ESTUDO COMPARATIVO DO ÂNGULO DA CIFOSE TORÁCICA E DA FORÇA DOS MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS DE MULHERES IDOSAS

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ARTIGO ORIGINAL ESTUDO COMPARATIVO DO ÂNGULO DA CIFOSE TORÁCICA E DA FORÇA DOS MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS DE MULHERES IDOSAS A comparative study of thoracic kyphosis angles and respiratory muscle strength of elderly women Vanessa das Graças de Assis Bastos a, Erika Baptista Gomes a, Renato Valduga a, Otávio de Toledo Nóbrega b, Gustavo de Azevedo Carvalho a RESUMO OBJETIVO: O aumento da cifose torácica e a diminuição da força dos músculos respiratórios estão entre as alterações fisiológicas mais observadas em idosos. O objetivo deste estudo foi comparar medidas do ângulo da cifose torácica e da força dos músculos respiratórios entre idosas praticantes e não praticantes de atividade física. MÉTODO: Foram avaliadas 54 idosas entre 60 e 80 anos, distribuídas em dois grupos: Grupo 1, com 27 idosas praticantes de atividade física (71,3 ± 5,1 anos); e Grupo 2, com 27 idosas não praticantes de atividade física (70,2 ± 4,8 anos). A força dos músculos respiratórios foi avaliada por meio da pressão inspiratória máxima (Pimáx) e da pressão expiratória máxima (Pemáx); e o grau de cifose torácica, por meio do método Flexicurva. Para a análise dos dados, foram utilizados correlação de Pearson e teste t de Student, com nível de significância p < 0,05. RESULTADOS: As idosas do Grupo 1 exibiram valores maiores na Pimáx e na Pemáx quando comparadas com as idosas do Grupo 2. Esse resultado poderia ser explicado pelos efeitos do tempo da prática de atividade física regular e da especificidade do esporte. CONCLUSÃO: Os resultados sugerem que a prática regular de atividade física contribui para a manutenção da força dos músculos respiratórios e para retardar o aumento do ângulo da cifose torácica em idosas fisicamente ativas. PALAVRAS-CHAVE: idoso; cifose; músculos respiratórios; atividade física. ABSTRACT OBJECTIVE: The increase in thoracic kyphosis and the decrease in respiratory muscle strength are among the most frequently observed physiological changes in the elderly. The aim of this study was to compare thoracic kyphosis angle and respiratory muscle strength measurements among women who do physical activity with those who do not. METHOD: We evaluated 54 elderly women aged between 60 and 80 years old, and distributed them into two groups: Group 1, with 27 physically active elderly women (71.3 ± 5.1 years old); and Group 2, with 27 elderly women who do not do physical activity (70.2 ± 4.8 years old). Respiratory muscle strength was assessed by maximal inspiratory pressure (MIP) and maximal expiratory pressure (MEP), and the angle degree of the thoracic kyphosis was measured using the Flexicurva method. For data analysis, we used Pearson s correlation test and Student s t-test, with a significance level set at p < 0.05. RESULTS: Group 1participants showed higher values of MIP and MEP when compared to those in Group 2. A possible reason for this result could be the effects of regular physical activity and, specifically, the sport practiced. CONCLUSION: Results suggest that regular participation in physical activity contributes to the maintenance of respiratory muscle strength and delays the increase of the thoracic kyphosis angle in physically active elderly women. KEYWORDS: elderly; kyphosis; respiratory muscles; physical activity. a Programa de Pós-graduação em Gerontologia, Universidade Católica de Brasília Brasília (DF), Brasil. b Programa de Pós-graduação em Ciências Médicas, Universidade de Brasília Brasília (DF), Brasil. Dados para correspondência Otávio de Toledo Nóbrega Centro Multidisciplinar do Idoso, Hospital Universitário de Brasília SGAN 605, Av. L2 Norte CEP: 70840-901 Asa Norte Brasília (DF), Brasil E-mail: otavionobrega@unb.br Recebido em: 05/09/2017. Aceito em: 05/09/2017 DOI: 10.5327/Z2447-211520171700065 Geriatr Gerontol Aging. 2017;11(3):133-7 133

