As pressões da produção do pré-sal brasileiro sobre o setor de refino nacional Yabiko R¹ Chicata F² Bone R³ Resumo: O artigo tem como objetivo analisar a capacidade produtiva atual do parque de refino brasileiro e o quanto essa deverá ser incrementada visando processar o óleo vindo da camada pré-sal. As variáveis observadas para as 17 refinarias foram: a capacidade de refino, o volume refinado, o fator de utilização das refinarias, o perfil de produção e o perfil da demanda interna por derivados. Com o cruzamento dos dados das refinarias (privadas ou da Petrobras) e seus perfis de produção, concluímos que a produção de petróleo ultrapassará o consumo interno. Entretanto, o volume refinado estará aquém da demanda, mesmo com os investimentos anunciados pela Petrobras, uma vez que as refinarias já estão operando perto da capacidade máxima. A crescente demanda brasileira por derivados fornece um estímulo ao setor. Portanto, para alcançar a autossuficiência, em meados de 23, não obstante a ampliação das refinarias existentes, ainda seria necessária a implantação de duas refinarias com capacidade de refino de 2 mil barris de petróleo por dia cada. 1-Raíssa Fernandes Yabiko (e-mail: rayabiko@poli.ufrj.br) - Estudante de Engenharia de Petróleo, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil. - Tel: (21) 3938186. 2-Fabíola Siomara Liboreiro Chicata (e-mail: fabiolachicata@poli.ufrj.br) - Estudante de Engenharia de Petróleo, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil. - Tel: (21) 3938186. 3-Rosemarie Bröker Bone (e-mail: rosebone@poli.ufrj.br) - Procuradora Educacional Institucional e Pesquisadora Institucional, Departamento de Engenharia Industrial/ Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro. - Tel: (21) 3938186.
1 Introdução O processo de refino consiste em transformar o petróleo cru em derivados, ou seja, o óleo é separado em frações desejadas, resultando em produtos finais para o consumo (KIMURA, 25). O parque de refino brasileiro é constituído, hoje, por 17 refinarias. Em 213, estas somaram uma capacidade de refino de 2,2 milhões barris de petróleo por dia (bpd) e, no ano de 214, a Refinaria Abreu e Lima (Rnest) iniciou sua produção, adicionando mais 23 mil bpd a esse número, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Dentre as 17 refinarias, 13 pertencem a Petrobras e 4 são da iniciativa privada. O fator de utilização de todas as refinarias em território brasileiro no ano de 213 foi de 98,2%. Esse valor, atrelado a outros fatores citados a seguir, realça a urgência de projetos de ampliação para o parque de refino nacional. A partir do ano de 28, o pré-sal brasileiro começou sua produção em ritmo vertiginoso do ano de 212 para 213, o aumento do volume extraído desses campos foi de 76,9%. Ainda há muitos blocos nessa região esperando por licitação, fazendo com que a perspectiva produtiva seja positiva. Atualmente, o Brasil produz cerca de 2,4 milhões bpd e consome cerca de 3 milhões bpd (ANP, 213). O objetivo geral deste artigo é analisar a capacidade de refino nacional frente ao aumento da produção de petróleo brasileira, prevista para os próximos anos. Como escopo específico, verificar se a demanda interna por derivados será atendida e, com isso, se ocorrerá a diminuição dos dispêndios com a importação, bem como, o aumento da receita com a exportação de produtos de alto valor agregado.
2 Parque de Refino Nacional Uma característica importante do setor de refino brasileiro é a sua elevada concentração espacial, pois a construção do parque nacional visou maximizar as economias de escala na produção e minimizar, simultaneamente, as deseconomias de escala na distribuição. O mapa 1 localiza geograficamente o parque de refino brasileiro e a área do pré-sal. Mapa1 Localização das refinarias brasileiras e o pré-sal Fonte: GoogleMaps 215 Ao longo dos anos, as refinarias foram construídas em locais próximos aos principais centros consumidores e de produção; das 17 refinarias, 8 se encontram na região sudeste, maior consumidora de derivados de petróleo. Primeiramente, serão analisadas as refinarias privadas, visto que o cenário do setor de refino brasileiro é diferente para as refinarias da iniciativa privada e da Petrobras. 2.1 Refinarias da Iniciativa Privada A Refinaria de Petróleo Riograndense, inaugurada em 1937 no Rio Grande do Sul, e foi a primeira refinaria privada do Brasil. Suas instalações são preparadas para processar petróleo nacional, inclusive o proveniente do pré-sal.
