno

4 Procedimento Experimental

FCVA/ UNESP JABOTICABAL FUNDAMENTOS DE CROMATOGRAFIA. DOCENTE: Prof a. Dr a. Luciana Maria Saran

ANÁLISE DA DESIDRATAÇÃO DE RESÍDUOS DE PROCESSAMENTO DO MARACUJÁ UTILIZANDO UM MICROONDAS DOMÉSTICO

4023 Síntese do éster etílico do ácido 2-cicclopentanona carboxílico a partir do éster dietílico do ácido adípico

PROCESSO DE CONVERSÃO À BAIXA TEMPERATURA - CBT

3. PARTE EXPERIMENTAL

AVALIAÇÃO DO EXTRADO DA SEMENTE DO MARACUJÁ

Teor de fenóis, flavonóides e taninos condensados do extrato bruto metanólico obtido da casca e folhas de Trichilia silvatica.

PALAVRAS-CHAVE: Ilex paraguariensis St.-Hil; fenólicos; flavonoides; capacidade antioxidante.

EXTRAÇÃO ASSISTIDA POR ULTRASSOM E DETERMINAÇÃO DO TEOR DE FENÓLICOS TOTAIS DA PRÓPOLIS

MSc. Bolsista CNPq/Embrapa Clima Temperado. 2. Acadêmica de Engenharia Química FURG.

MODELAGEM MATEMÁTICA DA EXTRAÇÃO DE ÓLEOS BIOATIVOS DE MICROALGAS USANDO FLUIDO SUPERCRÍTICO

AVALIAÇÃO TECNOLÓGICA E QUÍMICA DAS FOLHAS (RAMAS) DE NABO PARA USO NA ALIMENTAÇÃO HUMANA

2005 Síntese da acetonida do meso-1,2-difenil-1,2-etanodiol (2,2- dimetil-4,5-difenil-1,3-dioxolana)

1 a Lista de Exercícios de Técnicas Cromatográficas (2 a parte)

Caracterização Química e Avaliação de Toxicidade de Extratos Aquosos de Subprodutos de Castanheiro. Paula Alexandra Pinto

Autores: Giselle de S. Araújo, Ricardo H. R. de Carvalho e Elisa M. B. D. de Sousa. São Paulo, Maio de 2009

42º Congresso Bras. de Medicina Veterinária e 1º Congresso Sul-Brasileiro da ANCLIVEPA - 31/10 a 02/11 de Curitiba - PR 1

TÍTULO: AVALIAÇÃO DO LIMITE DE DETECÇÃO DE FÁRMACOS PELAS TÉCNICAS DE EXTRAÇÃO LÍQUIDO LÍQUIDO E DE IDENTIFICAÇÃO POR CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA

2011 Síntese do L-(+)-tartarato de dietila a partir do ácido L- (+)-tartárico e etanol catalisada por ácido

LINHA DE PESQUISA TECNOLOGIAS EM SAÚDE ESPELHO DA PROVA

EXTRAÇÃO DE ÓLEO DAS SEMENTES DE MARACUJÁ (Passiflora edulis) POR SOLVENTE

AVALIAÇÃO DOS TEORES DE ÓLEOS ESSENCIAIS PRESENTES EM PLANTAS AROMÁTICAS FRESCAS E DESIDRATADAS

TÓPICO 2 - Processos de Extração

70ª Reunião Anual da SBPC - 22 a 28 de julho de UFAL - Maceió / AL Ciência e Tecnologia de Alimentos

CINÉTICA DE EXTRAÇÃO DE LIPÍDIOS DE MICROALGA SPIRULINA

CROMATOGRAFIA GASOSA PÓS-DOUTORANDO: DANILO SANTOS SOUZA

Composição Centesimal e Teor de Isoflavonas da Soja Verde Colhida em diferentes horas do dia

