Ano I nº 5 30 de maio de 2018

Documentos relacionados
Ano I nº 4 22 de maio de 2018

Ano I Nº 1 11 de abril de 2018 Sumário

Ano I nº 9 27 de agosto de 2018

Ano I nº 1 24 de abril de 2018

O mito da Petrobrás quebrada, política de preços e suas consequências para o Brasil

Petrobras eleva preço da gasolina em 2,25% nas refinarias

Consequências da política de preços da Petrobrás. Felipe Coutinho Presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (AEPET) Junho de 2018

CIDE Combustíveis e a Federação

Política de preços da gasolina prejudica consumidor e Petrobrás

Nota sobre a subvenção aos produtores e importadores de diesel

Por que Estamos Importando Gasolina? Adriano Pires Agosto/2013

Em outubro de 2016 a Petrobras adotou sua nova política:

O que levou à alta dos combustíveis, pivô da greve dos caminhoneiros?

BOLETIM ENERGÉTICO FEVEREIRO 2017

Tabela 2.1: Contas Agregadas do Petróleo (Barril).

Parente garantiu lucratividade para a Petrobras?

Nota técnica. A Petrobrás não é padaria. Ricardo Maranhão

Globo.com, 17 de setembro de 2018

AEPET contesta as falácias de Décio Oddone (ANP) sobre o refino e a política de preços da Petrobrás

COMÉRCIO INTERNACIONAL

Informativo outubro/18

Carga Tributária dos Combustíveis por Estado. Referência: Julho/2017

Carga Tributária dos Combustíveis por Estado. Referência: Setembro/2016

Carga Tributária dos Combustíveis por Estado. Referência: Outubro/2015

ANO XXX ª SEMANA DE MARÇO DE 2019 BOLETIM INFORMARE Nº 11/2019

Síntese Mensal de Comercialização de Combustíveis

Boletim Econômico Edição nº 80 agosto de 2014 Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico

Ainda protagonista GASOLINA

FRETE SEM TABELA, BRASIL COM FUTURO

SETOR DE TELECOMUNICAÇÕES

CENÁRIO E PERSPECTIVAS DO SETOR PETRÓLEO 4º CAMPETRO CAMPINAS OIL & GAS

Refino e Política de Preços da Petrobrás, alerta aos presidenciáveis

NOTA INFORMATIVA Nº 1.397, DE 2018

Hidrocarbonetos - O Pré-Sal - Dificuldades e Oportunidades. Adriano Pires Março de 2011

Pré-Sal Avaliação e Perspectivas

Impactos do Setor Petrolífero na Economia Brasileira

Situação dos Municípios Brasileiros

Décio Oddone (ANP) usa falácias para defender privatizações na Petrobrás

Tributação dos Combustíveis por Estado. Referência: 16 a 31 de Julho de 2018

Tributação dos Combustíveis por Estado. Referência: 16 a 31 de Janeiro de 2019

Tributação dos Combustíveis por Estado. Referência: 01 a 15 de março de 2019

Tributação dos Combustíveis por Estado. Referência: 01 a 16 de Dezembro de 2017

Tributação dos Combustíveis por Estado. Referência: 16 a 31 de Março de 2018

Tributação dos Combustíveis por Estado. Referência: 01 a 15 de Fevereiro de 2018

Tributação dos Combustíveis por Estado. Referência: 16 a 31 de Maio de 2018

Tributação dos Combustíveis por Estado. Referência: 01 a 15 de Outubro de 2017

PRECIFICAÇÃO DE PRODUTOS ESSENCIAIS: LIVRE MERCADO E PREÇO JUSTO CLÁUDIA VIEGAS LCA CONSULTORES

Muito consumo para pouca infraestrutura

Tributação dos Combustíveis por Estado. Referência: 16 a 30 de Junho de 2018

TABELA I - OPERAÇÕES REALIZADAS PELAS DISTRIBUIDORAS

Susta o Decreto nº 9.057, de 25 de maio de 2017, que regulamenta o ensino a distância na educação básica e no nível superior.