Com o início da exploração do petróleo em território brasileiro, em 1954 criou-se a Refinaria de Petróleos de Manguinhos, na cidade do Rio de Janeiro. A matéria-prima utilizada pela refinaria vai desde o petróleo leve (ºAPI maior que 3) até o pesado (ºAPI menor que 22), o que permite grande flexibilidade operacional. O pré-sal trará oportunidades para a Manguinhos, visto que a refinaria realiza dessalgação e desidratação (retirada do sal e água) do petróleo, operações que visam evitar o chamado frete morto, que é o transporte da água no lugar de óleo durante a exportação, uma operação vital para que os parceiros da Petrobras operem de uma forma eficiente. Recentemente entraram em operação mais duas refinarias. Em 29, a Univen Refinaria de Petróleo iniciou suas atividades na região metropolitana de São Paulo e, em 21, a Dax Oil Refino começou a operar no estado da Bahia. Ambas compram petróleo de produtores de blocos marginais e também importam; todavia, suas instalações podem trabalhar majoritariamente com petróleo de origem nacional. Com a entrada da produção do pré-sal no mercado, essas empresas poderão obter matéria-prima nacional com maior facilidade e ocupar a sua capacidade ociosa, evidenciada pelo baixo fator operacional dessas refinarias, que em 213 foi de 31,3% em média (ANP, 214). 2.1.1 Evolução das Refinarias da Iniciativa Privada no Refino Brasileiro Um problema enfrentado por todas as refinarias da iniciativa privada é a obtenção da matéria-prima e manter a competitividade dos seus produtos em relação à produção das refinarias da Petrobras. Em colaboração a uma política governamental, a estatal não repassa todos os encargos envolvidos no refino de combustíveis para o consumidor final. Assim, para fazerem frente a esta estrutura de custos e preços dos derivados, as refinarias privadas precisam ser altamente tecnológicas e produzir derivados de alto valor agregado. O gráfico 1 e a tabela 1 apresentam o panorama do setor.
Capacidade de Refino em milhões de barris por ano Capacidade de Refino x Volume Refinado 15 1 5 24 25 26 27 28 29 21 211 212 213 214¹ Dax Oil (BA) Univen (SP) Manguinhos (RJ) Riograndense (RS) Volume Refinado Gráfico1 Capacidade de refino x Volume refinado das Refinarias da Iniciativa Privada Fonte: ANP ¹Resultados preliminares Fator de Utilização (%) das Refinarias da Iniciativa Privada 24 25 26 27 28 29 21 211 212 213 87,5% 37,8% 33,7% 51,1% 26,4% 55,2% 73,1% 78,7% 72,3% 43,2% Tabela1 Fator de Utilização * (%) das Refinarias da Iniciativa Privada Fonte: ANP No gráfico 1, há três momentos de queda. O primeiro está relacionado ao fechamento da Manguinhos que, durante os anos de 26 a 29, abandonou a atividade de refino, pois enfrentou problemas com a falta de competitividade do seu produto final em detrimento às refinarias da Petrobras. O segundo corresponde à crise do petróleo e o terceiro à crise enfrentada por todas as refinarias privadas para obterem matéria-prima e produzirem derivados competitivos. Como mencionado anteriormente, essas refinarias possuem capacidade ociosa e são potenciais destinos para a produção vinda do pré-sal, que surge como uma esperança para o setor. 2.2 Refinarias da Petrobras Há quatro refinarias da Petrobras instaladas no estado de São Paulo. A Refinaria de Paulínia (Replan) é a maior da empresa em capacidade de processamento de petróleo: 415 mil bpd. Sua produção corresponde a 2% de todo o refino de petróleo no Brasil e sua matéria-prima é 8% petróleo nacional, grande parte da Bacia de Campos (ANP, 214). A Refinaria de Capuava (Recap) foi a primeira a processar o petróleo vindo do Volume Refinado * Todos os cálculos de fator de utilização fizeram uso da fórmula: 1 (Capacidade,95)