I Identificação do estudo

CARACTERIZAÇÃO QUALITATIVA DE ÁCIDOS GRAXOS COMO COMPONENTES DOS ÓLEOS DE GRÃO DE CAFÉ VERDE, CAFÉ TORRADO E BORRA DE CAFÉ 1

Determinação cromatográfica de riboflavina em leite

ELABORAÇÃO DE FARINHA DE UVA UTILIZANDO BAGAÇO DA INDÚSTRIA VITIVINÍCOLA: EFEITO SOB OS COMPOSTOS FENÓLICOS

EXTRAÇÃO E PASTEURIZAÇÃO FÁTIMA ZAMPA RAQUEL TEIXEIRA

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 50

2004 Redução diastereosseletiva de benzoina com boro-hidreto de sódio a 1,2-difenil-1,2-etanodiol

Cromatografia em Coluna: Dicas

Análise da estabilidade oxidativa de um biodiesel produzido a partir de miscelas etanólicas de óleo de soja.

Transcrição:

OBTENÇÃO DE EXTRATOS DE Melia azedarach L. POR PROCESSO SEQUENCIAL EM LEITO FIXO USANDO scco 2, ETANOL E ÁGUA COMO SOLVENTES R. G. BITENCOURT 1, C. L. QUEIROGA 2 e F. A. CABRAL 1 1 Universidade Estadual de Campinas, Departamento de Engenharia de Alimentos 2 Universidade Estadual de Campinas, Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas E-mail para contato: raphaelagbitencourt@gmail.com RESUMO Melia azedarach L. é uma planta com ampla utilização popular e que possui diversos compostos de interesse. Extrações que utilizam dióxido de carbono supercrítico (scco 2 ) destacam-se para obtenção de biocompostos por serem consideradas tecnologias limpas. Extratos de frutos de M. azedarach foram obtidos por um processo sequencial em leito fixo utilizando scco 2, etanol e água como solventes. As extrações foram realizadas em 4 etapas sequencias a 50 C e 300 bar e os extratos foram analisados: por Cromatografia em Camada Delgada (CCD), quanto ao teor de compostos fenólicos e potencial de redução da tensão superficial. O rendimento de extração global atingiu 45 % e a CCD mostrou extratos enriquecidos em diferentes compostos. O maior teor de compostos fenólicos foi obtido no extrato hidroalcoólico (21,6 mg de EAG/g de extrato) e o extrato obtido pela mistura scco 2 + etanol apresentou a maior redução da tensão superficial (26,9 mn.m -1 ). Não foi verificada presença de óleos voláteis nos extratos, porém foram identificados ácidos graxos no extrato supercrítico. O processo proposto apresentou-se como uma boa alternativa para extrair compostos de interesse presentes em M. azedarach. 1. INTRODUÇÃO A Melia azedarach L. é uma árvore pertencente à família Meliaceae, sub-espontânea na no Sul e Sudeste do Brasil e conhecida principalmente como cinamomo e chinaberry tree (Lorenzi, 2003). Esta planta apresenta atividade antiviral (Wachsman et al., 1982; Andrei et al., 1986; Wachsman et al., 1998), antimicrobiana (Khan et al., 2011; Orhan et al., 2012a), inseticida (Carpinella et al., 2007; Mckenna et al.,2013; Scapinello et al., 2013), citotóxica (Akihisa et al., 2013; Yuan et al., 2013) e anti-inflamatória (Aoudia et al., 2013). Extrações envolvendo fluidos supercríticos para a obtenção de extratos naturais ricos em compostos bioativos têm sido amplamente exploradas por fornecer extratos limpos e enriquecidos em componentes de interesse. O dióxido de carbono é o solvente mais utilizado no estado de fluido supercrítico pois, quando aplicado a alimentos e fármacos, não gera resíduos tóxicos. Além disso, técnicas de extração que envolvem diversas etapas sequenciais com scco 2 e combinações entre scco 2, etanol e água têm obtido grande sucesso para extração e fracionamento de compostos fenólicos (Seabra et al., 2010; Área temática: Engenharia Ambiental e Tecnologias Limpas 1