Workshop da FEA/USP sobre a Proposta de Reforma do. Sistema Tributário Brasileiro. Reforma Tributária. Abril de São Paulo. Ministério da Fazenda

Nota Técnica Número de maio de A escalada do preço dos combustíveis e as recentes escolhas da política do setor de petróleo

O aumento acima da inflação significa que as famílias "estão abrindo mão de comprar outras

Estimativas de Cálculo do Custo das Desonerações e do Programa de Subvenção ao Óleo Diesel. Sumário Executivo

Análise Mensal - IPCA. Maio 2018

Alta do petróleo beneficia Petrobras e o Brasil, dizem especialistas

Tributação dos Combustíveis por Estado. Referência: 1º a 15 de Junho de 2018

Coordenadoria de Defesa da Concorrência. jan/06 fev/06 mar/06 abr/06 mai/06 jun/06 jul/06 ago/06 set/06 out/06 nov/06 dez/06

Opção estratégica da Petrobras em 2017: empresa menor e desintegrada

BOLETIM INFORMATIVO Dados de mercado

Ameaçados, reajustes diários da Petrobras completam 1 ano com alta de 40% na gasolina

jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14

REGULAMENTAÇÃO DOS ÓLEOS LUBRIFICANTES

jan/15 fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 jun/15 jul/15 ago/15 set/15 out/15 nov/15 dez/15

Biodiesel Medida Provisória nº 647 de de julho de 2014 Audiência Pública - Senado Federal

jan/15 fev/15 mar/15 Margem Bruta de Revenda - (1) - (1) - (1) Preço Final ao Consumidor 46,15 46,05 45,86

Perspectivas da economia brasileira Guido Mantega Ministro da Fazenda

Petrobras tem lucro líquido de R$ milhões nos nove meses de 2015

Gastos Tributários no Brasil

PARTICIPAÇÕES GOVERNAMENTAIS DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL

NOTA INFORMATIVA CEPES - 01/2018: Evolução dos Preços dos Combustíveis em Uberlândia no Período

Gastos com combustíveis nos Municípios

SETE TRIMESTRES DE PRODUÇÃO DE PETRÓLEO SOBRE OS EFEITOS DA SUSPENSÃO DOS ARTIGOS DA LEI /2012, PELA LIMINAR CONCEDIDA NOS AUTOS DA ADI 4.

CONJUNTURA DO TRANSPORTE

Fiscalização do Abastecimento

Cenário Atual do Setor de Petróleo & Gás e suas Perspectivas

12 de junho 2019 O PAPEL DAS IMPORTAÇÕES

Síntese Mensal de Comercialização de Combustíveis

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Perspectiva de Crescimento no Setor de Petróleo e Gás no Brasil Oportunidades na Cadeia Produtiva

Petróleo e Biocombustíveis: A eterna busca pela autossuficiência. Suani Teixeira Coelho Sao Paulo, 5 de agosto de 2013

Efeitos fiscais de elevações da CIDE Manoel Carlos de Castro Pires

Perspectivas para os Setores Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis

jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16 jun/16 jul/16 ago/16 set/16 out/16 nov/16 dez/16

jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16 jun/16 jul/16 ago/16 set/16 out/16 nov/16 dez/16

PLANEJAMENTO ENERGÉTICO NACIONAL: PERSPECTIVAS DE DEMANDA E OFERTA DE ETANOL, GASOLINA, BIODIESEL E DIESEL

Síntese Mensal de Comercialização de Combustíveis

Varejo tem alta de 1% em relação a Março. Índice de volume de vendas no comércio varejista (%)

DESENVOLVIMENTO REGIONAL REFORMA TRIBUTÁRIA RIA E. Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo. Coordenador da Administração Tributária

PROJEÇÕES DA DEMANDA DE ÓLEO DIESEL E DE CICLO OTTO

jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17

olução preço tijão de 13 kg) jan/18 Brasil Preço de Realização do Produtor 3,96 CIDE PIS/COFINS Preço do Produtor s/ ICMS c/ CIDE/PIS/COFINS ICMS

olução preço tijão de 13 kg) jan/18 fev/18 mar/18 Brasil Preço de Realização do Produtor 3,96 3,28 3,32 CIDE PIS/COFINS

jan/18 fev/18 mar/18 abr/18 mai/18 jun/18

jan/18 fev/18 mar/18 abr/18 mai/18 jun/18 jul/18 ago/18 set/18 out/18 nov/18

Transcrição:

Ano I nº 5 30 de maio de 2018 A publicação Alerta é uma iniciativa da Bancada do PT no Senado Federal para monitorar a situação do país. Essa ação é necessária em face do desmonte de políticas públicas e a implementação de uma agenda de retrocessos. O Alerta fará o acompanhamento e a crítica das ações do governo ilegítimo, reafirmando nosso compromisso em defesa do desenvolvimento e da soberania nacional, da democracia e da justiça social. Nesta Edição: O Alerta trata da crise dos combustíveis causada pela política de preços praticada pela atual gestão da Petrobras. A Greve dos Caminhoneiros é uma consequência direta dessa política. Seus efeitos mais perversos, porém, são sentidos por toda a população brasileira. O gás de cozinha teve 70% de reajuste em 2017, o que forçou 1,2 milhões de domicílios a utilizarem a lenha para cozinhar. A gasolina foi reajustada 225 vezes durante o Governo Temer.

Índice CRISE DOS COMBUSTÍVEIS... 4 REAJUSTES NO GOVERNO TEMER... 4 VOLATILIDADE DOS REAJUSTES... 5 PREÇO DO GLP BRASILEIRO MAIOR DO QUE O GLP AMERICANO... 6 NO GOVERNO LULA, HÁ PERÍODOS DE DEFASAGEM DOS PREÇOS INTERNOS DO DIESEL, COMPENSADOS POR OUTROS PERÍODOS DE PREÇOS INTERNOS MAIS ELEVADOS DO QUE OS INTERNACIONAIS.... 7 NO GOVERNO LULA, HÁ PERÍODOS DE DEFASAGEM DOS PREÇOS INTERNOS DA GASOLINA, COMPENSADOS POR OUTROS PERÍODOS DE PREÇOS INTERNOS MAIS ELEVADOS DO QUE OS INTERNACIONAIS.... 8 SEGUNDO A AEPET, ENTRE 2011 E 2014, O PREÇO DO DIESEL AOS PRODUTORES E IMPORTADORES NO BRASIL OSCILOU ENTRE 0,88 E 1,02 VEZES O PREÇO DO DIESEL NO MERCADO INTERNACIONAL. EM 2016, CHEGOU A 1,67 VEZES. ENTRE JANEIRO A OUTUBRO DE 2017, FICOU 1,5 VEZES MAIS CARO EM COMPARAÇÃO COM O DIESEL NO MERCADO INTERNACIONAL... 9 QUAL A POLÍTICA DE REAJUSTE DA PETROBRAS?... 10 2

O AUMENTO DO PREÇO RELATIVO DA PETROBRAS E DA CAPACIDADE OCIOSA DE SUAS REFINARIAS PERMITIU A AMPLIAÇÃO DAS IMPORTAÇÕES POR PARTE DE SEUS CONCORRENTES, ALCANÇANDO QUASE 210 MILHÕES DE BARRIS DE PETRÓLEO EQUIVALENTE EM DERIVADOS.... 11 COM O AUMENTO DO PREÇO RELATIVO DO DIESEL NO BRASIL, OCIOSIDADE DAS REFINARIAS BRASILEIRAS CHEGOU A 25%. ENQUANTO ISSO, PETROBRAS PROPÕE PRIVATIZAR 4 REFINARIAS.... 12 ENQUANTO ISSO, A EXPORTAÇÃO DE PETRÓLEO CRU BATE RECORDE, ALCANÇANDO 400 MILHÕES DE BARRIS DE PETRÓLEO EM 2017.... 13 QUEM ESTÁ GANHANDO? ENTRE 2015 E 2017, A PARTICIPAÇÃO DOS EUA NAS IMPORTAÇÕES BRASILEIRAS DO DIESEL DOBROU, PASSANDO DE 41% PARA 82%. MULTINACIONAIS COMO BP, SHELL E CHEVRON GANHAM VENDENDO PARA O BRASIL.... 14 IMPORTAÇÃO DE ÓLEO DIESEL CRESCEU 63,6% EM 2017, ALCANÇANDO 82,3 MILHÕES DE BARRIS... 15 IMPORTAÇÃO DE GASOLINA CRESCEU 53% EM 2017, ALCANÇANDO 25,4 MILHÕES DE BARRIS... 16 GERAÇÃO OPERACIONAL DE CAIXA DA PETROBRAS... 17 COMPARAÇÃO COM GERAÇÃO DE CAIXA DE OUTRAS EMPRESAS MOSTRA QUE É FALSA A IDEIA DE QUE A PETROBRAS ESTÁ QUEBRADA.... 18 PROPOSTA DO GOVERNO (APRESENTADA EM 27-05)... 19 GOVERNO SUBVENCIONARÁ PETROBRÁS E IMPORTADORES PRIVADOS... 20 NOSSAS PROPOSTAS... 21 3

