NAMPULA - PLANO ECONÓMICO E SOCIAL - ORÇAMENTO PARA 2008



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Transcrição:

I. INTRODUÇÃO O Plano Económico e Social e Orçamento de Estado Provincial (PESOP) para o ano de 2008 é o instrumento de gestão económica e social do Governo da Província que visa a concretização das acções prioritárias na luta contra a pobreza absoluta definidas no Programa Quinquenal do Governo, PARPA II conjugado com a visão estratégica local de desenvolvimento. O presente documento, constitui a última etapa na operacionalização do Plano Estratégico Provincial (PEP 2003 2007) que com ele se procurou dar melhor consistência entre as acções definidas no nível central com as prioridades identificadas localmente, no objectivo de garantir o crescimento acelerado e sustentável. O documento do PESOP 2008 é composto por 4 capítulos, nomeadamente: Contexto Nacional, Estratégia de Desenvolvimento da Província, Contexto Económico da Província e Principais Desenvolvimentos por Sector. No Contexto Nacional são apresentadas as grandes linhas do Programa Quinquenal do Governo que é a umbrela de todo o sistema de planificação nacional; na Estratégia de Desenvolvimento da Província, são apresentadas as linhas estratégicas e a visão para o esenvolvimento da Província; no Contexto Económico da Província são apresentados os dados sobre a evolução dos principais indicadores económicos; nos Principais Desenvolvimentos por Sector, são apresentadas as metas e acções a serem desenvolvidas pelos sectores das áreas económica e social, e o seu alcance. 2

II. CONTEXTO NACIONAL Em 2008, o Governo prosseguirá com os objectivos definidos no Programa Quinquenal 2005-2009, concentrando a sua acção na prossecução dos seguintes objectivos: A redução dos níveis de pobreza absoluta, o qual será alcançado através da promoção do crescimento económico rápido, sustentável e abrangente, focalizando a atenção na criação de um ambiente favorável ao investimento e desenvolvimento do empresariado nacional e da incidência de acções na educação, saúde e desenvolvimento rural; O Desenvolvimento económico e social do país, orientado prioritariamente às zonas rurais e tendo em vista a redução dos desequilíbrios regionais; A consolidação da Unidade Nacional, da Paz, da Justiça e da Democracia, bem como do espírito de auto-estima dos cidadãos, como condições indispensáveis para o desenvolvimento harmonioso do país; A valorização e promoção da cultura de trabalho, zelo, honestidade e prestação de contas; O Combate à corrupção, ao burocratismo e à criminalidade; e O reforço da Soberania e da Cooperação Internacional. A redução da pobreza é um desafio de todos e condição fundamental para a promoção do desenvolvimento humano, económico e social, no campo e na cidade. 3

Esta visão integra objectivos alcançáveis a curto, médio e longo prazos consubstanciados nos planos de desenvolvimento nacional e nas estratégias de combate à pobreza e ao HIV-SIDA, bem como nos programas de âmbito regional, continental e internacional, com maior destaque para a Nova Parceria de Desenvolvimento para África (NEPAD) e os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio. Considerando que a maioria da população vive nas zonas rurais, e na sua maioria vivendo em extrema pobreza, o Governo vai prestar maior atenção na promoção de acções visando o desenvolvimento sustentável dessas zonas e serão multiplicadas iniciativas viradas para a criação de emprego e riqueza, no campo. Por outro lado, a redução dos níveis de pobreza absoluta pressupõe a orientação privilegiada dos recursos para a provisão de serviços básicos para as populações mais carentes. O Governo procura combater todos os fenómenos que entravam o desenvolvimento, pugnando pela boa governação, baseada nos princípios de participação na tomada de decisões, de transparência na gestão da coisa pública e de prestação periódica de contas, razão pela qual, a corrupção e todas as suas manifestações serão combatidas. O Governo continuará a consolidar e expandir o sistema de justiça acessivel, transparente e inclusivo por forma a que os cidadãos vivam num ambiente de paz e harmonia. III. Estratégia de Desenvolvimento da Província Dentro da visão nacional e das linhas centrais definidas no Programa Quinquenal do Governo e no PARPA, a Província de Nampula possui um leque de potencialidades que carecem de acções concretas e coordenadas localmente por forma a tranformá-las em factores de desenvolvimento. É dentro deste contexto que, foi definida a estratégia de desenvolvimento da Província definidos nos seguintes eixos de desenvolvimento: 4

1. Crescimento económico através do fortalecimento dos sectores empresarial, privado, público e associativo, garantindo a ligação entre os diferentes actores produtivos por forma a criar sinergias e efeito multiplicador para toda a economia; 2. Desenvolvimento do capital humano e social, garantindo a formação e saúde às pessoas por forma a torná-las agentes activos do desenvolvimento; 3. Provisão de Infraestruturas sociais e económicas para a atracção de investimentos internos e externos garantindo a exploração eficiente dos recursos existentes; 4. Desenvolvimento Institucional por forma a fortalecer as instituições dos sectores público, privado e da sociedade civil para que possam responder eficientemente aos desafios que o processo de desenvolvimento impõe; e 5. Uso sustentável dos recursos para garantir que a utilização dos recursos não afecte as gerações vindouras. IV. Contexto Económico da Província Os resultados que se foram observando ao longo do 1º semestre, no âmbito da execução do PESOP 2007, apontam para o alcance das metas definidas. Neste período, o grau de cumprimento do plano foi de 58.4% com um crescimento da produção global em 12.4%, acima do planificado que é de 12.1%. 5

Produção Global e Sectorial Para o ano de 2008, a produção global e sectorial aponta para um crescimento de 12.0%, isto é, passará de 22.785.506,2 Mt em 2007 para 25.519.644,0 Mt em 2008. Esta cifra constitui um decréscimo de 0.1% em relação a cifra prevista para o ano de 2007. Este resultado enquadra-se nos níveis de desenvolvimento que a Província vem registando nos últimos anos, fruto do bom desempenho dos sectores desta área. Os principais sectores que contribuirão para este crescimento são: a indústria de extração de recursos minerais (38.3%), materiais de construção (34.0%), transportes e comunicações (16.8%), agricultura, pecuária e silvicultura (13,5%), e energia e lubrificantes (13.5). 6

V. Principais Desenvolvimentos Por Sector a) ÁREA ECONÓMICA 1. AGRICULTURA 1.1 PREVISÃO PARA A CAMPANHA AGRÍCOLA 2007/2008 Como tradição, o sector familiar continuará a desempenhar um papel preponderante na produção e comercialização de produtos. A maior aposta do sector será o aumento dos rendimentos por unidade de área através da utilização de sementes de qualidade, adubos e pestecidas. Na safra 2007/2008 está previsto realizar cerca de 1.100.708 hectares com uma produção de 3.916.381 toneladasns, representando um crescimento da producao global em 11,9%. Para além destas acções, o sector irá continuar a introduzir em todos os distritos a cultura da jatropha num total de 800 hactares. No âmbito do PARPA-2, o sector irá distribuir material de plantio melhorado para cerca de 8.000 famílias, irá multiplicar cerca de 800 hactares de sementes locais e 1.440 kgs de sementes melhoradas que serão produzidas em parceria com IAM (Instituto de Algodão de Moçambique). Por outro lado, o sector incentivará em cerca de 20% de exploração através de celeiros melhorados. Quadro 1. Produção por Cultura (Tons) Culturas Real2005/ Previsao Plano Indice de crescimento % 2006 2006 /2007 2007/2008 2006/2007 2007/2008 CULTURAS ALIMENTARES Milho 134,069 154,877 194,304 15.5 25.5 Mapira 6,288 102,053 120,279 1522.9 17.9 Mexoeira 3,696 6,959 13,413 88.3 92.7 Arroz 23,338 29,130 45,586 24.8 56.5 Feijões 35,873 49,113 80,587 36.9 64.1 Amendoim 62,673 62,566 74,506-0.17 19.1 7