Paula et al., 2013; Paula et al., 2014; Garmus et al, 2014). A água e o etanol possuem polaridades diferentes à do scco 2 e não há restrições de órgãos governamentais e ambientais quanto ao seu uso. Neste contexto, este projeto visa verificar a viabilidade técnica do uso de scco 2, etanol e água como solventes em processo sequencial em leito fixo para extrair compostos bioativos presentes em frutos de Melia azedarach L.. 2. MATERIAL E MÉTODOS 2.1. Caracterização da Matéria-Prima Foram utilizados frutos de M. azedarach coletados na cidade de Campinas-SP (Latitude: 23 32' S, Longitude: 47 08' W) em agosto de 2011. Após coleta, os frutos foram previamente picotados (TRAPP) e secos em estufa com circulação de ar a 40 C por quatro dias. Em seguida, foram moídos (Moinho 114584, Ametek) com gelo seco e moinho de facas (Moinho MA 340, Marconi, Brasil). Por fim, os frutos secos e moídos de M. azedarach foram caracterizados de acordo com a Tabela 1 e armazenadas em frascos de vidro com tampa em freezer (Brastemp Flex, Brasil) a 26 C. Tabela 1 Caracterização dos frutos de M. azedarach secos e moídos. Propriedade Metodologia Amostra Teor de Voláteis Totais (%) AOAC 930.04 (1997) 10,89 ± 0,23 Umidade (%) AOCS Ca 23-55 (1998) 9,50 ± 0,14 Diâmetro Médio das Partículas (mm) ASAE (1997) 0,72 ± 0,04 Densidade Aparente (g.cm -3 ) Uquiche et al. (2004) 0,60 ±0,01 Densidade Real (g.cm -3 ) Picnometria em gás hélio 1,46 ± 0,01 Porosidade do Leito Rahman (1996) 0,59 ± 0,01 2.2. Metodologia de Extração A extração foi realizada em quatro etapas sequencias a 300 bar e 50 C, como apresentado na Figura 1, em uma unidade de extração descrita em diversos trabalhos (Paula et al., 2013; Paula et al., 2014; Garmus et al., 2014). Além disso, uma armadilha Porapak foi conectada juntamente ao sistema de coleta de CO 2. A armadilha Porapak foi montada a partir de um tubo de vidro contendo Porapak-Q (80-100 Mesh, Supelco Analytical, EUA) e lã de vidro (Êxodo Científica, Brasil), formando um cartucho, para reter os compostos voláteis presentes na amostra. O extrato obtido a partir deste processo foi denominado SCE-V. Portanto, como resultado das quatro etapas de extração foram obtidos cinco tipos de extratos denominados: SCE (extrato supercrítico), SCE- V (fração volátil do extrato supercrítico), SCEE (extrato supercrítico + etanol), EE (extrato etanólico) e HE (extrato hidroalcoólico), respectivamente. Os rendimentos de extração foram calculados pela razão entre a massa de extrato obtida e massa de matéria prima utilizada para montar o extrator, dada em porcentagem. A massa do extrato foi obtida após concentração em rotaevaporador (Evaporador rotativo Marconi, MA-120, Brasil) e secagem em estufa (Marconi, MA030/12, Brasil) sob vácuo (Bomba de vácuo Marconi, MA057/1, Brasil) a 50 C até peso constante (Balança analítica, Precisa XT 220A). Curvas Área temática: Engenharia Ambiental e Tecnologias Limpas 2

