Estimativa do número ideal de amostras para classificação comercial do trigo

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Transcrição:

Estimativa do número ideal de amostras para classificação comercial do trigo Ricardo Lima de Castro 1, Eliana Maria Guarienti 1, Martha Zavariz de Miranda 1, Adeliano Cargnin 1, Edina Regina Moresco 1, Eduardo Caierão 1, Márcio Só e Silva 1 e Pedro Luiz Scheeren 1 1 Eng. Agrôn., Pesquisador da Embrapa Trigo, Passo Fundo, RS. Email: rlcastro@cnpt.embrapa.br; eliana@cnpt.embrapa.br; marthaz@cnpt.embrapa.br; adeliano@cnpt.embrapa.br; edina@cnpt.embrapa.br; caierao@cnpt.embrapa.br; soesilva@cnpt.embrapa.br; scheeren@cnpt.embrapa.br. A força de glúten (W expresso em 10-4 Joules) é uma das principais características consideradas nos testes reológicos para avaliação da qualidade tecnológica do trigo. O enquadramento das cultivares nas classes comerciais de trigo é efetuado respeitando-se os limites mínimos de força de glúten determinados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. De modo geral, para enquadramento das cultivares nas classes comerciais, os obtentores têm utilizado a média de W observada nas análises disponíveis. Porém, a grande variação nos valores de W obtida nas amostras tem dificultado o uso da média como critério de enquadramento das cultivares. O objetivo deste trabalho foi determinar o número ideal de amostras para classificação comercial do trigo considerando a média de força de glúten das amostras, bem como avaliar a adequação do critério de classificação considerando a frequência relativa acumulada mínima de 60% (Fr i 60%). O número ideal de amostras foi estimado com base nas propriedades da distribuição amostral da média (distribuição t de Student), aplicando-se a equação abaixo aos resultados das análises disponíveis no Banco de Dados do Laboratório de Qualidade de Grãos da Embrapa Trigo. n t n' 1 d s' 2 sendo n = número ideal de amostras; n = número de amostras analisadas; s = desvio padrão amostral; t α(n -1) = estatística t ao nível de significância α de 0,05 e graus de liberdade = n - 1; e d = precisão, em unidades de W. A equação foi aplicada aos dados de W das cultivares BRS 208, BRS Guamirim e Ônix (escolhidas devido ao maior número de amostras disponíveis e pela importância atual de cultivo), considerando as Regiões de Adaptação do trigo no RS e PR (principais produtores). Na análise da adequação do critério de classificação com base na Fr i 60%, o mesmo foi comparado à estimação da média de W por intervalo de confiança a 95%, considerando a classificação comercial do trigo conforme Instrução Normativa nº 38, de 30/11/2010. O número ideal de amostras variou entre as cultivares, evidenciando o efeito do genótipo na variação de W (Tabelas 1, 2 e 3). Considerando a precisão de 20 unidades de W (d = 20), a estimativa do número ideal variou de 30 a 50 amostras, aproximadamente, sendo o valor mínimo obtido para a cultivar Ônix (Tabela 3). Para esta cultivar, a estimativa do número ideal de amostras foi reduzida para aproximadamente 12 amostras, quando considerada a precisão de 30 unidades de W (Tabela 3). Considerando o custo elevado das análises de qualidade e, consequentemente, a análise de número reduzido de amostras, propôs-se o uso da frequência 1

relativa acumulada como critério de classificação. O critério de classificação considerando a frequência relativa acumulada mínima de 60% (Tabela 4) foi considerado adequado quando comparado à estimação da média por intervalo de confiança a 95% (Figuras 1, 2 e 3). A aplicação do critério Fr i 60% está exemplificada na Figura 4. Tabela 1. Número de amostras em cada classe comercial (Melhorador, Pão, Doméstico, Básico e Outros Usos) e total, número de anos de amostragem, valor mínimo, máximo e média de força de glúten (W expresso em 10-4 Joules), desvio padrão amostral (s ), coeficiente de variação (CV), valores de t, precisão (d) e número ideal de amostras (n) considerando d = 10, 20 ou 30 unidades de W, da cultivar de trigo BRS 208, por região de adaptação nos Estados do Rio Grande do Sul e do Paraná. Laboratório de Qualidade de Grãos, Embrapa Trigo, 2011. Cultivar BRS 208 Cultivar Região Estado Região Estado Nº Amostras 33 27 60 39 64 117 220 Nº Anos 8 5 8 11 11 11 11 W mínimo 109 139 109 138 188 144 138 W máximo 376 478 478 423 469 492 492 W média 213 267 237 278 305 297 296 Nº Melhorador 2 7 9 16 34 52 102 Nº Pão 10 13 23 15 22 53 90 Nº Doméstico 16 5 21 5 8 10 23 Nº Básico 5 2 7 3 0 2 5 Nº Outros Usos 0 0 0 0 0 0 0 s 56,3 74,6 70,1 65,8 59,2 64,9 63,9 CV (%) 26,4 27,9 29,5 23,7 19,4 21,8 21,6 t 0,05 (n - 1) 2,036 2,056 2,000 2,025 1,999 1,981 1,960 d 20,0 29,5 18,1 21,3 14,8 11,9 8,4 n (d = 10) 132 236 197 178 140 166 157 n (d = 20) 33 59 49 44 35 41 39 n (d = 30) 15 26 22 20 16 18 17 d (n = 6) 59 78 74 69 62 68 67 d (n = 30) 21 28 26 25 22 24 24 2

