Expoimp 2014: negócios da feira movimentam cerca de R$ 30 milhões



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Transcrição:

Ago./Set. de 2014 - O Berrante :: 1 INFORMATIVO DO SINRURAL DE IMPERATRIZ ANO 9 ED. Nº 26 AGO/SET DE 2014 :: WWW.SINRURALIMPERATRIZ.COM.BR :: WWW.FACEBOOK.COM/SINRURAL Expoimp 2014: negócios da feira movimentam cerca de R$ 30 milhões Imperatriz Fotos A nova classificação sanitária do MA, como zona livre da aftosa, possibilitou o maior número de animais inscritos Páginas 04 e 05 Mangalarga Marchador Criadores e produtores rurais investem cada vez mais nesta raça Página 03 Mercado do Boi em pé Comercialização entre criador e exportador atende mercado internacional Página 07 Tecnologia Sebrae desenvolve Projeto Balde Cheio na região Tocantina Página 08

2 :: O Berrante - Ago./Set. de 2014 Editorial Palavra do Presidente A pecuária vive um bom momento em 2014. A conquista do Maranhão, como zona livre da febre aftosa com vacinação, possibilita a abertura de mercado para comercializar animais com outros estados. Tendo estrutura e logística adequadas, também poderemos exportar carne in natura a partir do Porto de Itaqui. Esta é uma perspectiva que vai fazer com que a pecuária maranhense tenha um grande crescimento. Existem também alguns entraves e problemas a serem vencidos. Não conseguimos, ainda, iniciar o nosso Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE). Este mecanismo de gestão ambiental integra as informações referentes à situação das Áreas de Preservação Permanente (APP), das áreas de Reserva Legal, das áreas consolidadas das propriedades e posses rurais do País. Os produtores rurais têm a obrigação de acompanhar as discussões sobre o ZEE. O futuro da produção agropecuária depende disto e o novo governo do Estado do Maranhão precisa assumir este compromisso com o setor produtivo. Nós estamos carentes de uma legislação estadual. Se não houver o zoneamento das propriedades, o reflexo será o desestímulo da produção e a diminuição na renda dos agricultores da região. Com tanta ansiedade, torcemos para que isto ocorra no menor tempo possível. Só assim, o produtor realizará, com segurança, o Cadastro Ambiental Rural (CAR). Sagrima e Aged comemoram Zona Livre de Febre Aftosa durante Expoimp Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Sagrima) e a A Agência Estadual de Defesa Agropecuária (Aged) aproveitaram a Exposição Agropecuária de Imperatriz (Expoimp) para comemorar, junto com os produtores da região tocantina, a conquista internacional do Maranhão como zona livre de febre aftosa com vacinação. A região concentra o maior rebanho comercial do estado e já apresenta reflexos positivos do novo status sanitário, que foi oficializado durante Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde Animal, em maio deste ano, em Paris. Na comemoração, que aconteceu no dia 4 de julho, no Tatersal Rafael Almeida Ribeiro, no Parque de Exposições, o secretário de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Cláudio Azevedo, homenageou sindicatos, associações e servidores da Aged. A zona livre internacional de febre aftosa com vacinação foi a maior conquista da história da pecuária maranhense e merece, não só Imperatriz Fotos ser comemorada, como realizar o justo reconhecimento aos atores que contribuíram decisivamente para essa vitória e a região tocantina, que concentra a maior parte do rebanho maranhense, teve papel fundamental nessa conquista, justificou o secretário Cláudio Azevedo. O presidente do Sindicato Teresa Satiko representa a Aged de Imperatriz Rural de Imperatriz (Sinrural), Sabino Costa, um dos homenageados durante o evento, informou que com a nova rios, gestores estaduais e municipais. outros estados, dentre eles, criadores, empresá- classificação de zona livre, a Expoimp o aumento Rebanho De acordo com dados da Aged, o no número de animais inscritos. Ele disse, ainda, rebanho da região tocantina - que compreende que sem a necessidade dos animais passarem 25 municípios das regionais de Açailândia, Balsas, por uma quarentena - o que era exigido