Saúde dos cascos: novas alternativas que maximizam resultados

Documentos relacionados
REVISÃO DE LITERATURA

PARÂMETROS GENÉTICOS PARA CARACTERÍSTICAS DE CONFORMAÇÃO DE APRUMOS E DISTÚRBIOS PODAIS DE VACAS LEITEIRAS

Histopathology of dairy cows hooves with signs of naturally acquired laminitis

O papel da suplementação na Pecuária Leiteira

Tecnologia de Leite e derivados

Regulação do ph ruminal e as consequências nutricionais do ph ácido Apresentador: Carlos Guerra e Mauri Mazurek Orientação: Bárbara Scherer

TECNOCALL Plus Bovinos de Leite NUTRACÊUTICO Composição: G/kg

Anexo A do Decreto lei n.º 64/2000

NERVITON MEGA Ômega Vitaminas + 8 Minerais

Avanços em Nutrição Mineral de Ruminantes Suplementando com precisão

PROBOVI PROGRAMA DE NUTRIÇÃO PARA BOVINOS

AZ Vit. Ficha técnica. Suplemento Vitamínico Mineral. REGISTRO: Isento de Registro no M.S. conforme Resolução - RDC n 27/10.

Efeitos da Hipocalcemia Subclínica sobre a Imunidade de Vacas Leiteiras

O FUTURO DA RUTER O FUTURO DA NUTRIÇÃO RUMINAL EFICIENTE NUTRIÇÃO RUMINAL EFICIENTE

MINERAIS NA NUTRIÇÃO DE GADO DE LEITE

MULTI VITAMIN Suplemento polivitamínico

Doutoranda: Thaís Casarin da Silva Orientador: Marcio Nunes Corrêa

Biomassa de Banana Verde Polpa - BBVP

TRABALHO DE BIOLOGIA QUÍMICA DA VIDA

Avanços em Nutrição Mineral de Ruminantes Suplementando com precisão

Tecnologia de Leite e derivados

Introdução. A hipocalcemia clínica é um dos principais transtornos metabólicos do período de transição.

GADO DE CORTE LINHA PSAI E RAÇÃO

Diferenças no perfil de leucócitos, expressão gênica e status metabólico de vacas leiteiras com ou sem úlcera de sola Pelotas, abril de 2015.

GADO DE CORTE CONFINAMENTO

Interação dos mecanismos fisiológicos que influenciam a fertilidade em vacas leiteiras

Marcelo Moreira Antunes Sofia del Carmen Bonilla de Souza Leal

MÉTODOS PARA PREVENÇÃO DE HIPOCALCEMIA EM RUMINANTES

Prof. Sandra Gesteira Coelho Departamento de Zootecnia. Universidade Federal de Minas Gerais

Criação de Novilhas Leiteiras

Núcleo de Pesquisa, Ensino e Extensão em Pecuária Universidade Federal de Pelotas/ RS

Programa Analítico de Disciplina ZOO436 Produção de Bovinos de Leite

IMPORTÂNCIA DO USO DE DRENCH DURANTE O PERIPARTO DE VACAS LEITEIRAS

Efeito do tratamento com somatotropina bovina na galactopoiese

GADO DE LEITE. Tecnologias, suplementos, e Fator P.

Impacto do pré e pós parto no resultado produtivo e reprodutivo em fazendas leiteiras

GADO DE LEITE SUPLEMENTOS E TECNOLOGIAS

PROBLEMAS DE PATAS EM VACAS LEITEIRAS/NOVILHOS

INTRODUÇÃO METABOLISMO DA ENERGIA BALANÇO ENERGÉTICO A ENERGIA ENERGIA DOS ALIMENTOS 19/06/2013 NUTRIENTES FORNECEDORES DE ENERGIA

Suplementação Mineral para Bovinos de Corte: Maurício Bueno NERU 27/04/2011

Manejo Nutricional e suas Influências na Qualidade do Leite. Gabriel Candido Bandeira RC DSM TORTUGA

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL AISI ANNE SANTANA PERMÍNIO V. OLIVEIRA JR.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE VETERINÁRIA DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA VETERINÁRIAS

