ASPECTOS RELEVANTES A SEREM CONSIDERADOS ACERCA DA APRENDI- ZAGEM E A ESCOLARIZAÇÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA MENTAL 1 ZANELLA, Ãngela Kemel 2 ; CASAROTTO, Verônica Jocasta 3, ROSA, Cristian Leandro Lopes da 4 1 Trabalho de Pesquisa - UFSM 2 Programa de Pós-graduação em Educação (PPGE) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, RS, Brasil 3 Acadêmica de Educação Física, Centro de Educação Física e Desportos (CEFD) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, RS, Brasil 4 Acadêmico de Especialização em Gestão Escolar, da Universidade Federal de Santa Maria E-mail: angel_zanella@hotmail.com, veronica_casarotto@hotmail.com, cristianlopes10@hotmail.com. RESUMO O presente artigo tem por objetivo apontar através de um estudo bibliográfico, aspectos relevantes da aprendizagem da deficiência mental, suas características e peculiaridades. É importante ressaltar a necessidade do ambiente escolar, que constitui mais um espaço de socialização para a criança com deficiência. Em relação a isso, muito se tem discutido a respeito da inclusão da criança deficiente em ambiente coletivo, mostrando a sua importância e necessidade. Ao impedir a integração social do deficiente, há perdas tanto para a pessoa (deficiente) em desenvolvimento como para a sociedade. Palavras-chave: Deficiência mental, aprendizagem e escolarização. 1. INTRODUÇÃO No passado e durante décadas, as pessoas com deficiências viveram em condições desfavoráveis e excluídas da sociedade. Muitas delas eram e ainda são protegidas em demasia por seus familiares, outras encontram-se total abandono e descaso. O fato é que, em ambos os casos, não são proporcionados estímulos para a independência e o desenvolvimento das habilidades, comprometendo assim, o uso de recursos essenciais como à comunicação, interação afetiva, social e produtiva destas pessoas (GLAT, 1995). O presente artigo tem por objetivo apontar através de um estudo bibliográfico, aspectos relevantes da a- prendizagem da deficiência mental, suas características e peculiaridades. O desconhecimento e a falta de informações, ainda nos dias atuais, infelizmente, geram visões distorcidas a respeito das deficiências, principalmente quando a parte intelectual é mais prejudicada. Esta realidade imputa ao deficiente adjetivo pejorativos, que denigrem sua condição humana, desde criança eternizada como:, incapaz, apática, excepcional, es- 1
pecial, doente, "louca", sexualmente perigosa, escolhida por Deus, entre outras. No entanto, muitos destes mitos já foram desfeitos e atualmente encontramos pessoas com deficiências nas escolas regulares, mercado de trabalho, campeãs nos esportes paraolímpicos, são destaques no ballet, no mercado de trabalho, em universidades, artesanatos, enfim, em diversas modalidades ligadas ao esporte e a sociedade no geral. 2. Aspectos epidemiológicos e etiológicos A deficiência mental caracteriza-se por registrar um funcionamento intelectual geral significativamente abaixo da média, oriundo do período de desenvolvimento, concomitante com limitações associadas a duas ou mais áreas da conduta adaptativa ou da capacidade do indivíduo em responder adequadamente às demandas da sociedade, nos seguintes aspectos: comunicação e cuidados pessoais, habilidades sociais, desempenho na família e comunidade, independência na locomoção, saúde e segurança, desempenho escolar, lazer e trabalho. (MULLER,1990). Segundo Silva e Dessen (2001), a deficiência mental caracteriza-se por um quociente de inteligência (QI) inferior a 70, média apresentada pela população, conforme padronizado em testes psicométricos ou por uma defasagem cognitiva em relação às respostas esperadas para a idade e realidade sócio-cultural, segundo provas, roteiros e escalas, baseados nas teorias psicogenéticas. Todos os aspectos citados anteriormente devem ocorrer durante o desenvolvimento infantil para que um indivíduo seja diagnosticado como sendo deficiente mental. São inúmeras as causas e os fatores de risco que podem levar à instalação da deficiência mental. É importante ressaltar, entretanto, que muitas vezes, mesmo utilizando sofisticados recursos diagnósticos, não se chega a definir com clareza a etiologia (causa) da deficiência mental. A deficiência mental pode ter diversas etiologias, no entanto, na maioria