CIRCULAR Nº Art. 3º Esta Circular entra em vigor na data de sua publicação. Alexandre Schwartsman Diretor
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1 CIRCULAR Nº 3227 Documento normativo revogado pela Circular 3280, de 09/03/2005. Altera o Regulamento de Operações de Câmbio de Natureza Financeira do Mercado de Câmbio de Taxas Livres. A Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil, em sessão realizada em 18 de fevereiro de 2004, com base no disposto na Resolução 1.690, de 18 de março de 1990, D E C I D I U: Art. 1º Alterar o título 4 (Remessas Governamentais) do capítulo 3 (Regulamento de Operações de Câmbio de Natureza Financeira) da Consolidação das Normas Cambiais - CNC, de forma a: I - permitir o curso direto, na rede bancária autorizada a operar em câmbio, de novas operações de natureza financeira de interesse de pessoa jurídica de direito público interno, bem como daquelas de interesse de representações diplomáticas, assim entendidas as embaixadas, os consulados e as legações estrangeiras, e de representação de organismos internacionais de que o Brasil seja membro; II - determinar o curso, exclusivamente no Mercado de Câmbio de Taxas Flutuantes, de transferências destinadas a atender despesas de manutenção de pessoas físicas que se encontrem no exterior cumprindo programa de natureza educacional, científica ou cultural, quando o comprador da moeda estrangeira for diferente de pessoa jurídica de direito público interno. Art. 2º Divulgar as folhas anexas necessárias à atualização do capítulo 3 da CNC. Art. 3º Esta Circular entra em vigor na data de sua publicação. Alexandre Schwartsman Diretor Este texto não substitui o publicado no DOU e no Sisbacen. Brasília, 18 de fevereiro de 2004.
2 SEÇÃO I : OPERAÇÕES DE INTERESSE DO GOVERNO BRASILEIRO 1. Além das transferências já regulamentadas no Mercado de Câmbio de Taxas Livres, podem os bancos autorizados a operar em câmbio dar curso a operações de compra e de venda de moeda estrangeira de responsabilidade de pessoas jurídicas de direito público interno, conforme definido no título 1 deste capítulo, quando tais transferências forem relativas a: I. despesas com servidores no exercício de missão oficial no exterior; II. Ajuda de custo a servidores públicos designados ou transferidos para o exterior; III. Benefícios concedidos a viajantes que se destinem ao exterior ou lá se encontrem, com o objetivo de cumprir programa de natureza educacional, científica ou cultural; IV. Obrigações junto a instituições de ensino e pesquisa no exterior; V. pensões e aposentadorias; VI. Participação do Brasil no capital de organismos internacionais; VII. Contribuições associativas; VIII. Contribuições a organismos internacionais; IX. Rendas e despesas do Governo brasileiro referentes a pagamentos e recebimentos com estacionamento de tropas militares e despesas de viagens de servidores do Governo brasileiro lotados no exterior; bem como as despesas no exterior com a impressão de títulos e valores do Governo brasileiro e rendas e despesas governamentais relativas a aluguel de imóveis no exterior; X. compromissos diversos até o limite de US$ 3.000,00 ( três mil dólares dos Estados Unidos) ou seu equivalente em outras moedas; XI. Bilhetes e prêmios de loterias oficiais; XII. Pagamento e restituição de tributos; XIII. Reparações de guerra; XIV. Participações em feiras e exposições, incluindo, entre outras, as transferências relativas a aluguel de espaço, montagem de estandes, recepção; XV. Publicidade e propaganda; XVI. Serviços técnico-profissionais não sujeitos a averbação no Instituto Nacional de Propriedade Industrial - INPI;