Tabela 2. Número de amostras em cada classe comercial (Melhorador, Pão, Doméstico, Básico e Outros Usos) e total, número de anos de amostragem, valor mínimo, máximo e média de força de glúten (W expresso em 10-4 Joules), desvio padrão amostral (s ), coeficiente de variação (CV), valores de t, precisão (d) e número ideal de amostras (n) considerando d = 10, 20 ou 30 unidades de W, da cultivar de trigo BRS Guamirim, por região de adaptação nos Estados do Rio Grande do Sul e do Paraná. Laboratório de Qualidade de Grãos, Embrapa Trigo, 2011. Cultivar BRS Guamirim Cultivar Região Estado Região Estado Nº Amostras 10 8 10 5 5 4 8 Nº Anos 65 28 93 6 9 15 30 W mínimo 106 117 106 223 253 155 155 W máximo 375 372 375 308 464 347 464 W média 235 249 239 278 346 256 287 Nº Melhorador 15 5 20 2 7 5 14 Nº Pão 20 16 36 4 2 5 11 Nº Doméstico 18 4 22 0 0 4 4 Nº Básico 12 3 15 0 0 1 1 Nº Outros Usos 0 0 0 0 0 0 0 s 68,9 64,4 67,5 30,8 62,4 57,5 66,5 CV (%) 29,3 25,9 28,2 11,1 18,1 22,5 23,2 t 0,05 (n - 1) 1,998 2,052 1,989 2,571 2,306 2,145 2,045 d 17,1 25,0 13,9 32,3 48,0 31,9 24,8 n (d = 10) 190 175 181 63 207 152 185 n (d = 20) 47 44 45 16 52 38 46 n (d = 30) 21 19 20 7 23 17 21 d (n = 6) 72 68 71 32 66 60 70 d (n = 30) 26 24 25 11 23 21 25 3

Tabela 3. Número de amostras em cada classe comercial (Melhorador, Pão, Doméstico, Básico e Outros Usos) e total, número de anos de amostragem, valor mínimo, máximo e média de força de glúten (W expresso em 10-4 Joules), desvio padrão amostral (s ), coeficiente de variação (CV), valores de t, precisão (d) e número ideal de amostras (n) considerando d = 10, 20 ou 30 unidades de W, da cultivar de trigo Ônix, por região de adaptação nos Estados do Rio Grande do Sul e do Paraná. Laboratório de Qualidade de Grãos, Embrapa Trigo, 2011. Cultivar Ônix Cultivar Região Estado Região Estado Nº Amostras 29 29 58 6 16 5 27 Nº Anos 6 6 7 4 5 2 5 W mínimo 136 179 136 128 250 222 128 W máximo 370 354 370 318 423 486 486 W média 226 262 244 265 315 333 307 Nº Melhorador 3 9 12 2 11 3 16 Nº Pão 12 13 25 3 5 2 10 Nº Doméstico 11 7 18 0 0 0 0 Nº Básico 3 0 3 1 0 0 1 Nº Outros Usos 0 0 0 0 0 0 0 s 54,0 50,4 54,9 71,3 47,7 101,1 66,6 CV (%) 23,9 19,2 22,5 26,9 15,2 30,3 21,7 t 0,05 (n - 1) 2,048 2,048 2,003 2,571 2,131 2,776 2,056 d 20,5 19,2 14,5 74,8 25,4 125,5 26,4 n (d = 10) 122 107 121 336 103 788 188 n (d = 20) 31 27 30 84 26 197 47 n (d = 30) 14 12 13 37 11 88 21 d (n = 6) 57 53 58 75 50 106 70 d (n = 30) 20 19 21 27 18 38 25 4