dos casos, a identificação destas não é possível. Qualquer problema ocorrido durante a formação e desenvolvimento do cérebro pode causar retardo mental (podemos, contudo, enunciar algumas das causas mais freqüentemente identificadas). As alterações genéticas podem geralmente resultar de transmissão hereditária, quando um dos pais é portador no seu código genético do gene causador da desordem, ou ainda devido a anomalias nos cromossomos, que podem ocorrer durante a divisão celular. A pessoa pode ter cromossomos a mais, a menos ou a estrutura destes se encontrar modificada. As doenças cromossômicas ou males provocados por alteração no número de cromossomos figuram entre as causas mais freqüentes de retardo mental (ARANHA,1991). Dentre as mais conhecidas estão:
Síndrome de Patau: provoca fissura no lábio e no palato, retardo mental profundo, olhos pequenos e problemas renais e cardíacos. É causada pela trissomia do cromossomo 13, ou seja, há um cromossomo a mais. Síndrome de Down: doença que provoca retardo mental, mais conhecido como mongolismo. Pode ser associado à idade avançada da mãe. Essa síndrome é provocada pela trissomia do cromossomo 21, ou seja, há um cromossomo a mais. Trissomia 18, Cri-du-chat, Síndrome do X frágil e de klinefelter também são alguns exemplos deste tipo de desordem. Existem também as doenças gênicas ou males associados a alterações em genes específicos, como por exemplo, a Anencefalia, que ou seja, a não formação do cérebro. A alteração pode ser diagnosticada a partir da 11 a semana de gravidez, assim é possível prevenir com ácido fólico, vitamina que precisa ser administrada antes e durante a gravidez (A- RANHA,1991), A Síndrome de Prader-Willi também entra na classificação de alteração de genes. Neste caso, a criança desenvolve uma fome insaciável e come sem parar. Na maior parte dos casos, a mesma acaba por desenvolver obesidade mórbida e retardo mental. Outros tipos de desordens genéticas afetam os indivíduos em nível metabólico, associando a deficiência mental à alterações endócrinas ou à incapacidade de produzir determinadas proteínas ou enzimas, quando determinados genes associados a essas substâncias não funcionam. Alguns exemplos deste tipo de desordens são: Fenilcetonúria, Hiperglicemia, Doença de Gaucher, Lipoidose, Doença de Niemann-Prick (incapacidade do organismo metabolizar lípidos); Galactosemia, Hipoglicemia, Intolerância à frutose (incapacidade do organismo metabolizar hidratos de carbono); Hipotireoidismo (desordem endócrina) (A- RANHA,1995). Síndrome do X-Frágil - causa pouco conhecida de Retardo Mental a principal causa herdada de retardo mental em humanos é ainda pouco conhecida pela maioria da população e dos médicos brasileiros. A Síndrome do X-Frágil, como é chamada, foi descoberta em 1991 e é causada por uma mutação do gene FMR1, presente no cromossomo X, que bloqueia a produção de uma proteína cuja função ainda não é conhecida. Pessoas com defeito nesse gene apresentam deficiência intelectual em graus variados. Normalmente os homens são mais seriamente afetados que as mulheres. Algumas pessoas são portadoras da doença porque têm um pequeno defeito no gene (a pré-mutação), mas não mostram sintomas da síndrome. O homem portador transmite o gene defeituoso às suas filhas, mas a doença só se manifestará nos netos. Nenhum filho homem recebe o gene defeituoso do pai. Mas cada filho de uma mulher portadora do X-Frágil tem 50% de chances de herdar o gene (ARA- NHA,1995). Segundo estimativas internacionais, 1 em cada 4.000 homens nasce com a síndrome. Segundo a médica Antonia Paula Marques de Farias, chefe do departamento de genéti-
ca médica da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), essa é a principal causa de retardo mental transmitida geneticamente. A causa mais comum de retardo mental é a Síndrome de Down (1 em cada 1.000 recém-nascidos). Mas, nesse caso, a doença ocorre por um erro na divisão dos cromossomos e não por herança genética. Não há tratamento específico para o X-Frágil. Os pacientes devem passar por tratamentos que melhorem seu potencial, como fisioterapia e fonoaudiologia, além de receber suporte psicológico,(glat,1995). Um conjunto de fatores ambientais que afetam o indivíduo, antes, durante e após o parto, podem causar deficiência mental. Doenças cerebrais