BIOSSEGURANÇA: ANTISSEPSIA, DEGERMAÇÃO E PARAMENTAÇÃO PROF. DRA. VANESSA DE BRITO POVEDA

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Transcrição:

BIOSSEGURANÇA: ANTISSEPSIA, DEGERMAÇÃO E PARAMENTAÇÃO PROF. DRA. VANESSA DE BRITO POVEDA

Microbiota humana A microbiota normal é adaptada ao seu ambiente local, inofensiva quando permanece nele, porém, torna-se potencialmente patogênica quando invade os tecidos FERNANDES et al., 2000 2

MICROBIOTA DA PELE OLIVEIRA; ARMOND, 2005 Microbiota residente ou permanente Multiplicam-se na pele ficando estáveis e viáveis por longos períodos Baixa virulência Não são facilmente removidos por escovação; inativados por anti-sépticos Comumente Gram-positivas Microbiota transitória ou colonizadora Não se multiplicam na pele e são viáveis por curto período de tempo Alta virulência São facilmente removidas pela limpeza com água e sabão; são destruídas pela aplicação de antiséptico Composta por Gram- e estafilococos (comumente responsáveis pela IH)

MICROBIOTA HOSPITALAR Principais causadores de infecção hospitalar (EUA): E. coli S. aureus S. epidermidis Fernandes et al. (2000)

Cadeia epidemiológica

Queimaduras Cirurgias Trauma FERIDAS AGUDAS

INTRODUÇÃO Tem amplo espectro de ação Destroem ou inibem o crescimento e desenvolvimento de MO no tecido vivo PVPI, clorexidina, álcool e etc. Antissépticos

Antisséptico ideal balanço custo-benefício (muitas vezes um produto pode ter um preço alto sem custar mais, quando comparado aos seus benefícios); eficácia e a segurança do produto, com aplicação de testes na instituição, quando devem ser seguidas as instruções do fabricante observar aspectos como odor, facilidade de uso e praticidade da embalagem apresentação clara das características desejadas em relação ao espectro de atividade procurado: rapidez de ação na diminuição da microbiota, ausência de absorção através da pele e das mucosas, efeito prolongado estável, ausência de ação corrosiva, odor agradável e baixo custo. ANVISA

9 MINISTÉRIO DA SAÚDE Gabinete do Ministro Portaria nº 2.616, de 12 de maio de 1998 Programa de Controle de Infecção Hospitalar ANEXO V RECOMENDAÇÕES GERAIS 1. A utilização dos anti-sépticos, desinfetantes e esterilizantes seguirá as determinações da Portaria nº 15, de 23 de agosto de 1988, da Secretaria de Vigilância Sanitária (SVS) do Ministério da Saúde e o Processamento de Artigos e Superfícies em Estabelecimentos de Saúde/MS, 2ª edição, 1994, ou outras que as complementem ou substituam. 1.1. Não são recomendadas, para a finalidade de anti-sepsia, as formulações contendo mercuriais orgânicos, acetona, quaternário de amônio, líquido de Dakin, éter e clorofórmio.

Princípios ativos não autorizados Mercuriais orgânicos tóxico/cor Acetona esfoliante Quaternário de Amônio contaminação Líquido de Dakin contaminação Éter esfoliante Cloroformo tóxico Hexaclorofeno tóxico Timerosol alergênico (BRASIL, 1998)

Princípios ativos autorizados Solução alcoólica (etílico e isopropílico) Soluções iodadas (iodo em álcool) Iodóforos ( polivinilpirrolidona-pvpi) Clorohexedine (1,6 di-4-clorofenil-diguanido-hexano) Sol aquosa de permanganato de potássio Solução aquosa à base de sais de prata Outros (BRASIL, 1998)

1867 Lister ácido carbólico HISTÓRICO I Guerra mundial II Guerra mundial = antissépticos+ atb

Apresentações dos Antissépticos de Uso Hospitalar Formulações: detergente DEGERMANTE aquoso TÓPICO alcóolico TINTURA

ANTISSÉPTICO: INDICAÇÕES DE USO Higiene anti-séptica das mãos de profissionais da saúde (situações especiais) Preparo pré-operatório das mãos da equipe cirúrgica (Por que apesar da luva?) Preparo pré-operatório da pele

ÁLCOOL Desnaturação das proteínas Bactericida, micobactericida, fungicida e virucida Reduz rapidamente a contagem microbiana na pele Não possui efeito químico residual e evapora rapidamente Efeito de dano microbiano permanece por várias horas Isopropílico e etílico Concentração: hidratação reduz a tensão superficial da célula bacteriana 70% peso/volume Desvantagem: ressecamento da pele