Batata-doce 4,987 15,953 33,260 219.9 108.5 Mandioca 2,285,325 3,010,303 3,205,622 31.7 6.5 Sub-Total 2,556,249 3,430,954 3,767,557 34.2 9.8 Culturas de rendimento Algodão 36,961 44,777 96,628 21.1 115.8 Tabaco 3,582 6,433 16,775 79.6 160.8 Girassol 367 2,047 8,272 457.7 304.1 gergelim 8,715 16,071 26,404 84.4 64.3 Sub-Total 49,625 69,328 148,079 39.7 113.6 FRUTEIRAS E HORTICOLAS Hortícolas 600 650 700 8.3 7.7 Fruteiras 25 35 45 40 28.6 Sub-Total 625 685 745 9.6 8.8 Total Geral 2,606,499 3,500,967 3,916,381 34.3 11.9 1.2 SITUAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR Neste âmbito, serão continuados esforços visando garantir a segurança alimentar das populações dos Distritos de Memba, Nacala-a-Velha, Mossuril, Nacarôa e Mogincual, pela adopção de medidas de mitigação dos efeitos da podridão radicular da mandioca. A introdução e melhoria das práticas agronómicas no seio das comunidades, aumento das áreas de multiplicação de estacas de mandioca e ramas de batata-doce continuarão a ser alternativas tendentes a colmatar as causas da insegurança alimentar existente nestes Distritos. Paralelamente, será reforçada a componente de diversificação de culturas que incluem a produção de hortícolas e fruteiras. Um pressuposto importante para a concretização desta intenção é sem duvidas a identificação e selecção de manchas de solos férteis e construção de pequenos sistemas de regadio (represas) e uso de bombas pedestrais e ou por gravidade, entre outros. 8

1.3 APROVISIONAMENTO DE INSUMOS AGRÍCOLAS Para a próxima campanha agrícola 2007/2008, está previsto o aprovisionamento de diversos insumos agrícolas e instrumentos de produção, conforme os quadros seguintes: Quadro 3. Necessidades de Aprovisionamento de Sementes Real 2006 Previsao 2007 Plano 2008 Descrição Unidade Sementes Tonelad as % Cresc 06/07 %Cres 07/08 Feijão Nhemba " 29.580 31.200 31.500 5,4 0.9 Amendoim " 28.050 30.000 30.500 6,9 1.7 Milho " 32.640 34.360 34.500 5,2 0.4 Mapira " 30.090 13.000 13.500-56,8 3.8 Arroz " 32.130 33.200 33.500 3,3 0.9 Batata Reno " - 10 15-50 Girassol 871 500 650-42,6 30 Hortícolas kg 23 100 150 334,8 50 Quadro 4. Necessidades de aprovisionamento de instrumentos de Produção Previsão Plano % cresc 06/07 % crec. Descrição Unidades Real 2006 2007 8008 07/08 Enxadas " 36.050 15.000 15.500-58.4 3,3 Catanas " 22.660 11.200 11.700-50.6 4,5 Machados " 28.943 8.000 8.500-72.4 6,3 Foices " 29.870-29.870 - - Limas " 25.750 1000 1500-96.1 50 Inorgânicos Toneladas 14.984-14.984 - - Compostos Toneladas 25 10 15-60 50 Pesticidas Litros 1.150 2.500 3.000 117.4 20 Fonte:DPA N.B. A redução das quantidades se deve à desligação gradual da DPA em acções de emergência. 9

1.4 EXTENSÃO PÚBLICA Em 2008, os Serviços Provinciais de Extensão Pública, cobrrirão 76% da Província, através de 13 redes de extensão que se localizam nos Distritos de Muecate, Nampula-Rapale, Angoche, Meconta, Monapo, Erati, Nacarôa, Moma, Memba, Mogovolas, Mossuril, Nacala-A-Velha e 05 linhas de extensão em Malema, Mecubúri, Lalaua, Murrupula e Ribaué. Cerca de 2.700 camponeses destes distritos serão apoiados técnicamente por um total de 121 extensionistas. Quadro 5. Indicadores de Extensão Pública INDICADORES REAL PREVISÕES PLANO %CRESC %CRESC. 2006 2007 2008 2006/2007 2007/2008 REDES DE EXTENSÃO Nº redes de Extensão 11 12 13 9 8.3 Nº de extensionistas 111 111 121-9 BENEFICIÁRIOS Nº camponeses assistidos 20.179 25.000 27.000 23.9 8 Nº de camponeses de contacto Nº de membros de grupos de camponeses Nº de membros de associações 779 888 1.040 14 17 16.248 22.200 26.000 36.7 17 472 600 700 27 16.7 Participação Nº de participantes nos dias de campo Nº de participantes nos dias de demonstração 836 1350 1500 61.5 11 7.667 10.000 12.000 30.4 20 Fonte: DPA 10

Quadro6. Mensagens de Extensão Real Previsão Plano Taxa Crescim.previsao (%) Taxa de plano crescimento. Indicador 2006 2007 2008 (%) MENSAGENS DE EXTENSÃO N.º de campos demonstração de resultados montados 365 380 400 4.1 5.3 N.º de CDR colhidos 215 315 350 46.5 11 Área de produção assistida (há) 21.2 65.5 70 209 6.9 Nº de currais melhorados instalados pelo SPER 100 120 130 20 8.3 Nº de capoeiras melhoradas instaladas pelo SPER 87 110 120 26.4 9 N.º de horas de programa radiofónico com mensagens de extensão difundidos 60.0 67.0 72.0 11.7 7.5.9 Fonte:DPA 1.5 FLORESTAS E FAUNA BRAVIA No âmbito da produção florestal, prevê-se alcançar os índices constantes da tabela seguinte, com destaque para as produções de madeira serrada, madeira em toro e lenha, com crescimentos de 20%, 15% e 7,4%, respectivamente: Quadro 7. Produção Florestal Produtos florestais Unid Medida Real 2006 Prev. 2007 Plano 2008 % Cresc. Previsão 2006/2007 % Cresc. Plano 2007/2008 Madeira em toro M3 12.084 13.038 15.000 7.9 15 Madeira serrada M3 487 500 600 2.7 20 11

Lenha Est 1.720 1.863 2.000 8.3 7.4 Carvão Est/sac 19.647 11.540 12.000-41.3 4.0 o Bambú Est 424 177 180-58.3 1.7 Fonte: DPA Maneio dos Recursos Florestais À semelhança dos anos anteriores, o sector vai manter o número de 3 concessões privadas com os respectivos planos de maneio aprovados, para garantir a gestão sustentável dos recursos florestais. Quadro 8. Maneio Sustentável dos Recursos Florestais Taxa Taxa de Crescim. Prev. cresc. Plano Real Previsão Plano (% ) (%) Indicador 2006 2007 2008 Concessoes Privadas N.º de concessões aprovado 1 3 3 200 0 N.º concessões com plano de maneio aprovado 1 3 3 200 0 Concessoes Comunitarias N.º concessões com plano de maneio aprovado 1 3 3 200 0 1. 6 ÁREA DE TERRAS O aumento gradual do números de pedidos do Direito de Uso e Aproveitamento de Terra (DUAT), é reflexo do empenho do sector na divulgação da Lei de terras e o seu Regulamento. Neste contexto, para o próximo ano os eforços estarão concentrados a fim de satisfazer aos vários pedidos para delimitações de áreas das comunidades e de agentes económicos. 12