pela legislação federal antes da zona livre criadores vinos e bubalinos. O total do rebanho maranhense Barra do Corda e Imperatriz -, é de 2.592.965 bo- de outros estados tiveram maior interesse em é de cerca de 7,5 milhões de bovídeos. A região participar da Expoimp 2014. possui ainda dois frigoríficos e 20 laticínios, certificados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Participaram do evento de comemoração da zona livre cerca de 120 pessoas da região e de Abastecimento (Mapa) e Aged. (Fonte Sagrima) Expediente O Berrante Ano 9, Edição 26, 2014 Distribuição Gratuita Imperatriz, Maranhão Diretoria Conselho Editorial Produzido por: Presidente - Sabino Siqueira da Costa 1º Secretário - Karlo Marques 1º Tesoureiro - Erivaldo Marques Abreu Vice-Presidente - Renato José Nogueira Pereira 2º Secretário - Paulo Roberto Machado 2º Tesoureiro - George Araújo Raposo Textos: Alda Queiroz Revisão: Palavra Comunicação Fotos: Imperatriz Fotos e Alda Queiroz Projeto Gráfico: John Erik Diagramação: Marizé Vieira Contato palavra Assessoria de Comunicação (99) 3525.9508 www.palavracomunicacao.com.br

Ago./Set. de 2014 - O Berrante :: 3 Associação Núcleo da Amazônia reúne criadores da raça de cavalos Mangalarga Marchador Temos animais de qualidade, ressalta o presidente da Associação, Judas Tadeu Imperatriz Fotos Exposição especializada A quarta edição da exposição especializada em Mangalarga Marchador, realizada em Imperatriz, aconteceu durante a 46ª Expoimp. Este ano, em função das festividades no mês de julho, inscrevemos 93 animais representando os estados do Maranhão, Pará e Amapá, destaca. Destaque em eventos, o animal tem melhorado geneticamente Do Oiapoque ao Chuí. De Leste a Oeste. Versátil e dinâmico, o cavalo Mangalarga Marchador se adapta a qualquer cenário. Criadores e produtores rurais investem cada vez mais nesta raça. Destaque em eventos, como exposições especializadas e leilões, o animal mostra que tem melhorado geneticamente, mas sem perder a principal característica: comodidade em montaria. O Núcleo da Amazônia de Mangalarga Marchador reúne criadores dos estados do Maranhão, Pará e Amapá. O presidente da associação, Judas Tadeu Vieira Coutinho Mendes, conta que o trabalho para divulgação da raça ocorre há mais de 25 anos. Após uma lacuna, há seis anos as atividades do Núcleo da Amazônia foram Quanto maior a divulgação da raça, mais fácil será o aumento do número de criadores e a movimentação em criatórios retomadas, informa. Animal dócil para cavalgadas, montaria, longas caminhadas, fácil para a lida no campo, resistente. Estes são alguns atributos da raça Mangalarga Marchador. Os criadores de Imperatriz e região já reconhecem as peculiaridades e vantagens do Mangalarga Marchador, ressalta Judas Tadeu. Mas é preciso progredir, já que nós temos animais de qualidade, acrescenta. No mercado, o preço do animal é considerado acessível. Para Judas Tadeu, quanto maior a divulgação da raça, mais fácil será o aumento do número de criadores e a movimentação em criatórios. Ainda de acordo com o presidente do Núcleo da Amazônia, vários animais já participaram da exposição nacional que acontece no berço da História A formação da raça se deu no início da colonização portuguesa no Brasil, em cruzamentos de um garanhão da raça Alter, dado de presente pelo rei de Portugal, Dom João VI, com éguas criadas pelo Barão de Alfenas, Gabriel Francisco Junqueira, em Cruzília, Minas Gerais. Lei A raça de cavalos Mangalarga Marchador foi reconhecida como raça nacional pela Lei 12.975/2014, publicada no Diário Oficial da União. Sancionado pela presidente Dilma Rousseff, em maio deste ano, o projeto que deu origem à lei foi apresentado na Câmara em 2012 pelo deputado baiano Arthur Oliveira Maia. Homenagem Amigo Fiel, do cavalo do amanhecer ao Mangalarga Marchador. Em 2013, a raça foi enredo da escola de samba Beija-Flor de Nilópolis. O desfile mostrou que este animal pode ser montado por crianças, jovens, adultos e idosos. raça, em Minas Gerais. Todo ano inscrevemos, no mínimo, cinco cavalos da região Tocantina, afirma.