cinéticas de extração (massa de extrato vs. tempo de extração) também foram construídas coletando-se, em intervalos de tempo pré-estabelecidos, amostras de extratos. Figura 1 Esquema representativo das quatro etapas de extração sequencial em leito fixo. 2.3. Cromatografia em Camada Delgada O perfil cromatográfico dos extratos foram analisados por Cromatografia em Camada Delgada (CCD). Placas de Sílica gel G60 F 254 foram utilizadas como fase estacionária (1.05554.0001, Merck, Germany) e uma solução de clorofórmio (Synth, Brazil): metanol (Synth, Brazil): ácido trifluoroacético 0,5 % (Vetec, Brazil) (60:40:5 v/v/v) foi usado como fase móvel. Uma solução de para-anisaldeído (revelador universal) foi usado para reveler os compostos. Como padrão foram utilizadas extratos obtidos por sistema Soxhlet, usando solventes em ordem crescente de polaridade (hexano, acetato de etila e metanol). 2.4. Tensão Superficial Análises de tensão superficial foram realizadas para identificar a presença de saponinas nos extratos. Por serem surfactantes naturais, extratos contendo saponinas apresentam redução em sua tensão superficial. Amostras dos extratos de 20 e 40 g.l -1 foram solubilizadas em água deionizada e a tensão superficial foi determinadas a 24 C por um Tensiômetro Digital (K10ST, Kruss, Germany) usando um anel de Pt-Ir. A redução na tensão superficial dos extratos foi comparada à tensão superficial do dodecil sulfato de sódio (SDS), um surfactante sintético. 2.5. Fenóis e Flavonoides O teor de fenóis totais foi determinado através do método de Folin-Ciocalteu, segundo procedimento de Singleton et al. (1999) e expresso em equivalente de ácido gálico (mg EAG/g extrato). Para a quantificação dos flavonoides totais foi empregado o método desenvolvido por Zhishen et al. (1999), no qual os resultados são expressos em equivalente de catequina (mg EC/g extrato). Totais as análises forma realizadas em triplicata. Área temática: Engenharia Ambiental e Tecnologias Limpas 3

2.6. Cromatografia Gasosa acoplada a Espectrometria de Massas As análises por CG-MS foram conduzidas em cromatógrafo a gás Agilent Technologies 6890 com detector seletivo de massas 5975. Foi utilizada uma coluna capilar HP-5MS (30 m x 0.25 mm x 0.25 μm) e injeção do modo split com razão 1:30. Hélio foi usado como gás de arraste na vazão de 1 ml.min -1 e o sistema de ionização de elétrons foi de 70 ev. Injetou-se 1,0 μl de solução de extrato no equipamento e a identificação dos constituintes químicos foi realizada a partir de seus respectivos espectros de massas, por comparação com os espectros de massas do banco de dados da biblioteca NIST. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 3.1. Rendimentos e Cinética de Extração Extratos de frutos de M. azedarach apresentaram diferenças significativas quanto ao rendimento de extração, conforme apresentado na Tabela 2. O maior rendimento de extração foi obtido para o extrato etanólico (EE), seguido do extrato hidroalcoólico (HE). Os extratos supercríticos (SCE e SCEE) apresentaram médias (rendimento) estatisticamente iguais, e a fração volátil (SCE-V) foi a obtida em menor quantidade. O extrato supercríticos (SCE) de M. azedarach apresentou rendimento de extração de 7,6 %, valor superior ao encontrado por Scapinello et al. (2013) a 250 bar e 60 C (5,2 %). O rendimento em compostos voláteis (SCE-V) foi 0,63 %. Não há na literatura resultados quantitativos sobre compostos voláteis em frutos de M. azedarach. Tabela 2 Resultados das análises de rendimento, tensão superficial e teor de fenóis e flavonoides totais nos extratos de M. azedarach. Extrato Tensão Superficial Teor de Fenóis Teor de Rendimento (mn.m -1 ) (mg EAG/g Flavonoides (mg (%) 20 g.l -1 40 g.l -1 extrato) EC/g extrato) SCE 7,6 ± 1,3 d - - - - SCEE 6,4 ±1,1 d 42,1 ± 0,6 a 26,9 ± 0,4 c 20,59 ± 1,17 a 35,35 ± 1,39 a EE 19 ± 2 b 43,5 ± 0,2 a 30,7 ± 0,6 b 5,69 ± 0,32 b 1,99 ± 0,38 c HE 12,3 ±0,4 c 43,1 ± 0,4 a 37,7 ± 0,5 a 21,6 ± 1,57 a 5,74 ± 1,17 b Global 46 ± 2 a - - - - Tensão superficial da água deionizada = 72,4 ± 0,4 mn.m -1 ; Tensão superficial do SDS (acima do CMC) = 36,3 ± 1,3 mn.m -1. Letras iguais equivalem a médias estatisticamente iguais (p < 0,05). Na Figura 2 está representada a curva global (cinética) das quatro etapas de extração. A etapa 1 (SCE) foi realizada durante 5 horas e as demais em 6 horas cada. Observou-se que as etapas 1 e 4 atingiram o período no qual a difusão controlou o processo de extração e a quantidade de extrato obtida foi muito pequena, sugerindo que o leito de partículas tendia para seu esgotamento. Com 3 horas de extração supercrítica, quantidade maior que 90 % do total de extrato SCE obtido havia sido extraída e, da mesma forma, mais de 80 % do extrato hidroalcoólico (HE) Área temática: Engenharia Ambiental e Tecnologias Limpas 4