pré-sal da Bacia de Santos, em 29. A Refinaria Presidente Bernardes (RPBC) tem capacidade instalada de 178 mil bpd e dentre seus principais produtos estão: gasolina A, gasolina Podium, coque de petróleo, gasolina de aviação e combustível para navios (bunker). Esses derivados são de alto valor no mercado e produzidos de acordo com padrões internacionais. A maior parte da matéria-prima usada provém da Bacia de Santos. A Refinaria Henrique Lage (Revap) é a terceira maior refinaria do país, sua matéria-prima é 8-9% nacional (Petrobras, 215). Ainda na região Sudeste, instalada no Rio de Janeiro, está a Refinaria Duque de Caxias (Reduc). Atualmente a refinaria utiliza cerca de 6% de petróleo nacional em sua matéria-prima, originária da Bacia de Campos (ANP, 214). A Refinaria Gabriel Passos (Regap), localizada em Minas Gerais, tem capacidade para refinar 15 mil bpd, com perspectiva de aumentar em 1% esse volume nos próximos anos, com um projeto de ampliação das unidades de tratamento focando na produção de diesel. Esse investimento visa à produção do pré-sal, uma vez que a refinaria já trabalha com o petróleo da Bacia de Campos. Na região Sul do país há duas refinarias: a Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) e a Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), as duas refinarias têm em sua matériaprima uma mistura de petróleo nacional e importado, sendo o óleo brasileiro de maior participação. A Refinaria Landulpho Alves (RLAM) situa-se no Recôncavo Baiano e é a segunda maior do país. Ainda no Nordeste, está a Refinaria Potiguar Clara Camarão (RPCC), localizada no Rio Grande do Norte, que em 214, tornou-se o único estado do país autossuficiente na produção de todos os tipos de derivados do petróleo (ANP, 214). Tanto a RPCC, quanto a RLAM refinam desde o petróleo pesado do pós-sal até o petróleo mais leve da camada do pré-sal, vindos da Bacia de Campos. Todas as refinarias citadas acima estão aptas a processar o petróleo vindo do pré-sal. Outras, no entanto, não se enquadram nesse perfil. A Refinaria Isaac Sabbá (Reman), por exemplo, está localizada no estado do Amazonas, em plena Floresta Amazônica. Sua matéria-prima é o petróleo de grau API mais alto (cerca de 3 ºAPI), não característico do pré-sal; além disso, há um problema de logística intransponível, que inviabiliza o deslocamento do óleo vindo do pré-sal como matéria-prima de entrada. Já a Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor), no do Ceará, trabalha com
Capacidade de Refino em milhões de barris por ano petróleo ultra pesado proveniente do próprio estado e do Espírito Santo. Dessa forma, o petróleo vindo do pré-sal não é uma prioridade para essa refinaria, pois as propriedades deste óleo dificultariam a produção de seus derivados, que incluem lubrificantes de alto valor agregado para usos nobres. Na mesma linha de operação, a Refinaria Abreu e Lima (Rnest), localizada em Pernambuco, começou suas operações em dezembro de 214, tendo como objetivo principal produzir óleo diesel usando como matéria-prima o petróleo pesado (de 16ºAPI), proveniente do estado do Rio Grande do Norte. 2.2.1 Evolução das Refinarias da Petrobras no Refino Brasileiro O problema enfrentado pela Petrobras na atividade de refino é o alto fator de utilização de suas refinarias. Esse cenário positivo é justificado pela fácil obtenção de matériaprima, visto que a empresa também atua no setor de exploração e produção (E&P) e faz uso das economias de escala inerentes ao setor. O gráfico 2 e a tabela 2 demonstram esse cenário. Capacidade de Refino x Volume Refinado 9 8 7 6 5 4 3 2 1 Lubnor (CE) RPCC (RN) Reman (AM) Recap (SP) Regap (MG) RPBC (SP) Refap (RS) Repar (PR) Reduc (RJ) Revap (SP) RLAM (BA) Replan (SP) Volume Refinado Gráfico2 Capacidade de refino x Volume refinado das Refinarias da Petrobras Fonte: ANP ¹Resultados preliminares Fator de Utilização (%) das Refinarias da Petrobras 24 25 26 27 28 29 21 211 212 213 9,3% 9,4% 91,1% 91,9% 91,4% 91,8% 91,6% 93,% 97,1% 99,3% Tabela 2 Fator de Utilização (%) das Refinarias da Petrobras Fonte: ANP