4 :: O Berrante - Ago./Set. de 2014 Balanço Expoimp: Sinrural comemora bons resultados Cerca de 90 mil pessoas visitaram o Parque de Exposições Lourenço Vieira da Silva nos nove dias de festa Imperatriz Fotos A maior feira agropecuária da região Tocantina aconteceu de 5 a 13 de julho Exposição Agropecuária de Imperatriz A registra, a cada ano, um crescimento em número de negociações. Na 46ª edição da Expoimp, o Sindicato Rural de Imperatriz (Sinrural) indica a movimentação de R$ 30 milhões para comercialização de animais, máquinas, implementos agrícolas e aquisição de veículos. A maior feira agropecuária da região Tocantina aconteceu de 5 a 13 de julho. Seja em competições ou em leilões, a nova classificação sanitária do Maranhão, como zona livre da aftosa com vacinação, possibilitou a participação de um maior número de animais. Criadores e expositores de outros estados marcaram presença nos nove dias de festa. Confira os resultados de cada evento que fez parte da agenda da Expoimp: Rodeio De acordo com a comissão organização do rodeio, cerca de 8 mil pessoas estiveram presentes na grande final do evento, sábado (12). Dos 40 inscritos na competição, oito chegaram à final na categoria Boi. Somente cinco participantes se classificaram na categoria Cavalo. Depois de uma disputa acirrada e uma demonstração de domínio e técnica, os peões Thiago da Silva Santos e José Gomes da Silva conquistaram o cinturão da vitória, nas respectivas categorias. O leilão oportuniza a realização de bons negócios, além do melhoramento genético do rebanho bovino Os campões levaram R$ 20 mil em dinheiro como prêmio. Eles ainda garantiram vaga para a disputa na maior festa de peão do boiadeiro do País, Circuito Barretos, que aconteceu entre os dias 21 e 31 de agosto, em São Paulo. Leilões Qualidade dos animais e preço acessível. Estas foram as principais características dos sete leilões realizados no Tatersal Rafael Almeida Ribeiro. A organização é da KM Leilões, que confirma a participação de compradores e vendedores de vários Estados. O leilão oportuniza a realização de bons negócios, além do melhoramento genético do rebanho bovino. Isso faz aumentar a produtividade, destaca Karlo Marques. A seguir, o resumo de cada leilão, com o número de animais comercializados por dia: Leilão de Gado Leiteiro Palate: Foram leiloados 110 animais, das raças Gir e Girolando; 12º Leilão Pec-Sêmen Alta Genetics de Bezerros: Bezerros da raça Nelore. Animais de 19 fazendas de Imperatriz e região também receberam lances. Ao todo, 1003 cabeças de animais em 30 lotes; 3º Leilão Comitiva da Amizade: As quinze fazendas que compõem a Comitiva da Amizade leiloaram 63 animais, entre cavalos, éguas e jumentos. 4º Leilão Nelore Produção Vale do Mutum: Distribuídos em 37 lotes, foram comer-

Ago./Set. de 2014 - O Berrante :: 5 cializados 157 animais; Leilão Mangalarga Marchador: Os cavalos vendidos durante o leilão vieram dos estados do Ceará, Pará, Piauí, Goiás, Rondônia e Tocantins. Os lances foram feitos por criadores do Maranhão, Minas Gerais, Pará, Tocantins, Rondônia e São Paulo. Durante o evento 33 lotes foram leiloados, sendo 26 animais, coberturas de três reprodutores e 4 embriões de matrizes. Leilão Fazenda Arco-Íris e convidados: O leilão teve a participação das fazendas Arco-Íris, Igarapé e Liliani. Totalizando 29 lotes, neste certame foram comercializados touros, novilhas e produtos de transferência genética. 10º Leilão Tabapuã Vale do Mutum e convidados: Os animais que compuseram os 51 lotes da raça Tabapuã (47 machos e 4 fêmeas) são de fazendas do Maranhão, Tocantins, Minas Gerais e de São Paulo. Palestras A agenda da exposição não é somente um momento para fazer negócios, mas também de aquisição e troca de conhecimentos. Pensando nisso, o Sindicato promoveu, em parceria com o Sebrae, um ciclo de palestras e oficinas. Foram cinco dias de apresentações, com temas voltados para empreendedores, produtores rurais e estudantes. Shows De acordo com o Sinrural, cerca de 90 mil pessoas estiveram no Parque de Exposições Lourenço Vieira da Silva. O público prestigiou a diversidade de shows e gêneros musicais. Pela primeira vez, um grupo de rock se apresentou na Expoimp. A atração de abertura, na noite do primeiro sábado do evento (5), foi a