4 CRISE DOS COMBUSTÍVEIS REAJUSTES NO GOVERNO TEMER Gasolina: desde julho de 2017, preço das refinarias subiu 57%; No mesmo período, diesel subiu 57,8% nas refinarias; Entre julho de 2017 e abril de 2018, inflação é de 2,68%; Em 2017, o aumento do preço do gás de cozinha nas refinarias foi de quase 70%; Nos governos do PT, o preço do gás ficou congelado por treze anos, favorecendo, principalmente, as famílias mais pobres; Em 2017, 1,2 milhão de domicílios passaram a cozinhar com fogão a lenha, segundo o IBGE.

VOLATILIDADE DOS REAJUSTES Diesel o Governo Temer: 229 reajustes. o Governo Lula: 8 reajustes; o Governo Dilma: 8 reajustes. o Gasolina o Governo Temer: 225 reajustes. o Governo Lula: 7 reajustes. o Governo Dilma: 6 reajustes. CRISE DOS COMBUSTÍVEIS No governo Temer, há grande volatilidade dos preços. A Petrobras tem uma regra de reajuste clara, mas não há previsibilidade para os consumidores e setores econômicos intensivos em combustível (caminhoneiros), impactando a economia. 5

PREÇO DO GLP BRASILEIRO MAIOR DO QUE O GLP AMERICANO 6

NO GOVERNO LULA, HÁ PERÍODOS DE DEFASAGEM DOS PREÇOS INTERNOS DO DIESEL, COMPENSADOS POR OUTROS PERÍODOS DE PREÇOS INTERNOS MAIS ELEVADOS DO QUE OS INTERNACIONAIS. 80,00% Defasagem dos preços internos do diesel frente aos do mercado internacional (%) 60,00% 40,00% 20,00% 0,00% -20,00% -40,00% -60,00% -80,00% 7

NO GOVERNO LULA, HÁ PERÍODOS DE DEFASAGEM DOS PREÇOS INTERNOS DA GASOLINA, COMPENSADOS POR OUTROS PERÍODOS DE PREÇOS INTERNOS MAIS ELEVADOS DO QUE OS INTERNACIONAIS. 1,40 1,20 1,00 0,80 0,60 0,40 0,20 0,00-0,20-0,40 Defasagem dos preços internos da gasolina frente aos do mercado internacional (%) 12002 32002 62002 92002 122002 32003 52003 82003 112003 22004 42004 72004 102004 12005 42005 62005 92005 122005 32006 62006 82006 112006 22007 52007 82007 102007 12008 42008 72008 102008 122008 32009 62009 92009 112009 22010 52010 82010 112010 12011 42011 72011 102011 12012 42012 72012 102012 12013 32013 62013 92013 122013 42014 82014 122014 42015 82015 122015 42016 82016 122016 42017 82017 122017 42018-0,60-0,80 8

SEGUNDO A AEPET, ENTRE 2011 E 2014, O PREÇO DO DIESEL AOS PRODUTORES E IMPORTADORES NO BRASIL OSCILOU ENTRE 0,88 E 1,02 VEZES O PREÇO DO DIESEL NO MERCADO INTERNACIONAL. EM 2016, CHEGOU A 1,67 VEZES. ENTRE JANEIRO A OUTUBRO DE 2017, FICOU 1,5 VEZES MAIS CARO EM COMPARAÇÃO COM O DIESEL NO MERCADO INTERNACIONAL Elaboração: AEPET 9

10 CRISE DOS COMBUSTÍVEIS QUAL A POLÍTICA DE REAJUSTE DA PETROBRAS? Preço local = Cotação internacional + custo de internação + risco Preço interno do diesel, por exemplo, está mais alto do que o internacional. Em maio de 2017, por exemplo, cotação internacional em R$ era de R$ 1,1/litro e o preço de realização da Petrobras era de R$ 1,71/litro (56%). OBS: não considera tributos. Política da Petrobras de reajustes gera volatilidade e preços internos mais elevados do que os internacionais.