W 400 melhorador 300 pão 200 doméstico 100 0 básico outros usos Região de Adaptação Figura 1. Intervalo de Confiança, a 95% (IC 95%), para a média de força de glúten (W) da cultivar de trigo BRS 208, por região de adaptação nos Estados do Rio Grande do Sul e do Paraná. Laboratório de Qualidade de Grãos, Embrapa Trigo, 2011. 5

W 500 400 melhorador 300 pão 200 100 0 doméstico básico outros usos Região de Adaptação Figura 2. Intervalo de Confiança, a 95% (IC 95%), para a média de força de glúten (W) da cultivar de trigo BRS Guamirim, por região de adaptação nos Estados do Rio Grande do Sul e do Paraná. Laboratório de Qualidade de Grãos, Embrapa Trigo, 2011. 6

W 500 400 melhorador 300 pão 200 100 0 doméstico básico outros usos Região de Adaptação Figura 3. Intervalo de Confiança, a 95% (IC 95%), para a média de força de glúten (W) da cultivar de trigo Ônix, por região de adaptação nos Estados do Rio Grande do Sul e do Paraná. Laboratório de Qualidade de Grãos, Embrapa Trigo, 2011. 7

Tabela 4. Frequência relativa simples (%) do número de amostras por classe comercial de trigo, de acordo com a força de glúten (W) das cultivares BRS 208, BRS Guamirim e Ônix, e classificação comercial com base no critério Fr i 60% (classe 1 ) considerando a região de adaptação nos Estados do Rio Grande do Sul e do Paraná. Laboratório de Qualidade de Grãos, Embrapa Trigo, 2011. Cultivar BRS 208 Classe comercial Região Estado Região Estado Melhorador 6,1 25,9 15,0 41,0 53,1 44,4 46,4 Pão 30,3 48,1 38,3 38,5 34,4 45,3 40,9 Doméstico 48,5 18,5 35,0 12,8 12,5 8,5 10,5 Básico 15,2 7,4 11,7 7,7 0,0 1,7 2,3 Outros Usos 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 Classe 1 Doméstico Pão Doméstico Pão Pão Pão Pão Cultivar BRS Guamirim Classe comercial Região Estado Região Estado Melhorador 23,1 17,9 21,5 33,3 77,8 33,3 46,7 Pão 30,8 57,1 38,7 66,7 22,2 33,3 36,7 Doméstico 27,7 14,3 23,7 0,0 0,0 26,7 13,3 Básico 18,5 10,7 16,1 0,0 0,0 6,7 3,3 Outros Usos 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 Classe Doméstico Pão Pão Pão Melhorador Pão Pão Cultivar Ônix Classe comercial Região Estado Região Estado Melhorador 10,3 31,0 20,7 33,3 68,8 60,0 59,3 Pão 41,4 44,8 43,1 50,0 31,3 40,0 37,0 Doméstico 37,9 24,1 31,0 0,0 0,0 0,0 0,0 Básico 10,3 0,0 5,2 16,7 0,0 0,0 3,7 Outros Usos 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 Classe Doméstico pão Pão Pão Melhorador Melhorador Pão 1 Classe comercial segundo o critério da frequência relativa acumulada mínima de 60%, respeitando-se, no cálculo acumulado, a seguinte ordem: melhorador, pão, doméstico, básico e outros usos. 8

A Classe fr i (%) Fr i (%) B Classe fr i (%) Fr i (%) Melhorador 0 0 Melhorador 5 5 Pão 12 12 Pão 16 21 Doméstico 43 55 Doméstico 42 63 Básico 40 95 Básico 37 100 Outros Usos 5 100 Outros Usos 0 100 C Classe fr i (%) Fr i (%) D Classe fr i (%) Fr i (%) Melhorador 31 31 Melhorador 60 60 Pão 45 76 Pão 40 100 Doméstico 24 100 Doméstico 0 100 Básico 0 100 Básico 0 100 Outros Usos 0 100 Outros Usos 0 100 Figura 4. Exemplos da aplicação do critério da frequência relativa acumulada mínima de 60% das amostras para enquadramento das cultivares nas classes comerciais de trigo. A) trigo Básico; B) trigo Doméstico; C) trigo Pão; e D) trigo Melhorador. fr i = frequência relativa simples; Fr i = frequência relativa acumulada. 9