PESQUISA EMPRÉSTIMO PARA NEGATIVADOS JUNHO 2018

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Transcrição:

PESQUISA EMPRÉSTIMO PARA NEGATIVADOS JUNHO 2018

TOMAR EMPRÉSTIMO PARA LIMPAR O NOME NÃO VALEU A PENA PARA PARTE CONSIDERÁVEL DOS NEGATIVADOS Quando o consumidor está com dívidas em atraso e o nome registrado em listas de devedores inadimplentes, é justamente o momento em que mais precisa de dinheiro para sair do sufoco, pagar as contas e limpar o nome. No entanto, é muito difícil encontrar quem esteja disposto a oferecer crédito para quem está nesta situação. De olho neste mercado de milhões de inadimplentes, muitos bancos e financeiras se especializaram em conceder crédito para quem está negativado. Fortemente presentes por meio de apelos publicitários em jornais, televisão, internet e até mesmo na porta dos balcões de serviços de proteção ao crédito, essas instituições prometem liberar dinheiro rapidamente, de forma simples, prática e sem burocracia. Em muitos casos, oferecem dispensar até consulta prévia. No entanto, por conta do risco da operação, os juros cobrados por essas empresas costumam ser altos e em muitos casos podem superar os do cheque especial e os do rotativo do cartão de crédito. Mas em um contexto em que tomar um empréstimo é uma das únicas saídas para sair do vermelho, o consumidor, apesar de desconfiado, se pergunta: será que realmente compensa pegar um atalho para quitar as dívidas? A pesquisa Empréstimo para Negativados, conduzida pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), revela que para grande parte dos entrevistados, pegar o empréstimo não ajudou a resolver o problema financeiro. E como se verá a seguir, metade considera os juros abusivos. O estudo ouviu pessoas inadimplentes ou que estiveram nessa situação nos últimos 12 meses, em todas as capitais brasileiras, entre os dias 9 e 22 de janeiro de 2018. 2

A MAIORIA QUE CONTRATOU SERVIÇO PELA INTERNET CHECOU A CREDIBILIDADE DA EMPRESA Com o desemprego em patamares elevados e com a inadimplência beirando 60 milhões de consumidores negativados, a pesquisa do SPC Brasil e da CNDL revela que 15,9% dos inadimplentes ou ex-inadimplentes entrevistados já fizeram empréstimos em financeiras que dão crédito para negativados poderem limpar seus nomes, percentual que aumenta para 20,7% entre consumidores das classes A e B (20,7%). Por outro lado a maioria (80,9%) afirma que nunca fez, sendo que 48,1% nunca tentaram principalmente as classes C, D e E (52,2%) e 13,8% não fizeram por considerarem as taxas de juros muito altas. Essas empresas acabam cobrando altas taxas de juros para poderem viabilizar um negócio de alto risco. Por outro lado, apesar de em muitos casos conseguirem limpar seus nomes, os inadimplentes podem acabar trocando uma dívida por outra ainda mais cara, podendo chegar ao final do parcelamento tendo pago duas vezes o valor total do que inicialmente deviam. Por isso, caso a escolha seja a de trocar uma dívida, o consumidor deve comparar os juros e optar sempre pela mais barata, comenta Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil. O estudo buscou responder as razões que levam os consumidores a fazerem esse tipo de empréstimo. 28,9% alegam que foi a única forma encontrada para quitar as dívidas, parte considerável (26,6%) respondeu ser a forma mais rápida para limpar o nome e 25,0% não conseguiram crédito em outros bancos. Para o educador financeiro do SPC Brasil e do Portal Meu Bolso Feliz, José Vignoli, em muitos casos, quitar uma dívida é tarefa que exige esforço e mudanças drásticas nos hábitos financeiros de toda a família para que o consumidor possa colocar as contas em dia. O ponto é que muitas vezes as pessoas não têm paciência e disciplina e optam por um caminho mais rápido e aparentemente mais fácil para limpar o nome. No entanto, é preciso ter em mente que essas financeiras aceitam conceder dinheiro a negativados em troca de juros acima do que o mercado costuma cobrar, comenta. 3