total foi extraído com o mesmo tempo de extração. Isto indica que é mais viável realizar estas etapas durante 3 horas pois, após esse período, a quantidade de extrato obtida é muito pequena comparado a quantidade de solvente utilizado. Por outro lado, para as etapas 2 e 3, a queda da taxa de extração não foi tão acentuada e após 3 horas de extração aproximadamente 68 e 74 % do total de extrato SCEE e EE, respectivamente, haviam sido extraídos, indicando que o processo de extração provavelmente se apresentava na etapa de taxa de extração decrescente. 50 Rendimento Acumulado (%) 40 30 20 10 Etapa 1 (SCE) Etapa 2 (SCEE) Etapa 3 (EE) Etapa 4 (HE) 0 0 50 100 150 200 250 300 Massa Solvente/Massa Amostra (g/g) Figura 2 Cinética de extração para frutos de M. azedarach em leito fixo a 300 bar e 50 C. 3.2. Cromatografia em Camada Delgada Os extratos obtidos foram caracterizados quanto ao perfil químido por CCD para verificar a seletividade dos solventes usados. Como referência foram utilizados extratos obtidos em sistema Soxhlet com acetato de etila e metanol (Figura 3, aplicações 1 e 2). As aplicações das referências indicam presença de quatro manchas (grupos de compostos) em frutos de M. azedarach, sendo elas I, II, III e IV. Conforme dados de tensão superficial (Tabela 2) pode-se observar que os menores valores de tensão superficial foram dos extratos SCEE e EE (26,9 e 30,7 mn.m -1, respectivamente), indicando os compostos III e IV como possíveis saponinas. Verificou-se um fracionamento parcial dos compostos presentes em M. azedarach através do processo sequencial em leito fixo proposto neste trabalho. No extrato supercrítico (SCE) foi observada presença de compostos apolares. Os extratos SCEE, EE e HE (Figura 3, aplicações 4, 5 e 6) apresentaram manchas codificadas por III e IV sendo que o extrato SCEE ainda continha compostos graxos (I). Os extratos EE e HE apresentaram composição química similar, porém no extrato EE verificou-se predominância da mancha codificada III. Área temática: Engenharia Ambiental e Tecnologias Limpas 5