8 SINTOMAS DA DEFICIÊNCIA MINERAL EM BOVINOS E OS MINERAIS ESSENCIAIS A SAÚDE DO REBANHO

Composição química. Profª Maristela. da célula

Fisiologia e Crescimento Bacteriano

Universidade Federal de Pelotas Programa de Pós-Graduação em Veterinária Disciplina de Doenças metabólicas DOENÇAS METABÓLICAS

Utilização de Minerais na Imunidade do Periparto de Vacas leiteiras

Efeito da Alimentação com Farinha de Peixe e Ácido Graxo n-3 na Produção e Respostas Metabólicas no Início da Lactação em Vacas Leiteiras

NUTRIÇÃO. Problemas nutricionais associados à pobreza: Desnutrição /Hipovitaminose / Bócio

VANTAGENS E DESVANTAGENS DA PRODUÇÃO DE LEITE EM SISTEMAS PASTORIS

GADO DE CORTE LINHA BRANCA

Composição química da célula

Importância Reprodutiva em Gado de Leiteiro

GADO DE CORTE LINHA BRANCA

ACIDOSE METABÓLICA EM REBANHO LEITEIRO DIAGNOSTICADO ATRAVÉS DE ANÁLISE DE LEITE 1

Suplementação. Introdução

Universidade Federal de Pelotas Núcleo de Pesquisa, Ensino e Extensão em Pecuária. Pelotas, 11 de novembro de 2015

IN 100 NC 40 Núcleo 60 ADE 90 ADE Equilíbrium Probio Alkamix PP 80 Pro-Biotina Complet

Estágio Extracurricular - Suinocultura

TRABALHO DE BIOLOGIA A Química da Vida

Fisiologia e Crescimento Bacteriano

Ruminantes. Ovinicultura e caprinicultura: Alimentação e Nutrição. Bovinos Ovinos Caprinos. Bufalos Girafas Veados Camelos Lamas

Programa Analítico de Disciplina ZOO483 Nutrição e Alimentação de Bovinos de Leite

Palmas 15/09/2017. Wagner Pires Consultor em Pastagem

TÍTULO: MENSURAÇÃO DE PARÂMETROS HEMATOLÓGICOS E DOSAGEM DE GLICOSE PLASMÁTICA EM DIFERENTES ESTÁGIOS DE LACTAÇÃO EM VACAS LEITEIRAS.

DEFICIÊNCIA MINERAL EM BOVINOS DE CORTE

GADO DE CORTE PSAI E RAÇÃO

Aspectos básicos na nutrição da vaca leiteira no pré-parto

ALBUMINA. Proteína do ovo como suplemento

CONFINAMENTO. Tecnologias, Núcleos e Fator P.

METABOLISMO ENERGÉTICO integração e regulação alimentado jejum catabólitos urinários. Bioquímica. Profa. Dra. Celene Fernandes Bernardes

Universidade Federal de Pelotas Faculdade de Veterinária Curso de Residência Multiprofissional em Saúde

ESTRATÉGIAS DE ALIMENTAÇÃO DE VACAS LEITEIRAS DE ALTA PRODUÇÃO NO PERÍODO DE TRANSIÇÃO

MANEJO REPRODUTIVO DE VACAS DE LEITE NO PRÉ- PARTO

VITAMINAS DISCIPLINA: BIOQUÍMICA PROFESSOR: Dra. Selene Babboni

O USO DE TECNOLOGIAS NO DIAGNÓSTICO DE DOENÇAS EM VACAS DE LEITE

Definitivamente, Osteocart Plus

Fatores que afetam a quantidade e a composição do leite

Aditivos na dieta de bovinos leiteiros. Cristina Simões Cortinhas Supervisora de Inovação e Ciência Aplicada Ruminantes para América Latina

Manejo nutricional de vacas em lactação

REBANHOS ESPECIALIZADOS EM REGIME CONFINADO. Humberto Marcos Souza Dias

IDENTIFICAÇÃO E CONSEQUENCIAS DE ERROS NUTRICIONAIS EM EQUINOS. Leonir Bueno Ribeiro. MSc. Zootecnista Produção e Nutrição de Equinos

Quais os melhores alimentos para ganhar massa muscular

PERFORMANCE E BEM-ESTAR DE VACAS LEITEIRAS EM UM SISTEMA DE INSTALAÇÃO ALTERNATIVO DE MINNESOTA

04 a 06 de outubro de 2017

PLANO DE ENSINO Ficha N o 1 (permanente)

Todos tem uma grande importância para o organismo.