O AUMENTO DO PREÇO RELATIVO DA PETROBRAS E DA CAPACIDADE OCIOSA DE SUAS REFINARIAS PERMITIU A AMPLIAÇÃO DAS IMPORTAÇÕES POR PARTE DE SEUS CONCORRENTES, ALCANÇANDO QUASE 210 MILHÕES DE BARRIS DE PETRÓLEO EQUIVALENTE EM DERIVADOS. Elaboração: AEPET 11

COM O AUMENTO DO PREÇO RELATIVO DO DIESEL NO BRASIL, OCIOSIDADE DAS REFINARIAS BRASILEIRAS CHEGOU A 25%. ENQUANTO ISSO, PETROBRAS PROPÕE PRIVATIZAR 4 REFINARIAS. Elaboração: AEPET 12

ENQUANTO ISSO, A EXPORTAÇÃO DE PETRÓLEO CRU BATE RECORDE, ALCANÇANDO 400 MILHÕES DE BARRIS DE PETRÓLEO EM 2017. Elaboração: AEPET 13

QUEM ESTÁ GANHANDO? ENTRE 2015 E 2017, A PARTICIPAÇÃO DOS EUA NAS IMPORTAÇÕES BRASILEIRAS DO DIESEL DOBROU, PASSANDO DE 41% PARA 82%. MULTINACIONAIS COMO BP, SHELL E CHEVRON GANHAM VENDENDO PARA O BRASIL. Elaboração: AEPET 14

IMPORTAÇÃO DE ÓLEO DIESEL CRESCEU 63,6% EM 2017, ALCANÇANDO 82,3 MILHÕES DE BARRIS 90,0 80,0 70,0 Evolução da importação de óleo diesel* 65,2 71,5 82,2 60,0 50,0 40,0 40,4 57,1 59,2 50,6 44,0 50,2 30,0 24,2 17,1 15,0 22,5 32,4 37,0 24,4 20,0 10,0 0,0 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 * Fonte: ANP. Em barril equivalente de petróleo. 15

IMPORTAÇÃO DE GASOLINA CRESCEU 53% EM 2017, ALCANÇANDO 25,4 MILHÕES DE BARRIS 30,0 25,0 Evolução da importação de gasolina* 21,4 25,4 20,0 15,0 12,4 16,3 12,3 13,9 16,5 10,0 5,0-2,9 0,9 1,0 0,3 0,4 0,2 0,1 0,0 0,0 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 * Fonte: ANP. Em barril equivalente de petróleo. 16

GERAÇÃO OPERACIONAL DE CAIXA DA PETROBRAS Pode-se até discutir a medida correta do controle de preços no período anterior, mas a culpa pela situação atual é da política da gestão Temer, que favoreceu os interesses internacionais. Elaboração: AEPET Os números da geração operacional de caixa da Petrobras mostram que é falacioso o discurso de que a Petrobras estava quebrada. Os números de 2011 (R$ 33 bi) são maiores do que os de 2017 (R$ 27 bi). 17

COMPARAÇÃO COM GERAÇÃO DE CAIXA DE OUTRAS EMPRESAS MOSTRA QUE É FALSA A IDEIA DE QUE A PETROBRAS ESTÁ QUEBRADA. Elaboração: AEPET Serviu apenas para justificar a entrega do pré-sal às petroleiras estrangeiras. 18