Cifose torácica e força dos músculos respiratórios INTRODUÇÃO O aumento da expectativa da vida e o consequente crescimento no número de pessoas idosas são fenômenos populacionais que ocorrem há algum tempo. Estima-se que, em 2025, o Brasil terá 34 milhões de pessoas acima de 60 anos, com mulheres em maior proporção. 1 O envelhecimento é um processo natural e irreversível do corpo humano, marcado por importantes alterações fisiológicas, estruturais e funcionais que limitam progressivamente o organismo, em um ritmo diferente para cada pessoa. 2 Entre as diversas alterações que podem decorrer do envelhecimento, destacam-se as posturais, principalmente o aumento da curvatura torácica no plano sagital, que pode levar à redução dos movimentos do tronco para as respostas respiratórias e motoras. 3 O método Flexicurva é um importante instrumento para mensurar e quantificar o grau da cifose torácica de maneira confiável e rápida. 4 Além das alterações musculoesqueléticas, a mecânica ventilatória pode sofrer modificação com o avançar da idade, provocando mudanças nos volumes pulmonares e redução na força dos músculos respiratórios. 5 A fraqueza na musculatura respiratória prejudica a expansibilidade da caixa torácica, aumenta o trabalho respiratório e diminui a eficácia da tosse, predispondo ao desenvolvimento de problemas respiratórios que podem limitar a autonomia e a independência funcional da pessoa idosa. 6,7 Estudos têm mostrado que idosos praticantes de atividades físicas regulares apresentam menos limitações físicas e maior capacidade funcional quando comparados aos não praticantes. 8 A prática de atividade física regular pode trazer vários benefícios para os idosos, como retardo na progressão da cifose torácica e aumento na força da musculatura respiratória. 9,10 Diante das implicações clínicas e dos prejuízos oferecidos à capacidade funcional, é de extrema relevância investigar o aumento do grau da cifose torácica e a diminuição da força dos músculos respiratórios em idosos. Para tanto, deve-se auxiliar os profissionais da saúde no direcionamento de programas de tratamento, tanto de caráter reabilitativo quanto preventivo, no intuito de minimizar possíveis disfunções respiratórias e proporcionar melhora na qualidade de vida. Nesse sentido, o presente estudo teve como objetivo comparar as medidas do ângulo da cifose torácica e da força dos músculos respiratórios em idosas praticantes e não praticantes de atividade física. MÉTODOS Após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos, foi desenvolvido, no período de julho a setembro de 2009, um estudo analítico transversal no Laboratório de Reabilitação Cardiopulmonar da Universidade Católica de Brasília (UCB). A amostra foi constituída de 54 idosas entre 60 e 80 anos de idade, distribuídas em 2 grupos: Grupo 1, com 27 idosas praticantes de atividade física (teste); e Grupo 2, com 27 idosas não praticantes de atividade física (controle). As medidas obtidas foram comparadas após as intervenções. Os critérios de inclusão foram: ter se inscrito voluntariamente em programa educacional e recreacional conduzido na UCB; ser praticante de atividade física na modalidade de treinamento resistido; não ser praticante de atividade física regular; e não apresentar queixas respiratórias. Já os critérios de exclusão consistiram em: ter doenças ou deficiências que impeçam de permanecer nas posições ortostática e sentada; possuir doença pulmonar previamente diagnosticada; apresentar déficit de controle neuropsicomotor que interfira no padrão postural ou na função pulmonar durante a coleta; ter dificuldade para compreender e realizar os testes propostos; e recusar-se a participar do estudo. Todas as voluntárias assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). A coleta de dados foi iniciada com o preenchimento da ficha de