Cinética enzimática. Cinética enzimática. Cinética enzimática 20/03/2012. Classificação sistemática das enzimas

NUTRIÇÃO E REPARAÇÃO CELULAR

Efeito do β-hidróxibutirato no metabolismo energético de vacas lactantes

Interação do Metabolismo e Regulação da Ingestão

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA CÓDIGO DISCIPLINA REQUISITOS BIO 403 BIOQUÍMICA BÁSICA --

Defesa de Estágio Extracurricular em Nutrição de Bovinos Leiteiros

Impact Factor: 1,75. Gabriela Bueno Luz Maria Amélia A. Weiller Vinicius Copes

Fome Oculta. Helio Vannucchi Divisão de Nutrologia 2017

Apresentadores e Orientação

Producote Feed O que é? Como devo fornecer o Producote Feed? Producote Feed Por que utilizar Ureia (NNP) na dieta?

Avaliação nutricional do paciente

Universidade Federal de Pelotas Faculdade de Veterinária Núcleo de Pesquisa, Ensino e Extensão em Pecuária Proteínas de Fase Aguda em Ruminantes

Transcrição:

Saúde dos cascos: novas alternativas que maximizam resultados Prof. Elias Jorge Facury Filho Prof. Antônio Último de Carvalho Escola De Veterinária da UFMG

Manqueiras em bovinos Alta incidência em todo o mundo Diminuem a produção de leite Impacto sobre a reprodução Diminuem a condição corporal Reduz o tempo de alimentação Aumenta custos com tratamento Contribui para descarte involuntário Pouca atenção dos técnicos e produtores

TREINAMENTO/GESTÃO DAS PESSOAS One Health Programas sanitários REPRODUÇÃO NUTRIÇÃO/ALIMENTAÇÃO SANIDADE DOS BEZERROS LIMPEZA/DESINFECÇÃO CALENDÁRIO SANITÁRIO QUALIDADE DO LEITE AQUISIÇÃO DE ANIMAIS SAÚDE DOS CASCOS Conforto/ambiente SAÚDE DO PERÍODO DE TRANSIÇÃO

Abordagem da propriedade para controle das manqueiras Fatores de risco Determinação do escore de manqueira Exame dos cascos e diagnóstico das lesões. Diagnóstico da situação Treinamento de pessoal Controle dos fatores de risco Tratamento de animais enfermos Reformas e manutenção das instalações Monitoramento periódico

Bases de um programa de controle de afecções de casco 1 Tecido córneo de boa qualidade e conformação correta dos cascos 2 Baixa pressão de infecção 3 4 Baixo esforço sobre o casco Detecção precoce das manqueiras e tratamento adequado

1 Tecido córneo de boa qualidade e conformação correta dos cascos: Período de transição Dieta e manejo alimentar, Requerimentos nutricionais Casqueamento funcional Uso de pediluvio

1 Tecido córneo de boa qualidade e conformação correta dos cascos: Qualidade do casco Desafios ambientais

Micrografia da região do talão de um casco bovino.