Figura 3 - Cromatograma (CCD) dos extratos de M. azedarach. Aplicação: 1: extrato acetato de etila por Soxhlet (referência); 2: extrato metanólico por Soxhlet (referência); 3: SCE; 4: SCEE; 5: EE; 6: HE; 7: resíduo final. Eluente: clorofórmio:metanol:ácido trifluoracético 0,5% (60:40:5). Detecção: solução de p-anisaldeído. 3.3. Tensão Superficial Observou-se influência da concentração de todos os extratos na tensão superficial da solução (Tabela 2), sugerindo que a superfície das soluções a 20 g.l -1 ainda não se encontravam saturadas em saponinas (surfactantes naturais). Esta influência foi mais significativa no extrato SCEE, pois verificou-se variação da tensão superficial de 42 mn.m -1 para 27 mn.m -1 ao aumentar-se a concentração do extrato de 20 g.l -1 para 40 g.l -1. Na concentração de 20 g.l -1 não foi verificada diferença nos valores de tensão superficial entre os extratos etanólicos e hidroalcoólicos (EE e HE), sendo estes capazes de reduzir a tensão superficial da água de aproximadamente 72 mn.m -1 para 43 mn.m -1. Nas concentrações testadas o extrato supercrítico com etanol (SCEE) de M. azedarach mostrou melhor capacidade de redução da tensão superficial, sugerindo este extrato está enriquecidos em saponinas. Além disso, observou-se que, na concentração de 40 g.l -1 os extratos SCEE e EE apresentaram melhor capacidade de redução da tensão superficial, quando comparados ao dodecil sulfato de sódio, surfactante sintético utilizado como referência. 3.4. Fenóis e Flavonoides A Tabela 2 apresenta os resultados referente ao teor de fenóis e flavonoides totais nos extratos de M. azedarach. Análises com o extrato supercrítico (SCE) não puderam ser realizadas devido à baixa solubilidade dos extratos em água. Nota-se que o comportamento dos extratos não se mostrou similar para as duas análises realizadas (fenóis e flavonoides totais). Além disso, os resultados indicam que a fração que apresentou maior teor de fenóis totais expressos em mg EAG/g extrato foi o extrato hidroalcoólico (HE), sendo este considerado com o teor de fenóis totais estatisticamente igual ao extrato obtido com scco 2 + etanol (SCEE). Para a análise de teor de flavonoides totais, verifica-se que todos os extratos apresentaram médias diferentes, sendo Área temática: Engenharia Ambiental e Tecnologias Limpas 6