avaliação, composta principalmente de dados pessoais, doenças existentes, uso de medicamentos, se praticante de atividade física e há quanto tempo. Antes de iniciar os testes, todas as voluntárias foram instruídas individualmente sobre a sua execução, realizando manobras prévias para o aprendizado. O circuito de treinamento resistido foi realizado em 3 passagens: com 40 segundos de realização em cada estação; com 20 segundos de descanso entre cada estação; e com 1 minuto de descanso por passagem. Durante cada descanso, foi colocado um posto para a hidratação das participantes, totalizando aproximadamente 30 minutos de exercício. A frequência cardíaca foi monitorada continuamente durante a intervenção. É importante ressaltar que um profissional treinado foi mantido em cada estação a fim de garantir a segurança das voluntárias. Os exercícios adotados para cada estação consistiram em: remada, realizada com Theraband, (Carci, São Paulo, Brasil), com tensão extraforte e apoio preso a estrutura fixa; sentar e levantar de uma cadeira, adaptado por Rikli e Jones; 11 supino vertical, realizada com Theraband (mesmas especificações adotadas na estação remada ); agachamento terra ; rosca bíceps, realizada com halteres (Polimet, Curitiba, Brasil) de 2 kg; agachamento com Gym Ball, (Mercur, Santa Cruz do Sul, Brasil) ; tríceps com halteres (mesma carga e especificações adotadas na estação rosca bíceps ); e agachamento livre (exercício em que há predominância de movimentos de joelho, realizados apoiados em um bastão). 134 Geriatr Gerontol Aging. 2017;11(3):133-7

Bastos VGA, Gomes EB, Valduga R, Nóbrega OT, Carvalho GA Para mensurar a força dos músculos respiratórios, foram avaliadas as pressões inspiratória (Pimáx) e expiratória (Pemáx) máximas de acordo com o método proposto por Black e Hyatt. 12 Utilizou-se um manovacuômetro analógico da marca Suporte, devidamente calibrado, com intervalo operacional de ± 300 cm H 2 O, conectado ao paciente por um bucal de plástico rígido o qual era firmemente segurado pela própria voluntária contra os lábios de modo a evitar vazamento de ar perioral. 13 Todas as manobras foram realizadas com as pacientes sentadas confortavelmente em cadeiras com encosto. A cabeça foi mantida em posição neutra; o quadril e os joelhos, fletidos a 90º; e os pés bem apoiados no piso. 14 Para medir a Pimáx, a voluntária, com o nariz ocluído por um clipe nasal, foi orientada a fazer uma expiração máxima, por meio do bucal, até alcançar o seu volume residual. Em seguida, foi incentivada a realizar uma inspiração, com o máximo de força, até o seu limite. 14,15 Concomitantemente, a Pemáx foi medida próxima da capacidade pulmonar total. Com as narinas vedadas por um clipe nasal, a voluntária foi orientada a fazer uma inspiração máxima e, em seguida, expirar com força, por meio do bucal, até o seu limite. 16,17 Cada voluntária repetiu três vezes cada manobra, com pausa de um minuto entre elas, e com pressões máximas mantidas por pelo menos dois segundos. O valor selecionado para análise estatística consistiu no maior encontrado entre as três medidas realizadas. 18 O grau da cifose torácica foi avaliado pelo método Flexicurva 4, por meio de uma régua flexível da marca Trident com 60 cm de comprimento. Durante a mensuração da cifose torácica, foi solicitado que a voluntária permanecesse na posição ortostática, com a cabeça neutra, os braços estendidos ao longo do corpo, descalça e trajando roupas de banho. Inicialmente foi feita a palpação dos pontos de referência (processos espinhosos de C7 e T12), por meio dos métodos propostos por Hoppenfeld. 19 Na sequência, a régua flexível foi posicionada sobre a coluna da voluntária, primeiramente no processo espinhoso de C7, sendo depois moldada até o processo espinhoso T12. Em seguida, o lado da régua que estava em contato com a coluna da participante foi desenhado em papel milimetrado com caneta esferográfica. Posteriormente foi utilizado o polinômio de terceiro grau para os cálculos da angulação da cifose torácica, como proposto por Teixeira e Carvalho. 