Quadro 9. Indicadores da área de terras (Cadastro) Indicador Real 2006 Previsão 2007 Plano 2008 % crescimento 2006/07 2007/08 Nº de pedidos 146 150 160 2.7 6.7 iniciais Nº de título emitidos 70 100 100 42.9 0 Demarc. has 70 100 100 42.9 0 Fonte: DPA 1.7 PRODUÇÃO PECUÁRIA No âmbito do PARPA-2, o sector projecta concentrar esforços na área de reabilitação de infrastuturas, expansão da actividade de tracção animal e fomento da avicultura, visando fomentar a espécie de galinha de raça melhorada nalguns distritos e vacinação contra a doença de newcastle e capacitação de criadores. As perspectivas de produção pecuária e de vacinações para 2008 são apresentadas nos quadros que se seguem: Quadro 10. Produção Pecuária INDICADORES U/M REAL 2006 PREVISÃO 2007 PLANO 2008 % CRESC. 2006/07 % CRESC. 2007/008 Sector Empresarial Carne bovina Ton 187 34 37-58.3 8.8 Carne de frango Ton 505 542 750 7.3 38.4 Ovos Duz 28.576 52.000 104.000 250 100 Leite Lts 12.250 60.000 65.000 390 8.3 Sector Familiar Carne bovina Ton 113 150 200 24.7 33.3 Carne suína Ton 18 40 40 122.2 0 Pequenos Rumin. Ton 60 75 90 25 20 13

Fonte: DPA Vacinações Para 2008, o sector continuará a apostar nas vacinas obrigatórias. Maior prioridade será dada à dermatose nodular, uma doença nova que se concentra sobretudo no Distrito de Mogovolas. A vacinação contra a doença de newcastle é outra prioridade no sector familiar e espera-se atingir 15 distritos. Quadro 11. Sanidade Animal (Vacinações) Vacinas Obrigatórias Real 2006 Previsão 2007 Plano 2008 % Cresc. 2006/07 % Cresc. 2007/08 Carbunculo Hemático 14.746 22.500 24.000 52.6 6.7 Carbunculo Sintomático 6.595 10.000 11.500 51.6 15 Dermatose Nodular 10.384 2.350 10.000-73.4 325.5 Brucelose 2.500 2.120 2.500 15.2 17.9 Raiva 6.877 23.062 20.000 235-13.3 Newcastle 390.048 354.481 450.000-9.1 26.9 Tuberculose 511 2.350 5.000 360 112.8 Vacinadores comunitários formados 40 30 30-25 0 Quadro 12. Infra-Estruturas Sanitárias Real 2006 Previsão 2007 Plano 2008 % Cresc. 2006/07 % Cresc. 2007/08 N de tanques carracicidas 17 18 22 5.9 22.2 operacionais N de corredores 32 32 34-6.3 operacionais N de mangas de 12 12 14-16.7 tratamento opracionais N de aniamais banhados 175.000 200.000 250.000 14.3 25 N de farmácias 3 5 5 66.7 - veterinária rurais instaladas N de tanques carracicidas publicas sobre gestão 7 9 12 28.6 33.3 14

comunitaria Pontos de abeberamento do gado construidos - 2 4-100 Quadro 13. Distribuicao e Fomento de Tracção Animal INDICADOR Real Previsão Plano % Cresc. % Cresc. 2006 2007 2008 2006/07 2007/08 Distribuição e Fomento Gado bovino 113 150 200 24.7 33.3 Pequenos ruminantes 2.754 3.000 3.250 9.3 8.3 Aves de fomento 25 34 42 36 23.5 TRACÀO ANIAMAL N de juntas distribidas 42 50 75 19 50 N de charruas 71 75 100 5.6 33.3 N de Carroças 13 20 30 53.8 50 Quadro 14. Efectivos Pecuários Taxa Taxa de Crescim. Crescimento PLANO PREVISAO plano(%) Real previsão 2008 (% ) Espécie 2006 2007 Bovinos grandes explorações (sect. Empresarial) 7.451 8.718 10.200 17 17 Bovinos pequenas e medias explorações (sect. Familiar) 23.788 27.356 31.459 15 15 Suínos 156.003 159.000 166.950 1.9 3.0 Cabritos 428.723 450.150 477.159 5.0 6.0 Galinhas 1.296.124 1.684.960 2.274.696 30 35.0 Fonte DPA 15

2. INDÚSTRIA E COMÉRCIO O sector perspectiva continuar a desenvolver actividades visando os propósitos contidos no PARPA II, nomeadamente, contribuir para a valorização dos recursos nacionais, aumento do valor acrescentado e a promoção do desenvolvimento da rede comercial, da comercialização agrícola e a estabilização do mercado em bens de consumo. Neste contexto, foram programadas actividades de impacto, nas seguintes áreas: 2.1. ÁREA DA INDÚSTRIA O quadro seguinte ilustra as projecções da produção industrial para o ano de 2008, onde se pode constatar os decréscimos acentuados de alguns indicadores, nomeadamente, farinha de mandioca ( -16,6%), refrigerantes (-22,4%) e chapas de zinco (-39,8%), o que se deve à falta de informação pelas empresas. Quadro 1. Produtos da Indústria Transformadora em Unidades Fisicas Programa Indicador Unid Med Real/2006 Previsão 2007 Plano 2008 % cresc. 2006/2007 % cresc. 2007/2008 F. de Trigo Ton. 20.379 15.015 20.000-26,3 33,2 F. de milho " 4.472 4.100 5.000-8,3 21,9 F.mandioca " 242,4 300 250 23,7-16,6 Óleo alimet. " 2.886 2.720 2.870-5,7 5,5 Bolachas " 870 570 870-34,4 52,6 Bagaço " 1.309 1.200 1.300-8,3 8,3 Sabão " 730 570 1.000-21,9 75,4 Fio de Sisal " 819,9 2.510 2.650 206 5,5 Cord.de Sisal " 579,3 114 110-80,3-3,5 TOTAL m3 32.287,7 27.098 34.050-16 25,6 Oxigénio m3 78.993 73.950 76.000-6,3 2,7 Acetileno 8.903 9.100 9.000 2,2-1,0 TOTAL 87.901 83.050 85.000-5,5 2,3 Aguardente Litros 199.062 115.457 200.000-41,9 73,2 Gelados " 589 5.597 5.597 850 0 Yogurte " 10.120 8.429 10.300-16,7 22,1 Refrigerantes " 9.026,2 12.903 10.000 42,9-22,4 TOTAL 218.797,2 142.386 225.897-34,9 58,6 Colchões Unid 29.400 22.800 32.157-22,4 41,0 Chapa de Zinco " 150.803 166.212 100.000 10,2-39,8 16