PROPOSTA DO GOVERNO (APRESENTADA EM 27-05) Zera por 60 dias PIS-Cofins e Cide. Impacto de R$ 3 bilhões, a ser coberto pelo PL de reoneração da folha (R$ 0,16 por litro); Subvenção ao diesel até dezembro de 2018. Impacto de R$ 9,5 bilhões, envolvendo contingenciamento de R$ 3,8 bilhões (R$ 0,30 por litro). R$ 5,7 bi serão cobertos com margem em relação à meta fiscal; As duas medidas reduzem 0,46 o litro do diesel; Outras propostas (MPs): o Isenção da cobrança de pedágio para eixo suspenso de caminhões vazios, em rodovias federais, estaduais e municipais; o 30% dos fretes da Conab serão feitos por caminhoneiros autônomos; o Tabela mínima de fretes. Avaliação: não resolve a crise, pois não altera a política de reajustes da Petrobras. Em janeiro de 2019, diesel volta à política anterior. Não há qualquer alteração para gasolina e gás natural. Quanto às MPs, podem ser positivas, mas também não atacam o problema central: a política de reajuste da Petrobras. 19

GOVERNO SUBVENCIONARÁ PETROBRÁS E IMPORTADORES PRIVADOS Temos de olhar o mercado como um todo e manter um equilíbrio. Então, o custo de R$ 9,5 bilhões também incorpora esse subsídio de R$ 0,30 centavos para o importador (Ministro da Fazenda). Toda vez que o preço interno do diesel estiver mais alto do que o preço internacional, governo subsidiará, inclusive, importadores. Ou seja, retirará recurso do orçamento para repassar a empresas como Cosan, Shell e Ipiranga. 20

NOSSAS PROPOSTAS Formalizar política de reajuste com menor volatilidade de preços, assim como feito pelo Presidente Lula; Reajustes podem se dar em menor frequência e períodos maiores (anuais), equilibrando balanço da Petrobras e interesse da população (usar bandas ou média móvel). Os reajustes devem seguir tendências mais consolidadas, e não fatores conjunturais. Transparência da formação de preços de realização da Petrobras, discriminando seus elementos. Não é razoável que a política de reajustes que causou tantos estragos à economia e à população seja preservada. O governo propõe mantê-la e, apenas para o diesel, fazer controle temporário de preços, com subvenção que pode chegar a R$ 9,5 bilhões (crédito extraordinário). Além disso, governo propõe zerar PIS-Cofins e Cide por 60 dias. Impacto seria de R$ 3 bi, coberto pela reoneração da folha. 21

NOSSAS PROPOSTAS Caso aprovada, a proposta deve ao menos ser compensada com ampliação das receitas públicas. Créditos extraordinários não computam no teto de gastos, mas impactam o resultado primário. Governo alega que contingenciará R$ 3,8 bilhões. Por isso, afetarão ainda mais as pessoas mais pobres. Políticas sociais e investimentos não podem sofrer reduções ainda maiores. Propostas de compensação: o Revogação do art. 1º da Lei 13.586/2017 (MP 795), revendo os benefícios tributários concedidos às petroleiras. O governo previu R$ 5,4 bilhões de renúncia em 2018 a título de deduções para efeito de IRPJ e CSLL. Mas o impacto será maior, em razão das diferenças de itens dedutíveis para efeito de IRPJ e CSLL, considerando a Lei da partilha (Lei 12.351) e a Lei 13.586. Apenas com dedução de royalties do IR e CSLL, a perda de arrecadação seria de R$ 1 trilhão, considerando 100 bilhões de barris no pré-sal. o Aumento da alíquota de CSLL das petroleiras de 9% para 18%. Impacto anual de R$ 19 bilhões. o Aumento da alíquota de CSLL das instituições financeiras de 20% para 25%. Impacto anual de R$ 5 bilhões. Requerimento de informação ao MME sobre a composição dos preços praticados pela Petrobras. 22

EXPEDIENTE Bancada do Partido dos Trabalhadores no Senado Federal Gleisi Hoffmann (PR) Lindbergh Farias (RJ) Fátima Bezerra (RN) Humberto Costa (PE) Jorge Viana (AC) José Pimentel (CE) Paulo Paim (RS) Paulo Rocha (PA) Regina Sousa (PI) Chefe de Gabinete Wilmar Lacerda Coordenador de Processo Legislativo Jean Uema Equipe de Informação e Documentação Daisy Barretta Coordenadora da Comunicação Tais Ladeira Assessores técnicos responsáveis por esta edição 23 Antonio Negromonte Bruno Moretti Édrio Nogueira Gustavo Falcão Projeto gráfico: Carlos Mota Foto: Pedro Ventura/ Agência Brasília