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Transcrição:

O Projeto Educar para Prevenir Departamento de Alimentação e Nutrição (Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge) Estabelecimentos de ensino de vários níveis escolares ----------------------

O Projeto Educar para Prevenir" Objetivo: Disponibilizar no site do INSA* material de apoio para ser utilizado em contexto escolar pelos professores para: aumentar a literacia para a saúde dos alunos divulgar boas práticas na área da nutrição e segurança alimentar promover a saúde e prevenir as doenças de origem alimentar * Instituto Nacional de Saúde Dr Ricardo Jorge

O Projeto Educar para Prevenir" Diagnóstico da situação pouca informação sobre Boas Práticas de segurança alimentar necessidade de educação para a promoção da saúde pouca informação sobre o número real destas doenças (1-10%) necessidade de comunicar TIAS aos médicos (> notificação)

Segurança alimentar Prevenção de Toxinfeções Alimentares Este Módulo tem o objetivo sensibilizar os alunos para: Assumirem a sua responsabilidade como consumidores na prevenção das toxinfeções alimentares Promover as boas práticas de higiene e segurança desde a compra dos alimentos até o seu consumo Notificarem a ocorrência das toxinfeções alimentares às autoridades de saúde, para que estas possam fundamentar a tomada de medidas para a minimização destas doenças.

Boas Práticas de Segurança alimentar Proposta O primeiro Módulo Segurança Alimentar foi elaborada com base em informação do Guia de Boas Práticas do Consumidor Más práticas Conteúdo Científico Atualização Boas práticas

Boas Práticas de Segurança alimentar Material de apoio à formação em contexto escolar: Ensino Secundário (7º, 8º, 9º anos) 2 PowerPoint s 1 Folheto Informativo 1 Poster Guia Boas Práticas Manual Boas Práticas Questionário

Origem da Toxinfeção alimentar Ingestão alimentos contaminados Doença

O que é? Toxinfeção alimentar É uma doença causada pela ingestão de um alimento contaminado Surto de Toxinfeção Alimentar É uma doença causada pela ingestão do mesmo alimento por mais de uma pessoa

O que é uma Toxinfeção alimentar (EFSA)? 2 ou mais casos humanos da mesma Doença / Infeção ou um número casos maior do que o normal, da mesma Doença / Infeção e estão relacionados ou ligados à mesma origem (alimento)

Origem da Contaminação de alimentos Solo Causas Animais Água Praticas erradas na manipulação Pessoas Preparação/conservação errada A correta preparação de alimentos permite prevenir a maioria das doenças de origem alimentar. Os alimentos à disposição dos consumidores não devem fazer mal.

Toxinfeções alimentares A Ingestão de alimentos contaminados por microrganismos (bactérias, bolores, vírus, parasitas ou as suas toxinas ou metabolitos) Pode provocar: Infeções Ingestão de alimentos contendo microrganismos (Salmonella e Shigella) Intoxicações Ingestão de alimentos contendo a toxina que foi produzida pelo microrganismo (Staphylococcus aureus, Clostridium botulinum)

Origem da Contaminação de alimentos Microrganismos patogénicos ou suas toxinas são perigos para a saúde dos consumidores Perigo agente biológico, químico ou físico que pode provocar um efeitos nocivo para a saúde do consumidor A severidade do perigo pode ser grande, média, baixa Em alguns casos bastam poucas bactérias patogénicas para provocar doença Reg (CE) Nº 178/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de 28 de Janeiro 2002.

Severidade dos perigos microbiológicos

Sintomas e consequências das TIAS Os sintomas/doenças mais frequentes são: dores de estômago, vómitos e diarreia (libertação de fezes 3/dia) dores de cabeça, febre, fadiga, dificuldade respiratória perturbações do sistema nervoso (visão ou fala) septicémia (doença com micróbios no sangue), meningite (doença das membranas que revestem o encéfalo e a medula espinhal) aborto, parto prematuro morte (em situações extremas) ± 2-72 horas após ingestão

Como Identificar a origem das TIAS para preveni-las? Identificar os perigos (microrganismo ou toxinas) Identificar as más práticas que originaram os perigos Implementar Boas Práticas Prevenir TIAS

Como identificar os perigos nos alimentos Os alimentos podem contaminar-se ao longo da cadeia alimentar Produção primária (produção/colheita/abate/ordenha) Preparação Transporte Transformação Fabrico Embalagem, Armazenagem Transporte, Distribuição, Armazenagem, Manuseamento Venda ao consumidor Preparação/utilização Consumo

Como identificar os perigos nos alimentos RASFF - Sistema de Alerta Rápido para os Géneros Alimentícios e Alimentos para Animais RASFF

Como investigar como aconteceu a toxinfeção alimentar Identificar perigos DOENTES perigos que provocaram doenças ALIMENTOS perigos que contaminam os alimentos Alimentos contaminados ingeridos

Investigação de Toxinfeções alimentares Confirmar a existência de um surto: descrição e local do surto número de doentes, hospitalizados e mortes, sintomas número de pessoas que consumiram o alimento qual (is) alimento(s) consumido(s), onde foi comprado e preparado, método de confeção culinária, condições ambientais/instalações, equipamentos, más práticas de higiene, estado de saúde manipuladores de alimentos

Investigação de Toxinfeções alimentares Colher dados para Identificar o problema: Quem ficou doente? O quê é que comeu? Quando comeu? Onde comeu? Porquê ficou doente? Como tudo aconteceu? Qual a origem da contaminação? Como evitar que continue e se repita? O que contribuiu para acontecer a doença? Quantas pessoas ficaram doentes? Como proteger a saúde do consumidor?