IODO

PVPI Matam rapidamente S. aureus and M. chelonae Bactericida, micobactericida e virucida (alguns), em maiores períodos de exposição matam alguns fungos e esporos (controverso) Penetra na parede celular rapidamente, produzindo efeitos letais pela destruição de proteínas e da estrutura do ácido nucleico Centers for Disease Control and Prevention. Guideline for Disinfection and Sterilization in Healthcare Facilities, 2008

IODÓFOROS Facilidade em penetrar na parede celular dos microrganismos, inibindo sua síntese vital, oxidando e substituindo o conteúdo microbiano por iodo livre Bactericida, micobactericida, fungicida e virucida Iodóforos são mais potentes, mais solúveis e menos irritantes Combinações de iodo com um agente solubilizante e transportador: polivinilpirrolidona (PVP) As moléculas de iodo são liberadas gradualmente em baixas concentrações, mantendo a ação germicida do iodo, reduzindo sua toxicidade Efeito residual de 2 a 4 horas Possível absorção percutânea e mucosas Queimadura química se permanecer em contato prolongado com a pele (campos molhados)

CLOREXIDINA Destruição da membrana celular e precipitação dos componentes internos da célula microbiana Excelente ação contra bactérias Gram positivas, boa atividade contra Gram negativas, fungos e vírus Baixa toxicidade e irritabilidade Ototoxicidade e lesão de córnea Uso externo evitar contato com cérebro, meninges ou irrigação de cavidades corpóreas Alternativa para pacientes alérgicos ao iodo Efeito residual de 6 a 8 horas e efeito cumulativo Reação com produtos clorados

AS MECANISM O DE AÇÃO ESPECTRO DE ATIVIDADE ATIVIDADE RESIDUAL CONSIDERAÇÕ ES Álcool Desnatura proteínas G+, G-, Vírus, Fungos Ação fugaz Causa surdez e dano na córnea Clorexedina (4%) Lise memb. Citoplasm a G+, G-, Virus, fungos Ação residual Causa surdez e dano na córnea. Na boca concent 0,12% Iodo (10%) Oxid. e liberação de Iodo livre G+(MRSA), G-, Vírus, Fungos Inativado p/ sangue ou PTN sérica Uso no ouvido e boca. Para olhos solução de 5% 20

ANTISSÉPTICO: INDICAÇÕES DE USO OUTRAS: Prevenção de Infecção relacionada a cateteres IV periféricos venosos ou arteriais centrais venosos ou arteriais centrais inseridos perifericamente Padronizar técnicas: inserção manutenção curativos

ANTISSÉPTICOS: INDICAÇÕES DE USO NÃO COMPROVADAS Curativos Irrigação local para prevenção ou tratamento de infecção Irrigação de osteomielites ou mediastinites Irrigação vesical

Antissepsia da pele do paciente Banho com sabão ou antisséptico na noite anterior ou no dia da cirurgia (cirurgias de cabeça e pescoço-orientar o paciente a lavar o cabelo antes da cirurgia)-chg4% O paciente deve ser orientado após o banho preparatório a não usar loções, produtos a base de álcool ou cosméticos ATENÇÃO: O cabelo deve estar seco na hora da cirurgia Pacientes com muito cabelo NÃO devem usar antissépticos a base de álcool AORN, 2015; SOBECC, 2017

OUTRAS INFORMAÇÕES... Frascos de antisséptico de uso único Preferência AS com corante x sem corante Iodismo: avaliar pacientes mais susceptíveis, ie, queimados, desordens de tireoide, neonatos, grávidas e puérperas Visita pré-operatória: avaliar a integridade da pele do paciente Preparo da pele com AS degermante (sabão) e AS tópico AORN, 2015

CC e UTI

Unhas Curtas (até 0,25 cm) Esmalte íntegro Não usar unhas artificiais, colas, gel, ou demais artifícios Não usar joias mãos e punhos (todas as joias devem estar contidas dentro da paramentação) AORN, 2015; SOBECC 2017

NR32 São exemplos de adornos: alianças e anéis, pulseiras, relógios de uso pessoal, colares, brincos, broches, piercings expostos. Esta proibição estende-se a crachás pendurados com cordão e gravatas. Entende-se por calçado aberto aquele que proporciona exposição da região do calcâneo (calcanhar), do dorso (peito) ou das laterais do pé.