Fonte: adaptado de Köning e Liebich Papila dérmica Epiderme Cortex Medula Túbulo córneo Dureza: muralha>sola>talão>linha branca

Micrografia de um casco bovino. Proliferação Divisão celular Diferenciação Estrato Basal Estrato espinhoso Derme Papilas dermai Epiderme viva Cornificação Morte celular programada Estrato córneo Epiderme morta = sola

Fatores que interferem com o processo de formação dos cascos Suprimento sanguíneo adequado: oxigênio, nutrientes, imunidade Energia Controle hormonal: Insulina, fator de crescimento epidermal. Macrominerais: Ca, P, Mg Microminerais: Cu, Zn, Se, Mn Aminoácidos: Cistina, Histidina, Metionina Vitaminas: biotina, Vit. A, Vit. E

Elementos importantes na formação do casco Mineral Atividade Função Cálcio Zinco Cobre Selênio Ativação da transglutaminase epidermal (TG) Função Catalítica ativação de metaloenzimas Função estrutural Função Reguladora regulação do calmodulin, proteína quinase C, etc.. Enzima superóxido dismutase Ativação de enzimas Ativação da Thiol oxidase Enzimas superóxido dismutase e cytocromo C oxidase Enzima glutationa peroxidase (Antioxidante) Diferenciação terminal das células da epiderme e formação do envelope celular Diferenciação dos queratinócitos Formação de proteínas estruturais durante a queratinização Regulação da diferenciação Antioxidante Formação de ligações dissulfito entre resíduos de cistina antioxidantes Manutenção da integridade da substância cementante intercelular Mn Ativação de enzimas Formação de cartilagens e ossos, antioxidante, gliconeogenese

Xue-Jun Zhao, et al. (2015)

Efeito da fonte de mineral traço sobre a saúde do casco Autores Minerais traço orgânicos x inorgânicos Siciliano-Jones et al. (2008) Xue-Jun Zhao et al. (2015) A. Batch et al. (2015) Diminuição da frequência de úlcera de sola e dermatite interdigital Diminuição da intensidade da erosão de talão Maior dureza dos cascos, Redução do stress oxidativo Sem alteração no escore de locomoção Comparação entre 27 fazendas diferentes (15 quelatos e 12 inorganicos); Sem alteração no escore de locomoção; Menor taxa de descarte involuntário devido a problemas de casco; Gomez, (2014) Indução experimental de DD Teste entre minerais traço orgânico e MTO com iodo Tendência de menor frequência de lesões graves (M2)

Elementos importantes na formação do casco Vitaminas Atividade Função Vit. A Diferenciação celular Expressão gênica Vit. D Homeostase do cálcio Diferenciação celular Vit. E Enzimas antioxidantes Manutenção da integridade dos tecidos Biotina Ativação de enzimas: acetil-coa, B-methilcrotonil-CoA, propionil- CoA e piruvato carboxilase Síntese de lipídeos para formação da substância cementante intercelular. Aminoácidos Atividade Função Cistina, Histidina, Metionina Integridade estrutural do queratinócito

Produzida no rumem pela atividade bacteriana BIOTINA Menor produção em dietas ricas em concentrado Cofator para enzimas microbianas: síntese de ácido propiônico Presente em enzimas descarboxilase: acetyl-coa carboxilase, B- methilcrotonil-coa carboxilase, propionil-coa carboxilase, e piruvato carboxilase gliconeogênese e outras funções metabólicas Síntese de proteínas de queratina e do cemento intercelular Aumento produção de leite Qualidade do casco (Santschi et al., 2005; Schwab et al., 2006, Lean et al., 2013)

Dia 60 Dia 0 Controle 20mg biotina/dia 40mg biotina/dia Produção de leite Proteína do leite

Efeito da suplementação com biotina sobre a incidência ou prevalência de várias desordens de casco em bovinos de leite e de corte. ( Lean e Rabiee, 2011)

Efeito do Período de transição sobre a saúde dos cascos Adaptações do rumen Hipocalcemia Balanço energético negativo Cortisol Demanda de Minerais traço Endotoxemia: metrite, mamite Imunosupressão Insulina

Hormônio Função Local de ação Insulina Fator de crescimento epidermal (EGF) Prolactina Glicocorticoides Influência hormonal no processo de queratinização Estimula síntese de DNA e proteínas. Estimula síntese de proteínas de queratina Efeito antagônico ao EGF. Diminuição da síntese de queratina Inibição da síntese de proteínas de queratina; Alteração do metabolismo energético e proteico. Receptores de insulina na derme e epiderme Epiderme em diferenciação Epiderme em diferenciação Hendry, 1999