Mob/ " 4.679 4.000 5.000-14,5 25 Madeira TOTAL 184.882 193.012 139.327 4,3-27,8 Rebuçados Tons 68 40 94-41,1 135 Amêndoa de " 1.115 1.145 2.890 2,6 152,4 Caju Cimento " 45.059 30.000 45.000-33,4 50 TOTAL 46.242 31.185 47.984-32,5 53,8 2.2. ÁREA DO COMÉRCIO As projecções indicam que o arroz, a mapira, o girassol e o gergelim registarão grandes crescimentos, devido ao incremento que se realiza na produção destes cereais. Quadro 3. Comercialização Agrícola Real Prev. Plano %cresc,do %Cresc Valorizaçào Produtos Tons 2005/2006 2006/2007 2007/2008 Plano2007/2008 2006/2007 do plano 2008 Milho " 25.835 49.000 55.000 12,2 89,6 192.500.000,00 Amendoím " 16.300 18.839 22.500 19,4 15,5 225.000.000,00 Feifòes " 8.402 19.400 23.000 18,5 130,8 96.600.000,00 Arroz " 1.183 8.800 12.000 36,3 643,8 72.000.000,00 Mandioca " 40.620 55.000 75.000 36,3 35,4 187.500.000,00 Mapira " 428 3.200 5.000 56,2 647,6 16.000.000,00 Castanha de cajú " 29.134 42.024 45.000 7,0 44,2 292.500.000,00 Girassol " 95 1.101 1.500 36,2 Z 7.050.000,00 Gergelim " 2.586 4.960 10.000 101,6 91,8 120.000.000,00 TOTAL 124.583,00 202.324,00 249.000,00 23,0 62,4 1.209.150.000,0 17

3. TURISMO Para 2008, este sector propõe-se a levar a cabo as actividades que constam da matriz de enquadramento lógico, nomeadamente: 3.1 NA ÁREA DE ACTIVIDADES TURÍSTICAS Licenciamento de 50 estabelecimento de alojamento, restauração, bebidas e de agências de viagens e turismo; Visita aos locais de interesse Turístico; Actualização do potencial turístico e da rede hoteleira existente; Sensibilização aos operadores turísticos para o licenciamento; Realização de seminários sobre a legislação do sector; Zoneamento das áreas prioritárias para o investimento do Turismo(em Nacala Porto na zona de Relanzapo e Mogincual na zona de Quinga; Sinalização dos locais de interesse e empreendimentos turísticos. Actualização de Banco de dados na teledata; Participação em feiras nacionais e internacionais; Elaboração de memorandos de entendimento com as rádio comunitárias (Ilha de Moçambique, Ribáué e Nacapa-porto), para a divulgação das potencialidades turísticas; Elaboração de 150 Guias, 100 cartazes e 150 folhetos contendo a informação Turística da Província; Divulgação do Plano de desenvolvimento do turismo da Província de Nampula; Construção de 2 Balcões de Informação Turística na Ilha de Moçambique e Nacala Porto; e 18

Fiscalização e inspecção de 150 estabelecimentos de alojamento turístico, restauração e bebidas, bem como agências de viagens e turismo, a nível da Província de Nampula. 3.2 NA ÁREA DE CONSERVAÇÃO Conversão das reservas florestais de Mecubúri e Matibane para fins de Turismo; Identificação das espécies existentes na reserva marinha; e Criação de quatro Comités de Gestão nas comunidades circunvizinhas das reservas de Mecubúri e Matibane. 3.3 NA ÁREA DOS RECURSOS HUMANOS Promoção de 20 funcionários e uma (1) Progressão; e Formação de Guias turísticos na Ilha de Moçambique. 4. PESCAS O mandato do sector das Pescas passa pelo desenvolvimento da pesca artesanal e semi indústrial, por forma a melhorar o abastecimento do mercado interno em pescado e a melhoria das condições de vida das comunidades pesqueiras. Neste contexto, o sector prevê para o próximo ano desenvolver as seguintes actividades: Incrementar as acções de fiscalização da actividade de pesca; Incentivar o surgimento dos conselhos comunitários de Pesca à norte de Nampula e reforçar o Sul; 19

Levar as experiências de Co-gestão aos restantes distritos a norte de Nampula, bem como em Mossuril e Ilha de Moçambique, apostando nos aspectos participativos no uso dos recursos pesqueiros envolvendo os beneficiários e o Estado; Apoiar e continuar a incentivar a formação de Associações de pescadores e dos Conselhos Comunitários de Pesca, com prioridade para o norte; Uso do sistema de amostragem como instrumento de colheita de dados da pesca artesanal; e Formação de Piscicultores em coordenação com a Direcção Provincial da Agricultura e troca de experiências. 4.1 PRODUÇÃO PESQUEIRA A produção tem oscilado mas no geral está a ser registada em grandes quantidades, fruto dos programas de amostragem, feita na base da extensão pesqueira. O sistema de amostragem ainda não abrangeu toda a costa, mas os novos recrutamentos de pessoal destinam-se à região norte de Nampula. Os quadros que se seguem reportam a previsão para 2007 e o plano para 2008 da produção pesqueira artesanal em unidades físicas (tabela 1) e em valor (tabela 2), cujo crescimento é de 7%. Tabela 1. Produção da Pesca Artesanal Espécie Un. Med Real 2006 Previsão 2007 Plano 2008 % Cresc.07/08 Peixe Tons 15.124 14.000,0 15.000,0 7,1 Camarão " 444,6 700,0 700,0 - Lagosta " 4,5 9,0 12,0 33,3 Carangueijo " 74,1 50,06 50,0 - Cefalópodes " 86,9 40,0 60,0 50,0 Outros " 176 40,0 42,0 5 Total Tons 15.510,1 14.839,50 15.864.0 7,0 20

Tabela 2. Produção Valorizada a Preços Correntes Produto Valor da produção (Milhões de % Crescimento Contos) Real - 2006 Prev. 2007 Plano 2005/2006 2007/2006 2008 Peixe 453.720,0 497.550,00 600.000,00 24.4 7.0 Camarão 26.676,0 38.520,00 42.000,00 2.4 7.0 Lagosta 337,5 8.025,00 600,00 87.5 7.0 Carangueijo 1.482.0 748,00 1.250,00 43.3 7.0 Cefalópodes 2.607,0 1.590,00 2.700,00 2.6 7.0 Outros - 2.140,00 1.470,00 12.6 7.0 Total 484.822,00 548.573,00 648.020,00 13,1 7.0 5. RECURSOS MINERAIS E ENERGIA Para o ano de 2008, o sector perspectiva desenvolver actividades nas seguintes áreas: 5.1 ÁREA GEOLÓGICA MINEIRA Criação do Centro Nacional de Lapidação e Geomologia na Cidade de Nampula; Acompanhamento das actividades de produção de minerais das areias pesadas de Moma e de todas as empresas do ramo; Monitoria e Apoio às Associações Mineiras de Monapo, Mecubúri, Murrupula, Moma, Nacarôa e Mogovolas; Início do estudo da utilização dos fosfatos como fertilizante para a área agrícola; Construção de quatro casas do tipo dois para técnicos em Topuito, Distrito de Moma; Construção de um edifício para escritório em Topuito, Distrito de Moma; 21