3 XVII. Compra ou venda de programa de computador - software; XVIII. Comunicação, incluindo a utilização de banco de dados internacional; XIX. Taxas de inscrição em simpósios, congressos, mesas redondas, seminários, conclaves e assemelhados, bem como cursos à distância; XX. Honorário de membros de conselhos consultivos e/ou administrativos; XXI. Honorários profissionais, incluindo a remuneração a profissionais liberais e a remuneração por cursos, palestras e seminários; XXII. Remuneração por competições ou exibições; XXIII. Multas e indenizações por danos, exceto as situações amparadas por seguro ou garantia, as quais se subordinam a regulamentação própria; XXIV. Tratamento de saúde; XXV. Vencimentos e ordenados. 2. As vendas de moeda estrangeira para atender ao contido nos incisos de "I" a "V" e "XXIV" do item 1 desta seção podem ser efetuadas: a) em espécie, entregue diretamente ao viajante no País; b) em espécie, entregue a representante habilitada da pessoa jurídica de direito público interno, para posterior repasse ao beneficiário final dos recursos; c) por ordem bancária, a favor da própria pessoa jurídica responsável pela aquisição da moeda estrangeira, para repasse, no exterior, ao beneficiário final dos recursos; e d) por ordem bancária, para entrega direta ao beneficiário final no exterior. 3. As vendas de moeda estrangeira relativas às operações de que trata esta seção podem ser efetuadas mediante apresentação, ao banco vendedor da moeda estrangeira, de correspondência da pessoa jurídica de direito público interno responsável pela remessa indicando: a) a completa identificação do(s) beneficiário(s) da moeda estrangeira, inclusive, quando for o caso, o(s) respectivo(s) número(s) de registro no Cadastro de Pessoas Físicas - CPF ou no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ; b) o valor individual e total em moeda estrangeira; c) a finalidade e, se for o caso, o período a que se refere;
4 d) nas situações indicadas nos incisos de "I" a "V" e "XXIV" do item 1 desta seção: a forma da entrega da moeda estrangeira; e) quando couber e a critério da pessoa jurídica de direito público interno patrocinadora: a quantidade de parcelas, a periodicidade das remessas e os respectivos valores em moeda estrangeira, de modo a conferir automaticidade às transferências. 4. O uso da faculdade prevista nos incisos "I", "II" e "III" do item 1 desta seção não veda a aquisição, com recursos próprios do viajante, de moeda estrangeira no Mercado de Câmbio de Taxas Flutuantes. 5. As transferências de que trata esta seção estão ainda condicionadas ao cumprimento das demais disposições legais e regulamentares aplicáveis.
5 SEÇÃO II : OPERAÇÕES DE INTERESSE DE REPRESENTAÇÕES DIPLOMÁTICAS E DE ORGANISMOS INTERNACIONAIS DE QUE O BRASIL SEJA MEMBRO 1. Além das transferências já previstas pela regulamentação vigente, os bancos autorizados a operar em câmbio podem dar curso a transferências financeiras do e para o exterior, de interesse de representações diplomáticas ou de representações de organismos internacionais de que o Brasil seja membro. 2. Para efeitos desta seção, consideram-se como "representações diplomáticas" as embaixadas, os consulados e as legações estrangeiras. 3. Estão incluídas nas transferências previstas nesta seção as rendas das representações diplomáticas e outras rendas em reais auferidas no País em função da regular atuação do interessado no território nacional, bem como as decorrentes de ingresso de moeda estrangeira. 4. Para efetivação das remessas ao exterior de que trata esta seção, deve o interessado apresentar ao banco vendedor da moeda estrangeira, documento oficial, firmado pelo responsável pela transferência (representação diplomática ou organismo internacional de que o Brasil seja membro), indicando: a) o valor em moeda nacional; b) o período abrangido e a praça em que a renda foi auferida; c) a finalidade e o beneficiário da remessa. 5. O montante passível de remessa ao exterior pode ser objeto de crédito em conta em moeda estrangeira mantida pela representação diplomática ou pela representação de organismo internacional de que o Brasil seja membro em banco autorizado a operar em câmbio na forma da legislação e regulamentação vigente, mediante celebração da respectiva operação de câmbio. 6. Não têm amparo nesta seção as remessas ao exterior a título de doação, podendo o Banco Central do Brasil, a seu critério, conceder autorização específica para tais transferências. 7. O disposto nesta seção também não se aplica às remessas de interesse de funcionários de representação diplomática ou de organismo internacional de que o Brasil seja membro. 8. Nos ingressos de moeda estrangeira, deve ser apresentado o respectivo comprovante documental da operação.
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