OFERECIMENTO BOLETIM NÚMERO DO DIA 210mi De Libras faturou o Tottenham, um aumento de 7% em relação à temporada anterior; clube terá novo estádio em 2018. EDIÇÃO 726 QUINTA-FEIRA, 30 DE MARÇO DE 2017 Nuzman diz que COB retrocedeu quase 20 anos POR ADALBERTO LEISTER FILHO Sem recursos após um período de bonança encerrado com o fim dos Jogos Olímpicos do Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB (Comitê Olímpico do Brasil), comparou o atual montante disponível à entidade com o que tinha há quase duas décadas. Era natural que se esperasse esse cenário com menos patrocinadores e a não renovação de parcerias comerciais. Voltamos à situação de antes de Sydney 2000. De 2002 a 2016 tivemos grandes eventos esportivos com nossa organização e a origem dos recursos eram diversas, afirmou Nuzman, em entrevista coletiva realizada horas antes do Prêmio Brasil Olímpico, no Rio. O dirigente se refere ao período em que o Brasil foi sede de grandes eventos multiesportivos, como os Jogos Marcas atrás de Carlos Nuzman, presidente do Comitê Olímpico do Brasil, viraram objeto raro. Após Jogos Olímpicos, entidade ficou completamente sem patrocínio. Era natural, minimizou o dirigente em entrevista coletiva na quarta-feira. 1
FLU ACIONA REFUGIADOS Fluminense e Madureira fizeram homenagem, nesta quarta-feira (dia 29), aos cerca de 65 milhões de refugiados em todo o mundo. Os jogadores entraram em campo de mãos dadas com 15 crianças de que vivem no Brasil fugindo da guerra em seus países de origem. Além disso, os capitães dos times usaram como braçadeira a bandeira criada pela artista síria Yara Said, que vive em Amsterdã. CRUZEIRO TERÁ REDE PARA SÓCIO Sul-Americanos (2002), o Pan-Americanos (2007), os Jogos Mundiais Militares (2011) e a Olimpíada (2016), todos no Rio de Janeiro. A competição da Organização Desportiva Sul-Americana também contou com sede em São Paulo, Curitiba e Belém. Antes, o país esteve fora do calendário de eventos multiesportivos por quase 40 anos, desde os Jogos Pan-Americanos de São Paulo e a Universíade de Porto Alegre, ambos em 1963. Na época de Sydney, o COB não contava nem com recursos regulares que alcançou com a Lei Piva. Aprovada em 2001, a lei destinava parte da arrecadação das loterias da Caixa ao esporte olímpico e paralímpico. A iniciativa foi saudada por Nuzman, na época, como a lei Áurea do esporte brasileiro. Com os Jogos Olímpicos, o COB viu grandes somas chegarem aos cofres da entidade, seja em convênios com o Ministério do Esporte, seja com patrocinadores, casos de Nike, Bradesco e Nissan, entre outros. Conforme a Máquina do Esporte antecipou em fevereiro, ninguém renovou com o comitê, que segue sem parceiros comerciais e sequer um fornecedor de material. Sem apoiadores, a Lei Piva volta a ser a principal fonte de renda do comitê. Para este ano, é estimada uma arrecadação de R$ 210 milhões. Sem recursos, Nuzman agora não estabelece metas para os Jogos de Tóquio 2020. Para o Rio 2016, COB e Ministério do Esporte tiveram como objetivo chegar ao top 10 no quadro geral de medalhas. Mesmo com investimentos de mais de R$ 1 bilhão na preparação, o Brasil acabou em 13º lugar. Não fui eu que divulguei. Não falaremos mais sobre metas, afirmou o dirigente, referindo-se a Marcus Vinícius Freire, ex-diretor executivo de esportes do COB. O Cruzeiro lançou, em março, um Twitter para divulgar os benefícios e promoções do do seu programa de sócio-torcedor. A ferramenta foi criada com o intuito de aproximar o sócio ao programa. Com o Twitter oficial, os torcedores ficam sabendo sobre o início da venda de ingressos, resgate de produtos e outras vantagens. O novo canal também pode ser utilizado para sanar dúvidas. MADRID FECHA COM TELEFÓNICA A Telefónica é a nova patrocinadora do Real Madrid. O anúncio do acordo teve a presença de Florentino Pérez, presidente do clube, e José Maria Álvarez-Pallete, CEO da empresa. Segundo o jornal El País, a companhia telefônica irá pagar 40 milhões por um patrocínio de dois anos. Esse é o maior contrato de patrocínio de uma empresa espanhola com um clube de futebol. 2