Promover educação cívica e sensibilização aos mineradores sobre o perigo de DTS e HIV/SIDA; e Promover palestras de sensibilização aos mineradores sobre o conceito de género. Reabilitação do edifício da Direcção Provincial. 5.2 ÁREA ENERGÉTICA Conclusão da electrificação (HCB) da Sede do Posto Administrativo de Namaíta - Distrito de Nampula/Rapale; Conclusão da electrificação (HCB) da Vila Sede do Distrito de Moma; Conclusão da Electrificação (HCB) da Vila Sede do Posto Administrativo de Mutivaze Distrito de Nampula/Rapale; Extensão da rede eléctrica (HCB) da Vila Sede de Itoculo- Monapo; Início da electrificação (sistemas solares) dos Postos Administrativos de Nihessiuè- Distrito de Murrupula, Meti Distrito de Lalaua, Quixaxe e Quinga Distrito de Mogincual, Milhana Distrito de Mecubúri, Iuluti- Distrito de Mogovolas, Imala Distrito de Muecate e Inteta Distrito de Nacarôa; Início da electrificação (sistemas solares) das Localidades de Cabaceira Grande Distrito de Mossuril e Ilha de Catamoio Distrito de Angoche; Conclusão da construção do Posto de Abastecimento em Combustíveis na Ilha de Moçambique/Lumbo; e Conclusão da construção do Posto de Abastecimento em combustíveis Petromoc/Sasol na cidade de Nampula. 22

Tabela 1. Plano de Produção INDICADOR Real/2006 Prev/2007 Plano/2008 Turmalinas (Kgs) 99,557 8,500 49,778 Águas Marinhas(Kgs) 541 615 541 Quartzo-Diversos(Kgs) 73,789 76,500 73,790 Berilo Industrial(Kgs) 1,601 2,800 1,000 Apatite (Kgs) 0 2,000 0 Ouro (Kgs) 12 16 30 Água-Mineral (Kgs) 382,088 24,900 881,910 Calcário (Kgs) 28,101,409 14,100,000 28,101,410 Granito (Kgs) 2,359,630 2,450,000 2,359,630 Granito-Gnaisse (Kgs) 2,178,000 2,800,000 2,178,000 Areia de Construção (Kgs) 462,000 320,000 470,000 Total (Kgs) 33,658,626 19,785,331 34,116,089 Energia Eléctrica (Mwh) 100,486 186,785 186,785 Combustíveis Líquidos (M 3 ) 70,633 66,107 67,500 Tabela 2. Plano de Produção de Areias Pesadas de Moma Indicador U/M Prev/2007 Plano/2008 Ilminite Kg --- 732.000.000 Zircão Kg --- 55.000.000 Rutilo Kg --- 22.000.000 Total --- 809.000.000 6. OBRAS PÚBLICAS E HABITAÇÃO O Plano deste sector contempla acções que têm em vista o alcance dos seguintes objectivos específicos: Na Área de construção e montagem, continuar a incentivar as Empresas para uma boa qualidade das obras a serem executadas. Na Área de materiais de construção, continuar com a a sensibilização para o maior envolvimento do empresariado local na produção e fornecimento de informações estatísticas referentes à materiais de construção. 23

Na área de edificações, garantir a durabilidade da habitação, através da implementação de programas de melhoramento habitacional e obras de qualidade, nos prazos estabelecidos e a baixo custo; Na área de Águas e Saneamento, aumentar o acesso da população à água potável, passando da actual cobertura de 24% para 28,0% em 2008, e aos serviços de saneamento nas zonas rurais, bem como a mitigação dos efeitos das cheias, contribuindo assim para a satisfação das condições higiénicas e necessidades básicas da população; Na área de Estradas e Pontes, garantir a orientação dos serviços públicos para as populações mais carentes, dando a continuidade às acções de reabilitação, manutenção e reaberura das estradas, com vista a assegurar que o distrito esteja ligado entre si, postos administrativos com as respectivas localidades e destas às zonas de produção agrícola. Na área de Habitação e Urbanismo, assegurar o acesso à terra e infraestruturas para habitação através da implementação de programas de urbanização, promovendo o acesso à habitação adequada, através da monitoria do treinamento de produtores de materias de construção nas comunidades, reduzir o nº de agregados sem acesso à habitação através de apoio à implementação de planos parciais de ordenamento de solo. Deste modo, o sector propõe-se a realizar as seguintes actividades de impacto: Na área de Estradas e Pontes Efectuar a manutenção das Estradas Classificadas da Província; Reabilitar as Estradas Terciárias e de difícil transitabilidade; e Efectuar a manutenção das Estradas Primárias, Secundárias, Terciárias e Vicinais. Na área de Abastecimento de Água e Saneamento Garantir o abastecimento de água potável à população das nas zonas rurais, urbanas e peri-urbanas da Província; 24

Prover de saneamento das zonas rurais e peri urbanas a baixo custo; e Garantir o saneamento Peri-urbano e Rural nos Distritos de Nampula-Rapale, Angoche e Nacala Porto. Mitigar os efeitos das cheias e ciclones, sobre as populações, sobretudo as residentes no litoral e nas margens dos rios, através da actualização e disseminação de informações hidrométricas e pluviométricas, na Província. Na área de Planificação e Estatística Monitorar a execução dos Planos de Investimento e assegurar a prestação de contas à Direcção Provincial do Plano e Finanças, assim como ao Ministério de tutela; e Criar a base de dados do sector através de banco de dados. Na área de Edificações Apoiar tecnicamente os Distritos como unidades orçamentais na eleboração dos processos e procedimentos para adjudicação de obras; Organizar o sector por forma a garantir obras de qualidade, duráveis nos prazos estabelecidos e a baixo custo; Criar condições para efectiva fiscalização, supervisão e controle das obras públicas; Promover iniciativas que assegurem o controle de qualidade dos materiais de construção, projectos e das obras; e Proceder o registo do cadastro de todas infra-estruturas públicas. 25

ANÁLISE SUB-SECTORIAL 6.1 Estradas e Pontes Para o ano de 2008, as atividades de intervenção em termos de reabilitação e manutenção de estradas e pontes em condições dificíeis de transitabilidade, estão resumidas no quadro abaixo: Quadro 3: Reabilitação e Manutenção de Estradas e Pontes Indicador Real 2006 Previsão 2007 Plano 2008 Cresc % 2006/2007 Cresc % 2007/2008 Reabertura de Emergencia 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 Reabilitação de Estradas Primarias 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 Reabilitação de Estradas Secundarias 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 Reabilitação de Estradas Terciarias 0.00 0.00 70.00 0.00 0.00 Reabilitação de Estradas Vicinais 192.75 0.00 0.00-100.00 0.00 Manutenção Periodica (Km) 534.00 1,095.50 573.00 105.15-47.70 Manutenção Rotina (Km) 1,532.00 2,961.80 2,534.00 93.33-14.44 TOTAL 2,258.75 4,057.30 3,177.00 79.63-21.70 Os índices de crescimento que se registam para o plano de 2008, devemse ao limite do orçamento divulgado pela Administração Nacional de Estrada para a Província de Nampula. 6.2 Abastecimento de Água Estão previstas obras de construção de 244 furos, 66 poços, reabilitação de 85 fontes de água e 5 nascentes, com financiamentos interno e externo. Com o Orçamento do Estado Central, está prevista a construção de 5 furos mecânicos, no Distrito de Mogovolas, 10 no Distrito de Angoche e 10 furos em Moguincual. Com recursos externos (ASNANI, HAUPA, PPANNCD, CRUZ VERMELHA DE MOÇAMBIQUE, INTER-AIDE) foram programadas as seguintes acções: INTERVENÇÃO LOCALIZAÇÃO ORÇAMENTO (10³ Mt) Const 10 furos mecanicos OE Central Angoche 2,205.00 Construçao de 24 Furos Mecanicos - HAUPA Erari 5,292.00 Construçao de 4 Poços - HAUPA Erari 378.00 Reab. De 5 fontes de agua-haupa Erari 315.00 26