20 Para a análise estatística, foram utilizados a análise descritiva, o teste t de Student para amostras independentes e a correlação de Pearson para avaliar a força muscular respiratória e o ângulo da cifose torácica, calculados no Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 10.0, para Windows. O nível de significância adotado foi p 0,05. RESULTADOS Os valores médios e o desvio padrão (DP) das principais características antropométricas dos grupos 1 (teste) e 2 (controle) são demonstrados na Tabela 1. Não houve diferença entre grupos quando comparados em relação às variáveis idade, peso, altura e índice de massa corpórea (IMC). A Tabela 2 apresenta os valores médios e o respectivo DP da Pimáx e da Pemáx e do grau da cifose torácica dos grupos. Ao analisar a força dos músculos respiratórios, observou-se que a diferença em termos de Pimáx (p = 0,010) e de Pemáx (p = 0,002) entre os grupos foi bastante significativa. Já a Pimáx do Grupo 2 mostrou-se menor que os valores de referência para a idade. O grau de cifose torácica não se mostrou diferente entre os grupos. Ambos os grupos apresentaram grau de cifose torácica em um intervalo (20 a 56º) compatível com o esperado. Tabela 1 Caracterização da amostra em média e desvio padrão, conforme grupo experimental. Variáveis Idade (anos) Peso (kg) Altura (m) IMC (kg/m 2 ) Grupo 1 71,30 ± 5,10 64,90 ± 10,70 1,54 ± 0,07 27,40 ± 3,80 Grupo 2 70,20 ± 4,80 61,10 ± 8,00 1,51 ± 0,05 26,70 ± 3,30 Valor t Valor p 0,80 0,43 1,46 0,15 1,70 0,10 0,65 0,52 Grupo 1: praticantes de atividade física; Grupo 2: não praticantes de atividade física; IMC: índice de massa corpórea. Estatísticas de associação obtidas pelo teste t de Student. Tabela 2 Análise comparativa das variáveis pressão inspiratória máxima, pressão expiratória máxima e grau de cifose torácica em cada grupo de idosas. Variáveis Pimáx (cm H 2 O) Pemáx (cm H 2 O) Cifose torácica (graus) Grupo 1 79,4 ± 16,7 95,2 ± 20,6 52,7 ± 16,3 Grupo 2 66,7 ± 19,9 77,8 ± 18,4 54,1 ± 12,1 Referência 72,7 ± 3,9 69,6 ± 6,7 Valor p 0,010* 0,002* 56 0,710 Pimáx: pressão inspiratória máxima; Pemáx: pressão expiratória máxima; Grupo 1: praticantes de atividade física; Grupo 2: não praticantes de atividade física. Fonte: Pimáx e Pemáx, 14 cifose torácica. 28 Estatísticas de associação obtidas pelo teste t de Student. Geriatr Gerontol Aging. 2017;11(3):133-7 135

Cifose torácica e força dos músculos respiratórios DISCUSSÃO O aumento da cifose torácica e a diminuição da força dos músculos respiratórios são algumas das alterações fisiológicas mais observadas no envelhecimento, sendo consideradas de grande importância para o declínio físico e funcional nos idosos. 8 É incontestável que a prática de atividade física regular previne ou atenua os efeitos adversos do envelhecimento, melhorando a qualidade de vida da pessoa idosa. 21 Os resultados deste estudo demonstraram que as idosas praticantes de atividade física apresentam Pimáx e Pemáx maiores do que as não praticantes. Gonçalves et al. 10 compararam a força muscular respiratória de idosas praticantes e não praticantes de atividade física, concluindo que o primeiro grupo possuía maior força muscular respiratória do que o segundo. Resultado semelhante foi encontrado por Cader et al., 22 que compararam a Pimáx e a qualidade de vida de idosas sedentárias, asiladas e praticantes de hidroginástica. Os autores constataram que as idosas que realizavam hidroginástica obtiveram Pimáx mais elevada do que as sedentárias. Rendas et al. 23 analisaram os efeitos de um programa de exercícios físicos para a musculatura respiratória e a função pulmonar de 52 mulheres entre 60 e 76 anos, e demonstraram que o grupo que realizava atividade física apresentou resultados de Pimáx maiores em relação ao grupo de idosas sedentárias. Ademais, Frandin et al. 24 também observaram que indivíduos sedentários saudáveis que começaram a praticar atividade física tiveram suas pressões respiratórias máximas elevadas, demonstrando que a atividade física aumenta consideravelmente a força dos músculos respiratórios. No presente estudo, observou-se diminuição significativa da Pimáx no Grupo 2. É sabido que a redução da força dos músculos inspiratórios pode levar à diminuição da capacidade ventilatória e à insuficiência respiratória. 