Cm/mês 0,75 0,7 0,65 0,6 0,55 0,5 0,45 0,4 0,35 0,3 * * 30 DIAS PRÉ-PARTO 1 MÊS PÓS-PARTO 2 MÊS PÓS-PARTO 3 MÊS PÓS-PARTO Crescimento Desgaste Crescimento e desgaste médios da muralha dorsal dos cascos de vacas leiteiras no período de transição Casagrande, 2013

DUREZA (shore D) 105 100 95 90 85 80 75 70 65 60 55 50 45 40 35 * * * * * * -30 PARTO 30 60 90 MURALHA SOLA MURALHA SOLA LINHA BRANCA TEMPO (DIAS) Avaliação da dureza do casco de vacas durantes o período de transição (Casagrande, 2013)

Correlações entre a calcemia e a magnesemia pós-parto com a conformação e dureza dos cascos. COLETA PÓS-PARTO (dias) MENSURAÇÃO PÓS-PARTO (dias) r P CÁLCIO 10 10 Comprimento da muralha Crescimento da muralha dorsal 30 0,3707 0,0437 30 0,4851 0,0066 05 Dureza da sola 30 0,3849 0,0357 10 Comprimento da muralha 60 dias 0,4258 0,0190 10 Altura do talão 90 dias 0,3830 0,0367 MAGNÉSIO 10 10 Desgaste da muralha dorsal Desgaste da muralha abaxial 60 dias -0,4556 0,0114 60 dias -0,3858 0,0352 10 Dureza da pinça 60 dias 0,3720 0,0430 Casagrande, 2013

Frequência (%) Frequência de lesões podais em vacas leiteiras no período de transição (Casagrande, 2013) 70 60 * 50 40 30 20 * * * * * 10 0 * * * * -30 PARTO 30 60 90 Hemorragia de sola Doença linha branca Ulcera de sola Dias

Laminite subclínica Úlceras de sola

Fatores que interferem com o processo de formação dos cascos Suprimento sanguíneo adequado: oxigênio, nutrientes, imunidade Energia Controle hormonal: Insulina, fator de crescimento epidermal. Macrominerais: Ca, P, Mg Microminerais: Cu, Zn, Se, Mn Aminoácidos: Cistina, Histidina, Metionina Vitaminas: biotina, Vit. A, Vit. E

VACAS DE ALTA PRODUÇÃO Balanço energético negativo Alterações no escore corporal (Waltner et al, 1993) Dietas com alta relação concentrado: volumoso Manejo de alimentação inadequado Falta de adaptação no Período de transição Metaloproteinases Afrouxamento do aparelho suspensório da 3ª falange (Lischer et al 2002) Pressão sobre o córium. Edema e hemorragias Acidose ruminal subclínica Substâncias vasoativas Redução Biotina Alterações hemodinâmicas no córium do casco (Thoefner et al 2005, Danscher et al 2010) Hemorragias de sola, doença de linha branca, úlceras de sola Herdabilidade moderada (Oikonomou, 2014) Diminuição da espessura do coxim plantar (Bicalho, 2009) Contusões traumatismos Maior frequência de úlcera de sola e doença da linha branca (Bicalho 2009)

Resumo das evidências do potencial da histamina, endotoxina e do ácido lático em causar laminite, nas dietas ricas em carboidratos de rápida fermentação. Produzido no rumen Absorvido no rumen saudável Absorvido no rumen com lesão Induz laminite quando injetada Histamina Endotoxina Ácido lático X X X X X* X X??** X X X *Evidência inconsistente ** Provavelmente Lean at al., 2013

Lamelas após acidose ruminal Estrutura normal das lamelas Thoefner et al, 2005 Journal of Dairy Science Vol. 88, No. 8, 2005 Lamela epidermal com hemorragias

Dieta x Manejo alimentar Fibra efetiva

Relação entre espessura do coxim digital e escore de condição corporal Associação positiva entre escore corporal e espessura do coxim digital Escore corporal como fator de risco para manqueira (adaptado de Bicalho e Oikonomou, 2013).