Desde o ano de 28, o fator de utilização das refinarias só cresceu, conforme mostra a tabela 2. Do gráfico 2, percebe-se que nem mesmo com a crise econômica mundial, o volume refinado chegou a apresentar grande queda. A produção de derivados nas refinarias brasileiras da Petrobras atingiu, em 214, 2,17 milhões bpd, o que representou um aumento de 2,1% em relação a 213. Esse recorde se deve ao Programa de Produção de Médios e Gasolina (Promega), implantado pela empresa para maximizar o volume de derivados produzidos das frações médias do petróleo, através da atualização e modernização de suas refinarias (PORTAL BRASIL, 214). 3 Produção de Petróleo e Derivados e a Demanda Interna O perfil das refinarias mostra em quais produtos são especializadas. Isso também evidencia quais derivados são mais demandados pelo mercado nacional. Os gráficos (3) a seguir mostram quanto se produz de um conjunto de derivados, escolhidos de acordo com sua relevância, e quanto se consome de cada um deles. Gasolina A (em milhões de barris por ano) GLP (em milhões de barris por ano) Nafta (em milhões de barris por ano) 25 1 1 2 8 8 15 6 6 1 4 4 5 2 2 21 211 212 213 214 ¹ 21 211 212 213 214 ¹ 21 211 212 213 214 ¹ Demanda Produção Demanda Produção Demanda Produção Óleo Diesel (em milhões de barris por ano) QAV (em milhões de barris por ano) Óleo Combustível (em milhões de barris por ano) 4 3 2 1 21 211 212 213 214 ¹ 5 4 3 2 1 21 211 212 213 214 ¹ 12 1 8 6 4 2 Potencial de Exportação 21 211 212 213 214 ¹ Demanda Produção Demanda Produção Demanda Produção Gráfico 3 Demanda interna x Produção nacional Fonte: Ministério de Minas e Energia (214) ¹Considerando valor médio para dezembro/214
De acordo com os gráficos (3), nota-se que, dentre esse conjunto importante de derivados, o Brasil exporta apenas óleo combustível, caracterizando-se como forte importador. O Plano Estratégico até 23 disponibilizado pela Petrobras, em 214, afirma que a demanda por derivados no Brasil há de crescer 2% até o ano de 22, garantindo sempre estímulo ao setor de refino. E com base em dados disponibilizados pela ANP, no ano de 213, o país teve um dispêndio de US$ 19.6.385.382, com a importação de derivados de petróleo e uma receita de US$ 9.941.619.795, com a exportação dos mesmos levando a um déficit de US$ 9.658.765.587,. Apesar do cenário desfavorável apresentado acima, o Brasil tem um potencial para ser autossuficiente em derivados nos próximos anos. O gráfico 4 mostra a evolução da produção de petróleo até o ano de 214 e também apresenta uma projeção de crescimento até o ano de 24, conforme a Organization of the Petroleum Exporting Countries (OPEC) apud MME (214). Curva de Produção de Petróleo (em milhões de barris por ano) 2 15 1 5 Projeção Gráfico 4 Evolução da curva de produção de petróleo e projeção para os próximos anos Fonte: ANP (215) e OPEC (214) apud MME (214) Com essas informações, pode-se concluir que o grande entrave para a autossuficiência em relação aos derivados de petróleo do Brasil é a limitação da produção do parque de refino nacional. Algumas medidas para sanar essa questão já estão sendo tomadas, por exemplo: (a) investimentos em novas refinarias e (b) ampliações das existentes (Petrobras, 214).