graves, como por exemplo doenças tumorais localizadas no cérebro, bem como desordens degenerativas podem causar DM, são exemplos destas: Neurofibromatose ou Doença de Von Reckinghausen, Esclerose Tuberosa, Doença de Huntington. Influências pré-natais desconhecidas,são caracterizadas por má formação cerebral ou craniana presente no nascimento; alguns exemplos: Microcefalia, Hidrocefalia. Desordens Psíquicas alguns exemplos: desordem de Rett e certos casos de Autismo e Esquizofrenia e também infecções e intoxicações, um conjunto de doenças infecciosas, nomeadamente: Rubéola, Herpes, Sífilis, Toxoplasmoses. Exposição a substâncias potencialmente perigosas: drogas (tabaco, alcool, cafeína, outras drogas ilegais);intoxicação por chumbo, mercúrio; radiações.] Fatores peri-natais, afetam o indivíduo durante ou logo após o nascimento, podendo provocar deficiência mental;alguns exemplos: prematuridade; incompatibilidade de fator Rh; convulsões. Fatores Pós-natais, afetam o indivíduo após o nascimento, podendo provocar deficiência mental. Alguns exemplos: traumas ou agentes físicos, anoxia (privação de oxigênio); traumatismo craniano originado por acidente; abuso físico; influências ambientais (MULLER,1990). Durante algum tempo, esteve em voga uma distinção infeliz entre sujeitos com deficiência, porém educáveis, suscetíveis de instrução escolar e de educação propriamente dita, e aqueles meramente adestráveis ou treináveis. Estes últimos ainda que consideráveis ineducáveis fossem vistos como capazes de atingir (mediante procedimentos muito rudimentares de aprendizagem, ou melhor, de condicionamento) certas destrezas elementares para torná-los menos dependentes dos adultos, dos familiares ou dos profissionais que deles se ocupam. Na deficiência mental profunda, esses elementos, que outras crianças costumam adquirir de maneira espontânea, sem ensino formal, devem ser objeto de intenções educacionais explícitas e de atividades pedagógicas orientadas (SILVA e DESSEN,2001).
3. Aspectos da aprendizagem na deficiência mental Pode-se considerar como bem consolidada a convicção da educabilidade de todo o ser humano, não importa qual ou quais sejam suas necessidades e dificuldades. Apenas se discute eventualmente as melhores condições para possibilitar uma educação adequada e de qualidade para estes. O princípio educabilidade deve ser tomado como um desafio, uma exigência e, ao mesmo tempo, como um horizonte da prática de intervenção. É a partir da firmeza desse critério que se deve perguntar e também explorar testar, pesquisar, experimentar, visto que não podem ser generalizadas quais são as circunstâncias que contribuem de modo mais eficaz para a educação desejável e possível. Costuma-se falar desta como educação especial, habitualmente entendida no passado como escolarização em escolas à parte, segregadas da escola regular(glat,1995). Ao se falar de necessidades educativas especiais, não se circunscrevem os indivíduos em um grupo fechado, nem tampouco o rotulam, mas simplesmente se define o fato de uma demanda ou de uma necessidade. Esse fato pode se dar em maior ou menor grau, com qualidades e quantidades diferentes, ao longo de um eixo ou dimensão contínua ou, a rigor, de vários eixos diferentes ao longo dos quais se desenvolvem as necessidades educativas. Por se referir a um contínuo dimensional, e não as categorias classificatórias, o conceito de necessidades educativas especiais é extremamente flexível e tem valor orientador e não-discriminatório. O conceito de necessidades educativas especiais enfatiza não as possíveis às vezes indubitáveis limitações e dificuldades de aprender dos alunos, mas sim as demandas que apresentam à escola, as professoras, com relação aos recursos especiais - pessoais didáticos e materiais que sua educação requer (ARANHA,1991). Em outras palavras, enfatiza a relação aluno - professor e também a atividade deste último, e não apenas do aluno. Outros termos e conceitos (como deficiência, incapacidade, diminuição, atraso) referem-se a qualidades intrínsecas à pessoa, como se tais qualidades não tivessem nada a ver com a consideração social, com as relações do individuo com o meio e com as reações do meio diante de tal indivíduo. Em comparação com esses conceitos, o de necessidades educativas especiais tem não somente a vantagem, mas também o rigor e a honestidade de colocar em primeiro plano, não um aspecto apenas interno, inerente à pessoa, e sim um fato relacional: uma condição do individuo, mas precisamente ligada a alguma coisa no seu entorno, em relação com o ambiente educativo. O conceito não diz tanto sobre o que o aluno é e faz, mas, sobretudo, sobre o que a escola tem de fazer com ele. As demandas e as necessidades educativas es-
