Relatório de Gestão 2014
Índice I. Introdução...3 II. Actividade...4 Eixos de ação... 4 Governação Integrada... 4 Liderança Servidora... 4 Participação e cidadania... 4 Empregabilidade solidária... 4 Migrações e Diálogo intercultural... 4 Projetos (em desenvolvimento)... 5 O nosso Km2... 5 Fórum para a Governação Integrada (GovInt)... 5 Mapa de Inovação e Empreendedorismo Social (em parceria com o IES)... 5 Grupos de Entreajuda para a Procura de Emprego (GEPE)... 5 História do Futuro... 5 Maior Empregabilidade... 6 Academia Ubuntu... 6 Justiça para Tod@s... 6 Vidas Ubuntu... 6 III. Estrutura Orgânica...7 IV. Órgãos Sociais...7 ANEXOS (Balanço e Demonstração de Resultados)...8 Relatório de Gestão 2014 2
I. Introdução O IPAV INSTITUTO PADRE ANTÓNIO VIEIRA é uma associação cívica sem fins lucrativos, com sede no Porto, reconhecida como IPSS, tendo por objeto a reflexão, formação e ação no domínio da promoção da dignidade humana, da solidariedade social, da sustentabilidade, do desenvolvimento, da diversidade e diálogo de civilizações/culturas. Age através da conceção e gestão de projetos de inovação social, capazes de corresponder a soluções para necessidades sociais não resolvidas, no contexto nacional e internacional, designadamente, através do apoio a crianças e jovens, à família, à integração social/comunitária, na proteção dos cidadãos na velhice, invalidez e em todas as situações de falta ou diminuição de meios de subsistência. Dando continuidade ao trabalho que vem sendo desenvolvido, o IPAV continuou em 2014 a procurar dar o seu contributo, com novas ideias e novos projetos, procurando com a sua atividade responder aos desafios sociais em agenda e em linha com a sua missão. A atividade que o IPAV tinha vindo a desenvolver com maior intensidade desde meados de 2012 consolidouse e aumentou, a partir das oportunidades existentes e de novas que surgiram, como é o caso dos três novos grandes projetos em desenvolvimento no âmbito do programa Cidadania Ativa, financiado pelos fundos EEAgrants. O ano de 2014 representou também o ano da internacionalização do IPAV quer pela fundação da Ubuntu Global Network, quer com o projeto da Academia Ubuntu Guiné Bissau, financiado pelo Programa da União Europeia para Atores Não Estatais naquele país. Este crescimento exponencial que se continuou a verificar obrigou a uma maior e melhor afetação de recursos humanos, materiais e financeiros, com vista à plena execução dos projetos em curso. Para além de uma estrutura de recursos humanos de maior dimensão, necessária à coordenação e desenvolvimento dos projetos existentes e novos, houve também uma dispersão territorial dos projetos que obrigou à mudança para um novo espaço de maior dimensão no Porto e à criação de três novos espaços no Bairro do Rego, em Lisboa, para albergar os projetos de empregabilidade do projeto O Nosso Km2. Ainda neste capítulo, houve também a necessidade de se criar uma delegação do IPAV em Bissau, com um espaço próprio para o trabalho diário da equipa do projeto da Academia Ubuntu Guiné Bissau. Em virtude da complexidade de projetos e temáticas dos mesmos, foi ainda definida pela Direção um novo enquadramento estratégico tendo em vista o foco do trabalho a desenvolver estruturado em torno de 5 eixos de ação: Governação Integrada, Liderança Servidora, Participação e cidadania, Empregabilidade solidária e Migrações e Diálogo intercultural. Relatório de Gestão 2014 3