POR QUE OPTOU POR FAZER O EMPRÉSTIMO PARA LIMPAR O NOME Foi a única forma encontrada para quitar as dívidas 29% Por ser a forma mais rápida para limpar o nome 27% Não conseguiu crédito em outros bancos 25% Não queria pedir emprestado a conhecidos ou familiares 11% Outro 7% Não sabe 1% Sobre a modalidade de crédito, mais da metade (55,7%) tomou empréstimo pessoal, enquanto que 42,5% empréstimo consignado. Sete em cada dez entrevistados (73,0%) contrataram o empréstimo presencialmente, ou seja, diretamente na empresa e praticamente um quarto (26,5%) utilizou a internet. A maior parte dos que já tomaram empréstimo nessas financeiras (21,5%) revela que ficou conhecendo a empresa por meio de anúncios em jornais, televisão e revistas. Outros 21,5% ficaram sabendo do serviço pela internet e 16,8% por meio da indicação de amigos e parentes. 4

De modo geral, a pesquisa mostra que os consumidores que contrataram o serviço pela internet foram cautelosos na hora de escolher a financeira. A maioria (95,2%) checou a credibilidade da empresa, sendo que destes, 40,3% verificaram se o site era bem estruturado, 38,0% procuraram informações nos bancos a respeito da financeira, 36,4% checaram se a empresa possui CNPJ e 33,9% verificaram se disponibilizava telefone comercial ou celular para contato. Marcela Kawauti explica que consumidores decididos a pegar empréstimos nessas instituições devem antes conferir se a empresa tem autorização de funcionamento concedida pelo Banco Central do Brasil. Embora existam muitos bancos e financeiras que operam regularmente e de forma idônea, o consumidor deve ficar atento na hora de contratar esse tipo de serviço. Na maior parte dos casos, instituições falsas ou não autorizadas oferecem facilidades fora da realidade de mercado e exigem depósito prévio para liberarem o dinheiro, principalmente em contas de pessoas físicas, alerta a economista. O estudo também buscou entender quais foram as exigências e condições mais solicitadas por bancos e financeiras que oferecem crédito a negativados. A maioria dos entrevistados (87,7%) disse que, no momento da negociação, foram solicitados a cumprir algumas garantias ou condições para conseguir o empréstimo, sendo as mais comuns ter conta em banco (21,3%), ter renda mínima comprovada (17,9%), ser aposentado (13,2%) principalmente entre os homens (20,7%) e ser servidor público (12,8%). COMO FICOU CONHECENDO A FINANCEIRA Anúncio em jornais, televisão, revistas Internet Indicação de amigos/parentes Panfletos Foi abordado por alguma empresa deste ramo Passou na porta da empresa 21% 21% 17% 16% 12% 10% Outros 2% 5

MAIORIA FEZ PESQUISA PRÉVIA SOBRE TAXAS DE JUROS E DEMAIS LINHAS DE CRÉDITO ANTES DE OPTAR PELO EMPRÉSTIMO Sete em cada dez entrevistados (71,0%) afirmam que fizeram pesquisa prévia sobre taxas de juros e demais condições em busca de outras linhas de crédito alternativas com menor frequência entre consumidores com 50 ou mais anos (49,1%), sendo que 27,6% pesquisaram para poderem escolher aquela que oferecesse a menor taxa de juros, 17,1% para escolher a que libera o dinheiro mais rapidamente e outros 17,1% para poderem escolher a alternativa menos burocrática e que oferece menos restrições. Por outro lado, 22,9% sequer pesquisaram principalmente entrevistados com mais de 50 anos (43,8%), sendo que 15,9% por não verem necessidade e 7,0% porque o mais importante era conseguir o dinheiro. Perguntados se houve pagamento de taxa/ tarifa de avaliação para análise e aprovação do cadastro, 37,8% disseram que sim, enquanto que 50,0% não tiveram que pagar. FEZ PESQUISA SOBRE TAXAS DE JUROS E OUTRAS CARACTERÍSTICAS DE POSSÍVEIS LINHAS DE CRÉDITO ANTES DO EMPRÉSTIMO RESPOSTAS RU % Sim (Total) 71% Sim, para poder escolher aquela que oferece as menores taxas e juros 28% Sim, para poder escolher aquela que libera o dinheiro o mais rápido possível 17% Sim, para poder escolher aquela que tem menos burocracia e restrições para liberar o dinheiro 17% Sim, para ter certeza de qual empresta dinheiro considerando a minha situação, para evitar constrangimentos 9% Não (total) 23% Não, não vi necessidade 16% Não, o que importa é conseguir o dinheiro 7% Não sei/ não lembro 6% 6