Constr. 20 furos mecanico ASNANI Ilha de Moç. 4,410.00 Constr. De 3 poços de Água - ASNANI Ilha de Moç. 287.50 Reb.10 fontes de água ASNANI Ilha de Moç. 630.00 Const. De 5 poços de água - PPANNCD Ilha de Moç. 472.50 Constr.20 furos mecanicos - ASNANI Lalau 4,410.00 Constr. 3 poços ASNANI Lalau 283.50 Reab. de 10 fontes de água - ASNANI Lalau 630.00 Const. 20 furos mecanico - Cruz Vermelha Malema 4,410.00 Reab 3 nascentes - Cruz Vermelha Malema 147.00 Const de 20 furos mecanicos - ASNANI Meconta 4,410.00 Const de 3 poços de água- ASNANI Meconta 283.5 0 Reab. 10 fontes de água - ASNANI Meconta 630.00 Const 10 furos mecanicos - HAUPA Mecuburi 2,205.00 Const 10 furos mecanicos OE Central Moguincual 2,205.00 Const 5 furos Mecanicos OE Central Mogovolas 1,102.50 Constr.20 furos mecanicos - ASNANI Moma 4,410.00 Const 3 poços de água - ASNANI Moma 283.50 Reab 10 fontes de agua - ASNANI Moma 630.00 Const. 20 Furos Mecanicos - ASNANI Mossuril 4,410.00 Const. 3 poços - ASNANI Mossuril 283.50 Reab. 10 fontes de água - ASNANI Mossuril 630.00 Const de 4 poços - PPANNCD Mossuril 378.00 Const.20 furos mecanicos ASNANI Murrupula 4,410.00 Const.3 poços de agua - ASNANI Murrupula 283.50 Reab. 10 fontes de água - ASNANI Murrupula 630.00 Const.3 poços de agua - ASNANI Nacala Porto 283.50 Reabilit.10 fontes de água - ASNANI Nacala Porto 630.00 Const de 5 Furos mecanicos - INTER AIDE Nacala A Velha 1,102.50 Constr de 9 poços - INTER AIDE Nacala A Velha 850.50 Reab. 2 nascentes de água - Cruz Vermelha Ribáuè 98.00 Const. 20 furos mecanicos - Cruz Vermelha Ribáuè 4,410.00 Const. 20 poços de agua - Cruz Vermelha Ribáuè 1,890.00 Reab. 10 fontes de agua - ASNANI Ribáuè 630.00 Const. 20 furos mecanicos - ASNANI Ribáuè 4,410.00 Const. 3 poços de agua - ASNANI Ribáuè 283.50-65.639,00 6.3 Habitação e Urbanismo Nesta área, para o próximo ano, foram programadas as seguintes actividades: 27

Supervisão e monitoria dos trabalhos de arruamento nos seguintes locais: o Nampula Cidade: 400 talhões; o Distrito de Meconta 200 talhões; o Distrito de Lalaua 200 talhões; o Distrito de Moma 200 talhões; e o Formação da Comunidades em técnicas de produção de tijolo queimado nos Distritos de Angoche e Moma. 6. TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES A produção prevista para o ano económico 2008 é de 2.926.200.000,00MT, que corresponde a 16.8% de crescimento em relação à produção prevista em 2007, devido ao investimento realizado na área Ferro-Portuário (aquisição de novos empilhadeiras, rebocadores e reabilitação de 36 vagões), aumento de parque automóvel (carga e passageiros), aumento da capacidade de ofertas que consistem na aquisição de novos aparelhos para o trâfego aéreo e expansão da rede de comunicações fixas e móvel. No Sector dos Transportes e Comunicações, o desafio é de melhorar gradualmente a fiabilidade, segurança, comodidade e expansão dos serviços de transporte prestados à população, nas áreas urbanas e rurais, bem como a expansão dos serviços de comunicações e a modernização do sistema de previsões meteorológicas na Província. Desta feita, serão desenvolvidas as seguintes acções: Licenciamento de cerca de 367 viaturas de passageiros e de carga; Licenciamento de cerca de 5 oficinas de reparação auto; 3 (três) Inspecções de oficinas de reparação auto nos Distritos de Angoche, Monapo e Cidades de Nacala Porto e Ilha de Moçambique; Reabilitação de 2 (dois) edifícios de Administração Marítima de Angoche (Moma e Larde ); e 28

Reposição de 2 (dois) Postos Climatológicos nos Distritos de Ribaué e Memba. Nas Telecomunicaões de Moçambique Construção de um acesso BTS, CDMA, MUXA96 ou Central Telofónica, no Distrito de Eráti-Namapa. Conclusão de Instalação de um conversor na Estação Terrena de Angoche, para aumento da capacidade de energia e consequentemente, incremento da capacidade do LinK Satelite- Angoche-Maputo, para activaçao do BTS; Na Mcel- Moçambique Celular Expansão da rede Mcel para os Distritos de Lalaua, Mecubúri, Muecate e Mogincual-Namige Nos Correios de Moçambique Aquisição de 10(dez) computadores para introdução na Estação Central de Nampula, dos serviços da Internet- Café; e Aquisição de 4(quatro) máquinas fotocopiadoras, a serem instaladas nas Estações de Malema, Ilha de Moçambique, Monapo e Nacala Porto. Nos Aeroportos de Moçambique Construçao de um tanque elevado para a reserva de água, no sector dos bombeiros, com capacidade de armazenar 20.000 Litros; Aquisiçao de Rádios portáteis, para área de opreação, com vista a melhorar a coordenação e a segurança aeroportuária; e Construção de um Balcão de Informação Turística. 29

8. PLANO E FINANÇAS A gestão económica e financeira é uma área fundamental de acção para a redução da pobreza. Assim, é importante que se prossiga o objectivo de impulsionar e facilitar o crescimento económico através da melhoria da programação, execução, controle e transparência orçamental. Com vista ao alcance destes objectivos, foram programadas as seguintes actividades de impacto: Continuar com o registo e inventário periódico do património do Estado; Incentivar o incremento da receita pública e continuar as acções visando o controle da fuga e evasão fiscal; Garantir o pagamento atempado das despesas públicas das instituições vinculadas no Orçamento do Estado; Dinamizar o aperfeiçoamento do Sistema de Administração Financeira do Estado (SISTAFE); Fazer o acomapanhamento do cumprimento do PESOP/2008, através de elaboração de relatórios de balanço; e Coordenar a elaboração do PESOP/2009. 8.1 RECEITAS PÚBLICAS Em 2008, projecta-se arrecadar uma receita total de 1.662.722.097,00 MT contra o valor de 1.623.837.458,00 MT previsto para o ano de 2007, o que representa um crescimento nominal de 2,0%, como se ilustra no quadro seguinte: 30

