Legislação. 3ª Edição



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Transcrição:

Legislação Previdência no Serviço Público: Consolidação da Legislação Federal 3ª Edição

Secretaria de Políticas de Previdência Social Previdência no Serviço Público: Consolidação da Legislação Federal Coleção Previdência Social Volume 01 3ª edição atualizada até dezembro de 2008

2008 Ministério da Previdência Social Presidente da República: Luiz Inácio Lula da Silva Ministro da Previdência Social: José Barroso Pimentel Secretário de Políticas de Previdência Social: Helmut Schwarzer Diretor do Depto. de Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional: Remígio Todeschini Diretor do Depto. do Regime Geral de Previdência Social: João Donadon Diretor do Depto dos Reg. de Prev. no Serviço Público: Delúbio Gomes Pereira da Silva Elaboração: Coordenação-Geral de Normatização e Acompanhamento Legal Coordenadora-Geral: Zanita De Marco Coordenação de Normatização Coordenadora: Marina Andrade Pires Sousa Colaboração: Miriam Mendes de Assis A Coleção Previdência Social é uma publicação do Ministério da Previdência Social, de responsabilidade da Secretaria de Políticas de Previdência Social. Edição e Distribuição: Ministério da Previdência Social Secretaria de Políticas de Previdência Social Esplanada dos Ministérios, Bloco F 70.059-900 Brasília DF Tel.: (61) 3317-5342 Fax: (61) 3317-5195 Também disponível no endereço: www.previdencia.gov.br, em Previdência do Servidor Divulgação É permitida reprodução total ou parcial desta obra, desde que citada a fonte. Brasil. Ministério da Previdência Social Previdência no Serviço Público: Consolidação da Legislação Federal. - Brasília: MPS;SPS,2008. 376 p. (Coleção Previdência Social, Série Legislação; v.01, 3ª edição) 1. Legislação Previdenciária I. Título II. Título: consolidação da legislação federal III. Série. ISBN -...

SUMÁRIO Apresentação... 5 Capítulo Primeiro Reforma Constitucional da Previdência... 7 Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (arts. 24, 30, 40, 149, 195, 201 e 249 e art. 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias)... 9 Emenda Constitucional n o 20, de 15 dezembro de 1998... 21 Emenda Constitucional n o 41, de 19 de dezembro de 2003... 33 Emenda Constitucional n o 47, de 05 de julho de 2005... 41 Capítulo Segundo Previdência no Serviço Público... 45 Lei Geral da Previdência no Serviço Público: Lei n o 9.717, de 27 de novembro de 1998... 47 Aplicação das Disposições da Emenda Constitucional n o 41, de 19 de dezembro de 2003: Medida Provisória n o 167, de 19 de fevereiro 2004... 55 Lei n o 10.887, de 18 de junho de 2004... 61 Regulamentação da Lei Geral da Previdência no Serviço Público: Portaria MPS n o 402, de 10 de dezembro de 2008... 69 Instituição do Certificado de Regularidade Previdenciária CRP: Decreto n o 3.788, de 11 de abril de 2001... 87 Implementação do Certificado de Regularidade Previdenciária CRP: Portaria MPS n o 204, de 10 de julho de 2008... 89 Aplicações dos Recursos dos Regimes Próprios de Previdência Social: Resolução CMN n o 3.506, de 26 de outubro de 2007... 97 Política de Investimentos e Certificação dos Responsáveis pelas Aplicações dos Recursos dos Regimes Próprios de Previdência Social: Portaria MPS n o 155, de 15 de maio de 2008... 111 Plano de Contas e Procedimentos Contábeis para os Regimes Próprios de Previdência Social: Portaria MPS n o 916, de 15 de julho de 2003... 115 Portaria MPS n o 95, de 06 de março de 2007... 117 Normas aplicáveis às avaliações e reavaliações atuariais dos Regimes Próprios de Previdência Social: Portaria MPS nº 403, de 10 de dezembro de 2008... 119 Orientações Normativas Referentes a Regime Próprio de Previdência Social: Orientação Normativa SPS/MPS n o 01, de 06 de janeiro de 2004... 131 Orientação Normativa SPS/MPS n o 01, de 23 de janeiro de 2007... 135 Auditoria Fiscal dos Regimes Próprios de Previdência Social: Lei n o 11.457, de 16 de março de 2007 ( 3 o e 4 o do art. 11)... 183