OPINIÃO Indústria volta a exigir mais qualificação de mão-de-obra Por que estudar marketing esportivo? Há 15 anos, essa era a pergunta que me faziam quando contava que ia fazer um curso nessa área. O esporte não era profissão, ou pelo menos muito pouca gente acreditava nisso. Vou fazer marketing esportivo! Há 10 anos, essa era a afirmação que muita gente fazia depois de o Brasil ter sido eleito sede da Copa do Mundo. O esporte era paixão que viraria profissão, um sonho de projeto de vida. Há quatro anos, no auge do período Brasil dos Megaeventos, o Brasil viveu uma situação inusitada. Após um boom de ofertas, sumiram os cursos de marketing esportivo no país. A sensação de que a oferta seria sempre maior do que a demanda (seja de cursos, seja de mercado de trabalho) fez com que os cursos ruíssem na euforia do Brasil pré-megaeventos. O prenúncio da terra arrasada que viria em 2017 foi se concretizando no quesito investimento no esporte (é só ver o desespero de Carlos Arthur Nuzman com o COB pós-rio), mas curiosamente na questão formação de profissionais o mercado inverteu-se. O ano de 2017 começou com a notícia de criação de dois cursos na área de gestão esportiva. E, mais do que isso, as pessoas voltaram a querer saber com mais afinco sobre como é a área. POR ERICH BETING diretor executivo da Máquina do Esporte É esse o maior alento do Brasil pós- -megaeventos. O resquício de indústria que ficou do período de bonança se fortalece e volta a investir em qualificação de mão-de-obra e especialização. A volta da possibilidade de se estudar marketing esportivo no Brasil é uma boa notícia para a indústria. A diferença, de 15 anos para cá, é que o esporte começou a contratar cada vez mais gente. É exatamente esse movimento que será responsável por ampliar o campo de trabalho e, naturalmente, a oferta de cursos na área no Brasil após os megaeventos.
Seleção brasileira vence também na audiência da televisão POR ADALBERTO LEISTER FILHO A vitória da seleção brasileira sobre o Paraguai conquistou bons índices de audiência na transmissão da TV Globo. Em São Paulo, o jogo na Arena Corinthians obteve 38 pontos de audiência, com 55% de participação entre as TVs. Esse número representa um crescimento de 41% em relação à média da Globo no mesmo horário nas quatro terças-feiras anteriores. Em participação, foram 12 pontos a mais. O número de TVs ligadas cresceu seis pontos, o que representa um aumento de 10%. Esse índice é o recorde do futebol em São Paulo desde 12 de junho de 2014, quando o Brasil bateu a Croácia por 2 a 1, na abertura da Copa do Mundo, também na Arena Corinthians. Na ocasião, o jogo rendeu 38 pontos de audiência, com 67% de participação. Sem contar jogos de Copa do Mundo, o melhor índice anterior havia sido na final da Copa Libertadores de 2012, quando o Corinthians bateu o Boca Juniors, conquistou o título e obteve 48 pontos de audiência e 75% de participação. No Rio de Janeiro, a vitória do Brasil, que garantiu classificação à Copa do Mundo da Rússia 2018, conquistou 39 pontos no Ibope Kantar. O share do jogo (participação sobre o total de TVs ligadas) foi de 57%. O índice representa um crescimento de 10 pontos (ou 34%) comparado com as medias das quatro terças-feiras anteriores no mesmo horário. Em participação, a partida da equipe de Neymar obteve um aumento de 8 pontos em relação à média do horário. O share (participação