SCEE > HE > EE. Orhan et al. (2012a) verificaram a concentração de flavonoides totais em extratos convencionais de frutos de M. azedarach, expressos em equivalente de quercetina, e estes variaram de 20 a 75 mg EQ/g de extrato. Estes resultados são superiores aos encontrados nos extratos EE e HE, obtidos neste trabalho. De forma geral, a solução etanol/água (70:30 v/v) destacou-se em extrair compostos fenólicos de frutos de M. azedarach (maior rendimento) e obtendo extratos com elevada concentração de fenóis totais expressos em equivalente de ácido gálico. 3.5. Cromatografia Gasosa acoplada a Espectrometria de Massas Não foi detectada presença significativa de compostos voláteis nos extratos dos frutos de M. azedarach. Foi verificada, apenas, presença de ácidos graxos no extrato SCE-V, assim como no extrato SCE. No SCE-V, os ésteres derivados do ácido linoleico identificados corresponderam a aproximadamente 47 %, em área relativa, do total de extrato. Este resultado é coerente com dados encontrados na literatura, onde há relatos que o óleo proveniente de frutos de M. azedarach é constituído majoritariamente por ácido linoleico, representando 62,8 % da composição deste óleo (Orhan et al., 2012b). 4. CONCLUSÕES O extrato etanólico (EE) apresentou o maior rendimento de extração seguido de HE, SCE e SCEE. As análises por CCD mostraram que o processo de extração foi seletivo de acordo com a polaridade do solvente utilizado. Não foi detectada presença significativa de compostos voláteis em frutos de M. azedarach. SCEE apresentou maior redução da tensão superficial indicando presença de saponinas, e o extrato hidroalcoólico apresentou maior teor de compostos fenólicos. Resumidamente, o processo de extração sequencial em leito fixo utilizando solventes verdes mostrou ser uma boa alternativa ao uso de solventes orgânicos para extrair compostos de interesse presentes em M. azedarach. 5. REFERÊNCIAS AKIHISA, T.; PAN, X.; NAKAMURA, Y.; KIKUCHI, T.; TAKAHASHI, N.; MATSUMOTO, M.; OGIHARA, E.; FUKATSU, M.; KOIKE, K.; TOKUDA, H. Limonoids from the fruits of Melia azedarach and their cytotoxic activities. Phytochemistry, v. 89, p. 59-70, 2013. ANDREI, G. M.; LAMPURI, J. S.; COTO, C. E.; DE TORRES, R. A. An antiviral factor from Melia azedarach L. prevents Tacaribe virus encephalitis in mice. Experientia, v. 42, p. 843-845, 1986. AOAC. Official Methods Of Analysis. Washington, DC: Association Of Official Analytical Chemists, 1997. AOCS. Official methods and recommended practices of the American Oil Chemist's Society. 6 ed. (Ca 23-55). AOCS Press Champaign, IL, 1998. AOUDIA, H.; OOMAH, B. D.; ZAIDI, F.; ZAIDI-YAHIAOUI, R.; DROVER, J. C. G.; HARRISON, J. E. Phenolics, antioxidant and anti-inflammatory activities of Melia azedarach extracts. Int. J. Appl. Res. Nat. Prod., v. 6, p. 19-29, 2013. ASAE. Method of Determining and Expressing Fineness of Feed Materials by Sieving. American Society of Agricultural and Biological Engineers, 1997. Área temática: Engenharia Ambiental e Tecnologias Limpas 7