Processo Administrativo Previdenciário PAP: Portaria MPS n o 64 de 24 de fevereiro de 2006... 185 Capítulo Terceiro Compensação Previdenciária... 193 Lei n o 9.796, de 5 de maio de 1999... 195 Decreto n o 3.112, de 6 de julho de 1999... 199 Portaria MPAS n o 6.209, de 16 de dezembro de 1999... 207 Emissão de Certidão de Tempo de Contribuição pelos Regimes Próprios de Previdência Social: Portaria MPS n o 154, de 15 de maio de 2008... 257 Capítulo Quarto Regime Geral de Previdência Social Normas referentes a servidores públicos... 265 Custeio do Regime Geral de Previdência Social: Lei n o 8.212, de 24 de julho de 1991 (art. 12, I, g, h, i, j, 6 o, e art. 13)... 267 Benefícios do Regime Geral de Previdência Social: Lei n o 8.213, de 24 de julho de 1991 (art. 10, art. 11, I, alíneas g, h, i, j, e 5 o, art. 12, art. 41-A, art. 94, art. 95 e art. 96)... 269 Regulamento da Previdência Social: Decreto n o 3.048, de 6 de maio de 1999 (art. 6 o, I e II, art. 8 o, art. 9 o, I, alíneas f, g, i, j, l, m, n, p, q, art. 10, 2 o do art. 11, art. 40, arts. 125 a 135, art. 191 e 4 o do art. 229)... 273 Capítulo Quinto Responsabilidades... 285 Lei de Responsabilidade Fiscal: Lei Complementar n o 101, de 4 de maio de 2000... 287 Lei de Crimes contra as Finanças Públicas: Lei n o 10.028, de 19 de outubro de 2000... 319 Lei de Crimes contra a Previdência: Lei n o 9.983, de 14 de julho de 2000... 325 Lei de Crimes Tributários: Lei n o 8.137, de 27 de dezembro de 1990 (arts. 1 o, 2 o e 11)... 331 Lei n o 9.430, de 27 de dezembro de 1996 (art. 83)... 335 Lei n o 10.684, de 30 de maio de 2003 (art. 9 o )... 337 Código Penal: Decreto-Lei n o 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (arts. 168-A, 299 e 337-A)... 339 Lei da Improbidade Administrativa: Lei n o 8.429, de 2 de junho de 1992... 343 Crimes de Responsabilidade do Presidente da República, Ministros de Estado, Ministros do Supremo Tribunal Federal, Procurador-Geral da República, Governadores e Secretários dos Estados: Lei n o 1.079, de 10 de abril de 1950... 353 Crimes de Responsabilidade dos Prefeitos e Vereadores: Decreto-Lei n o 201, de 27 de fevereiro de 1967... 369 Coleção Previdência Social: Títulos Publicados... 375

APRESENTAÇÃO Em comemoração aos dez anos do Departamento dos Regimes de Previdência no Serviço Público, apresento a terceira edição do primeiro volume da série Legislação, da Coleção Previdência Social, consolidando a legislação federal, atualizada até dezembro de 2008, referente aos Regimes Próprios de Previdência Social. O Departamento dos Regimes de Previdência no Serviço Público é parte integrante da Secretaria de Políticas de Previdência Social e é responsável pela orientação, supervisão e acompanhamento dos Regimes Próprios de Previdência Social dos servidores públicos e dos militares da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como pelo estabelecimento e publicação dos parâmetros e das diretrizes gerais previstas na Lei n o 9.717/98, de acordo com a competência atribuída ao Ministério da Previdência Social no art. 9 o da Lei n o 9.717, de 27 de novembro de 2008. Com a edição da Lei n o 9.717/98 e com as reformas previdenciárias promovidas pelas Emendas Constitucionais n o 20, de 15 de dezembro de 1998, e n o 41, de 19 de dezembro de 2003, complementada pela Emenda Constitucional n o 47, de 5 de julho de 2005, os Regimes Próprios de Previdência Social passaram por grandes mudanças e precisaram se adequar às normas gerais estabelecidas, que visam a garantia previdenciária aos servidores públicos titulares de cargos efetivos filiados, observando critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial do regime. Por sugestão do Departamento dos Regimes de Previdência no Serviço Público foi criado o Certificado de Regularidade Previdenciária CRP, pelo Decreto n o 3.788/2001, implementado pela Portaria MPS n o 2.346/2001, e este tem sido um importante instrumento do Departamento no desempenho do seu papel de supervisor do cumprimento dos critérios estabelecidos pela Lei n o 9.717/98 como regra geral para organização e funcionamento dos Regimes Próprios de Previdência Social. O CRP é emitido para o ente da federação que esteja em situação regular quanto ao cumprimento dos critérios exigíveis para esse fim, de acordo com o disposto, atualmente, na Portaria MPS n o 204/2008. Em conformidade com o art. 1 o do Decreto n o 3.788/2001, é documento exigido do ente da federação nas transferências voluntárias de recursos pela União; na celebração de acordos, contratos, convênios ou ajustes, e empréstimos, financiamentos, avais e subvenções em geral de órgãos ou entidades da Administração direta e indireta da União; em empréstimos e financiamentos por instituições financeiras federais; e no pagamento dos valores de compensação previdenciária devidos pelo Regime Geral de Previdência Social RGPS em razão da Lei n o 9.796/99. No desempenho do seu papel de orientador, o Departamento dos Regimes de Previdência no Serviço Público responde às consultas dos regimes próprios, emite Pareceres, Notas Técnicas e Notas Explicativas, e participa de congressos e seminários em todas as regiões do Brasil, disseminando a cultura previdenciária do serviço público. Na área de normatização, com base no trabalho desenvolvido pelo Departamento dos Regimes de Previdência no Serviço Público, a Secretaria de Políticas de Previdência Social edita Orientações Normativas referentes aos Regimes Próprios. As Orientações Normativas têm adquirido maior abrangência e detalhamento a cada reedição, buscando consolidar e esclarecer as normas aplicáveis aos regimes 5