Quadro 1. Receitas Públicas (Em MT) Designação Real 2006 Previsão 2007 Plano 2008 %Cresc(2007/08) Receita Central 1.252.093.285,89 1.585.945.853,0 1.611.380.887,00 1,6 Receita Provincial 39.935.173,00 46.891.605,05 51.341.210,10 9,5 TOTAL 1.292.028.458,00 1.632.837.458,00 1.662.722.097,00 2,0 8.2 DESPESAS PÚBLICAS A coberto da Circular nº 001 /MPD/GM/200, de 21 de Junho de 2007, o Ministério de Planificação e Desenvolvimento comunicou o limite do Orçamento de Estado (OE) fixado para a Província de Nampula, a ser observado no ano económico de 2008, no valor global de 2.541.956.860,35MT, dos quais 2.201.003.501,90MT para o Orçamento de Funcionamento e 340.953.358,45MT para o Orçamento de Investimento. Os referidos montantes incluem os Sectores de Educação, Saúde, Agricultura e Distritos. a) ORÇAMENTO DE FUNCIONAMENTO O limite fixado para este capítulo, no valor de 2.201.003.501,90MT, encontra-se subdividido comforme o quadro abaixo: Quadro 2. Orçamento de Funcionamento (Em MT) DESIG. DESPC/PES. B/S PREV.SOCIAL OUT.D.COR TOTAL SECT.PROV. 1.300.238.799,30 285.218.539,10-36.086.337,80 1.621.543.676,20 TRASNFERENCIAS. - - 335.421.753,00 5.707.800,00 341.129.553,00 TOTAL 1 1.300.238.799,30 285.218.539,10 335.421.753,00 41.794.137,80 1.962.673.229,20 ADM.DISTRI. 127.113.620,70 92.001..628,70-19.215.023,30 238.330.272,70 TOTAL 2 127.113.620,70 92.001.628,70-19.215.023,30 238.330.272,70 TOTAL GER. 1.427.352.420,00 377.220.167,80 335.421.753,00 61.009.161,10 2.201.003.501,90 DESPESAS COM O PESSOAL O limite global a observar em 2008 é de 1.427.352.420,00 MT, sendo 1.300.238.799,30MT para os sectores provinciais e 127.113.620,70MT 31

alocados as Administrações Distritais, contra o valor de 1.279.917.670,00 MT em execução no presente ano com um crescimento nominal de 11,51%, correspondente ao montante de 147.434.750,00MT. No entanto, regista-se um défice na ordem de 233.221.422,11MT em relação aos sectores provinciais, a ser considerado como necessidade adicional, visto que o valor proposto é de 1.533.458.221,21MT contra o montante de 1.427.352.420,00 MT fixado, contrariamente as Administrações distritais que ostentam limites que satisfazem cabalmente as suas reais necessidades de acordo com as propostas apresentadas. DESPESAS DE BENS E SERVIÇOS, TRANSFERÊNCIAS E OUTRAS DESPESAS CORRENTES A distribuição dos fundos para as despesas em epígrafe, no montante de 773.651.081,90MT (285.218.539,10MT para Bens e Serviços e 488.432.542,80MT destinados a Transferências e outras Despesas Correntes) obedeceu ao grau de crescimento do limite comunicado para o ano 2008 que subiu nominalmente em 15,54%, relativamente ao Plafond fixado para o presente ano no montante de 669.553.000,00MT. Tendo em conta as propostas apresentadas pelos sectores no valor de 376.549.580,10MT para Bens e Serviços, verifica-se um défice na ordem de 91.331.041,00MT. Assim e nos termos dos parágrafos anteriores da presente Informação /Proposta, os défices acima mencionados constituirão a proposta das necessidades adicionais a submeter ao Ministério da Planificação e Desenvolvimento no montante global de 324.552.463,11 MT, sendo: -Despesas com o Pessoal... 233.221.422,11MT -Bens e Serviços... 91.331.041,00MT b) ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO O limite global atribuido à Província é no montante de 340.953.358,45MT, conforme o quadro abaixo, sendo 171.924.014,71MT correspondentes a 50,42 %, fixados para os sectores de nível Provincial e 169.029.343,75 MT, equivalentes a 49,58%, para os Governos Distritais, cujos projectos 32

foram aprovados em Conselhos Consultivos respectivos, a serem executados em diferentes sectores de actividade, que concorrem para o cumprimento do Programa Quinquenal do Governo e Redução da Pobreza Absoluta, em geral. Quadro 3. Orçamento de Funcionamento (Em MT) DESIGNAÇÃO LIMITE ORÇAMENTAL TOTAL SECTORES SECT.PROVINCIAIS 171.924.014,70 171.924.014,70 ADM.DISTRITAIS 169.029.343,75 169.029.343,75 TOTAL 340.953.358,45 340.953.358,45 Comparativamente ao limite total atribuído para o exercício de 2007, no montante de 320.583.510,00MT, já em excecução, o plafond para projectos de decisão local cresceu nominalmente em 6,35%. Importa referir que a verba de 169.029.343,75MT atribuida aos Governos Distritais obedece a seguinte distribuição: _166.677.343,75MT, valor para implementação dos projectos de Geração de Rendimentos; e _2.352.000,00MT, montante destinado a projectos da Investimento Público. Os critérios observados na distribuição do aludido valor limite, se destaca a priorização de projectos em curso, por forma a garantir a sua conclusão no ano 2008, e de acções de maior impacto na implementação do PARPA e dos Planos Distritais de Desenvolvimento para além de actividades de geração de rendimentos. 8.3 PROGRAMA DE PLANIFICAÇÃO E FINANÇAS DESCENTRALIZADAS (PPFD) Objectivos e as respectivas acções a desenvolver: a) Fortalecer os processos de planificação participativa, monitoria e avaliação e a capacidade nos distritos e municípios selecionados: Concluir o ciclo de elaboração do PEDD II na base de avaliação participativa de 4 distritos; Elaboração de 20 PESOD s; 33

Introduzir o PEDD nos 2 distritos municipais que concorde com os manifestos eleitorais das autarquias; e Capacitar 18 distritos em análise de potencialidades e identificação de vectores de desenvolvimento que orientem a melhor aplicação do Orçamento de Investimento de Iniciativas Locais de rendimento. b) Melhorar a capacidades para a descentralização fiscal e gestão de finanças públicas nos distritos: Conclusão da capacitação em gestão financeira aos 20 distritos; e Consolidação do Sistema de Registo e Controlo da Receita Local ( SISRECORE) em 20 distritos. c) Fortalecer as ccapacidades de desenvolvimento organizacional das comunidades nas províncias e distritos e municípios selecionados bem como dos órgãos de consulta comunitários (IPCC): Capacitação de 20 Conselhos Consultivos Distritais com foco no Posto Administrativo em matérias constantes da Recomendação do Presidente da República; Realizar a capacitação dos conselhos locais em aspectos de género; e Melhorar o funcionamento dos Conselhos Consultivos Locais introduzindo processos de monitoria e avaliação. d) Fortalecer os distritos na implementação e gestão de infraestruturas e provisão de serviços públicos: Capacitar 36 técnicos distritais em procurement e gestão de contratos; Consolidar o processo de construção local alternativa nos termos do Dec. 54/2005 (produção de material, construção de edifícios de interesse comunitário e local com base no artesão); e Consolidação do processo de cadastramento e implementação de operações de manutenção de edifícios. 34