banda Detonautas. No encerramento da festa (12), Eduardo Costa atraiu 13 mil pessoas para a arena de shows. O valor máximo cobrado na bilheteria foi R$ 30 (trinta reais). Pista de Julgamento A Pista de Julgamento tem como objetivo premiar os melhores representantes das raças Nelore, Tabapuã e Mangalarga Marchador. Ao todo, 216 amimais participaram do concurso. Nelore: No total 63 animais, 35 fêmeas e 28 machos. Gilson de Sousa Kyt foi escolhido como o melhor criador. Para o primeiro lugar na categoria expositor, Igarapé Agropecuária Ltda. Tabapuã: Foram 60 animais inscritos, sendo 30 machos e 30 fêmeas. Estiveram presentes expositores dos Estados do Maranhão, Tocantins, Pará, Goiás, São Paulo e Minas Gerais. Como melhor expositor, Fazenda Ponta da Serra. A Agropecuária Vale do Mutum ganhou na categoria melhor criador. Mangalarga Marchador: Foram inscritos 93 animais desta raça, representando os estados do Maranhão, Tocantins, Pará, Ceará, Sergipe e Amapá. O melhor expositor foi João Regis Dalla Maestri. Já para melhor criador, o título ficou com Severino Ramos de Moura. Torneio Leiteiro O 17 Torneio Leiteiro potencializou a produtividade de cada bovino inscrito na competição. Ao todo, trinta animais participaram da disputa. Os inscritos representam os estados do Maranhão, Tocantins, Ceará e Pernambuco. Entre os prêmios, um tanque resfriador de leite, uma ordenhadeira mecânica, kits para tratamento de animais e quantias em dinheiro, nos valores de R$ 1.000,00 e R$ 500,00. Os produtores que conquistaram o topo do pódio receberam o tradicional banho de leite. Veja a lista completa com as categorias dos animais vencedores em cada competição no site do Sinrural: www.sinruralimperatriz.com.br. Não deixe de conferir as galerias com fotos da 46ª Expoimp.

6 :: O Berrante - Ago./Set. de 2014 Investimento Fábrica de Leite Longa Vida será implantada em Imperatriz até 2017 Indústria de laticínios Palate vai expandir a oferta de produtos. No mês de setembro, iniciará a fabricação de queijo Alda Queiroz Testes de equipamentos, adequação e adaptação de tecnologia aprimoram os processos produtivos Potencial da bacia leiteira da região Tocantina atrai investimentos para Imperatriz. Uma indústria de laticínios, instalada no município desde 2010, vai expandir a oferta de produtos. No mês de setembro, iniciará a fabricação de queijo mussarela. E, até 2017, vai inaugurar a planta de leite UHT, popularmente conhecido como Leite Longa Vida. Leite em pó e margarina já fazem parte da linha de produção. De acordo com o gerente industrial de laticínios, José Paulino Siqueira, a empresa planeja implantar a fábrica de leite Longa Vida até 2017. O investimento em infraestrutura já começou. No pátio da fábrica, é possível ver homens trabalhando na construção de uma caldeira. O leite pasteurizado perdeu mercado para o leite UHT. Ainda de acordo com José Paulino, a implantação da fábrica de leite Longa Vida depende de uma resposta dos criadores. Atualmente, a captação do leite é limitada em, aproximadamente, 106 mil litros. Para ele, há muitos desafios pela frente, já que em dois anos, a região necessita duplicar a capacidade de produção de leite. Precisamos de há muitos desafios pela frente, já que em dois anos, a região necessita duplicar a capacidade de produção de leite 220 mil litros de leite na planta por dia pra que linha de Longa Vida funcione, destaca. O leite UHT (Ultra High Temperature), também conhecido como Longa Vida, é obtido pelo processo de Temperatura Ultra Alta de Pasteurização. O leite é homogeneizado e submetido a uma temperatura de 130 a 150º, entre 2 e 4 segundos, e imediatamente resfriado a uma temperatura inferior a 32ºC. Mussarela Testes de equipamentos, adequação e adaptação de tecnologia. A fábrica de queijo já foi liberada pelo Serviço de Inspeção Federal (S.I.F). A produção, inicialmente, vai utilizar 30 mil litros de leite por dia. A cada ciclo de três horas, será fabricada uma tonelada de queijo. O responsável pela preparação, Roberto Moreira, conta que a estrutura está pronta e cerca de dez pessoas vão trabalhar na preparação do queijo. Outros investimentos Creme de leite e achocolatado são os produtos que vão ampliar a oferta da empresa. O prazo para o início de fabricação é novembro de 2015.