próprios, nas áreas de custeio, benefícios e gestão do regime. As Orientações emitidas receberam reconhecimento nacional tanto da sociedade quanto dos Tribunais de Contas e do Poder Judiciário. O Supremo Tribunal Federal, em dois julgamentos, citou a Orientação Normativa SPS n o 03/2004 para fundamentar suas decisões. Por meio de assinatura de convênios, organização de eventos, reuniões e troca de informações tem sido realizada cooperação técnica com os Tribunais de Contas e as Associações de Municípios. Além disso, temas da legislação previdenciária e sua atualização têm sido levados à análise e discussão do Conselho Nacional dos Dirigentes de Regimes Próprios de Previdência Social CONAPREV, que possui representação de todos os Estados e de Associações de Municípios. Periodicamente, grupos de participantes desse Conselho são constituídos para análise e discussão de temas específicos. O Departamento também viabiliza a assinatura do Acordo de Cooperação Técnica (anteriormente denominado Convênio) entre a União e os demais entes da federação para fins de operacionalização da compensação previdenciária entre o RGPS e os regimes próprios, por meio do Sistema de Compensação Previdenciária COMPREV. Após a publicação desse Acordo, o Departamento realiza o cadastramento do regime próprio no COMPREV e o registro do respectivo histórico do regime, o que possibilita a seqüência de procedimentos operacionais pelo Instituto Nacional do Seguro Social INSS. Ao longo desses dez anos, o Departamento dos Regimes de Previdência no Serviço Público tem desempenhado trabalho de notório reconhecimento e importância, em cumprindo à missão do Ministério da Previdência Social de assegurar direitos relativos à previdência social, em especial com relação à previdência dos servidores públicos. Esta edição, em relação à anterior, suprime as normas revogadas, acrescentando as atualmente em vigor, em especial as Emendas Constitucionais n o 41/2003 e n o 47/2005, a Medida Provisória n o 167/2004 e a Lei n o 10.887/2004, e ainda, acrescenta alguns outros artigos da Constituição Federal e das normas do Regime Geral de Previdência e inclui leis de crimes tributários, alguns artigos do Código Penal pertinentes ao assunto, lei da improbidade administrativa e leis que tratam das responsabilidades dos Governadores dos Estados e dos Prefeitos Municipais. Com a publicação desta terceira edição da Consolidação da Legislação Federal relativa à Previdência dos Servidores Públicos, o Ministério da Previdência Social disponibiliza ao público interessado um instrumento atualizado para estudo e consultas, contendo informações primordiais à organização, funcionamento e gestão dos Regimes Próprios de Previdência Social. Brasília, dezembro de 2008. JOSÉ BARROSO PIMENTEL Ministro de Estado da Previdência Social 6

CAPÍTULO PRIMEIRO REFORMA CONSTITUCIONAL DA PREVIDÊNCIA 7

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CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 (Publicada no D.O.U. de 05/10/1988)... TÍTULO III DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO... Capítulo II DA UNIÃO... Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:... XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;... 1 o No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. 2 o A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. 3 o Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. 4 o A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.... Art. 30. Compete aos Municípios: I - legislar sobre assuntos de interesse local; II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;... 9