Espessura do coxim digital (cm) Cascos membros torácicos Relação entre estágio da lactação e espessura do coxim digital (Bicalho et al, 2009) Estágio da lactação Bicalho et al, 2009

Casqueamento Preventivo Remoção precoce de lesões Restabelecimento da conformação Melhor distribuição de peso É necessario? Quando? Como? Quem?

2 Baixa pressão de infecção Higiene Controle da matéria orgânica Controle da umidade Uso de pediluvio** Aquisição de animais sadios** Imunidade

100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 PREVALENCE OF HOOF LESIONS HHE WLD SH SC DS SB SU ID DD TP PH IH OG / TRA Score 1 Score 2 Score 3 Positive farms OTH HHE heel horn erosion; WLD White line disease; SH sole hemorrhage; SC scissors claws; DS double sole; SB sole bruising; SU sole ulcer; ID interdigital dermatitis; DD digital dermatitis; TP Tunga sp.; PH phlegmon; IH interdigital hyperplasia; OG / TRA overgrown / trauma; OTH other. Moreira, 2017

Dermatite digital Erosão de talão Treponema spp Moreira, 2017

Moreira, 2017

ema refringens Moreira, 2017 Digital dermatitis biopsy demonstrating massive and deep colonization of Spirochete-like bacteria (green) (stars) and Treponema refringens (red/orange) (arrows) in between damage and health tissue.

x 16 x 4.0 x 2.7 x 2.5 Moreira, 2017

Fatores de risco para lesões infecciosas de casco em 392 vacas em 48 fazendas leiteiras na região do Triangulo Mineiro, MG, Brasil. (Moreira, 2017) Moreira, 2017

Fatores de risco para dermatite digital na Dinamarca Variável Categoria Odds Ratio p value Uso de pedilúvio Frequência de raspagem do esterco Direção da raspagem do esterco entre grupos Tamanho do rebanho Compra de animais 1x / semana Nunca ou < 1x/sem. >8x/dia 5 8x/dia 4x/dia Nunca ou novilhas ---vacas Vacas ---- novilhas Pequeno (<338 vacas) Médio (338-520) Grande ( >521) > 1 ano 1 ano 1 1,24 1 1,9 2,01 1 1,44 1 0,88 1,22 1 2,55 0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 Resultados de um modelo de regressão logística multivariada para biosegurança interna, de variáveis associadas com dermatite digital em 39 rebanhos leiteiros da Dinamarca. (Oliveira et al., 2017)

Dimensões: 3,7 x 0,7 x 0,2 m Localização Produtos: Sulfato de cobre 5% Formol 5% Sulfato de zinco 10% Tetraciclina 0,1% Recarga Frequência de utilização Pedilúvio

Ariza et al, 2017

3 Baixo esforço sobre o casco Conforto Manejo adequados

Vaca Área da sola/casco = 82,42 cm 2 Área de sola total = 82,42 x 8 cascos= 659,36 cm 2 Pressão=peso da vaca/área do casco Pressão= 600kg / 659,36 cm 2 = 0,90 kg/ cm 2 Humano adulto Área da sola/pé = 224 cm 2 Área de sola total = 224 x 2 pés= 448cm 2 Pressão=peso do homem/área do pé Pressão= 90kg / 448 cm 2 = 0,20 kg/ cm 2

3 Baixo esforço sobre o casco

3 Baixo esforço sobre o casco

3 Baixo esforço sobre o casco

3 Baixo esforço sobre o casco

4 Detecção precoce das manqueiras e tratamento adequado Inspeção constante, Escore de manqueira, Treinamento das pessoas

Controle das afecções podais: Pontos Chaves As manqueiras apresentam prevalência muito elevada nos rebanhos leiteiros, causando enormes prejuízos; De uma maneira geral, não existem programas de controle nas nossas propriedades; Os problemas de casco são multifatoriais e os programas de controle tem que ser integrados Os programas devem envolver duas frentes: a qualidade de casco e os desafios ambientais O diagnóstico precoce das vacas mancas é a chave do sucesso no tratamento Não há medida milagrosa de controle...

Obrigado! eliasfacury@gmail.com