De modo geral, entre aqueles que compararam taxas de juros e demais condições antes da contratação, 30,6% escolheram o empréstimo que oferecia a melhor condição de pagamento, 26,2% optaram por aquele que oferecia a menor taxa de juros, 22,1% pelo que disponibilizava todo o valor que o inadimplente precisava e outros 20,3% escolheu o empréstimo que liberou o dinheiro o mais rapidamente possível. José Vignoli alerta para que o consumidor não avalie somente se o valor da parcela a ser paga mensalmente cabe ou não no próprio bolso. Em qualquer tipo de operação de crédito, recomendase que o consumidor leve em consideração o custo efetivo total do empréstimo, que considera todas as taxas e encargos financeiros pagos pelo tomador. Dessa forma, independentemente do valor mensal da parcela, é mais eficiente comparar diferentes linhas de crédito e saber efetivamente o valor total pago ao final do empréstimo, orienta. O estudo mostra que metade dos entrevistados que pesquisaram as características do empréstimo (50,3%) avalia como abusivos os juros cobrados pelas financeiras. 27,2% considera o valor justo principalmente integrantes das classes A e B (42,2%) e 22,5% acharam os juros baixos, sobretudo as classes C, D e E (32,5%). METADE DOS QUE TOMARAM EMPRÉSTIMO AVALIA COMO ABUSIVO OS JUROS COBRADOS PELAS FINANCEIRAS 7

44% CONSIDERAM FÁCIL CONSEGUIR EMPRÉSTIMO MESMO ESTANDO NEGATIVADOS Perguntados sobre a dificuldade de conseguir empréstimo mesmo estando negativados, 43,9% consideraram fácil, 29,0% acharam que não é fácil nem difícil e 27,1% consideram difícil. A pesquisa buscou identificar ainda se, no momento da negociação do empréstimo, as instituições financeiras forneceram os devidos esclarecimentos sobre as condições do negócio. 84,5% dos entrevistados afirmaram que foram devidamente informados sobre as possíveis formas de pagamento, 80,1% receberam esclarecimentos sobre o valor total do empréstimo tomado já considerando os juros, 77,8% foram avisados sobre o valor limite da prestação, considerando a renda e o orçamento do consumidor com menor destaque entre respondentes entre 18 e 34 anos (60,6%) e maior frequência entre consumidores das classes A e B (91,9%), e 77,0% receberam esclarecimentos sobre as taxas de juros cobradas. O consumidor deve sempre exigir transparência e cobrar esclarecimentos sobre o custo efetivo total nas operações de crédito, cuja apresentação é obrigatória por meio de resolução do Banco Central do Brasil, informa Kawauti. A principal forma de pagamento escolhida foram as parcelas no débito automático (36,3%), principalmente entre as classes A e B (53,2%). Um quarto (24,8%) optou por parcelas descontadas diretamente na folha de pagamento e 19,2% por parcelas pagas no carnê ou no crediário. 8

DOIS EM CADA DEZ CONSUMIDORES ADMITEM ESTAR COM AS PARCELAS DO EMPRÉSTIMO EM ATRASO A quantidade média de parcelas do empréstimo foi de 13,65 prestações, ou seja, pouco mais de um ano. Perguntados se estavam ou não com o pagamento do empréstimo em dia, dois em cada dez consumidores (21,5%) admitem que não estão, sendo que 6,6% alegam perda do controle do orçamento principalmente os homens (11,6%) e consumidores das classes A e B (14,8%), 5,2% porque perderam o emprego e 3,9% alegam diminuição da renda familiar. Se não houver um controle muito rígido na gestão das finanças dessas pessoas, o consumidor que pega um empréstimo para pagar em parcelas pode acabar atrasando algumas prestações, que consequentemente podem vir maiores no mês seguinte por conta do atraso, gerando o temido efeito bola de neve, ou seja, juros cobrados sobre juros, alerta José Vignoli. Por outro lado, 77,7% disseram que estavam, sim, com as parcelas em dia. Quatro em cada dez entrevistados (43,5%) consideram que o empréstimo não ajudou realmente a resolver sua situação financeira, sendo que 20,5% não conseguiram limpar o nome e ainda terão que pagar pelo empréstimo e 10,3% conseguiram limpar o nome, mas estão enfrentando dificuldades financeiras para honrar com o custo das parcelas do empréstimo e também honrar os compromissos financeiros mensais. Na contramão, 50,7% acreditam que o empréstimo ajudou na solução do problema e que conseguiram limpar o nome pagando um valor adequado à própria realidade financeira percentual que é menor entre consumidores com mais de 50 anos (26,3%). 9