4 Investimentos no Parque de Refino Brasileiro A Petrobras planeja até 22 suprir o mercado brasileiro de derivados, alcançando a autossuficiência em relação aos derivados de petróleo. Para atingir essa meta, dois investimentos já estão em andamento. O primeiro é finalizar a construção da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), para que a refinaria possa operar com 95% da capacidade atualmente o máximo é de 64%. E o segundo é completar o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), que terá como principais produtos finais: óleo diesel, nafta petroquímica, querosene de aviação, coque e GLP. A previsão de entrada em operação do primeiro trem de refino é agosto de 216, com capacidade instalada de refino de 165 mil bpd. A empresa também pretende continuar com o Promega, que já demonstrou resultados aumentando a eficiência das refinarias. Todavia, com o recente cancelamento de mais dois investimentos da Petrobras, as refinarias Premium I e Premium II, que teriam capacidade de processar 6 e 3 mil bpd respectivamente, essa meta dificilmente será alcançada. Considerando a perspectiva de crescimento para a demanda interna, que mesmo com a possível retração da economia brasileira, em 22 chegará a 3,5 milhões bpd, o Brasil precisará adicionar mais 695 mil bpd a sua capacidade de refino existente, o que corresponderia à implementação de mais duas refinarias nos moldes da Refinaria Landulpho Alves que tem como principais produtos finais os derivados no topo da lista de importação brasileira: gasolina, diesel, nafta petroquímica e querosene de aviação e capacidade instalada de 35 mil bpd aproximadamente, a fim de atingir a esperada autossuficiência. Quanto às refinarias privadas, ainda não há planos concretos de expansão. Porém, a melhor maneira de aumentar o volume será o uso total de sua capacidade instalada, que pode chegar até cerca de 4 mil bpd, mais que o dobro do volume do ano de 213.
5 Conclusão A produção do pré-sal cresce a um ritmo acelerado; assim como o consumo. Segundo a ANP, a demanda interna cresceu 5,6% em 214 e tem uma previsão de aumentar entre 3 e 5% em 215, apesar da possível retração na economia nacional, visto que o crescimento da demanda está atrelado ao desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Esse panorama é ideal para que o Brasil evite o que acontece com países como o México e o Irã, que são exportadores de petróleo e importadores de derivados. Todavia, os investimentos no setor de refino vêm encontrando diversos obstáculos no caminho. O Plano Estratégico até 23 da Petrobras previa um Brasil autossuficiente em gasolina e diesel até 22, quando a capacidade de refino do país atingiria 3 milhões bdp. Porém, com o cancelamento das refinarias Premium I e Premium II, esse cenário otimista encontra-se distante. No cenário atual, a inauguração do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), a finalização das obras na Refinaria Abreu e Lima (Rnest) e o aumento do fator de utilização das refinarias privadas, não serão suficientes para que o país alcance a autossuficiência em relação aos derivados do petróleo. Investimentos como a construção de novas refinarias, ampliação das existentes, bem como o uso eficiências das refinarias privadas, se farão necessários.
Referências AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS. ANP. Disponível em: < www.anp.gov.br/>. Acesso em: 2 jan. 215 PETROBRAS. Refinarias. Disponível em: <www.petrobras.com.br/pt/nossasatividades/principais-operacoes/refinarias/>. Acesso em: 3 set. 214. KIMURA, Renata Megumi. Indústria Brasileira de Petróleo: Uma Análise da Cadeia de Valor Agregado. Rio de Janeiro, IE/UFRJ 25. MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA. Relatório do Mercado de Derivados de Petróleo, Número 18, Dezembro de 214. Brasília: Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis, Departamento de Combustíveis Derivados de Petróleo. Relatório disponível em PDF. BRASIL, Portal. Promega contribui para os recordes de refino. Disponível em: <www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/214/4/promega-contribui-para-osrecordes-de-refino>. Acesso em: 3 nov. 214.