25,26 Black e Hyatt 12 estudaram os valores normais para pressões respiratórias máximas, de acordo com sexo e idade, em 120 indivíduos entre 20 e 70 anos de idade. Os resultados mostram que a Pimáx começa a diminuir de forma significativa entre as mulheres a partir dos 55 anos de idade. Estudo realizado por Teramoto et al. 27 com 300 indivíduos saudáveis entre 20 e 94 anos demonstrou diminuição dos volumes pulmonares e da Pimáx em idosos, atribuída pelos autores à hipercifose. Apesar de nosso estudo conter uma amostra distinta, composta por idosas com predominância de cifose torácica clinicamente importante, porém dentro da normalidade (entre 20 e 56º), não foi encontrada diminuição significativa da Pimáx entre as voluntárias não praticantes de atividade física. Fon et al. 28 avaliaram o grau de cifose torácica de 316 indivíduos considerados normais, com idade entre 2 e 77 anos, e concluíram que o envelhecimento determina um aumento do grau de cifose torácica, sendo considerado hipercifose acima de 56º. Hinman, 29 comparando a cifose torácica de mulheres saudáveis, jovens e idosas, por meio do método Flexicurva, também observou que o grau de cifose torácica é maior no grupo de idosas. Os resultados obtidos neste estudo não mostraram diferença significativa do grau de cifose torácica entre os grupos. Entretanto, Cutler, 30 ao analisar a ocorrência do mesmo agravo na postura habitual de mulheres na pós-menopausa, demonstrou que aquelas que se exercitam apresentam índices menores de cifose torácica. Segundo Wilmore e Costill, 31 o princípio da especificidade é fundamental em um programa de exercício, e o treinamento deve focalizar as valências fisiológicas que se esperam desenvolver de acordo com o seu propósito. A baixa especificidade das modalidades esportivas praticadas pelas voluntárias deste estudo para a correção, manutenção ou atenuação do grau de cifose torácica pode ter influenciado nos resultados mencionados. No grupo de idosas praticantes de atividade física, foi observado que a maioria fazia exercícios, em média, há menos de dez anos. Não se pode afirmar que dez anos de atividade física são suficientes para reverter ou retardar a progressão da cifose torácica associada ao envelhecimento. Outra limitação deste estudo consiste em se basear em uma amostra de conveniência, na qual a aderência ao exercício e o consumo de medicamentos ativos sobre o sistema respiratório não puderam ser adequadamente aferidos. CONCLUSÃO Verifica-se que a força dos músculos respiratórios do grupo de idosas praticantes de atividade física foi significativamente maior em comparação ao grupo de não praticantes, demonstrando que o exercício físico pode prevenir e minimizar efeitos deletérios do envelhecimento, como a diminuição da expansibilidade da caixa torácica, a insuficiência respiratória e a redução da eficiência da tosse. Quanto à cifose torácica, a maioria das idosas de ambos os grupos demonstraram grau importante, porém dentro da normalidade (20 a 56º). Não houve diferença significativa do grau de cifose torácica entre os grupos. Esses dados sugerem que novas pesquisas devem ser realizadas com o objetivo de investigar um protocolo de atividade física que se faça suficiente para modificar o fenótipo da cifose torácica associada ao envelhecimento. CONFLITO DE INTERESSES Os autores não possuem conflito de interesses a declarar. 136 Geriatr Gerontol Aging. 2017;11(3):133-7

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