CARPINELLA, M. C.; MIRANDA, M.; ALMIRÓN, W. R.; FERRAYOLI, C. G.; ALMEIDA, F. L.; PALACIOS, S. M. In vitro pediculicidal and ovicidal activity of an extract and oil from fruits of Melia azedarach L. J Am. Acad. Dermatol., v. 56, p. 250-256, 2007. GARMUS, T. T.; PAVIANI, L. C.; QUEIROGA, C. L.; MAGALHÃES, P. M.; CABRAL, F. A. Extraction of phenolic compounds from pitanga (Eugenia uniflora L.) leaves by sequential extraction in fixed bed extractor using supercritical CO 2, ethanol and water as solvents. J. Superc. Fluids, v. 86, p. 4-14, 2014. KHAN, A. V.; AHMED, Q. U.; MIR, M. R.; SHUKLA, I.; KHAN, A. A. Antibacterial efficacy of the seed extracts of Melia azedarach against some hospital isolated human pathogenic bacterial strains. Asian Pac. J. Trop. Biomed., v. 1, p. 452-455, 2011. LORENZI, H. Árvores exóticas no Brasil: madeireiras, ornamentais e aromáticas. Inst. Plantarum de Estudos da Flora, 2003. MCKENNA, M. M.; ABOU-FAKHR HAMMAD, E. M.; FARRAN, M. T. Effect of Melia azedarach (Sapindales: Meliaceae) fruit extracts on Citrus Leafminer Phyllocnistis citrella (Lepidoptera: Gracillariidae). SpringerPlus, v. 2, 2013. ORHAN, I. E.; GUNER, E.; OZCELIK, B.; SENOL, F. S.; CAGLAR, S. S.; EMECEN, G.; KOCAK, O.; SENER, B. Assessment of antimicrobial, insecticidal and genotoxic effects of Melia azedarach L. (chinaberry) naturalized in Anatolia. Int. J. Food Sci. Nutr., v. 63, p. 560-565, 2012a. ORHAN, I. E.; GUNER, E.; OZTURK, N.; SENOL, F. S.; ERDEM, S. A.; KARTAL, M.; SENER, B. Enzyme inhibitory and antioxidant activity of Melia azedarach L. naturalized in Anatolia and its phenolic acid and fatty acid composition. Ind. Crop. Prod., v. 37, p. 213-218, 2012b. PAULA, J. T.; PAVIANI, L. C.; FOGLIO, M. A.; SOUSA, I. M. O.; CABRAL, F. A. Extraction of anthocyanins from Arrabidaea chica in fixed bed using CO 2 and CO 2 /ethanol/water mixtures as solvents. J. Superc. Fluids, v. 81, p. 33-41, 2013. PAULA, J. T.; PAVIANI, L. C.; FOGLIO, M. A.; SOUSA, I. M.; DUARTE, G. H.; JORGE, M. P.; EBERLIN, M. N.; CABRAL, F. A. Extraction of anthocyanins and luteolin from Arrabidaea chica by sequential extraction in fixed bed using supercritical CO 2, ethanol and water as solvents. J. Superc. Fluids, v. 86, p. 100-107, 2014. RAHMAN, M. S.; PERERA, C. O.; CHEN, X. D.; DRISCOLL, R. H.; POTLURI, P. L. Density, shrinkage and porosity of calamari mantle meat during air drying in a cabinet dryer as a function of water content. J. Food Eng., v. 30, p. 135-145, 1996. SCAPINELLO, J.; RIBEIROS, M. L.; TOMAZELLI JR, O.; CHIARADIA, L. A.; VLADIMIR, J.; OLIVEIRA, J. D. M. Effects of SFE Melia azedarach on the control of fall armyworm (Spodoptera frugiperda). III Iberoamerican Conf. Superc. Fluids, Cartagena de Indias, 2013. SEABRA, I. J.; BRAGA, M. E. M.; BATISTA, M. T.; DE SOUSA, H. C. Effect of solvent (CO 2 /ethanol/h2o) on the fractionated enhanced solvent extraction of anthocyanins from elderberry pomace. J. Superc. Fluids, v. 54, p. 145-152, 2010. SINGLETON, V. L.; ORTHOFER, R.; LAMUELA-RAVENTÓS, R. M. Analysis of total phenols and other oxidation substrates and antioxidants by means of folin-ciocalteu reagent. In: (Ed.). Methods in Enzymology: Academic Press, v. 299, p.152-178, 1999. UQUICHE, E.; DEL VALLE, J. M.; ORTIZ, J. Supercritical carbon dioxide extraction of red pepper (Capsicum annuum L.) oleoresin. J. Food Eng., v. 65, p. 55-66, 2004. ZHISHEN, J.; MENGCHENG, T.; JIANMING, W. The determination of flavonoid contents in mulberry and their scavenging effects on superoxide radicals. Food Chem., v. 64, p. 555-559, 1999. YUAN, C. M.; ZHANG, Y.; TANG, G. H.; LI, Y.; HE, H. P.; LI, S. F.; HOU, L.; LI, X. Y.; DI, Y. T.; LI, S. L.; HUA, H. M.; HAO, X. J. Cytotoxic limonoids from Melia azedarach. Planta Med., v. 79, p. 163-168, 2013. Área temática: Engenharia Ambiental e Tecnologias Limpas 8

WACHSMAN, M.; MARTINO, V.; GUTKIND, G. O.; COUSSIO, J. D.; COTO, C. E.; DE TORRES, R. A. Antiviral activity of a Melia azedarach plant extract. Fitoterapia, v. 53, p. 167-170, 1982. WACHSMAN, M. B.; CASTILLA, V.; COTO, C. E. Inhibition of foot and mouth disease virus (FMDV) uncoating by a plant-derived peptide isolated from Melia azedarach L. leaves. Arch. Virol., v. 143, p. 581-590, 1998. Área temática: Engenharia Ambiental e Tecnologias Limpas 9