Capítulo VII DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA... Seção II Dos Servidores Públicos... Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional n o 41, de 19/12/2003) Alteração: Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional n o 20, de 15/12/1998) Original: Art. 40. O servidor será aposentado: I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando decorrentes de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas em lei, e proporcionais nos demais casos; II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de serviço; III - voluntariamente: a) aos trinta e cinco anos de serviço, se homem, e aos trinta, se mulher, com proventos integrais; b) aos trinta anos de efetivo exercício em funções de magistério, se professor, e vinte e cinco, se professora, com proventos integrais; c) aos trinta anos de serviço, se homem, e aos vinte e cinco, se mulher, com proventos proporcionais a esse tempo; d) aos sessenta e cinco anos de idade, se homem, e aos sessenta, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de serviço. 1 o Lei complementar poderá estabelecer exceções ao disposto no inciso III, "a" e "c", no caso de exercício de atividades consideradas penosas, insalubres ou perigosas. 2 o A lei disporá sobre a aposentadoria em cargos ou empregos temporários. 3 o O tempo de serviço público federal, estadual ou municipal será computado integralmente para os efeitos de aposentadoria e de disponibilidade. 4 o Os proventos da aposentadoria serão revistos, na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo também estendidos aos inativos quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria, na forma da lei. 5 o O benefício da pensão por morte corresponderá à totalidade dos vencimentos ou proventos do servidor falecido, até o limite estabelecido em lei, observado o disposto no parágrafo anterior. 1 o Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma dos 3 o e 17: (Redação dada pela Emenda Constitucional n o 41, de 19/12/2003) 10

I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional n o 41, de 19/12/2003) II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição; (Redação dada pela Emenda Constitucional n o 20, de 15/12/1998) III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes condições: (Redação dada pela Emenda Constitucional n o 20, de 15/12/1998) a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinqüenta e cinco anos de idade e trinta de contribuição, se mulher; (Redação dada pela Emenda Constitucional n o 20, de 15/12/1998) b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição. (Redação dada pela Emenda Constitucional n o 20, de 15/12/1998) Alteração: 1 o Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma do 3º: I por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas em lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional n o 20, de 15/12/1998) 2 o Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão, não poderão exceder a remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão. (Redação dada pela Emenda Constitucional n o 20, de 15/12/1998) 3 o Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão consideradas as remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência de que tratam este artigo e o art. 201, na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional n o 41, de 19/12/2003) Alteração: 3 o Os proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão calculados com base na remuneração do servidor no cargo efetivo em que se der a aposentadoria e, na forma da lei, corresponderão à totalidade da remuneração. (Redação dada pela Emenda Constitucional n o 20, de 15/12/1998) 4 o É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores: (Redação dada pela Emenda Constitucional n o 47, de 05/07/2005) I - portadores de deficiência; (Incluído pela Emenda Constitucional n o 47, de 05/07/2005) II - que exerçam atividades de risco; (Incluído pela Emenda Constitucional n o 47, de 05/07/2005) 11

III - cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. (Incluído pela Emenda Constitucional n o 47, de 05/07/2005) 12 Alteração: 4 o É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados os casos de atividades exercidas exclusivamente sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, definidos em lei complementar. (Redação dada pela Emenda Constitucional n o 20, de 15/12/1998) 5 o Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em cinco anos, em relação ao disposto no 1 o, III, "a", para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio. (Redação dada pela Emenda Constitucional n o 20, de 15/12/1998) 6 o Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de previdência previsto neste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional n o 20, de 15/12/1998) Alteração: 6 o As aposentadorias e pensões dos servidores públicos federais serão custeadas com recursos provenientes da União e das contribuições dos servidores, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional n o 3, de 17/03/1993) 7 o Lei disporá sobre a concessão do benefício de pensão por morte, que será igual: (Redação dada pela Emenda Constitucional n o 41, de 19/12/2003) I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso aposentado à data do óbito; ou (Incluído pela Emenda Constitucional n o 41, de 19/12/2003) II - ao valor da totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivo em que se deu o falecimento, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso em atividade na data do óbito. (Incluído pela Emenda Constitucional n o 41, de 19/12/2003) Alteração: 7 o Lei disporá sobre a concessão do benefício da pensão por morte, que será igual ao valor dos proventos do servidor falecido ou ao valor dos proventos a que teria direito o servidor em atividade na data de seu falecimento, observado o disposto no 3 o. (Incluído pela Emenda Constitucional n o 20, de 15/12/1998) 8 o É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional n o 41, de 19/12/2003) Alteração: 8 o Observado o disposto no art. 37, XI, os proventos de aposentadoria e as pensões serão revistos na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo também estendidos aos aposentados e aos pensionistas quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional

n o 20, de 15/12/1998) 9 o O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de aposentadoria e o tempo de serviço correspondente para efeito de disponibilidade. (Incluído pela Emenda Constitucional n o 20, de 15/12/1998) 10. A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício. (Incluído pela Emenda Constitucional n o 20, de 15/12/1998) 11. Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de outras atividades sujeitas a contribuição para o regime geral de previdência social, e ao montante resultante da adição de proventos de inatividade com remuneração de cargo acumulável na forma desta Constituição, cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo. (Incluído pela Emenda Constitucional n o 20, de 15/12/1998) 12. Além do disposto neste artigo, o regime de previdência dos servidores públicos titulares de cargo efetivo observará, no que couber, os requisitos e critérios fixados para o regime geral de previdência social. (Incluído pela Emenda Constitucional n o 20, de 15/12/1998) 13. Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social. (Incluído pela Emenda Constitucional n o 20, de 15/12/1998) 14. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, desde que instituam regime de previdência complementar para os seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201. (Incluído pela Emenda Constitucional n o 20, de 15/12/1998) 15. O regime de previdência complementar de que trata o 14 será instituído por lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo, observado o disposto no art. 202 e seus parágrafos, no que couber, por intermédio de entidades fechadas de previdência complementar, de natureza pública, que oferecerão aos respectivos participantes planos de benefícios somente na modalidade de contribuição definida. (Redação dada pela Emenda Constitucional n o 41, de 19/12/2003) Alteração: 15. Observado o disposto no art. 202, lei complementar disporá sobre as normas gerais para a instituição de regime de previdência complementar pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, para atender aos seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo. (Incluído pela Emenda Constitucional n o 20, de 15/12/1998) 16. Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de instituição do correspondente regime de previdência complementar. (Incluído pela Emenda Constitucional n o 20, de 15/12/1998) 17. Todos os valores de remuneração considerados para o cálculo do benefício previsto no 3 o serão devidamente atualizados, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional n o 41, de 19/12/2003) 13

18. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo regime de que trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos. (Incluído pela Emenda Constitucional n o 41, de 19/12/2003) 19. O servidor de que trata este artigo que tenha completado as exigências para aposentadoria voluntária estabelecidas no 1 o, III, a, e que opte por permanecer em atividade fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria compulsória contidas no 1 o, II. (Incluído pela Emenda Constitucional n o 41, de 19/12/2003) 20. Fica vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social para os servidores titulares de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo regime em cada ente estatal, ressalvado o disposto no art. 142, 3 o, X. (Incluído pela Emenda Constitucional n o 41, de 19/12/2003) 21. A contribuição prevista no 18 deste artigo incidirá apenas sobre as parcelas de proventos de aposentadoria e de pensão que superem o dobro do limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201 desta Constituição, quando o beneficiário, na forma da lei, for portador de doença incapacitante. (Incluído pela Emenda Constitucional n o 47, de 05/07/2005)... 14 TÍTULO VI DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO Capítulo I DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL Seção I Dos Princípios Gerais... Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, 6 o, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. 1 o Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União. (Redação dada pela Emenda Constitucional n o 41, de 19/12/2003) Alteração: 1 o Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, de sistemas de previdência e assistência social. (Parágrafo Renumerado pela Emenda Constitucional n o 33, de 11/12/2001)

... TÍTULO VIII DA ORDEM SOCIAL... Capítulo II DA SEGURIDADE SOCIAL Seção I Disposições Gerais... Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional n o 20, de 15/12/1998) a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; (Incluído pela Emenda Constitucional n o 20, de 15/12/1998) b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela Emenda Constitucional n o 20, de 15/12/1998) c) o lucro; (Incluído pela Emenda Constitucional n o 20, de 15/12/1998) Original: I - dos empregadores, incidente sobre a folha de salários, o faturamento e o lucro; II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201; (Redação dada pela Emenda Constitucional n o 20, de 15/12/1998) Original: II - dos trabalhadores; III - sobre a receita de concursos de prognósticos. IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. (Incluído pela Emenda Constitucional n o 42, de 19/12/2003) 1 o As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União. 2 o A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em 15

vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos. 3 o A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios. 4 o A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I. 5 o Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total. 6 o As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b". 7 o São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei. 8 o O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional n o 20, de 15/12/1998) Original: 8 o O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais, o garimpeiro e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei. 9 o As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão-de-obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho. (Redação dada pela Emenda Constitucional n o 47, de 05/07/2005) Alteração: 9 o As contribuições sociais previstas no inciso I deste artigo poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica ou da utilização intensiva de mão-de-obra. (Incluído pela Emenda Constitucional n o 20, de 15/12/1998) 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema único de saúde e ações de assistência social da União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e dos Estados para os Municípios, observada a respectiva contrapartida de recursos. (Incluído pela Emenda Constitucional n o 20, de 15/12/1998) 11. É vedada a concessão de remissão ou anistia das contribuições sociais de que tratam os incisos I, a, e II deste artigo, para débitos em montante superior ao fixado em lei complementar. (Incluído pela Emenda Constitucional n o 20, de 15/12/1998) 16

12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do caput, serão não-cumulativas. (Incluído pela Emenda Constitucional n o 42, de 19/12/2003) 13. Aplica-se o disposto no 12 inclusive na hipótese de substituição gradual, total ou parcial, da contribuição incidente na forma do inciso I, a, pela incidente sobre a receita ou o faturamento. (Incluído pela Emenda Constitucional n o 42, de 19/12/2003)... Seção III Da Previdência Social Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: (Redação dada pela Emenda Constitucional n o 20, de 15/12/1998) I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; (Redação dada pela Emenda Constitucional n o 20, de 15/12/1998) II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; (Redação dada pela Emenda Constitucional n o 20, de 15/12/1998) III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; (Redação dada pela Emenda Constitucional n o 20, de 15/12/1998) IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; (Redação dada pela Emenda Constitucional n o 20, de 15/12/1998) V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no 2 o. (Redação dada pela Emenda Constitucional n o 20, de 15/12/1998) Original: Art. 201. Os planos de previdência social, mediante contribuição, atenderão, nos termos da lei, a: I cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte, incluídos os resultantes de acidentes do trabalho, velhice e reclusão; II ajuda à manutenção dos dependentes dos segurados de baixa renda; III proteção à maternidade, especialmente à gestante; IV proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; V pensão por morte de segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, obedecido o disposto no 5 o e no art. 202. 1 o É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em lei complementar. (Redação dada pela Emenda Constitucional n o 47, de 05/07/2005) Alteração: 1 o É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, definidos em lei complementar. (Redação dada pela Emenda Constitucional n o 20, de 15/12/1998) 17

Original: 1 o Qualquer pessoa poderá participar dos benefícios da previdência social, mediante contribuição na forma dos planos previdenciários. 2 o Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo. (Redação dada pela Emenda Constitucional n o 20, de 15/12/1998) Original: 2 o É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios definidos em lei. 3 o Todos os salários de contribuição considerados para o cálculo de benefício serão devidamente atualizados, na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional n o 20, de 15/12/1998) Original: 3 o Todos os salários de contribuição considerados no cálculo de benefício serão corrigidos monetariamente. 4 o É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios definidos em lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional n o 20, de 15/12/1998) Original: 4 o Os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, serão incorporados ao salário para efeito de contribuição previdenciária e conseqüente repercussão em benefícios, nos casos e na forma da lei. 5 o É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência. (Redação dada pela Emenda Constitucional n o 20, de 15/12/1998) Original: 5º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo. 6 o A gratificação natalina dos aposentados e pensionistas terá por base o valor dos proventos do mês de dezembro de cada ano. (Redação dada pela Emenda Constitucional n o 20, de 15/12/1998) Original: 6 o A gratificação natalina dos aposentados e pensionistas terá por base o valor dos proventos do mês de dezembro de cada ano. 7 o É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas as seguintes condições: (Redação dada pela Emenda Constitucional n o 20, de 15/12/1998) I - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se mulher; (Incluído pela Emenda Constitucional n o 20, de 15/12/1998) II - sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, reduzido em cinco anos o limite para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal. (Incluído pela Emenda Constitucional n o 20, de 15/12/1998) Original: 7 o A previdência social manterá seguro coletivo, de caráter complementar e facultativo, custeado por contribuições adicionais. 18