Preços de Transferência Novo tratamento para os juros na Legislação Brasileira de Preços de Transferência São Paulo/SP 16/05/2013
Novo tratamento para juros
Lei nº 12.766/2012 Art. 22. Os juros pagos ou creditados a pessoa vinculada somente serão dedutíveis para fins de determinação do lucro real até o montante que não exceda ao valor calculado com base em taxa determinada conforme este artigo acrescida de margem percentual a título de spread, a ser definida por ato do Ministro de Estado da Fazenda com base na média de mercado, proporcionalizados em função do período a que se referirem os juros. (...) 6 o A taxa de que trata o caput será a taxa: I - de mercado dos títulos soberanos da República Federativa do Brasil emitidos no mercado externo em dólares dos Estados Unidos da América, na hipótese de operações em dólares dos Estados Unidos da América com taxa prefixada; II - de mercado dos títulos soberanos da República Federativa do Brasil emitidos no mercado externo em reais, na hipótese de operações em reais no exterior com taxa prefixada; e III - London Interbank Offered Rate - LIBOR pelo prazo de 6 (seis) meses, nos demais casos. 7 o O Ministro de Estado da Fazenda poderá fixar a taxa de que trata o caput na hipótese de operações em reais no exterior com taxa flutuante. 8 o Na hipótese do inciso III do 6 o, para as operações efetuadas em outras moedas nas quais não seja divulgada taxa Libor própria, deverá ser utilizado o valor da taxa Libor para depósitos em dólares dos Estados Unidos da América.
Limites do novo tratamento para juros MOEDA MERCADO TIPO TAXA LIMITE DÓLAR NORTE- AMERICANO EXTERNO TAXA FIXA PREDETERMINADA TAXA DE MERCADO DOS TÍTULOS SOBERANOS DO BRASIL EMITIDOS EM DÓLARES REAL EXTERNO TAXA FIXA PREDETERMINADA TAXA DE MERCADO DOS TÍTULOS SOBERANOS DO BRASIL EMITIDOS EM REAIS OUTRO OUTRO OUTRO LIBOR PARA 6 MESES REAL EXTERNO VARIÁVEL DETERMINADA PELO MINISTRO DA FAZENDA
Limites do tratamento dos juros Operações Ativas e Passivas Títulos Soberanos Brasil vem emitindo títulos no mercado internacional, com vencimentos e juros variados Natale: 20 títulos emitidos em dólares com vencimetos entre 2013 e 2041, com gaps. 4 títulos soberanos emitidos em reais, com vencimento entre 2016 e 2028 2 títulos soberanos com vencimento em 2015 e 2017
Limites do novo tratamento para juros Qual é o limite, hoje, uma vez que não há spread fixado? Não há preço de transferência? Spread histórico de 3%? Deve-se aguardar Ministro da Fazenda até 31/12? O spread pode ser alterado ao longo do ano? Segurança jurídica? Retroatividade imprópria?
SPREAD Juros e Spread Bancário (Bacen) Spread é diferença entre taxa de aplicação e taxa de captação de bancos, apresentado:? Consolidado (operações prefixadas, pós-fixadas e flutuantes) Por tipo de tomador (empresas e pessoas físicas O BACEN decompõe o spread contabilmente, com dados de balanços de instituição financeira, identificando os fatores eu contribuem par sua formação (custos administrativos, tributos, inadimplência, compulsórios e margem líquida) Spreads divergem por modalidade contratual negociada e tomador de crédito (aquisição de veículos vs. Cheque especial)
Vigência do novo tratamento para juros Qual é o tratamento dos juros em relação aos contratos: firmados antes de 2013? firmados antes de 2013 e repactuados posteriormente? firmados em 2013?
Lei nº 12.766/2012 Art. 22. Os juros pagos ou creditados a pessoa vinculada somente serão dedutíveis para fins de determinação do lucro real até o montante que não exceda ao valor calculado com base em taxa determinada conforme este artigo acrescida de margem percentual a título de spread, a ser definida por ato do Ministro de Estado da Fazenda com base na média de mercado, proporcionalizados em função do período a que se referirem os juros. (...) 9 o A verificação de que trata este artigo deve ser efetuada na data da contratação da operação e será aplicada aos contratos celebrados a partir de 1 o de janeiro de 2013. 10. Para fins do disposto no 9 o, a novação e a repactuação são consideradas novos contratos.