PARA 43%, PEGAR EMPRÉSTIMO NÃO AJUDOU A RESOLVER DEFINITIVAMENTE A SITUAÇÃO FINANCEIRA Em muitos casos, recorrer a um empréstimo para negativados pode ser uma das únicas saídas possíveis para alguém em situação de inadimplência. No entanto, os especialistas do SPC Brasil recomendam que antes, o consumidor esgote outras possibilidades como, por exemplo, negociar o valor devido junto ao credor, buscando sempre reduzir o valor pago ao final do parcelamento e não tão somente o valor da prestação mensal. Além disso, o consumidor pode tentar buscar complementar sua renda refinanciando um carro, vendendo um bem, fazendo horas extras no trabalho ou até mesmo aumentando a renda com um trabalho complementar. É recomendável que o consumidor também explique a situação para a família, visando promover um arrocho nas contas domésticas, principalmente cortando gastos não essenciais. Caso a decisão seja realmente a de tomar um empréstimo, a recomendação é que o consumidor troque sempre a dívida atual por outra mais barata. Sendo assim, recomenda-se que o tomador compare as diferentes taxas de juros oferecidas pelo mercado e opte pela mais em conta, de modo a pagar o menor valor possível sobre a quantia total do empréstimo. 10

CONCLUSÕES 15,9% já fizeram empréstimos em financeiras, que dão crédito para negativados poderem limpar seus nomes; Os principais motivos para recorrer às financeiras foram ser essa a única forma de quitar as dívidas (28,9%) e ser a forma mais rápida de limpar o nome (26,6%); 55,7% fizeram empréstimo pessoal, enquanto 42,5% empréstimo consignado. 26,5% fizeram o empréstimo pela internet e 73,0% fizeram pessoalmente; A maioria conheceu essas financeiras por meio de anúncios em jornais, televisão e revistas (21,5%), internet (21,5%) e por indicação de amigos/parentes (16,8%); Entre os que fizeram empréstimo em financeiras via internet, 95,2% verificaram a credibilidade da empresa, principalmente observando se o site da empresa era bem estruturado (40,3%); 87,7% foram solicitados a apresentar alguma garantia ou condição para conseguir o empréstimo, principalmente ter conta em banco (21,3%); 71,0% pesquisaram sobre os juros e características de outras linhas de crédito antes de tomar o empréstimo, principalmente para poder escolher aqueles que ofereciam as melhores taxas de juros (27,6%); 37,8% tiveram de pagar taxa/tarifa de avaliação e aprovação do crédito; Entre os que pesquisaram condições de diferentes linhas, os principais critérios para a escolha do empréstimo foram melhores condições de pagamento (30,6%) e menor taxa de juros (26,2%); 50,3% consideraram o juros cobrado pelo banco ou financeira abusivo, 27,2% acharam o juros justo e 22,5% baixo; 43,9% consideram fácil conseguir empréstimo mesmo estando negativado, 29,0% acham que não é fácil nem difícil e 27,1% consideram difícil; 84,5% dos entrevistados afirmam que foram devidamente informados sobre as possíveis formas de pagamento e 80,1% do valor total do empréstimo, já considerando os juros; As principais formas de pagamento escolhidas para pagar o empréstimo foram parcelas no débito automático (36,3%), parcelas descontadas na folha de pagamento (24,8%) e parcelas pagas no carnê ou crediário (19,2%); A quantidade média de parcelas a pagar do empréstimo foi de 13,65 prestações; 77,7% estão com o pagamento do empréstimo em dia, enquanto 21,5% não estão; Quatro em cada dez entrevistados (43,5%) consideram que o empréstimo não ajudou a resolver a situação financeira, sendo que, 20,5% não conseguiram limpar o nome. 11

METODOLOGIA PÚBLICO-ALVO MÉTODO DE COLETA TAMANHO AMOSTRAL DA PESQUISA DATA DE COLETA DOS DADOS Pessoas que estão Pesquisa realizada via 800 casos, gerando uma 09 a 22 de com o nome sujo web e pós-ponderada margem de erro no geral de janeiro de 2018. (inadimplentes) considerando sexo, 3,5 p.p. para um intervalo de ou que estiveram idade, escolaridade, confiança a 95%. nesta situação nos classe e região do últimos 12 meses país. (ex-inadimplentes), residentes em todas as capitais brasileiras, com idade igual ou superior a 18 anos, ambos os sexos e todas as classes sociais. 12