II. Actividade Eixos de ação Governação Integrada Pretende suportar uma visão estratégica numa dinâmica de inovação social que privilegie a análise, a reflexão e ação sobre a solução de problemas sociais complexos, mobilizando o Estado e a Sociedade civil para o desenvolvimento de modelos de governação integrada, baseados na cooperação/parceria, participação das partes interessadas, comunicação eficaz e liderança colaborativa, nomeadamente influenciando as políticas públicas, e apoiando e dando visibilidade a projetos piloto de governação integrada de base territorial, de foco temático ou de seleção de destinatários específicos, bem como inspirando transversalmente as políticas sectoriais com este princípio; Liderança Servidora Capacitação de novos líderes para uma visão inovadora de liderança, enquanto serviço ao Bem comum e a toda a comunidade, com particular atenção a jovens provenientes de contextos vulneráveis, ou disponíveis a neles trabalhar. Participação e cidadania Desenvolvimento de uma cultura de participação cívica, tendo em particular atenção os jovens, nos mais diversos domínios da sociedade, desde as questões ambientais, às sociais e económicas, passando pelas associadas à justiça, à democracia ou à construção europeia, procurando contribuir para novos cidadãos responsáveis, Empregabilidade solidária Desenvolvimento de abordagens inovadoras ao desemprego, em particular o de longa duração, através de ações de capacitação, de interajuda entre pares e procura ativa de emprego em ecossistemas de apoio. Migrações e Diálogo intercultural Promoção do afeto pela diversidade e pela construção de pontes entre realidades culturais, étnicas e religiosas diversas, procurando encontrar na mobilidade humana um espaço de dignificação da Pessoa e de encontro de culturas. Relatório de Gestão 2014 4
Projetos O nosso Km2 Projeto de desenvolvimento comunitário que procura soluções integradas, para responder a problemas sociais complexos. Focado na Freguesia das Avenidas Novas, em Lisboa, o projeto tem como missão contribuir para promover uma comunidade inclusiva, dialogante, proactiva e solidária, agindo nas temáticas desemprego jovem e feminino, insucesso e abandono escolar, isolamento dos idosos e conflitualidade interétnica/interreligiosa. É promovido pela Fundação Calouste Gulbenkian, pela Câmara Municipal de Lisboa, GEBALIS, Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e IPAV. Fórum para a Governação Integrada (GovInt) Conta com a Fundação Calouste Gulbenkian, a Fundação Montepio, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, as Câmaras Municipais de Lisboa e de Braga e o GRACE, e com o apoio institucional do Ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, tem vindo, desde 2014, a desenvolver um conjunto de iniciativas que podem contribuir para mobilizar as instituições portuguesas, a vários níveis, para a governação integrada. A sua ação tem incluído conferências, estudos, projetos piloto, formação avançada e, acima de tudo, uma rede de atores institucionais mobilizados para que possam ser dados passos para a mudança de cultura organizacional necessária. Mapa de Inovação e Empreendedorismo Social (em parceria com o IES) Projeto de pesquisa, que pretende desvendar e mapear as iniciativas socialmente inovadoras a nível nacional, procurando a criação de conhecimento e usando uma metodologia de proximidade com as comunidades locais. O foco desta metodologia está na análise de competitividade dos modelos de negócio inovadores identificados, e na divulgação e disseminação, nacional e internacional, de casos de sucesso e boas práticas nacionais. Procura contribuir para o crescimento e competitividade de um novo mercado de inovação e empreendedorismo social nacional. Apoio do Programa COMPETE. Grupos de Entreajuda para a Procura de Emprego (GEPE) Grupos informais de pessoas desempregadas que se reúnem semanalmente com o objetivo da procura ativa de emprego ou da criação do próprio emprego. Através da dinâmica de entreajuda em grupo, procura se ultrapassar a desmotivação e o isolamento que o desemprego frequentemente cria e estabelecer novas estratégias de abordagem ao mercado de trabalho. 100 grupos a funcionar em todo o país, com cerca de 1.500 participantes. Apoio do Ministério da Solidariedade Social e da Fundação Montepio. História do Futuro Programa de formação intensiva sobre empregabilidade, que visa ajudar desempregados a transformar o seu tempo livre forçado, em tempo livre útil, através do autoconhecimento, da abertura de horizontes e da partilha de ferramentas que ajudem a desenvolver o potencial humano e profissional de cada um. Relatório de Gestão 2014 5