Instrução Normativa 1.322/13 Art. 38. Para os contratos firmados no ano-calendário de 2012, os juros pagos ou creditados a pessoa vinculada, quando decorrentes de contrato de mútuo, serão dedutíveis, para fins de determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL, somente até o montante que não exceda o valor calculado com base na taxa London lnterbank Offered Rate (Libor), para depósitos em dólares dos Estados Unidos da América pelo prazo de 6 (seis) meses, acrescida de 3% (três por cento) anuais a título de spread, proporcionalizados em função do período a que se referirem os juros. (...) Art. 38-A. A partir de 1º de janeiro de 2013, os juros pagos ou creditados a pessoa vinculada somente serão dedutíveis para fins de determinação do lucro real até o montante que não exceda ao valor calculado com base em taxa determinada conforme este artigo acrescida de margem percentual a título de spread, a ser definida por ato do Ministro de Estado da Fazenda com base na média de mercado, proporcionalizados em função do período a que se referirem os juros. (...) 12. Na hipótese de operações contratadas antes de 31 de dezembro de 2012, a comprovação da data de contratação deverá ser realizada com a demonstração do contrato registrado no Banco Central. 13. Na falta da comprovação do registro, mencionada no 12, a pessoa jurídica deverá observar o limite de juros, para a despesa ou receita, calculado com base na taxa Libor, para depósitos em dólares dos Estados Unidos da América pelo prazo de 6 (seis) meses, acrescida de 3% (três por cento) anuais a título de spread, conforme disposto no art. 58.
Instrução Normativa 1.322/13 Art. 58. Para os contratos firmados até 31 de dezembro de 2012, os juros pagos ou creditados a pessoa vinculada, quando decorrentes de contrato não registrado no Banco Central do Brasil, somente serão dedutíveis para fins de determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL até o montante que não exceda o valor calculado com base na taxa Libor, para depósitos em dólares dos Estados Unidos da América pelo prazo de 6 (seis) meses, acrescida de 3% (três por cento) anuais a título de spread, proporcionalizados em função do período a que se referirem os juros. (...) 5º Nos casos de contratos registrados no Banco Central do Brasil, serão admitidos os juros determinados com base na taxa registrada.
Alcance do novo tratamento dos juros As novas regras se aplicam aos juros de contrato de mútuo ou também aos juros decorrentes de outras operações de crédito? Há diferenças entre operações inbound e outbound?
Alcance do novo tratamento dos juros REDAÇÃO ANTERIOR LEI 9.430 ORIGINAL Art. 22. Os juros pagos ou creditados a pessoa vinculada, quando decorrentes de contrato não registrado no Banco Central do Brasil, somente serão dedutíveis para fins de determinação do lucro real até o montante que não exceda ao valor calculado com base na taxa Libor, para depósitos em dólares dos Estados Unidos da América pelo prazo de seis meses, acrescida de três por cento anuais a título de spread, proporcionalizados em função do período a que se referirem os juros. REDAÇÃO ANTERIOR LEI 12.715 Art. 22. Os juros pagos ou creditados a pessoa vinculada, quando decorrentes de contrato de mútuo, somente serão dedutíveis para fins de determinação do lucro real até o montante que não exceda ao valor calculado com base na taxa London lnterbank Offered Rate - LIBOR, para depósitos em dólares dos Estados Unidos da América pelo prazo de 6 (seis) meses, acrescida de 3% (três por cento) anuais a título de spread, proporcionalizados em função do período a que se referirem os juros.
Alcance do novo tratamento dos juros REDAÇÃO ATUAL LEI 12.766 Art. 22. Os juros pagos ou creditados a pessoa vinculada somente serão dedutíveis para fins de determinação do lucro real até o montante que não exceda ao valor calculado com base em taxa determinada conforme este artigo acrescida de margem percentual a título de spread, a ser definida por ato do Ministro de Estado da Fazenda com base na média de mercado, proporcionalizados em função do período a que se referirem os juros. 1º No caso de mútuo com pessoa vinculada, a pessoa jurídica mutuante, domiciliada no Brasil, deverá reconhecer, como receita financeira correspondente à operação, no mínimo o valor apurado segundo o disposto neste artigo.
MUITO OBRIGADO! Luís Eduardo Schoueri schoueri@lacazmartins.com.br www.lacazmartins.com.br