Mercado Ago./Set. de 2014 - O Berrante :: 7 Exportação de gado vivo é alternativa comercial para pecuaristas Diretor da Federação de Agricultura e Pecuária do Pará, José Nelson de Araújo, fala sobre Mercado do boi em pé Quando o preço da arroba cai, a exportação dos animais pode se tornar uma alternativa mais atraente para o pecuarista. A prática, conhecida como boi em pé, consiste na comercialização entre criador e exportador para atender o mercado internacional. O Pará é o maior exportador de boi vivo do Brasil. Em 2013, 650 mil cabeças de gado, aproximadamente, deixaram as fazendas do Estado, de acordo com a Associação Brasileira de Exportadores de Gado. Em entrevista, o Diretor da Federação de Agricultura e Pecuária do Pará, José Nelson de Araújo, fala sobre a exportação de bovinos vivos no Brasil. Estrutura no porto de Vila do Conde, em Barcarena (PA) Imagem Reprodução O que é o Mercado do boi em pé? O mercado do boi em pé consiste na comercialização efetuada entre o pecuarista e o exportador para atender o Mercado internacional. O estado do Pará é detentor de 97% deste mercado. O Brasil exporta animais vivos para quais países? Do Pará, exportamos principalmente para Venezuela, Líbano e Egito. Quais as principais dificuldades para o transporte desses animais? A logística foi um dos grandes entraves entre 2004 e 2010. Porém, com o crescimento das exportações, temos uma logística mais consistente e operativa. A exportação de gado bovino vivo é tendência no setor pecuário nacional/regional? Sim. Este é um mercado promissor. As exportações garantem aos produtores o equilíbrio de preços da arroba praticados. O excedente de produção também é comercializado. Caso contrário, as relações econômicas seriam controladas por reserva de mercado. Há registro de suspensão na venda dos bovinos vivos brasileiros? Desconheço esta informação. No Estado do Pará continuamos exportando regularmente para os países já citados. Qual é o cenário da exportação do boi vivo? Com um cenário promissor, o Pará continua procedendo suas exportações normalmente. Nosso objetivo é aumentar o número de animais exportados e, com isso, manter a regulação do nosso mercado interno sempre em defesa do produtor rural. Regras A Instrução Normativa nº13, que aprova o regulamento técnico para as exportações de bovinos, búfalos, ovinos e caprinos destinados ao abate, foi publicada no dia 31 de março de 2010, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, no Diário Oficial da União. A instrução estabelece as normas de procedimentos básicos para a preparação de animais vivos para a exportação, incluindo a seleção nos estabelecimentos de origem, o transporte entre o estabelecimento de origem e os estabelecimentos de pré-embarque e destes para o local de saída do país e o manejo nas instalações de pré-embarque e no embarque. Entre os procedimentos previstos pela IN nº13 está a exportação de animais vivos em bom estado de saúde e isentos de pragas e doenças, e somente exportar animais que procedam de estabelecimentos de criação e de áreas que não estejam sob restrição sanitária devido a doenças transmissíveis que afetam a espécie a ser exportada. Além disso, somente serão exportados os animais acompanhados do Certificado Zoossanitário Internacional expedido por um Fiscal Federal Agropecuário.

