Estudo sobre a localização e dispersão do inóculo primário do oídio da videira e a eficácia dos primeiros tratamentos

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Transcrição:

Estudo sobre a localização e dispersão do inóculo primário do oídio da videira e a eficácia dos primeiros s CARMO VAL, V. SILVA, A. ROSA, J. MANSO E ISABEL CORTEZ 20 e 21 de Novembro, Oeiras Lisboa

Ascósporos 2002, Estação de Avisos do Douro (Freitas, J. & Val, M.) 2005 - Captura de ascósporos de oídio da videira na Região do Douro (VII Encontro Nacional de Protecção Integrada. IP Coimbra).

Monitorização da libertação de ascósporos Objectivos do trabalho

Localização das cleistotecas na videira Objectivos do trabalho Zona 4 Zona 2 Zona 3 Zona 1

Objectivos do trabalho Posicionar o primeiro

Metodologia utilizada Localização e Caracterização da parcela Trabalho em 2011 e 2012 RDD, sub-região do cima corgo (S. Luiz) Tinta Roriz (Aragonês) Patamares de dois bardos Royat (unilateral)

Metodologia utilizada Captura e observação de ascósporos Colocação de suportes metálicos em forma de U Lâminas com lanolina Substituídas após ocorrência de precipitação

Localização das cleistotecas Metodologia utilizada Zona 4 Zona 2 Zona 3 Zona 1

MODALIDADES (delineamento experimental) Metodologia utilizada T1 (testemunha) sem qualquer pulverização aplicada T2 3 pulverizações com enxofre molhável aplicadas antes da floração, 1ª - 2-3 folhas livres, 2ª cachos visíveis e 3ª na pré-floração T3 1ª pulverização nas folhas livres, 2ª na pré-floração T4 apenas na pré-floração com IBE

Metodologia utilizada Tratamentos químicos efectuados na vinha nas várias modalidades, em 2011 e 2012 Data 2011 2012 14/04 28/04 12/05 12/04 27/04 11/05 Modalidades Cachos visíveis Cachos separados Botões florais separados Cachos visíveis Cachos separados Botões florais separados T1 T2 Enxofre molhável Enxofre molhável Enxofre molhável Enxofre molhável Enxofre molhável Enxofre molhável T3 Enxofre molhável IBE Enxofre molhável IBE T4 IBE IBE Dose/ha 4 kg/ha 4kg/ha 4kg/ha; 35ml 4 kg/ha 4kg/ha 4kg/ha; 35ml

Avaliação da intensidade de ataque Amostragem Incidência e Severidade Metodologia utilizada Alimpa/Vingamento Fecho do cacho Vindima 10 Videiras (bardo de dentro e bardo de fora) = 160 Videiras

Principais resultados obtidos Relação entre os Factores Climáticos e a Captura de Ascósporos Colocação 1 0 2 0 0 0 4 1 1 4 0 0 0 C F G Mancha de oídio Precipitação, ascósporos capturados, humidade relativa máxima, estados fenológicos (C ponta verde, F cachos visíveis e G cachos separados) e registo da 1ª mancha de oídio observada.

Principais resultados obtidos Libertação e captura de ascósporos Repouso vegetativo Floração/Vingamento

Principais resultados obtidos b ab ab a Zona 3 significativamente diferente (p<0.05) Zona 4 Braço superfície mais ampla de contacto Zona 2 Zona 3 Distância 2 metros Zona 1

Principais resultados obtidos No T1 diferenças estatisticamente significativas (p<0,0001) T1 > incidência da doença, em relação a T2, T3 e T4 Nas modalidades T2, T3 e T4, não houve diferenças significativas Entre bardos não houve diferenças significativas (p>0,05) Maior intensidade em 2011 comparativamente a 2012.

Principais resultados obtidos Evolução significativa da doença A incidência aumentou desde o vingamento até ao fecho do cacho e desenvolveu-se de forma mais acentuada até à vindima

Principais conclusões Na RDD o oídio hiberna sob a forma de cleistotecas Maior concentração de cleistotecas no braço da videira A intensidade da infecção primária depende da distância das folhas e do cacho ao inóculo primário Primeiros sintomas pré-floração

Principais conclusões Estratégia de protecção desde a pré-floração ao fecho do cacho, já que se verificou que em T2 e T3 não houve ganhos de eficácia Redução de s Economia (custos inerentes aos s) Impacte no ambiente (incluindo redução de resíduos na uva, a compactação do solo e benefícios efectivos na saúde pública).

OBRIGADA PELA ATENÇÃO.