peciais têm como correlato à resposta especifica da escola. São necessidades que se manifestam não no aluno como tal, mas sim em sua inter-relação com o meio escolar. É por essa razão que tal conceito está associado ao mesmo tempo a uma concepção de aprendizagem como processo construtivo que se desenvolve não apenas de dentro nem apenas de fora, mas da interação do sujeito com o meio (GLAT,1995). As dificuldades de aprender e de ensinar, mesmo as muito graves que se apresentam na deficiência profunda, aparecem logo no contexto interativo, prático, de intervenção técnica, não apenas didática ou educativa, mas também psicológica e social em suma, interdisciplinar. Nesse contexto, compreende-se o atrativo que tem para alguns educadores determinadas noções elaboradas por psicólogo como a de zona de desenvolvimento proximal, de Vygotsky(1998), a de potencial de aprendizagem, enriquecimento instrumental, aprendizagem medida e a de inteligência como capacidade de aprender em condições de instrução incompleta. São noções teoricamente esclarecedoras e fecundas na prática, porque ajudam a entender as situações que dão lugar as necessidades educativas especiais. Também ajudam a manejá-las em seu quadro real, que não é ou não é apenas o de alguns alunos com dificuldades, mas o de um processo de socialização, de aquisição de destrezas sociais e culturais, de educação e instrução em habilidades básicas, processos que tem suas dificuldades na concessão e interação de seus dois pólos: individuo e sociedade, ou aluno e escola. (VYGOTSKY,1998) A educação se define concretamente pelo currículo, que é o conjunto de experiências potencialmente educativas que a escola oferece, ou, em outras palavras, o conjunto das oportunidades de aprender dos alunos. Será que as crianças e os adolescentes com deficiência necessitam de um currículo especial, diferentes dos colegas? Há quem defenda isso. Não é possível, na prática, porém, planejar um currículo que, por um lado, seja especial, diferente do comum, mas por outro lado, comum a todos os alunos com deficiência. Ao contrário, medidas curriculares especificam, além de individuais, são possíveis e necessárias. Uma proposta curricular coerente baseia-se antes de tudo nos processos, nas atividades que ocorrem na escola, e não tanto nos produtos ou nos resultados. De qualquer maneira, deve haver tais resultados; de outro modo, e em última análise, não há educação. De uma perspectiva pessimista das possibilidades educativas das crianças com deficiência, ao temor de que não cheguem a se produzir nelas resultados valiosos. Para Arranha (1995) a noção e a prática das adaptações curriculares correspondem às necessidades educativas especiais, que exigem da escola medidas educacionais também especiais, complementares quando não extraordinárias. Isso fica totalmente explicito
quando se afirma que poderão ser feitas adaptações curriculares que se afastem significativamente dos conteúdos e dos critérios de avaliação do currículo, dirigidas a alunos com necessidades educativas especiais. A norma assinala que essas adaptações poderão consistir na adaptação dos objetivos educativos, na eliminação ou inclusão de determinados conteúdos e na conseqüente revisão dos critérios de avaliação, como também na ampliação das atividades educativas de determinadas áreas curriculares. Por outro lado, indica-se também a finalidade das adaptações curriculares: tenderão a que os alunos atinjam as capacidades gerais próprias da etapa de acordo com suas possibilidades; e se estabelece que serão precedidas, em todo o caso, de uma avaliação das necessidades especiais do aluno e de uma proposta específica curricular. As adaptações curriculares mencionadas devem proceder, por assim dizer, de menos para mais. É preciso começar fazendo adaptações de material e metodologia didática, de atividades desenvolvidas na sala de aula e de organização de