Investigação de Toxinfeções alimentares Identificar perigos (microrganismos ou toxinas) e sua relação com más práticas: Alimentos (veículo do perigo) Microrganismos ou suas toxinas (perigos) Alimento-microrganismo/toxina (veículo + perigo) Fatores (más práticas) que contribuiram para TIA (temperatura/tempo errados de conservação do alimento, más práticasde higiene/fabrico: na agricultura, na produção, na manipulação, na confeção do alimento.etc)

Identificar a origem para prevenir as TIAS na Europa Relatório da Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) Vamos ver alguns dos resultados europeus e portugueses da investigação de toxinfeções alimentares em 2013, para identificar as más práticas de higiene e de segurança alimentar que as provocaram. EFSA Journal 2015;13(1):3991, 162 pp. doi:10.2903/j.efsa.2015.3991

Toxinfeções alimentares por agente causal Desconhecido EFSA 2013 Salmonella Virus Toxinas bacterianas Campylobacter Outros agentes causadores Outras bactérias Escherichia coli patogénica Parasitas Identificação dos Perigos Yersinia Número de surtos

Toxinfeções alimentares por tipo de Alimento EFSA 2013 Refeições Buffet, 3.7% Doces e chocolates, 4.2% Vegetais e produtos derivados, 4.4% Carne bovina e derivados 3.6% Produtos pastelaria 2.6% Água torneira, 1.1% Ovos e produtos com ovos Frango e produtos derivados Outros alimentos Refeições mistas e derivados Identificação dos Alimentos contaminados Crustáceos, moluscos e produtos derivados Carne porco e produtos derivados Peixe e produtos derivados Alimentos mistos

Toxinfeções alimentares por tipo de Alimento INSA 2009-13 Identificação dos Alimentos contaminados

Toxinfeções alimentares por Local de consumo EFSA 2013 Hospital ou Local de cuidados médicos, incluindo casa, 2.3% Campo. Picnic, 2.6% Instituição residencial (casa repouso, prisão, Colégio interno), 2.7%) Cantina ou local de catering Catering temporário (feiras, festivais, etc), 1.8% Casos disseminados 1.7% Desconhecido Escola, Jardim de infância Agregado familiar, cozinha doméstica Identificação de Más Práticas na preparação dos alimentos Outros lugares Restaurante, café, pub, bar, hotel

Toxinfeções alimentares por Local de consumo INSA 2009-13 Identificação de Más Práticas na preparação dos alimentos

Toxinfeções alimentares por Más práticas INSA 2009-13 Identificação de Más Práticas na preparação dos alimentos

Prevenção de Doenças de origem alimentar Alimentação Más práticas Doença Boas Práticas s Saúde

Alimento Seguro É um alimento que não faz mal ao consumidor quando é preparado corretamente

Boas práticas de Segurança Alimentar Prevenção de Toxinfeções Alimentares

Prevenção das Toxinfeções alimentares Riscos de infeção em casa Os micróbios existem normalmente na natureza (ambiente, homem, animais, alimentos) Os microrganismos : espalham-se através dos seres vivos incluindo animais de estimação e objetos transportados pelas mãos, passam para roupas e utensílios, chegando facilmente ao alimento As nossas casas são o local onde a maior parte das toxinfeções alimentares ocorrem (FAO/WHO 2002)

Prevenção das Toxinfeções alimentares Perigos alimentares Podem causar lesões ou doença ao consumidor: Biológicos microrganismos e suas toxinas (bactérias, parasitas, vírus, fungos) Físicos - pregos, palitos, palha de aço, parafusos Químicos detergentes, desinfetantes, contaminantes

Prevenção das Toxinfeções alimentares Perigos alimentares (Biológicos - micróbios) Bactérias: como se reproduzem ao longo do tempo? 0 h 4 h 7h 1 4 mil 2 milhões

Prevenção das Toxinfeções alimentares Perigos alimentares (Biológicos - micróbios) Bactérias: que temperatura gostam? 5ºC 60ºC Conservação de alimentos perecíveis Evitar a multiplicação dos microrganismos Zona proibida Conservação de alimentos perecíveis Evitar a multiplicação dos microrganismos

Prevenção das Toxinfeções alimentares Fatores que contribuem para a doença ingredientes crus contaminados com microrganismos comida mal cozinhada tempo e temperatura de conservação errados contaminação dos alimentos por mãos de manipuladores infetados contaminação cruzada ( transferência de microrganismos de um alimento cru para um alimento cozinhado)