PARAMENTAÇÃO Touca/gorro: Cobrir totalmente o couro cabeludo, cabelo e costeletas e orelhas Previne queda de partículas e/ou cabelos no sítio cirúrgico Toucas reutilizáveis devem ser lavadas em lavanderia hospitalar Poveda, 2004; AORN, 2016; SOBECC, 2017

PARAMENTAÇÃO Roupa privativa Ideal mangas longas: dispersão de MO e células descamativas da pele Uso em áreas restritas e semi-restritas ATENÇÃO: não usar sobre sua roupa pessoal

ATENÇÃO: Adereços, joias e etc que não estejam cobertos pela roupa privativa devem ser retirados SOBECC, 2017; AORN, 2016

PARAMENTAÇÃO Máscara Proteger paciente de microrganismos do nariz e boca do profissional Não devem estar penduradas no pescoço ou no bolso Uma máscara para cada procedimento cirúrgico ou quando suja ou úmida

PARAMENTAÇÃO Sapato privativo de salto baixo e fechado Propé Proteção da equipe Abolido? Substituto de sapato???? Uso em cirurgias muito contaminadas e deve ser descartado logo após o uso (lavagem de mãos) AORN, 2015

PARAMENTAÇÃO Avental: reduz dispersão de células epiteliais (bactérias) em 30% Substituir quando visivelmente sujo com sangue ou fluidos potencialmente infectantes As áreas do pescoço, ombros e axilas do avental devem ser consideradas contaminadas Cattaneo et al., 2004; AORN, 2013

PARAMENTAÇÃO Luvas Proteção Troca de luvas se suspeita de contaminação ou a cada 90 a 150 minutos Duplo enluvamento para cirurgias com mais de 1 hora?

O uso das luvas cirúrgicas de borracha, em substituição às luvas de pano introduzidas por Mikulicz em 1881, teve início no Hospital John Hopkins, em 1890.

ANTI-SEPSIA CIRÚRGICA OU PREPARO PRÉ-OPERATÓRIO DAS MÃOS Eliminar a microbiota transitória da pele e reduzir a microbiota residente, além de proporcionar efeito residual na pele do profissional. ANVISA

ORIENTAÇÕES As escovas utilizadas no preparo cirúrgico das mãos e antebraços devem ser de cerdas macias e descartáveis, impregnadas ou não com antisséptico e de uso exclusivo em leito ungueal e subungueal. Duração do Procedimento: de 3 a 5 minutos para a primeira cirurgia e de 2 a 3 minutos para as cirurgias subseqüentes (sempre seguir o tempo de duração recomendado pelo fabricante). ANVISA

https://www.youtube.com/watch?v=easgkrxgafo Fonte: imagens da internet

Remoção das luvas Fonte: http://www.anvisa.gov.br/boletim_tecno/boletim_tecno_junho_2011/pdf/luvas%20cir%c3%bargicas%20e%20l uvas%20de%20procedimentos_considera%c3%a7%c3%b5es%20sobre%20o%20uso.pdf

Escovação ou fricção? Menor lesão de pele Tão efetivo quanto a escovação, quando utilizado solução alcoólica Liu, Mehigan, 2016; Shen et al., 2015

PARAMENTAÇÃO

Mais alguns detalhes... Pastas, celulares, tablets, notebook e etc, devem sofrer desinfecção de baixo nível antes de entrarem na SO e depois Jamais posicionados no chão

http://www.youtube.com/watch?v=bxu1a-zi3e8 http://www.youtube.com/watch?v=o1ss0ahb4ma&feature =related http://www.youtube.com/watch?v=fgclxoixffi&feature=r elated

PREPARO DO SÍTIO CIRÚRGICO Antissepsia da pele do sítio cirúrgico: clorexidina alcóolica Realizada por membro externo ao campo, ie, não deveria ser realizada por cirurgião ou instrumentador Aplicar a solução do sítio cirúrgico para as periferias, ou do mais limpo para o mais contaminao em áreas como anus, p.ex. Degermação do sítio cirúrgico e adjacências no caso de ausência de banho com AS Preparo de áreas de maior contaminação (umbigo, unha, estoma intestinal ou urinário)

CAMPOS CIRÚRGICOS

LIMPEZA DO AMBIENTE Preparatória Limpeza com pano úmido para remoção de poeira antes da primeira cirurgia do dia Concorrente A cada saída de paciente, prepara a sala para o próximo paciente Terminal Limpeza de chão e parede e demais de todas as salas utilizadas Sempre realizada ao final do dia (após a última cirurgia do dia)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS KENNEDY, L. Implementing AORN Recommended Practices for Sterile Technique. AORN J, v.18, n.1, p. 521-533, jul. 2013. PATRICK, M.; VAN WICKLIN, S.A. Implementing AORN Recommended Practices for Hand Hygiene. AORN J, v.95, n.4, p. 492-507, Apr 2012. MANGRAM, A.J.; HORAN, T.C.; PEARSON, M.L.; SILVER, L.C.; JARVIS, W.R. Guideline for prevention of surgical site infection, 1999. AJIC 1999 Apr; 27 (2): 97-132. ROTHROCK, J.C. Alexander Cuidados de enfermagem ao paciente cirúrgico. 13ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. 1247p. SOBECC. Práticas recomendadas SOBECC. 6 ed. São Paulo: SOBECC, 2013. 367 p. TANNER, J. Surgical hand antisepsis: the evidence. Journal of Perioperative Practice, v.18, n.8, aug. 2008. AORN. Guidelines for perioperative practice. 2015.

CONTINUA