8.4 PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO RURAL Elaborar e implementar a Metodologia de inserção da Eestratégia de Desenvolvimento Rural no Plano Estratégico Provincial; Promover a abordagem de Desenvolvimento Rural /DEL e introduzir no PEP o Marketing Territorial; Garantir o funcionamento da rede de parceiros de DR/DEL de Financiamento, Assistência Técnica e Capacitação; Promover acções do DR/DEL Marketing Territorial; Introduzir na planificação estratégica distrital o capítulo DEL e os indicadores de DR em 20 distritos; Elaborar e divulgar 20 marketing territoriais distritais; 3 Implementado os PEDD s e PESOD s com abordagem do DR/DEL; e Monitorar e avaliar os programas e as acções de desenvolvimento ao nível dos distritos implementadas pelos diferentes actores de desenvolvimento. 8.5 COORDENAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DE NAMPULA (UCODIN) Neste âmbito, continuarão a desenvolver acções tendo em vista ao alcance dos seguintes objectivos: Garantir a implementação e avaliação do PEP (Plano Estratégico Provincial); Garantir a Avaliação do Meio Termo e a Extenção do Plano Económico Provincial, para 2009; Garantir o Mapeamento das Potencialidades Sócio-Económicas e Culturais da Província; e 35

Operacionalizar o Observatório Provincial do Desenvolvimento. Para o alcance dos objectivos supracitados, será privilegiada a estratégia de integrar todos os actores numa perspectiva consensual e dinâmica, para o aproveitamento e transformação dos recursos disponíves de modo a contribuir para a redução da pobreza e elevação do bem-estar. 9. ESTATÍSTICA O presente plano enquadra-se no processo tendente ao desenvolvimento da função principal do Sistema Nacional de Estatística, em Moçambique e em particulçar na Província de Nampula, através da produção de estatísticas pertinentes e imparciais, servindo assim aos orgãos de informação e ao público no global. Neste contexto, na realização das actividades do ano 2008, ter-se-á em conta a conclusão das acções em curso, nomeadamente: Sistematização das Estatísticas Distritais e Municipais; Distribuição de verbetes nos Distritos; Capacitação dos técnicos das Unidades Estatísticas; Recolha de Preços ao Consumidor (IPC); Actualização de Ficheiro de Unidade Estatística (FUE); e Realização de três (3) reuniões com as entidades informadoras, para sensibilizar sobre a importância do fornecimento da informação. Factor qualidade dos produtos estatísticos, continuará a ser uma das condições básicas para o desenvolvimento das actividades estatítisticas, realizadas no âmbito do Sistema Estatístico Nacional (SEN), razão pela qual a formação e treinamento dos recursos humanos continuará a ser colocada no topo das prioridades da instituição. 36

10. CENTRO DE PROMOÇÃO DE INVESTIMENTO (CPI) Para o próximo ano, o CPI propõe-se a desenvolver as seguintes actividades: Apoio na preparação, elaboração e apresentação de propostas de Projectos de Investimentos aos cidadãos nacionais e estrangeiros interessados; Análise, preparação e tramitação de propostas dos termos e despachos de autorização de propostas de projectos de investimentos a submeter aos órgãos provinciais e centrais competentes; Elaboração do Plano de Actividades, Orçamento de Funcionamento e de Investimento para o ano de 2009; Realização de reuniôes periódicas da Comissão Consultiva do CPI e do Comité Local de Direcção do Projecto de Areias Pesadas de Moma; Realização do segundo seminário provincial de diviulgação do pacote legislativo sobre os investimentos em Moçambique; Coordenação com o Sector Privado da Província de Nampula, no âmbito da promoção, melhoramento do ambiente de negócios e de atracção de investimentos. 37

b) ÁREA SOCIAL 1. EDUCAÇÃO E CULTURA A Educação e Cultura, em 2008, continuará a privilegiar a expansão do acesso e equidade para o alargamento das oportunidades educativas, a melhoria da qualidade do ensino e o reforço da capacidade institucional nos diferentes níveis de administração educacional. A. EDUCAÇÃO GERAL Expansão do Acesso à Educação Em 2008, em toda Província de Nampula, prevê-se que a rede escolar do ensino geral cresça em 7.1% com a entrada em funcionamento de 132 escolas, ou seja, vai subir das actuais 1848 escolas para 1.980 escolas. Este número corresponderá a um aumento de 2.600 turmas passando de 14.458, em 2007, para 17.058 turmas em 2008. O número de alunos a frequentar os níveis da 1ª a 12ª Classes cresça em 17.6%, correspondente a 144.232 alunos, passando dos 815.787 em 2007, para 960.019 alunos em 2008. De igual modo, espera-se aumentar o número de professores em 6.095 passando dos actuais 12.042 para 18.137 professores, em 2008. O rácio aluno/turma vai manter-se, pois, no EP1 e EP2 será de 50.8 e 56.5 respectivamente em comparação do ano 2007 que é de 51.0 e 55.7. Educação Geral: Efectivos Escolares em 2007/2008 Nível Real Plano Escolas Alunos Professores Evolução (%) Real Plano Evolução (%) Real Plano Evolução (%) Rácio Aluno/Turma 2007 2008 2008 2007 2008 2008 2007 2008 2008 2007 2008 EP1 1583 1648 4,1 684.864 788.824 15.2 8.737 14.144 61,8 55,9 55,8 EP2 236 286 21,1 87.015 115.844 33.1 2.232 2.462 10.3 53.9 53.1 ESG1 28 36 35.7 38.732 49.068 26.7 861 1.361 58.0 69.8 63.6 ESG2 10 15 50,0 5.176 8.070 47.9 212 239 12.7 62.7 63.6 Total 1857 1985 6,6 815.787 961.806 17.8 12.042 18.206 51.1 55,9 55,8 Fonte: DPEC 38

Ensino Primário No EP1, prevê-se que em 2008, cerca de 788.824 alunos (dos quais 201.625 novos ingressos na 1ª classe) frequentem a escola da 1ª a 5ª Classes, correspondendo a um crescimento de 15.2% em relação a 2007 em que frequentam 684864 alunos. Os números indicam que mais 201.625 crianças entram para a escola em 2008. Este efectivo necessitará de 14.144 professores contra os 8.737 existentes, o que implicará o funcionamento de dois turnos para 3.707 professores e contratação de 1.700 novos professores. Em 2008, entrarão em funcionamento 65 escolas do EP1 e os alunos passarão a estudar em 14.144 turmas, correspondentes a 1.648 escolas, contra as 12.257 turmas, correspondentes a 1.583 escolas que funcionam em 2007, significando um crescimento de 15.3% e 4.1% respectivamente. Assim, o rácio aluno/turma vai passar dos actuais 55.9 para 55.8 em 2008. Para 2008, no EP1, prevê-se uma taxa bruta de admissão de 190.1% e taxa bruta de escolarização de 156.1%, contra as actuais taxa bruta de admissão de 183.7% e de escolarização de 115.0%. A taxa bruta de admissão indica que na Província, o EP1 ainda continuará a ser frequentado por alunos com idade superior a prevista ( 6 a 10 anos). No EP2, para 2008, será introduzido o Ensino Primário Completo em 50 escolas e a Província passará a contar com 286 escolas, contra as 236 de 2007, representando um crescimento de 23.8%. Serão criadas mais 495 turmas e, o número passará das actuais 1.556 para 2.051 turmas, em 2007. No ano lectivo de 2008, neste nível de ensino (6ª e 7ª Classes), prevê-se matricular 115.844 alunos contra os 86.850 alunos de 2007 correspondendo a um crescimento de 33.1%, ou seja, mais 28.994 alunos e, o rácio alunos/turma terá uma ligeira melhoria ao descer de 53.9 para 53.1, em 2008. O número de professores necessários para 2008 é de 2.462 contra os 2.232 de 2007, isto é, mais 230 professores por admitir. No curso nocturno, em 2008, foi programada a introdução do EP2 em 9 escolas e espera-se que sejam matriculados 13.667 alunos, contra os actuais 10.424 alunos. 39