8 :: O Berrante - Ago./Set. de 2014 Capacitação Projeto Balde Cheio muda realidade de produtores da região Tocantina Desenvolvido pelo Sebrae há seis anos, o projeto atende mais de 220 produtores, entre pequenos e grandes proprietários rurais Divulgação pais dificuldades encontradas e possíveis erros cometidos pelos empreendedores rurais. Na última visita, foram vistoriadas propriedades rurais nas cidades de Cidelândia, Vila Nova dos Martírios, Senador La Rocque, Porto Franco e Ribamar Fiquene. Após o encerramento da série de visitas, João Rosseto e Arthur Chinelato partici- Durante a Expofran, cerca de 160 pessoas participaram da palestra projeto Balde Cheio, desenvolvido pelo param das exposições agropecuárias de Imperatriz (Expoimp) e Porto Franco O Sebrae no Maranhão, há seis anos, já está no seu segundo ciclo e tem fortalecido sua atuação na região tocantina, com vistas a expandir Ganhar Dinheiro com Leite. Cerca de 160 (Expofran), onde proferiram a palestra Como o sucesso da experiência em nosso estado. Ele pessoas, de diversas cidades próximas, participaram das atividades. é o responsável por mudar a realidade de mais de 220 produtores, entre pequenos e grandes Segundo Arthur Chinelatto, a imagem do proprietários rurais, principalmente a realidade produtor rural está geralmente atrelada à dificuldade e à pobreza, mas essa é uma alegação daqueles que já implantaram a metodologia Balde Cheio em suas propriedades. equivocada. O produtor não precisa sair da O projeto Balde Cheio é conhecido por levar zona rural para melhorar sua renda familiar, basta orientações, palestras, cursos e realizar visitas apenas que ele saia do comodismo e busque técnicas, tanto para produtores que já participam do projeto, como também para aqueles como negócio, incentivou o pesquisador da orientações para desenvolver sua propriedade que têm o intuito de conhecer esse trabalho de Embrapa. transferência de tecnologia promovido pelo Sebrae na região. plantada em qualquer propriedade rural e pode A metodologia Balde Cheio pode ser im- Em uma destas ações de expansão, o criador da tecnologia Balde Cheio, o pesquisador cessário apenas que ele tenha interesse e von- se adequar a realidade de cada produtor. É ne- da Embrapa Arthur Chinelato e o consultor João tade em transformar sua propriedade e, consequentemente, sua qualidade de vida, declarou o Rosseto, estiveram em diversas cidades da região, durante o mês de julho, onde proferiram palestras e realizaram visitas técnicas a fazendas O produtor Alício Sampaio, que participou coordenador do projeto Balde Cheio. que se utilizam desta metodologia. da palestra e que há quase três anos é assistido As visitas técnicas são realizadas periodicamente, no intuito de verificar os resultados das mudanças e melhorias proporcionadas pelo pelo Projeto Balde Cheio, falou com satisfação adquiridos com a implantação da metodologia projeto em sua propriedade. Antes de inserir Balde Cheio nas fazendas e verificar as princi- a tecnologia Balde Cheio em minha propriedade, eu tinha muita dificuldade, tirava apenas 80 litros leite por dia. Hoje, com as orientações passadas e as mudanças realizadas na gestão do meu negócio rural, estou tirando mais de 200 litros, utilizando basicamente as mesmas vacas e a mesma propriedade, comemora o pequeno produtor. Uma de minhas vacas, que antes dava apenas quatro litros de leite, hoje aumentou sua produção para 15 litros por dia. Esse projeto foi um grande diferencial em minha vida. A evolução da minha produção foi muito significativa, melhorou muito para mim e para minha família. Participar de palestras como essa de hoje nos ajudar a querer melhorar e crescer mais ainda, enfatizou o produtor rural. (Assessoria Sebrae) Balde Cheio O Programa Balde Cheio é uma metodologia de transferência de tecnologia que contribui para o desenvolvimento da pecuária leiteira em propriedades familiares. Seu objetivo é capacitar profissionais de extensão rural e produtores, promover a troca de informações sobre as tecnologias aplicadas regionalmente e monitorar os impactos ambientais, econômicos e sociais, nos sistemas de produção que adotam as tecnologias propostas. A capacitação e a troca de informações acontecem na propriedade rural, que se torna uma sala de aula. Além disso, a programação inclui aulas teóricas, tanto a multiplicadores da metodologia como também a produtores atendidos. A partir da estruturação da propriedade com base nas orientações do projeto, a unidade demonstrativa passa a ser uma referência na região.