grupos de alunos. No caso de não servirem como resposta suficiente às características diferenciais dos alunos, introduzem-se as modificações relativas ao ritmo de incorporação de novos conteúdos e a sua organização e seqüência. Apenas como último recurso, e desde que se assegure que é possível, com a alternativa adotada, contribui para o desenvolvimento e/ou a a- prendizagem das capacidades contempladas nos objetivos da educação em uma etapa, á- rea ou ciclo determinado, justifica-se introduzir mudanças significativas nos elementos do currículo básico. A verdade é que as crianças com deficiência mental tem dificuldades graves, tanto para aprender quanto de caráter geral, e isso sempre requer o ajuste da educação e a adequação do currículo à medida e à necessidade de cada um. A escolarização desde cedo em crianças com deficiência mental é importante, entre outras coisas, justamente em relação à dificuldade dos pais de pôr em prática, por si só, todo o programa educativo de que elas necessitam. Portanto, os pais e os familiares não perdem a relevância singular e a responsabilidade educativa que lhes cabe na infância. A cooperação entre professores e pais, sempre necessária na educação, é absolutamente imprescindível na educação especial e deve se concretizar em um bom entendimento recíproco e em uma ação pactuada. Professores e educadores devem complementar as experiências educativas da família, e a família, por sua vez, deve complementar as experiências escolares. É preciso intercambiar informações acerca do desenvolvimento da criança e devem ser propostos objetivos educativos comuns à escola e à família. E necessário programar não só horários em que os professores tenham a oportunidade de contatos, em grupo ou individuais com os pais das crianças, como outros momentos em que os pais possam ver seu fi-
lho no ambiente escolar, e nessa situação conversar com educadores. (SILVA e DES- SEN,2001). Dada a importância do ambiente para o desenvolvimento da criança, tanto "normal" quanto "deficiente", no que tange à organização de suas atividades de vida diária e ao processo de estimulação, torna-se fundamental compreender como o ambiente influencia o desenvolvimento das crianças, principalmente daquelas que apresentam algum tipo de deficiência. Devemos ter em mente que embora o deficiente possua uma capacidade intelectual limitada, existe grandes variações de quadros, de acordo com o grau de retardo de cada pessoa, ou seja, devemos saber trabalhar com os diversos níveis de deficiências sempre respeitando o ritmo de cada indivíduo, nunca menosprezar ou supervalorizar sua capacidade. 4. Conclusão É importante ressaltar a necessidade do ambiente escolar, que constitui mais um espaço de socialização para a criança com deficiência. Em relação a isso, muito se tem discutido a respeito da inclusão da criança deficiente em ambiente coletivo, mostrando a sua importância e necessidade. Ao impedir a integração social do deficiente, há perdas tanto para a pessoa (deficiente) em desenvolvimento como para a sociedade. Com isto, todos perdem em consciência, em comportamento e, conseqüentemente, em possibilidade de transformação, à medida que o movimento inclusivo se espalha pelo mundo, palavras e conceituações mais apropriadas ao atual patamar de valorização dos seres humanos estão sendo incorporadas ao discurso dos ativistas de direitos, por exemplo, dos campos da deficiência e da saúde mental. 5. Referências Bibliográficas: ARANHA, M.S.F. A interação social e o desenvolvimento de relações interpessoais do deficiente em ambiente integrado. Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo,1991. ARANHA, M.S.F. Integração social do deficiente: análise conceitual e metodológica. São Paulo:Moderna,1995 GLAT, R. Integração dos portadores de deficiências: uma questão psicossocial. Rio de Janeiro:Atlas,1995. Disponível em: www.apcb.org.br/paralisia.asp Acesso em : 10 de abril de 2007. MULLER, Iara. Encarando a deficiência. São Leopoldo(RS) : Sinodal, 1990. 56 p.
SILVA, Nara Liana Pereira; DESSEN, Maria Auxiliadora. Deficiência mental e família: implicações para o desenvolvimento da criança. Psic.: Teor. e Pesq.Vol.17, no. 2, p.133-141.florianópolis: Ed. Sol e Mar,200. VYGOTSKY, Leontiev Luria. - Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo, Icone, 1988.