Prevenção das Toxinfeções alimentares Boas práticas As Boas práticas de manipulação na cozinha diminuem: a sobrevivência e multiplicação dos microrganismos a contaminação cruzada

Prevenção das Toxinfeções alimentares Cuidados ao comprar alimentos Iniciar as compras pelos alimentos à temperatura ambiente Deixar alimentos refrigerados e congelados para o final Separe alimentos crus dos prontos a comer

Prevenção das Toxinfeções alimentares Cuidados ao comprar alimentos Compre alimentos e matérias primas seguras Verifique a integridade, aspeto, cheiro e textura do alimento Verifique a embalagem e o rótulo: ingredientes condições de conservação data de validade modo de utilização/preparação/confeção culinária

Prevenção das Toxinfeções alimentares Cuidados ao comprar alimentos Fazer compras e transportar os alimentos para casa o mais depressa possível colocando os alimentos refrigerados ou congelados em sacos térmicos.

Prevenção das Toxinfeções alimentares Cuidados ao guardar os alimentos Organize os produtos alimentares no frigorífico de acordo com o prazo de validade Arrumar o mais depressa possível pela ordem inversa à da compra: 1. Primeiro os congelados 2. Segundo os refrigerados 3. No fim os à temperatura ambiente Use recipientes com tampa para separar alimentos crus de alimentos cozinhados

Cuidados ao guardar os alimentos no frigorífico Congelador descongelado frequentemente 4-5ºC 2ºC Prateleiras superiores Alimentos já cozinhados, as sobras, os pastéis e os produtos em cuja etiqueta figure "uma vez aberto, conservar no frio, ovos, lácteos e charcutaria. Guarde os alimentos em recipientes tapados para evitar cheiros e contaminações cruzadas Gavetas

Cuidados ao guardar os alimentos no frigorífico Congelador descongelado frequentemente 4-5ºC 2ºC Gavetas Carne e pescado cru Prateleira por cima da gaveta das verduras. Evita que líquidos/sucos que se possam derramar contaminem outros alimentos.

Cuidados ao guardar os alimentos no frigorífico Congelador descongelado frequentemente 4-5ºC 2ºC Gavetas Frutas e verduras As temperaturas baixas podem deteriorar frutas e verduras. Por este motivo, devem ser colocadas nas gavetas

10-15ºC Cuidados ao guardar os alimentos no frigorífico Congelador descongelado frequentemente 4-5ºC 2ºC Gavetas A porta (zona menos fria)..produtos que não precisam de temperaturas demasiado baixas, ex.as bebidas, mostarda, molho de tomate ou manteiga, bebidas, compotas

Prevenção das Toxinfeções alimentares Separe alimentos crus de alimentos cozinhados Lave os utensílios usados após a preparação de alimentos crus. Use louça e utensílios limpos para os alimentos cozinhados

Prevenção das Toxinfeções alimentares Quando deve lavar as mãos Antes e depois de preparar/manusear alimentos crus Antes de mexer em alimentos cozinhados Antes e depois de comer ou fumar Antes e depois de utilizar instalações sanitárias Depois de mexer em animais, dinheiro, produtos tóxicos, lixo

Prevenção das Toxinfeções alimentares Lavagem correta das mãos molhar as mãos com água quente corrente ensaboar bem as mãos com sabonete lavar cuidadosamente os espaços entre os dedos, as costas e as palmas das mãos, polegar e unhas passar por água corrente secar com toalha de papel descartável de utilização única

Prevenção das Toxinfeções alimentares Preparar os alimentos Usar água potável e matérias primas seguras (lavar, descascar) Limpeza/manutenção das superfícies, instalações, equipamentos, utensílios/loiça depois de utilizados (evitar contaminação)

Prevenção das Toxinfeções alimentares Cozinhe bem os alimentos Método culinário: torna alguns alimentos comestíveis e de fácil digestão mata quase todos os germes Reaquecer: ferver por completo.

Prevenção das Toxinfeções alimentares Conservar os alimentos Guardar no frigorífico alimentos perecíveis até servir Manter os alimentos quentes até à hora de servir Arrefecer/aquecer rapidamente alimentos cozinhados (< 2 horas) Congelar os alimentos rapidamente Descongelar os alimentos no frigorífico

Prevenção das Toxinfeções alimentares Higiene na cozinha Colocar os desperdícios dentro de sacos próprios no contentor e despejar diariamente o caixote do lixo, mantendo-o sempre limpo Proibir a presença de animais na cozinha Controlar as pragas

Prevenção das Toxinfeções alimentares O que fazer em caso de toxinfeção alimentar?

SIGA AS BOAS PRÁTICAS, mesmo que pense que eu sempre fiz assim.. eu não posso evitar toxinfeções alimentares eu gosto de comer alimentos saborosos alimentos feitos na minha casa não fazem mal não me vai acontecer nada a mim eu controlo tudo. Adaptado de Scharff, R. Economic burden from health losses due to foodborne illness in the United States. J. Food Prot. 2012, 75, 123 131.

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