Maior Empregabilidade Projeto de promoção da empregabilidade, de igualdade de oportunidades e de inclusão social através do reforço das competências transversais (soft skils) e literacia digital; do incentivo à construção precoce do CV, com o que o mercado de trabalho valoriza; do apoio à inserção de jovens no mercado de trabalho, através de ações que deem a conhecer a vida das empresas, experiência de jovens trabalhadores, adaptação ao trabalho ou promoção do empreendedorismo. Promoção de atitude pró activa e solidária na procura de emprego. Projeto em parceria com o Conselho Coordenador dos Institutos Politécnicos, Associação Nacional de Escolas Profissionais e Forum Estudante, com o apoio do Programa Cidadania Ativa /EEGrants. Academia Ubuntu Programa de educação não formal para capacitação de jovens com elevado potencial de liderança, provenientes de contextos de exclusão social e/ou com o intuito de trabalhar neles, com o objetivo que possam vir a desenvolver projetos de empreendedorismo social ao serviço da comunidade. Com um ciclo de formação bianual, o método Ubuntu assenta na pedagogia de educação não formal contando com uma equipa de formação fixa e convidados e de uma proposta assente em lideres modelo, ferramentas de liderança, experiências e desafios. Programa financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian e em parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian, Everis, Lipor, Universidade Católica Portuguesa, Fundação Serralves e União Distrital das IPSS. Justiça para Tod@s Projeto de promoção dos valores democráticos colocando a Educação para a Justiça e o Direito (em especial os Direitos Humanos, direitos das minorias e não discriminação) como ferramenta cívica fundamental num Estado de Direito. Vocacionado para jovens. Em parceria com o Programa Escolhas e a Direção geral de Reinserção e Serviços Prisionais e com o apoio do Programa Cidadania Ativa /EEGrants. Vidas Ubuntu Programa de estruturação e apresentação, na primeira pessoa, de histórias de vida de jovens (14 25 anos) com particular atenção aos provenientes de contextos vulneráveis. Tem como objetivos a valorização das raízes sociais/culturais dos jovens dando sentido à sua identidade; o reforço da autoestima/autoconfiança; a promoção do autoconhecimento, incentivando uma leitura integrada dos trajetos de vida; a capacitar para a comunicação oral e em suporte multimédia; e a capacitação para o desenvolvimento de um projeto (apresentação histórias de vida) que exige conceção, planeamento, apresentação e avaliação. Em parceria com o Programa Escolhas, Associação Aprender e Agir e a Direção geral de Reinserção e Serviços Prisionais e com o apoio do Programa Cidadania Ativa /EEGrants. Relatório de Gestão 2014 6
III. Estrutura Orgânica A estrutura orgânica do IPAV é a constante dos Estatutos: Assembleia Geral Direcção Conselho Fiscal Durante o ano de 2014, não foram constituídos quaisquer outros órgãos de carácter permanente ou não permanente. A gestão administrativa e financeira do IPAV está centralizada na Delegação de Lisboa. IV. Órgãos Sociais Mesa da Assembleia Geral Presidente: Pedro Miguel Lima das Neves Pais de Almeida Secretário: Pedro Ramada Curto Salgueiro Costa Secretário: Vicente Rato Barradas Mendes Godinho Direção Presidente: Rui Manuel Pereira Marques Vogal: Margarida Maria Sancho da Silva Gonçalves Neto Vogal: Luís Manuel Martins Correia de Sousa Vogal: Gonçalo Nuno Cavaca Gil Vogal: Pedro Menezes Moreira Mira Vaz Conselho Fiscal Presidente: Joaquim Pedro Formigal Cardoso da Costa Vogal: José Carlos da Costa Ramos Vogal: Pedro Manuel Rodrigues da Silva Madeira e Góis Relatório de Gestão 2014 7
ANEXOS (Balanço e Demonstração de Resultados) Relatório de Gestão 2014 8