sobre as TVs ligadas) cresceu 9 pontos, o que representa um acréscimo de 15%. Com NFL, Las Vegas consolida projeto de expansão Após a aprovação pelas franquias da NFL da mudança dos Raiders de Oakland para Las Vegas, a cidade do pecado prepara seu projeto de expansão esportiva. A meta é contar, nos próximos anos, com franquias também da NHL, NBA, MLB e MLS. O projeto recebe críticas de dirigentes por conta da proximidade com os cassinos e o temor pela manipulação de resultados. Na votação entre as equipes do futebol americano, a alteração de sede daqui duas temporadas teve aprovação quase unânime. Por 31 a 1, o time passará a mandar seus jogos em Las Vegas. O único voto contrário foi do Miami Dolphins. A mudança será efetivada tão logo seja inaugurado o novo estádio, com capacidade para 65 mil pessoas. Os Raiders serão a segunda franquia esportiva de Las Vegas, já que a NHL terá um time local a partir da próxima temporada: o Golden Knights. A equipe surgiu da expansão da liga de hóquei e irá inaugurar a T-Mobile Arena. O ginásio também poderá abrigar uma equipe da NBA. As conversações tiveram início há dez anos e estiveram a ponto de ser efetivadas quando o Sacramento Kings foi posto à venda. Atualmente, dependem de um novo projeto de expansão da liga de basquete. 4
Após teste, Alcatel amplia contrato com Corinthians Não faz nem um mês que a Alcatel foi apresentada como nova patrocinadora do Corinthians, e a empresa já mudou o acordo com o clube. Na verdade, o contrato teve um acréscimo de exposição e valor, ainda que as cifras não sejam divulgadas oficialmente. No jogo contra a Linense, na quarta-feira (29), o Corinthians estreou de forma oficial o novo espaço da empresa especializada em celulares. A partir de agora, a companhia terá a marca expostas nas costas da camisa do time. Originalmente, a Alcatel ficaria nos ombros da camisa corintiana. Na partida contra o São Paulo, no último fim de semana, o clube deslocou a marca para as costas, como teste para o novo parceiro. À Máquina do Esporte, o Co-rinthians afirmou que a companhia gostou da visibilidade da nova propriedade e resolveu mudar o contrato recém-assinado. POR DUDA LOPES Dessa maneira, o Corinthians volta a ter uma marca na propriedade pelo menos até o fim deste ano. No fim de 2016, o espaço foi vendido para o fundo de investimento Apollo Sports, em um contrato de três anos que renderia um pouco menos de R$ 30 milhões à equipe paulista. Poucos meses após a assinatura do acordo, a empresa parou de arcar com a mensalidade e o contrato foi rompido. Com a Apollo Sports, a marca exibida no fim de 2016 foi da Café Bom Dia. Até 2015, o espaço era usado pela patrocinadora máster, a Caixa. Na última renovação com a empresa, no entanto, o Corinthians conseguiu liberar a propriedade das costas para incluir um novo parceiro comercial. Além da Alcatel, o Corinthians apresentou recentemente o patrocínio da Foxlux, especializada em materiais elétricos. A marca também está exposta nas costas do uniforme, mas na barra da camisa. Clube fatura com partida da seleção brasileira O Corinthians foi beneficiado com o alto valor obtido na bilheteria de Brasil e Paraguai, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. O jogo gerou uma renda de R$ 12,3 milhões, uma das mais altas da história do futebol brasileiro. O Corinthians não divulgou os números da arrecadação, mas o clube ficou com um pouco menos de 10% do total arrecadado. Com cerca de R$ 1 milhão embolsado com a partida, o time teve bilheteria próxima de alguns jogos de destaque. No clássico contra o Palmeiras, por exemplo, a renda líquida da partida ficou em R$ 921 mil. Neste ano, o melhor resultado foi no clássico contra o Santos, com R$ 1,3 milhão líquido. 5